Uma Perguntinha escrita por Areals
Notas iniciais do capítulo
Penultimo. q
Mônica chega da escola, deixa a sua mochila no quarto e desce. Sua filha e ela almoçaram em silêncio, de vez em quando a filha olhava a sua mãe, mas voltava para o almoço.
Na hora de lavar os pratos, a garota se ofereceu para ajudar. A filha guardava e a mãe lavava. Depois de alguns minutos Mônica olhava para a sua mãe pensativa, o olhar perdido no rosto cheio de experiências e resolve quebrar o gelo.
– Mãe... – ela fez uma pequena pausa. – Como você e o papai se conheceram?
A sua mãe olhou para a sua filha pensando em dizer que se conheceram, gostaram e se casaram ou que era muito nova para isso, porém, ela se lembrou dos garotos que Mônica começa a se relacionar. A sua mãe sabia e por alguns segundos ela pensou que sua filha iria ouvir a voz da experiência.
– Sim... – suspirou nas lembranças que pairavam em sua mente. – Vai querer saber tudo mesmo?
Ela só assentiu com a cabeça com um sorriso iluminando seu rosto jovem.
– Bom, foi assim ...
– Começo do Flashback –
15.12.1977 – Colégio Lima Martins.
– Luísa! – gritou um garoto.
– Oi Eduardo! – eu disse pulando em cima dele.
Eduardo era bonito, cabelo loiro e liso. Olhos azuis como o mar, ele era bem legal. O tipo de garoto que toda garota adoraria ter. Adoraria, ele não era tão lindo e perfeito como o imaginavam.
– Amor! Quer ir na lanchonete depois? – perguntava o loiro.
– Não dá. Tenho prova amanhã! – a morena falou. – Olha a hora! Tchau Carlos! – e ela deu um selinho nele antes de sumir pelo corredor da escola.
– Pausa no Flashback –
– Mãe! Você tinha namorado? – dizia a Mônica surpresa.
– Você acha que seu pai foi o primeiro? – disse a sua mãe com a cara mais obvia do mundo.
– Sei lá. Naquele tempo...
– Me respeite, não sou tão velha!
– Ok, continua...
– Play no Flashback –
Segui para a sala. Lá sentei junto a minha melhor amiga, Ana. Ela era tão legal e bonita quanto eu. Super carismática. Cabelo castanho claro curto, olhos cor de avelã. Eram como carne e unha.
– Luisa! – chamou sua amiga. – Vai com quem no baile no sábado?
– Com meu namorado por quê?
– Nada.
Depois da aula Luisa andava com a sua outra amiga, Carina. Carina era ruiva, olhos verdes escuros. As duas não eram tão amigas quanto Ana e Luisa, praticamente a segunda melhor amiga. Ana andava bem estranha depois que apresentou o seu namorado a amiga.
– Ana ta mudada né? – perguntou Luisa.
– É... Ouvi dizer coisas horríveis dela! Acho que ela está namorando muito!
– Nossa! Coitada da reputação dela!
– Pausa no flashback –
– Mãe... Como assim “coitada”?
– É que naquele tempo, as garotas que namoram muito são mal faladas. – Sua filha não respondeu só ficou meio surpresa e então ela continuou.
– Play no Flashback –
– Você vai com Eduardo, seu namorado né? – perguntou Carina.
– Claro!
– Nem acredito que falta tão pouco, já é sexta!
– É. – suspirou a morena. – Bom, vou para a minha casa. Tchau! – acenei andando.
Luisa estava saindo de costas pra rua, olhando para a sua amiga ruiva. Não sabia por onde estava indo, mas quando se virou e deu cara com a bicicleta, sentiu seu coração pular, seu corpo tremer e fechou os olhos.
– Você está bem? – disse um garoto.
A morena acordou e viu que estava no passeio. Tinha alguns arranhões e ferimentos que doíam muito. Seus materiais, que voaram, foram recolhidos pelo garoto, que a atropelou acidentalmente.
– M-me desculpe. – a garota sentiu a sua face ferver quando se desculpou.
– Eu que tenho que me desculpar, eu também não te vi. – disse o garoto parecendo legal. – Consegue ficar de pé?
– Acho que sim... – a menina tentou subir, mas notou que tinha torcido o pé. – Ai! – gemeu de dor.
– Ih! Acho que vou ter que te levar em casa! – disse me carregando.
O garoto carregou Luisa e seus materiais até a sua casa. No caminho ela observava cada detalhe do rosto dele. Tinha cabelos cacheados cheio de gel para alinhá-los, olhos castanhos e encantadores, bem forte e meio distante, não é a toa que nenhum dos dois se viram.
– Que o seu nome, broto?
– Pausa no flashback –
– Broto? – perguntava a garota incrédula.
– Gíria, minha filha, gíria.
– Estranho... – sussurrou a garota ainda não acreditando.
– Play no flashback –
– Luisa. – disse sorrindo.
– Carlos. – ele devolveu meu sorriso. – Sua casa é pra onde mesmo?
– Ali aquela no final da rua. – disse ela sem tirar os olhos dele.
Ele a levou até a porta e quando a sua mãe abriu, ele a entregou e saiu logo. Nem deu tempo para ela dizer obrigada. Por um lado ficou preocupada se um dia iria falar com ele de novo, mas ainda tinha que se preocupar com a prova.
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