Do Princípio... escrita por Vany Myuki


Capítulo 4
Liberdade


Notas iniciais do capítulo

Eu queria agradecer à duas pessoas muito especiais que têm me dado um grande apoio para continuar a fic:
Júlia e Nath vocês são as melhores leitoras que eu poderia ter.
Obrigada, adoro vcs ;)



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Suzana havia preparado tudo e agora encaminhava-se para o bosque, pegou Aslam e caminhou em silêncio até o bosque.

Tinha pegado algumas roupas, porém deixara mais lugar para os suprimentos.

Havia também trazido seu arco e flecha, seu pai raramente deixava sua espada perto da garota, ele sabia o interesse que ela supria por objetos pontiagudos.

Era madrugada e a noite estava muito cálida e fria, ela estava começando a perguntar-se se fora sensato tomar está decisão.

Dizia a si mesma que precisava tomar um rumo em sua vida, e não seria embaixo dos gritos e dos gestos violentos de seu pai.

Aslam estava ficando impaciente, sua dona já estava desesperada.

Suzana pensou em ir embora, mais seu coração dou com a ideia de voltar para a mesma vida pacata e sem emoção, sem amor e sem aventura que levava.

Então resolveu que iria embrenhar-se na mata atrás do castelo dos Grandes Reis de Nárnia.

Ao decidir seguir em frente seu coração aqueceu-se reconfortado.

Ela puxou as rédeas de Aslam e quando virava para entrar na floresta ouviu barulhos de cascos batendo no solo.

Olhou para trás e quis matar-se por acreditar no guarda, como podia ser tão tola?!

Ela havia praticamento assinado sua sentença de morte ao acreditar naquele cretino.

Amaldiçoou-se por isso, mais não havia tempo para uma briga interna, ela teria que correr se não quisesse ser pega.

Pegou as rédeas de Aslam e começou a cavalgar rapidamente, a garota tinha sorte, ela e Aslam eram como um só, o que fazia com que eles ficassem em vantagem na hora da fuga.

Ouviu dezenas de cascos ficarem para trás, porém não parou. Corria como nunca havia feito, o cavalgar a acalmava e mau parecia estar tentando salvar sua vida, era Aslam que a fazia sentir-se assim, tão confortável, destemida.

Suzana cavalgou a noiute inteira sem trégua, atravessou um riacho e ali saciou sua sede e de Aslam.

Suzana deu uns minutos para o cavalo descansar, após estes mesmo assim Aslam não estava muito bem para cavalgar e sustentar o peso da garota, então Suzana decidiu guiar os dois caminhando por entre os arbustos, ela nunca vira algo igual.

Suzana estava maravilhada com tudo, desde o mais verde até o mais rugoso, isso a fazia sentir-se livre, forte.

E o cheiro úmido sem igual fazia com que a liberdade valesse a pena.

Caminhou por longos minutos com Aslam, o sol já havia nascido, à está hora sua ausência já havia sido notada e todos os telmarinos estavam à sua procura, esperando para caçar-lhe e colocar sua cabeça em praça pública como a traidora que era.

Suzana pouco sem importava com o que diriam ou fariam com ela, se fosse pega e esquartejada ela morreria feliz.

Morreria feliz por ter tido a chance de sentir a adrenalina, o vento em seu rosto.

Era tudo tão imaginável e surreal, que doía pensar em não ter experimentado por tanto tempo este novo mundo.

Estava sozinha, não totalmente, Aslam estava com ela, e ela sabia que o verdadeiro Aslam à estava protegendo e ajudando onde quer que estivesse.

Suzana parou novamente depois de caminhar com Aslam e alimentou à si e ao seu cavalo.

Novamente começaram a caminhada, vez ou outra Suzana ouvia ruídos, mais nenhum a fez ir a fundo, ela sabia que tratava-se apenas de pequenos animais da floresta e não estava com nenhuma vontade de ver qul era, apesar de ser uma ótima arqueira e uma excelente espadachin ela ainda obtinha características semelhantes as demais mulheres, como por exemplo o nojo por qualquer tipo de animal rastejante ou não.

Suzana sentia os olhos ardendo por conta do sol e do cansaço que está caminhada estava lhe causando e jugando pelo estado de Aslam tinha a mesma opinião sobre o animal.

Quando percebeu que chegava a hora de descansar parou e deitou-se junto a Aslam, ali mesmo caiu no sono cansada, porém com um brilho imaginável de felicidade.

Suzana estava tão cansada que não percebeu quando o sol sumira e deu lugar para a noite.

Quando acordou ficou espantada ao ver que tinha dormido mais do que o esperado, mais tinha que admitir que sentia-se bem melhor, mais disposta e faminta.

Ela e Aslam consumiram tudo o que restava, o que fez-a pensar que teria que sair a caça de mais suprimentos.

Suzana deixou Aslam ali preso em uma árvore, e depois de beijar-lhe o focinho e receber um grande relincho em aprovação, caminhou para mais perto à fim de desvendar o mistério.

Ela avistou umas torres meio antigas e caindo aos pedaços, estreitou os olhos para poder obter melhor visão, afinal o sol ofuscava-lhe os olhos.

Olhou em volta e percebeu que antes dos muros haviam macieiras cercando o castelo, ficou feliz em saber que fome não passaria, e poderia alimentar Aslam o suficiente para que ele conseguisse carrega-la.Jugando pelo seu cansaço e sua vestimenta ela não parecia nada bem.

Suzana adentrou os muros onde talvez antigamente ouvesse havido um grande arco para sustentar os portões.

Já dentro do terreno sua visão ficara mais ampla e um grande sorriso foi plantado em seu rosto.

Era um grande pátio, este deveria ser o pátio do castelo dos Reis e das Rainhas de Nárnia, logo à frente haviam milhares de torres antigas, algumas em ótimo estado outras desmorronadas..., mas ainda assim não podia negar que ali pertencera a realeza.

Suzana não pôde deixar de comparar as nebulosas e feias torres do castelo do princípe Caspian com as de Nárnia, mesmo tendo boa parte derrubadas havia algo especial ali, parecia mágico e cheio de vida, era lindo de se ver...

Suzana aproximou-se do que parecia ser uma parede e alguma coisa fez com que ela move-se está, após isso ela surpreendeu-se ao ver uma porta pequena e velha, reunindo toda sua força ela tentou empurrar a porta, tentou porém estava trancada e parecia não ter como abri-la, frustada ela socou a porta.

O gênio da garota era forte mas seus socos pareceram ter fundamento quando a porta rangindo fracamente abriu-se devagar.

Suzana alarmada caminhou com todo o cuidado para dentro desta, desceu a escada e o que encontrou só fez com que tivesse certeza que havia feito a escolha certa ao preferir acreditar em Aslam e em seus grandes reis.Lá em baixo estava tudo terrivelmente sujo e apenas o que se encontrava naquele cômodo vazio eram baús.

Três para ser exato.

Cada baú era separado por um pilastre, Suzana abriu o primeiro e encontrou vestidos muito belos e alguns objetos raros, mais o que chamou-lhe a atenção foi um arco belissímo com suas flechas idênticas, era tão resplandecente e gratificante pensar que aquilo já pertencera um dia à uma rainha de Nárnia.

Suzana soltou um suspiro reprimido e recolocou o objeto novamente em seu lugar.

Seguiu para o outro baú, neste haviam espadas e roupas masculinas, também se encontrava um jogo muito famoso ao qual ela nunca quisera aprender por achar coisa que uma dama certamente se postaria para fazer.

Suzana não era masculina, pelo muito o contrário, era muito vaidosa, porém sabia separar as coisas, sabia a hora de preocurpar-se com a beleza e a hora de saber usar uma espada, parecia muito errado para as demais pessoas, mais pelo seu ponto de vista era algo realmente muito formidável.

Ainda com a curiosidade saltando-lhe as veias encaminhou-se para o outro baú lá a primeira coisa que chamou-lhe a atenção foi uma reluzente espada, ela a pegou maravilhada com a leveza da mesma, aproximou-se tentando identificar o que estava escrito e ficou perplexa quando leu as seguintes insignas :

O Grande Rei Pedro - O magnífico.

Isso mortificou-lhe.

Estava ela segurando a espada de um dos reis mais corajosos que já reinara em Nárnia?

Era provável que sim.

Suzana pareceu perder-se naquelas láminas, nem sequer notou que não estava sozinha.

_Quem é você?

A garota soltou a espada sobresaltada, está chocou-se contra o chão fazendo um grande barulho.

Ela olhou e avistou dois rapazes, o primeiro era incrivelmente bonito, tinha o olhos verdes, parecidos com esmeraldas, seu cabelo era de um louro resplandecente, era sem dúvida muito belo.

Levou seu olhar para o segundo, este tinha cabelos negros e um olhar jovial, deveria ter uns anos à menos do que o primeiro, o que a assustou foi que ele parecia-se muito com ela, com excessão dos olhos que eram quase tão negros quanto seus cabelos.

Suzana deixou seu olhar recair na menina, era apenas uma garota com cabelos ruivos e belos, apesar de tudo era a única que sorria para Suzana, seu sorriso era verdadeiro o que deixou-a menos temerosa.

Suzana notou que todos vestiam-se estranhamente iguais embora as cores fossem diversificadas.

_Eu que pergunto, quem são vocês?

Os três a olharam aturdidos.

_Eu me chamo...

_Não Lúcia, ela que deve-nos explicação.

O louro falou cravando seu olhar assasino em Suzana.

_É, você está invadindo uma propriedade sabia?

O garoto, estranhamente parecido com ela falou.

_Pelo visto não sou a única invasora.

Suzana encontrou as palavras certas, porém só fez com que o louro esbanjasse um sorriso sarcástico.

 _Desculpe-me mais deixe-me comunica-la que não somos invasores, e sim os donos deste palacete.

Suzana começou a rir histericamente.

_Por favor não teste minha inteligencia, seria improvável que um dia vocês moraram neste castelo.

_Não seria não._a garota do cabelo ruivo rebateu.

_Somos os reis e a rainha de Nárnia._o garoto jovial falou parecendo muito certo do que dizia.

_Agora vocês vão me dizer que são Pedro, Lúcia e Edmundo?Suzana não conseguia mais segurar o riso, era incontrolável.

_Eu ordeno que pare!

O mais velho dos três gritou fazendo com que Suzana interrompesse o riso abruptamente.

Isso aguçou a raiva de Suzana, ela não gostava de ganhar ordens, este fora um dos motivos por ter vindo atrás de Nárnia.

_Então me cale.

O rapaz avançou, Suzana sem perceber o que fazia jogou a espada do Grande Rei Pedro para ele e pegou outra no baú.Pedro estava impressionado com a coragem da jovem, e riu achando graça.

_Acha mesmo que eu duelarei com uma garota?

Ele enfatizou a última palavra com um misto de ironia e preconceito.

_O que foi está com medo?

Ela percebeu as sombrancelhas do rapaz se erguerem e depois relaxarem sorrateiramente.

_Nunca temerei a nada!

_Ótimo._Suzana sorriu e ele fez o mesmo.

Os dois começaram a duelar, Pedro achou que não terei problemas se tratando de uma mulher, porém enganou-se mortalmente.

A cada golpe ficava mais difícil intercepta-la, ela era uma ótima espadachin, talvez boa demais.

Suzana percebeu que o rapaz jovial gritava o nome do amigo.

_Vai Pedro, acaba com ela, mostra pra ela que mulheres não tem condição de vencer em um duelo.

Irritada com o preconceito de ambos ela se voltou para a garota que olhava horrorizada com a cena, ao mesmo tempo que transferi-a golpes e intercedia alguns.

_Você podia torcer por mim, o que acha? Homens contra mulheres?

Ela viu a garota sorrir e piscou para está.

_Eu não sei seu nome.

A garota gritou para Suzana, enquanto está girava sua espada intercedendo um golpe genial do seu oponente.

_Suzana.

Ela sorriu entre um chocar de espadas e outro.

_Vai Suzana acaba com ele!

Suzana soltou uma gargalhada enquanto lutava com o rapaz.

Ela olhou-o nos olhos e percebeu que ele também sorria.

_Lúcia!_repreendeu-a o rapaz de cabelos negros. Pedro é nosso irmão, é mas do que esperado que você torça por ele.

_Eu gostei dela._Suzana sentiu-se feliz por saber que a pequena garota a qual nem conhecia havia lhe dado um voto de confiança.

O garoto bufou, aparentemente cansado da conversa.

_Vai Pedro!

A pequena gritou o mais alto que pôde:

_Você consegue Suzana!

Suzana continuou uma luta sem trégua som seu adversário em meio aos gritos dos dois outros que assistiam a luta.

_Você é boa._disse Pedro quando Suzana prendeu-lhe os braços para trás.

_Bom é você_Pedro sorriu satisfeito com o elogio._Eu sou melhor.

O sorriso de Pedro se desfez com o comentário da garota, ao mesmo tempo Suzana conseguiu desarmar Pedro e girou-lhe de modo que a lâmina de sua espada ficasse no pescoço do rapaz.

_Como eu disse eu sou melhor.

Ela sussurrou no ouvido de Pedro, este soltou-se e olhou perplexo, literalmente sem fala.

_Aeeeeeeeee.

Pedro olhou para seus irmãos:

Lúcia pulava comemorando a vitória de Suzana, Edmundo olhava de queixo caído para Pedro, tentando, ao menos, imaginar como o irmão havia sido derrotado.

Suzana caíu para trás quando a pequena menina veio e se atirou alegremente nos braços dela, as duas olharam uma para a outra desgrenhadas e jogadas no chão.

_Desculpe-me.

A menina falou com receio que Suzana se voltasse contra ela, porém Suzana estava muito feliz então apenas começou a rir.

Lúcia acompanhou Suzana na gargalhada, Pedro e Edmundo até tentaram mais não conseguiram evitar de compartilhar da gargalhada, simplesmente era contagiante.

Após alguns minutos recompondo-sem estavam todos tentando recuperar o fôlego que a risada lhes tomara.

_Acho que devo-lhe desculpas, não foi muito gentil da minha parte o modo como lhe tratei agora à pouco.

Suzana o olhou risonha, estava ávida para perguntar não podia se aguentar.

_Vocês são realmente os reis que governaram Nárnia a mil e trezentos anos atrás?

Os três acenaram positivamente.

_De verdade?Suzana parecia estar se convencendo disso.

_Sou o Grande Rei Pedro- o magnífico.

Edmundo e Lúcia reviraram os olhos o que fez Suzana rir.

_Poderia omitir a última parte.

_Não sei onde já ouvi isso.

_Creio que vocês dois devem ser Edmundo e Lúcia.

_Sim, somos.

Edmundo lembrava muito Suzana quando estava zangado, mantinha-se curto em suas palavras.

_Certo, acho que devo desculpar-me por meu comportamento, mais creio que concordam comigo que para mil e trezentos anos vocês estão bem novos.

Os três riram da piada de Suzana.

_Desculpem, é estranho. Quer dizer, sempre formei imagens de vocês em minha mente, e quando finalmente os conheço não eram nem um pouco parecidos com o que eu imaginava.

Lúcia sorriu e disse com uma simplicidade única:

_No nosso mundo as coisas andam bem devagar.

_Aposto que sim.

Pedro encarava Suzana fascinado, não só pela beleza desta, como também por sua personalidade forte, seu jeito de se opôr, até mesmo suas risadas eram contagiantes.

Suzana percebeu o olhar de Pedro e pigarreou tentando, sem muito sucesso, acabar com o clima que estava pairando entre os dois, ela não sabia o porquê mais sentia-se mal apenas por achar o Rei estonteantemente lindo, parecia algo errado, mais não tinha idéia do porquê deste sentimento.

_Então vocês retornaram exatamente por quê?

Dessa vez foi Pedro quem respondeu.

_Sinceramente nem nós sabemos, pensamos que Aslam aparecia para esclarecer tudo, mais pelo visto ele deve estar ocupado.

Pedro bufou, estava cansado de enigmas.

_Não fale assim Pedro! Aslam sempre faz a coisa certa.

_Lú, não o defenda.

Edmundo estava muito zangado, ele igualmente a Pedro odiava lidar com enigmas e charadas.Os três irmãos começaram a descutir entre si, Suzana não conseguia identificar as palavras de cada um estavam todas indistintas e bagunçadas.

_Me desculpem a intromição, mais sou obrigada a concordar com a Lúcia.

Os três à encararam.

Lúcia estava claramente feliz por ter Suzana do seu lado.

_Concordar?

Pedro estava impressionado.

_Sim.

Suzana encarou os irmãos não abaixando o olhar ou o tom de voz, sendo eles reis ou não eles não tinham domínio sobre ela.

_Desculpe-me Suzana, mais como você pode ter percebido sou o mais inteligente e sensato de minha família _ Edmundo olhou para os irmãos que importaram-se em apenas rolarem os olhos. E julgando pelo fato de você ser humana e não metade de algum animal ou ele por completo acho que você não deve ser uma narniana, estou correto?Agora Pedro e Lúcia prestavam atenção máxima em Edmundo, deixando de lado as pecuinhas.

_Infelizmente não.

Suzana soltou um suspiro de tristeza queria mais do que tudo ser uma narniana, ter livre arbítrio e poder virar-se sozinha e mergulhar de cabeça em diversas aventuras.

Ela levantou os olhos que estiveram grudados no chão durante seu desvaneio e encarou os pares de olhares fitando-a.

_Embora esteja transparente sua vontade de ser uma..., o que você realmente é? De onde veio, para onde vai?

Suzana não tinha a máxima certeza se deveria falar sobre esse assunto para três desconhecidos que diziam ser reis antigos que retornaram sem um motivo em questão, mais algo neles passava uma confiança que Suzana não conseguia entender, apenas sentia que ficar ao lado deles era o correto, era o que Aslam queria, o que Aslam havia traçado em seu destino, e se Aslam tinha encaminhado ela para perto dos três reis ela não desobedeceria está ordem.

_Minha origem é telmarina_logo após pronúnciar tal palavra pode ver surpresa nos olhos dos três irmãos, então apressou-se em explicar-se

_Mas não posso considerar minha origem quando minha vida eu coloquei nas mãos de Aslam para que ele me usasse como objeto de grande utilidade para Nárnia. Desde criança minha devoção foi com o povo narniano, eu adorava ouvir suas histórias, principalmente a que incluia vocês. Era algo que me atraía, fazia-me viajar num mundo novo..., meus pais sempre foram contra Nárnia, assim como todos os telmarinos, acham que narnianos foram extintos há anos _ Suzana reprimiu um sorriso, era óbvio que estavam enganados _ Eu sempre quis tirar minhas próprias dúvidas, mais nunca tive coragem para isso, há duas noites conheci um guarda do castelo do Príncipe Caspian, lutei com ele e ele confessou-me que sairia em busca de narnianos, eu mesmo sem convite quis o seguir, ele, por sua vez, concordou nos encontrariamos num bosque para seguirmos viagem.

Pedro, Lúcia e Edmundo olhavam atentamente para Suzana enquanto está recuperava o fôlego para prosseguir:

_Eu estava tão eufórica, que esqueci-me de raciocínar.

_Típico de mulher.

Suzana ignorou o comentário de Edmundo e continuou com sua explicação:

_Ele traiu-me, mandou vários guardas atrás de mim, eu consegui fugir mais não sei por quanto tempo, aposto que meu rosto deve estar estampado em cada parede do vilarejo e do castelo, sem falar nas centenas de guardas que neste exato momento devem estar me procurando entre as árvores.

_Você traiu seu povo!_Lúcia concluiu, seu cenho franzido.

_Pelo jeito sim, estou numa grande enrrascada.

_Mas sua família?Tenho certeza que possuí uma!Não têm medo que os telmarinos os peguem apenas por vingança?

Suzana já havia pensado na possibilidade, mais julgando pelos comentários ao seu respeito seus pais ficariam contra a filha e se possível ajudariam na caçada.

_Vocês não conhecem meus pais, minha mãe faz tudo que meu pai manda, segue uma linha rígida em casa, já meu pai é um homem muito violento, eles já foram normais, porém por um motivo ainda desconhecido eles mudaram.

Suzana não percebeu quando uma lágrima lavou-lhe a face.

Lúcia abraçou a cintura de Suzana que ficou surpresa com a demonstração de compaixão.

_Não fica assim...

_Obrigada Rainha Lúcia.

_Não precisa nos chamar assim, é muito cortês!_Edmundo falou arrancando risada de todos.

Suzana encontrou seu olhar ao de Pedro, este caminhou até a sua direção e afagou-lhe o ombro.

_Não deixaremos nada de mau acontecer com você Suzana.

Suzana sentiu uma facada no coração, aquela demonstração de carinho entre os quatro que acabaram de se conhecer significou muito mais do que apenas união. Para Suzana era como se tivesse ganhado uma família, para Suzana agora,  Pedro, Edmundo e a pequena Lúcia eram dali por diante seus irmãos de coração.


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Notas finais do capítulo

Não deixem de comentar o que estão achando e o que deve ser melhorado.
Beijos...