P.O.V Edmundo

_Acho que posso ajudar quanto à isso!

Todos, inclusive eu, observaram enquanto Caspian se pronunciava perante à todos.

Pedro confirmou com um aceno de cabeça para que o príncipe continuasse.

_Quando eu morava no castelo o número mais equivalente era de uns três mil soldados.

Todos se entreolharam preocupados, afinal, estavámos em desvantagem transparente.

Pedro continuou pensativo, sua face aprofundada em preocupação.

Apesar de saber que muitas vezes meu irmão agia errado, eu estava começando a ficar com pena dele, nunca, nem na primeira batalha que travamos contra a Feiceira branca, ele estivera tão concentrado como agora.

Talvez pelo fato de que naquela época o número de narnianos era um pouco maior do que os de hoje, tendo em vista que havia reduzido considerávelmente após milhões de anos.

_Faremos o seguinte..._todos escutavam atentamente Pedro, a respiração mal se era ouvida entre todos os demais _ está noite será cansativa, não dormiremos, apenas treinaremos para combate-los ao amanhecer, certamente eles serão pegos desprevinidos, o que nos dá uma boa vantagem mesmo em menor número.

Alguém se moveu no círculo e adentrou o mesmo, pousando todos os olhares em si.

_Mais se por um acaso eles não chegarem já batalhando, e sim sorrateiramente?_perguntou Lúcia os olhos preocupados.

Pedro disse, não transparecendo dúvidas em suas palavras:

_Também tenho um plano quanto à isso, e como você, Lilliandil e Natália certamente desconhecem as técnicas de guerra, serão as mesmas a serem encarregadas disso.

Lúcia olhou Pedro e em seguida voltou-se para a filha de Ramandu.

Vi minha irmã erguer as sombrancelhas suspresa ao olhar para Lilliandil, apenas não entendi o porquê.

Alguém se moveu atrás da filha de Ramandu e postou-se ao lado de Lúcia.

Eu já havia visto a mesma, apenas não dei muita importância quanto à isso, afinal, ela não tinha nos atacado, certamente veio para ajudar-nos o que não me fazia sentir curiosidade sobre a mesma.

_Se me permiti?_falou a garota que brilhava e tinha um par resplandecente e magnifíco de asas atrás de suas belas costas.

Pedro assentiu para que ela continuasse.

_Sou boa em espada, já travei muitas lutas, e acredite, a maioria saímos vitóriosos, se o Rei me permitir tal honra e preferia ficar e guerriar com os demais.

Todos trocaram olhares apreensivos, apesar de parecer firme em sua decisão, ainda sim era uma mulher.

_É claro que sim Nath, nós estamos honrados com seu pedido.

Todos exclamaram altamente em indignação.

_Silêncio!_gritou Pedro para os narnianos_ Porque vamos repreende-la? Esqueceram que Suzana também era uma mulher e sabia impôr uma espada melhor que alguns de nós?_perguntou Pedro com uma tristeza continua no olhar.

Todos se calaram imediatamente, talvez porque muitos se sentiram insultados pelo comentário de meu irmão.

_Está decidido Nath. Você pode guerriar conosco, e Lúcia e Lilliandil se encarregaram da vigília na floresta.

Lúcia sorriu, mais algo estava errado no sorriso de minha irmã.

Definitivamente não era o sorriso que ela daria depois de receber uma missão, que sabe-se lá como, Pedro deixara ela participar.

_Começamos a vigília agora mesmo Pedro?_perguntou Lú, ainda com o olhar distante.

Pedro assentiu e prosseguiu a falar:

_Você e Lilliandil entrem e comam algo, de qualquer maneira quero vocês duas munidas de armas, e quando estiverem prontas o cavalo de Suzana, Aslam, estará disponível para que se embrenhem na mata.

Tanto Lilliandil quanto Lúcia assentiram sem demonstrar nenhuma emoção.

_Os demais_ continuara Pedro_ quero que se alimentem e comecem os treinamentos, antes que o sol esteja se pondo quero que todos estejam preparados na linha de frente, com excessão dos que ficaram dentro da caverna e os arqueiros que estaram escondidos de prontidão entre as montanhas.

Todos os demais assentiram, definitivamente era um bom plano, na verdade bom até demais.

_Trumpkin, você ficará encarregado dos arqueiros, quero que estejam em posição quando a hora se aproximar.

O anão assentiu, feliz por liderar o grupo.

_Caspian será responsável pelos demais dentro da caverna, quando os inimigos se aproximarem quero que os pilastres que seguram a terra no subsolo sejam quebrados, fazendo que um grande burraco seja aberto engolfando todos para dentro dele.

Eu tive que perguntar, afinal eu também tinha o direito de saber.

_Isso não é arriscado Pedro? Quero dizer, muitos de nós podem acabar soterrados se não conseguirem sair à tempo.

_Teremos que arriscar, espero, de verdade, que todos consigam sair pela saída empróvisada do outro lado do campo.

O silêncio pairou ali, muitos estavam temerosos de não conseguirem.

_Nós conseguiremos, seremos rápidos!_disse Caspian, tentando, e por mais incrível que pareça, conseguindo transparecer calma.

Pedro sorriu para o príncipe e continuou a esclarecer as estratégias:

_Eu e Edmundo_ele olhou para mim, esperando minha aprovação, sem demora pus-me a assentir em confirmação _ ficaremos na linha de frente com o restante dos soldados.

Pedro voltou-se para Lúcia.

_Lú, depois que os soldados de Mirraz estiverem se aproximando você e Lilliandil partirão para a floresta.

Lúcia começou a negar freneticamente com a cabeça, porém Pedro a interrompeu com um aceno de mão.

_Essa é uma outra missão designada para vocês duas, eu quero que procurem Aslam, precisaremos de toda a ajuda o possível.

Lúcia sorriu, mais seu sorriso ainda tinha um misto de algo que eu não conseguia identificar.

Pedro encarou todos e repousou seu olhar no príncipe Caspian:

_Acha que o plano convém?_perguntou para Caspian.

Caspian sorriu e disse o mais animado o possível:

_Não tenho dúvida que dará certo!

Pedro, sem demora gritou, assumindo uma postura de Rei:

_Todos concordam?

Eu e o restante dos demais gritamos em aprovação.

Por mais sangue que fosse derramado, eu não podia deixar de dizer que estava eufórico para o amanhecer do dia.