Do Princípio... escrita por Vany Myuki
Notas iniciais do capítulo
Não sei se agradará à todos...
Mesmo assim, aí está ele!
Caspian havia saído furioso de dentro da caverna, já havia ouvido falar de Suzana, todos os telmarinos a conheciam, segundo tais, o pai proibira ela de falar com qualquer pessoa temendo que a filha desse com a língua nos dentes e mencionasse o nome de Aslam e os narnianos.
_Senhor_Caspian virou-se pego de surpresa por Ciclone.
_Sim?_disse, a voz embargada.
_O Grande Rei Pedro deseja-lhe falar_Ciclone gesticulou para dentro da caverna.
Caspian não queria voltar lá, seria como se sua saída não demonstrasse sua irritação.
_Diga ao Rei que venha falar-me aqui_disse zangado.Ciclone encarou o chão pensativo.
_Senhor, quando jurei segui-lo eu puz não só minha vida como a de todos os meus filhos em suas mãos.
Caspian o encarava sério, Ciclone não esperou que ele interrompesse e continuou:
_Espero ter posto nossas vidas nas mãos exatas.
Depois disse Ciclone fez uma refência e saíu trotando para o grande pátio fora da caverna.
Caspian engoliu em seco, apesar de não querer deixar-se fazer por marionete nas mãos dos Reis e da Rainha sabia que não deveria agir de tal forma, haviam muitas vidas em perigo naquele momento, e ele era encarregado delas.
Ergueu a cabeça e caminhou novamente para aonde fugira minutos antes.
Quando chegou, viu que Pedro e os outros se reunião ao redor da Mesa de Pedra de Aslam, até mesmo Suzana, mesmo muito pálida, estava lá firme ao lado dos Reis.
Caspian ordenou-se a não lhe dirigir o olhar nem a palavra nem sequer uma vez, não passaria de bobo por uma telmarina traidora.
_Qual o assunto tão importante?
_Devemos planejar nossa batalha, atacar primeiro ou esperar o ataque?
Caspian encarou Pedro, ele sabia que o Rei tinha razão, a guerra era algo inevitável, ainda mais estando os telmarinos em números bem mais vantajosos do que eles.
_Acho que lutar é loucura Pedro.
Todos desviaram seus olhos para a pequena Rainha Lúcia, ela estava, a expressão jovem, severa.
_Desculpe Lú, mais acho que está não é uma conversa para você.
Lúcia escancarrou a boca, Pedro estava-a tratando como uma garotinha novamente, como se estivessem regredido um ano novamente e entrassem em Nárnia pelo velho Guarda-Roupa.
_Pedro!_exclamou Lúcia, ela estava começando a ficar vermelha, como se estivesse muito zangada ou envergonhada.
_Pedro têm razão Lúcia, isso não é conversa para crianças, principalmente para você!_Edmundo disse ajeitando os ombros.
_Vossa alteza têm pouco mais do que ela_defendeu Trumpkin, mais calou-se imediatamente, limitando-se a apenas olhar para os próprios pés.
Caspian encarou todos, em poucos segundos Pedro, Lúcia e Edmundo já estavam envolvidos numa grande discurssão.
O texugo apenas olhava a cena sem se intrometer em dizer nada.
Trumpkin, ainda receoso, continuava achando seus pés interessantes.
Mesmo tendo prometido não olhar Caspian sentiu-se obrigado a fazê-lo:
Suzana olhava para a Mesa de Pedra sem nenhuma expressão no rosto, Caspian pensou que talvez ela estivesse passando mal.
Porém, quando a rainha Lúcia saiu correndo e chorando da caverna Suzana sem olhar para qualquer lado correu atrás da pequena.
_Desculpe-nos, irmãos são uma dor de cabeça sem igual.
Edmundo resmungou algo magoado com o comentário do irmão mais eles sabiam que tinham coisas para tratar, e assim fizeram.
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_Lúcia_gritava Suzana.
A garota havia-a perdido de vista quando esta correu para além da floresta.
_Lúcia!
Suzana estava começando a ficar desesperada, nesse tempo de guerra não era suspeito que qualquer telmarino estivesse pelas redondezas.
O coração de Suzana acalentou-se ao ver a pequena Rainha em cima de uma árvore com a cabeça entre os joelhos.
Lúcia ouviu Suzana se aproximar e levantou a cabeça.
Suzana escalou a árvore e sentou-se do lado de Lúcia.
_Sabe, acho que o que eles fizeram foi muito errado, mas irmãos mais velhos fazem isso.
Lúcia perguntou com a voz pastosa:
_Seu irmão já fez isso com você?
Suzana riu sem humor e encarou o nada.
_Eu não tive irmãos, não possuo a mesma sorte que você, minha Rainha.
_Você que foi a sortuda, pode fazer o que quiser e falar o que bem entender sem ter a quem lhe extressar.
Suzana riu da careta de Lúcia.
_Sabe, eu sempre quis ter irmãos e acho que estes são umas bençãos, encomodam..._Lúcia assentiu mais prestava atenção nas palavras de Suzana_mais são os que nunca lhe deixaram em hipótese alguma.
Lúcia já não chorava apenas olhava para Suzana.
_Eu queria que você fosse minha irmã, Suzana.
O coração de Suzana doeu, talvez tenha sido pela emoção que cortou-lhe o peito.
_Quem disse que não podemos ser?
Lúcia sorriu e abraçou Suzana.
Por algum tempo elas conversaram animadamente como se fossem duas irmãs de verdade.
_Pena que não podemos fazer nada!_disse Lúcia de repente_Eles iram iniciar uma luta e nos nem podemos opinar.
Suzana ficou pensativa e depois virou-se para Lúcia, um sorriso reprimido no rosto.
_O quê?_perguntou Lúcia, já sorrindo.
_De qualquer maneira uma guerra é inevitável, porém..._disse Suzana enigmática.
_Porém...?_implorou Lúcia.
_Talvez aja um jeito de sermos úteis, nós duas.
Lúcia tinha os olhos brilhando enquanto Suzana explicava-lhe o que fariam.
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Foi um capítulo curto, espero que gostem, e sempre deixem comentários ^^
Beijos!