O tempo passa.

Mesmo que cada minuto tenha o som do pedido desesperado de morte. Mesmo que cada tique do relógio funcione como o despertar de uma bomba, que explode teu coração, mas que deixa pedaços suficientes para que seja possível reconstruí-lo. Por um segundo apenas. Em seguida, ele é enfim explodido novamente. Milhões e milhões de vezes seguidas. Por dias, semanas, meses, anos, décadas, séculos e até milênios. 

Mas ele passa. Sinistro e impetuoso, levando tudo o que puder consigo. Independentemente do quanto você implore para que ele finalmente pare. 

Passa até mesmo para mim, justamente quem menos deveria senti-lo ir.