Just Close Your Eyes escrita por fernandablue


Capítulo 1
Just close your eyes


Notas iniciais do capítulo

É meio especial de natal, tive a ideia e comecei a escrever. Eu sei que o natal já passou, mas enfim
Boa leitura!



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Foi uma decisão unanime, e todos da minha família sabiam que eu precisava ir para um centro de reabilitação por causa de tudo que estava acontecendo comigo.  Seriam três meses, mas era o melhor para mim.

Eu sei que havia rumores rodando de que eu estava internada por causa do Joe, do término de namoro e tudo, mas se fosse para estar mal por causa de um relacionamento, não era por causa dele.

Depois que eu e Selena nos afastamos, Miley sempre esteve comigo para tudo, e no final acabou rolando algo mais que amizade. Nós duas sabíamos que não era o certo, mas tínhamos uma conexão tão forte, que era impossível largar. Depois de quatro meses nessa relação, ela terminou. Sem mais nem menos. Namorei Joe logo depois, mesmo sabendo que Miley ainda dominava meus pensamentos.

Era natal, e eu havia decidido passar na clínica. Minha irmã mais nova, Maddie, era a pessoa que mais me visitava e quando o fazia, ficava horas comigo.

- Está tudo bem? – Perguntou, deitada comigo em minha cama.

- Nunca iremos ficar satisfeitos com o que temos. – Respondi, logo após de um suspiro.

- É natal, Demi, por favor, se anime.

- Maddie... – A puxei para um abraço e assim ficamos por um instante. – Eu estou melhor que antes, você sabe muito bem disso.

- Você pode ficar melhor.

- Como? – Dei um sorriso, olhando para os olhos dela, que estavam perdidos no teto do quarto.

- Milagre de natal.

Ela logo se levantou, depositou um beijo em minha testa e saiu. Continuei deitada até uma enfermeira bater na porta.

- Srta. Lovato? –Disse abrindo um pouco da porta.

- Entre, Mary. – Eu disse enquanto me sentava na cama.

- Hora dos seus remédios. – Logo se aproximou de mim, com um copo de água e algumas pílulas.

- Obrigada. – Lhe disse com um sorriso.

- Sempre aqui para te ajudar, Srta.

- Já te disse milhares de vezes que você pode me chamar de Demi, Mary! – Ri.

- Força do hábito, Demi. – Falou, enfatizando o “Demi”.

- Bem melhor! – Rimos juntas.

- Preciso ir, Srt... Demi.

- Tudo bem, só...

- Diga.

- Alguém ligou hoje?  - Perguntei, sabendo que a resposta seria “sua mãe” ou “vários repórteres, isso vale?”.

- Apenas sua mãe.

Dei um sorriso, como se fosse liberando ela do meu quarto. Ela logo foi para a porta, e ficou parada com a mão na maçaneta.

- Algum problema, Mary?

- Nada... – Disse se virando para mim com os olhos baixos. – Feliz natal, Demi. – Agora tinha seus olhos nos meus.

- Feliz natal, Mary. – E ela logo saiu.

Continuei na cama, passando canal por canal, esperando por algo que me interessasse. No final, coloquei no filme “Diário de uma Paixão”, mesmo não prestando atenção. Sabe aqueles momentos em que você está tentando dormir, mas você tem tanta coisa se passando pela sua cabeça? Tantos diálogos inventados, que aconteceram, uma frase a mais dita que poderia ter mudado tudo, arrependimentos, satisfação.

Flashback

Estávamos na sua cama, minha cabeça repousava em seu peito coberto apenas por um lençol, suas mãos afagavam meus cabelos, do jeito que ela sabia que eu gostava.

- Eu adoro quando você faz isso. – Eu disse, nós duas com os olhos fechados, aproveitando o momento.

- Eu sei. – Senti seus lábios abrirem em um sorriso.

Ficamos assim durante alguns minutos. Palavras não eram precisas entre nós duas, só a presença da outra já nos satisfazia.

- Demi... – Ao dizer, logo parou com o carinho.

- Diga.

Ela levantou-se, fazendo com que eu me sentasse ao seu lado. Meu corpo estava nu, e eu não me importava de cobrir ele ao lado dela,e ela normalmente também não se importava, mas naquele momento ela segurava o lençol, cobrindo-se.

- Você me ama? – Ela disse com os olhos baixos, as palavras saíram quase em um sussurro.

Aquela frase com certeza me pegou de surpresa. Eu a amava? Quer dizer, ela sempre estava lá comigo, o que tínhamos era perfeito, ela sempre me apoiava, eu podia contá-la que eu matei uma pessoa, e eu sabia que ela não contaria a ninguém, e quando eu contava algo que me fazia mal, ela apenas voltava a tocar no assunto quando eu puxava, pois sabia que poderia me fazer mal se ela tocasse.

- Eu amo o que temos. Você ama? – Respondi, tentando pegar uma de suas mãos que seguravam o lençol, mas ela logo recuou.

- Demi, eu... – Ela tinha a boca aberta, as palavras não saiam de sua boca. – Eu... – Seus olhos agora brilhavam, fixados em um ponto qualquer. Eu sabia que ela estava prestes a chorar, mas eu não iria insistir. Não falei nada, mas não tirei os olhos dela. Sem maquiagem, cabelo bagunçado. A beleza que me encantava.

                Uma lágrima logo escorreu, mesmo ela jogando sua cabeça para trás para controlar. Ela se levantou rapidamente, colocando uma roupa. Ficou parada em frente da cama, me observando. Eu não havia saído da minha posição desde que ela interrompeu o carinho.

                - Me desculpe. – Sussurrou. Suas palavras não chegaram aos meus ouvidos, mas lia-se em seus lábios.

                Ela virou as costas, pegou sua bolsa na cadeira perto da porta, e foi embora.

                Fim de Flash back

                Aquele momento repetia inúmeras vezes em minha cabeça. E se eu dissesse “eu te amo”? Ela teria ficado? E se eu tivesse corrido atrás dela? Ela voltaria? Ou mesmo fazendo tudo isso, ela teria ido embora? Meus pensamentos foram interrompidos pelas batidas na porta. A porta se abriu numa fresta, era Mary.

                - Você tem visitas. – Disse.

                Apenas assenti com a cabeça, e a porta logo se abriu, revelando a pessoa ao seu lado.

                Era ela. A lembrança do sentimento do seu toque veio à tona em meu corpo. Ela não havia mudado nada. O mesmo olhar gentil de sempre. Sem maquiagem e o cabelo bagunçado. Demorou um pouco para ela entrar, e quando entrou, sentou-se na cadeira ao lado da minha cama. Eu logo me sentei à beirada da cama, para ficar mais próxima dela.

                 - Me desculpe.

                Por alguma razão, nós duas rimos. “Me desculpe”. As últimas palavras para mim, e agora as primeiras depois de meses.

                - Você está bem? – Disse. – Logo quando soube, eu fiquei desesperada, eu não sabia o que fazer, para quem ligar, o que pensar, só pensava em como você deveria estar tão ruim e numa clínica e...

                A interrompi colocando meu dedo indicador em seus lábios, sua respiração ofegante. Não demorou para logo subir em meu colo e me abraçar, afundando seu rosto em meu cabelo, as lágrimas logo descendo de seu rosto.

                - Eu deveria estar aqui com você. Eu fui tão idiota. Você estava tão mal e eu não estava aqui com você...

                - Shh. – Eu disse, puxando ela para um abraço mais apertado. – Eu estou bem. Bem melhor.

                Ela tirou seu rosto do meu cabelo e o posicionou em frente ao meu, perto o bastante para sentir a respiração quente vindo de seus lábios. Não demorou muito para que nos aproximássemos mais para um beijo, e quando isso aconteceu, logo senti meus pelos se arrepiarem com seu toque. Nossas línguas em perfeita sintonia, como sempre. Eu podia sentir suas lágrimas em seu rosto, terminando em nossas bocas, com um gosto salgado, mas isso não a fez separar do beijo. Ela me empurrou lentamente para que deitássemos na cama, continuando com o beijo perfeito e suave, suas mãos passeando em meu corpo. Quando ela parou, não reclamei, mas continuei com meu corpo junto ao dela. Ela pegou minha cabeça fazendo com que repousasse em seu peito, e ela começou a fazer o carinho que eu tanto gostava.

                - Milagre de natal. – Sussurrei, lembrando das palavras de Maddie.

                - O que? – Disse, sem parar o carinho.

                - Nada.

                Continuamos lá, as duas com os olhos fechados, aproveitando o momento.

                - Eu amo você. – Ela disse.

                E foi quando eu percebi o porquê dela ter saído do quarto aquele dia. Ela me amava. E ela só esperava que eu dissesse o mesmo. E eu apenas disse que eu amava o que tínhamos. Tinha como ela não ficar magoada?

                - Eu também amo você, Miles. – Disse em um sussurro, e senti ela abrindo um sorriso.- Me desculpe não ter dito isso aquele dia.

                - Não se arrependa das coisas que você fez. Eu tenho a você, você tem a mim. É disso que precisamos.

                Ela tinha razão. Miley. Todo esse tempo, era apenas dela que eu precisava.


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Notas finais do capítulo

Reviews? Reviews? Boa ou ruim, por favor deixem!!!!
Pra quem me conhece, eu sei que eu parei de postar "Two Hearts Finally Colliding" e vou continuar sem postar. Tentei escrever uma fic Pezberry: não consegui. Provavelmente vai se tornar one-shot também. PORÉM estou escrevendo uma fic Faberry E ESTÁ DANDO CERTO!!!!
Meu OTP é Semi, mas Demi e Miley são meu tudo e eu shippo elas e essa fic veio toda pronta na minha cabeça e não resisti.



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