Uma Perguntinha escrita por Areals


Capítulo 2
Capítulo 2 - Amores à parte.


Notas iniciais do capítulo

Penultimo. q



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Mônica chega da escola, deixa a sua mochila no quarto e desce. Sua filha e ela almoçaram em silêncio, de vez em quando a filha olhava a sua mãe, mas voltava para o almoço.

 

Na hora de lavar os pratos, a garota se ofereceu para ajudar. A filha guardava e a mãe lavava. Depois de alguns minutos Mônica olhava para a sua mãe pensativa, o olhar perdido no rosto cheio de experiências e resolve quebrar o gelo.

 

– Mãe... – ela fez uma pequena pausa. – Como você e o papai se conheceram?

 

A sua mãe olhou para a sua filha pensando em dizer que se conheceram, gostaram e se casaram ou  que era muito nova para isso, porém, ela se lembrou dos garotos que Mônica começa a se relacionar. A sua mãe sabia e por alguns segundos ela pensou que sua filha iria ouvir a voz da experiência.

 

– Sim... – suspirou nas lembranças que pairavam em sua mente. – Vai querer saber tudo mesmo?

 

Ela só assentiu com a cabeça com um sorriso iluminando seu rosto jovem.

 

– Bom, foi assim ...

 

 

– Começo do Flashback –

 

15.12.1977 – Colégio Lima Martins.

 

– Luísa! – gritou um garoto.

 

– Oi Eduardo! – eu disse pulando em cima dele.

 

Eduardo era bonito, cabelo loiro e liso. Olhos azuis como o mar, ele era bem legal. O tipo de garoto que toda garota adoraria ter. Adoraria, ele não era tão lindo e perfeito como o imaginavam.

 

– Amor! Quer ir na lanchonete depois? – perguntava o loiro.

 

– Não dá. Tenho prova amanhã! – a morena falou. – Olha a hora! Tchau Carlos! – e ela deu um selinho nele antes de sumir pelo corredor da escola.

 

 

– Pausa no Flashback –

 

 

– Mãe! Você tinha namorado? – dizia a Mônica surpresa.

 

– Você acha que seu pai foi o primeiro? – disse a sua mãe com a cara mais obvia do mundo.

 

– Sei lá. Naquele tempo...

 

– Me respeite, não sou tão velha!

 

– Ok, continua...

 

 

– Play no Flashback –

 

Segui para a sala. Lá sentei junto a minha melhor amiga, Ana. Ela era tão legal e bonita quanto eu. Super carismática. Cabelo castanho claro curto, olhos cor de avelã. Eram como carne e unha.

 

– Luisa! – chamou sua amiga. – Vai com quem no baile no sábado?

 

– Com meu namorado por quê?

 

– Nada.

 

Depois da aula Luisa andava com a sua outra amiga, Carina. Carina era ruiva, olhos verdes escuros. As duas não eram tão amigas quanto Ana e Luisa, praticamente a segunda melhor amiga. Ana andava bem estranha depois que apresentou o seu namorado a amiga.

 

– Ana ta mudada né? – perguntou Luisa.

 

– É... Ouvi dizer coisas horríveis dela! Acho que ela está namorando muito!

 

– Nossa! Coitada da reputação dela!

 

 

– Pausa no flashback –

 

– Mãe... Como assim “coitada”?

 

– É que naquele tempo, as garotas que namoram muito são mal faladas. – Sua filha não respondeu só ficou meio surpresa e então ela continuou.

 

– Play no Flashback –

 

 

– Você vai com Eduardo, seu namorado né? – perguntou Carina.

 

– Claro!

 

– Nem acredito que falta tão pouco, já é sexta!

 

– É. – suspirou a morena. – Bom, vou para a minha casa. Tchau! – acenei andando.

 

Luisa estava saindo de costas pra rua, olhando para a sua amiga ruiva. Não sabia por onde estava indo, mas quando se virou e deu cara com a bicicleta, sentiu seu coração pular, seu corpo tremer e fechou os olhos.

 

– Você está bem? – disse um garoto.

 

A morena acordou e viu que estava no passeio. Tinha alguns arranhões e ferimentos que doíam muito. Seus materiais, que voaram, foram recolhidos pelo garoto, que a atropelou acidentalmente.

 

– M-me desculpe. – a garota sentiu a sua face ferver quando se desculpou.

 

– Eu que tenho que me desculpar, eu também não te vi. – disse o garoto parecendo legal. – Consegue ficar de pé?

 

– Acho que sim... – a menina tentou subir, mas notou que tinha torcido o pé. – Ai! – gemeu de dor.

 

– Ih! Acho que vou ter que te levar em casa! – disse me carregando.

 

O garoto carregou Luisa e seus materiais até a sua casa. No caminho ela observava cada detalhe do rosto dele. Tinha cabelos cacheados cheio de gel para alinhá-los, olhos castanhos e encantadores, bem forte e meio distante, não é a toa que nenhum dos dois se viram.

 

– Que o seu nome, broto?

 

 

– Pausa no flashback –

 

– Broto? – perguntava a garota incrédula.

 

– Gíria, minha filha, gíria.

 

– Estranho... – sussurrou a garota ainda não acreditando.

 

– Play no flashback –

 

– Luisa. – disse sorrindo.

 

– Carlos. – ele devolveu meu sorriso. – Sua casa é pra onde mesmo?

 

– Ali aquela no final da rua. – disse ela sem tirar os olhos dele.

 

Ele a levou até a porta e quando a sua mãe abriu, ele a entregou e saiu logo. Nem deu tempo para ela dizer obrigada. Por um lado ficou preocupada se um dia iria falar com ele de novo, mas ainda tinha que se preocupar com a prova.

 


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