Você Estará de Volta escrita por VenusHalation


Capítulo 12
Capítulo 11 - Ciúme




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Haviam sentado e conversado após aquela noite. Ambos estavam de acordo que era mais importante focar em seus deveres, mas era muito difícil. Aguentaram apenas dois dias até que um simples toque de mãos acidental gerou um olhar e um beijo apaixonado, seguindo de mais dias assim, não apenas uma ou duas vezes. Na verdade, as coisas aconteciam entre um pergaminho e outro, ou qualquer tipo de anotação. Podiam tentar quantas vezes fossem, mas ambos se provocavam demais e o tempo inteiro.

Kunzite fazia questão de olhar os mapas atrás dela, falando tudo o que podia aos seus ouvidos com a voz rouca e baixa. Venus insistia em anotar os relatórios abaixada diante dele, deixando o vestido cair com o decote para frente. O general sempre jogava o cabelo para trás, fingindo um falso pensamento e ela sentava-se cruzando as pernas expostas repetidas vezes, tentando parecer concentrada de qualquer forma enquanto passava a língua sobre os lábios.

Qualquer coisa ou qualquer mínimo movimento era motivo para testar um ao outro, o que sempre terminava em beijos, mãos e pernas entrelaçadas.

Naquela tarde estavam debruçados sobre uma formação de exército. Bonequinhos e pequenas bandeiras de metal eram posicionados juntos, tendo sua explicação feita por Kunzite um a um. Seria uma simples explicação se a loira não tivesse, propositalmente, deixado um boneco cair para fazer os dois se abaixarem para pegar. Em minutos os dois estavam não apenas abaixados, mas juntos em uma confusão de pergaminhos espalhados pelo chão.

– Isso não é certo. - Venus olhava para ele.

– Não, não é. - Sorriu ajeitando a franja dela. - Veja só quantos mapas eu terei de redesenhar.

– Kunzite! - Repreendeu. - É sério, estamos atrasando nosso trabalho e alguém pode nos pegar!

– Eu sei. - Soltou um longo suspiro olhando para o teto. - Esqueça tudo isso Venus, é impossível.

– Impossível?

– Impossível eu vê-la e não lhe querer cada dia mais. - Acariciou os dedos sobre o rosto dela, como se pudesse desenhar cada detalhe perfeito.

– Você sempre me ganha nas palavras. - Chegou mais perto, aninhando-se no peito dele.

– Sejamos realistas, Venus: Nós não conseguimos.

– Nós deveríamos ser exemplos!

– E somos ótimos! - Ergueu os olhos para o teto. - Veja que Endymion e Serenity estão sempre fazendo o mesmo que nós!

– Mas você não tem jeito! - Fechou as pálpebras e suspirou. - Pertencemos a lugares diferentes, eu não quero me esconder pra sempre, ter medo dos outros, viver sem paz ou me sujar de tinta!

– O que acha de uma nova visita de campo? - Abraçou ela contra o corpo.

– O quê?

– Saímos agora, temos um tempo para nós, sem pressa e sem qualquer pessoa do Reino Dourado para nos preocupar… Passamos um longo tempo juntos e voltamos à noite com as energias carregadas enquanto eu penso em uma solução.

– Pode ser uma opção.

– Te esperarei para sairmos, então. - Levantou e estendeu a mão para ela levantar em seguida.

Beryl acordou no meio da noite e já sabia como executar o seu plano. Esgueirou-se pela escuridão dos corredores a passos lentos e leves e foi para a entrada principal do castelo, saiu fazendo o portão estalar as dobradiças e viu Danburite. O homem não se moveu com o barulho, era estranho vê-lo daquela forma, o seu olhar estava fixo e perdido, completamente fora de foco, completamente fora de si.

A mulher ruiva sentiu um calor diferente em seu peito ao constatar a tristeza nos olhos verdes do soldado. Por vezes o homem suspirava e fechava os olhos por longos momentos, era até assustador pensar que ninguém havia notado um soldado tão relapso a vigiar os portões de Elysion. Talvez Endymion estivesse realmente nas nuvens, o que fez Beryl pigarrear antes de agir.

– Danburite? - Estalou os dedos diante dele, fazendo o loiro pular.

– Beryl, pela deusa! - Olhou com certo nojo, sentindo o coração bater rapidamente contra o peito.

– Alguém como você deveria estar mais atento aos portões, entrei e saí várias vezes - Mentiu, havia sido apenas uma.

– Cale-se, mulher e me deixe sozinho. - Resmungou.

– Alguém está nervoso. - Fez biquinho em provocação. - Seria porque sua amiguinha Venus não vem mais te ver?

– Beryl, me deixe em paz! - Não quis manter contato visual com aquela mulher, muito menos falar de sua vida amorosa com ela.

– Ou será que é por causa do nosso amável general? - Havia veneno em cada palavra lançada. - Fiquei sabendo que muitos os pegaram aos beijos pelo castelo. - Beryl se aproximou mais ainda colocando a boca próxima ao ouvido do guarda. - Até mesmo dizem ouvir os gemidos daquela venusiana vindos da sala de guerra.

– Cale a boca! - Adônis empurrou a mulher com violência ao ouvir o sussurro. - Vá embora!

– Como eu imaginei… - O sorriso dela era largo e malicioso. - Querido, você não precisa se incomodar com isso, eu posso fazê-la sua.

– Claro que pode Beryl, afinal você é tão mágica que todos já viram que você consegue chamar toda a atenção de Endymion. - O sarcasmo na voz dele era imenso.

– Adônis, não precisa me atacar, eu quero ajudá-lo. - A provocação não fazia nenhum efeito. - Eu quero Endymion, você quer Venus… Não percebe que tudo é culpa da princesa da lua?

– Não me chame pelo nome e não diga asneiras! - Sua mente estava perturbada.

– Olhe só, apenas a doce e graciosa guerreira Venus pode chamá-lo assim? - Brincou com a sorte, mais uma vez aproximando-se dele. - Acredite em mim, querido, não é seu nome que ela tem gritado.

– Seja fraca Beryl, mas eu não sou idiota o suficiente para acreditar em rumores! - As narinas dilataram.

– Pois bem, venha aqui. - Puxou o guarda pelo braço.

– Meu trabalho, mulher maluca! - Debateu os braços para trás.

– Nada e você tem sido a mesma coisa parada ali, venha logo!

Atravessaram todo o castelo e deram nos fundos. Passaram os jardins de Elysion e pararam atrás de um arbusto denso e ficaram alguns minutos olhando para o círculo branco que se destacava na grama verde.

– Isso é idiotice, Beryl! - Estava visivelmente nervoso. - Me deixe ir embora!

– Não se mova, nenhum centímetro! - Segurou o homem pelo pulso.

– Eu tenho um dever!

– Já disse que entre você e ninguém, estamos tão protegidos quanto.

Adônis ia se levantar quando o local brilhou. Sua voz morreu e sentiu Beryl o puxar para baixo novamente. Em segundos o casal Venus e Kunzite aparecia do meio do teletransportador, provavelmente haviam saído do Reino Dourado aquele dia. O soldado venusiano ficou observando a cena atentamente.

– Foi incrível! - Venus disse animada.

– Sabia que iria gostar. - Kunzite afagou a cabeça loira.

– Foi uma das coisas mais lindas que já vi em minha vida. - Esboçou um sorriso meigo. - Aurora Boreal… Agora estamos quites, já que fomos a um lugar frio.

– Negativo. - Afirmou divertido. - Você deve me levar, dessa vez fui eu quem a levou. Ainda vai me mostrar Plutão.

– Pelos Deuses, você não tem jeito!

– Eu sei que disse que não faria isso, que tiraríamos um tempo, mas… - O prateado puxou a loira para um abraço. - Impossível.

– Kunzite... - A voz saiu baixa e apaixonada.

– Venus, quando tudo isso acabar... - Kunzite interrompeu engolindo seco.

– "Quando tudo acabar" o quê? - A loira voltou a olhar pra cima.

– Quando o Mestre Endymion e a Princesa Serenety, enfim, estiverem juntos nós poderíamos... Você sabe, eu disse que pensaria em um jeito.

– Não, eu não sei. - Mentiu, tentando esconder o sorriso.

– Ficar juntos publicamente, entende? - O rosto moreno dele estava corado. - Eles criarão um novo reino e será fantástico! Seremos parte do mesmo lugar, da mesma guarda... Poderíamos ficar juntos sem precisar nos esconder ou todas essas coisas.

– Seria ótimo. - Enrolou os braços em torno do pescoço dele, ainda sorrindo abertamente.

Se beijaram docemente enquanto os outros dois observavam. Danburite enrolou os dedos no punho, as mãos tremiam e a raiva pulsante se instalava em seu peito. Ele mesmo já havia ouvido muitas coisas pelas portas, mas tentava se convencer sobre rumores ou sobre coisas que haviam colocado em sua cabeça. Agora era impossível tentar enganar os próprios olhos e o coração cheio de ódio e ciúme. Kunzite não podia roubá-la, Venus estava destinada somente a ele.

Viram o casal se afastar, com as mãos dadas. Beryl sorriu ao notar a reação do soldado ao seu lado, sabia que ele queria socar a cara do general e carregar a mulher para o seu lado.

– Rumores? - A ruiva encarou.

– Eu não… - Os dentes pareciam que iam trincar por tanta força na mandíbula.

– Veja bem: Se conseguirmos estragar tudo, o Milênio de Prata e Elysion cortarão relações, terei a princesinha coelha longe do meu Endymion e você terá Kunzite longe de Venus.

– E onde entra a parte que eu ganho com isso? - O interesse pareceu súbito, era uma ideia tão óbvia que parecia brilhante. - Cortar relações é o mesmo que afastá-la de mim também!

– Pode voltar para Vênus como um soldado consagrado, querido. - Olhou maliciosamente. - Pode voltar para Magellan e pedir a benção da rainha Dione. Será importante Danburite, será um soldado de Vênus e poderá tê-la de volta.

– Me diga… - Engoliu seco, antes de tomar a decisão. - O que é necessário que eu faça?

– Siga-me. - A mulher o pegou pela mão, guiando-o por todo o caminho até o seu quarto.


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Notas finais do capítulo

Consegui postar mais um antes do Ano Novo! weeeee~~ Porém, sem revisão! Uuuuuuuuh~~
A culpa é da Darin que fica postando capítulos em SP focados em VenusxKunz fazendo minha cabeça borbulhar e, mais ainda, culpa da artista Sana.
Não sei se vocês repararam mas a fic. está com uma capa nova e vejam só que traço MARAVILHOSO! É parte de uma pequena história feita por essa artista e eu TIVE que usar como capa da fic.
Pra quem tiver interesse aqui está a arte completa feita em 12 quadros PERFEITOS:
http://sailorsinmyheart.tumblr.com/post/69575155877/magical-girl-fanart-sana
Tudo feito com lápis de cor, tô morrendo com tanto amor em imagens! *-*

Aaaaaah... Coisa legal pra compartilhar: Eu ganhei uma SHFiguarts da Sailor Moon de Natal, ela é linda! Quem quiser ver fotinhas da minha Sailor Linda é só me caçar no instagram(estava parecendo uma criança brincando de boneca xD):
http://instagram.com/mah_q
Agora quero todas as outras Sailors, afinal, com o lançamento do mangá no Brasil, quero minha prateleira BEM moonie!



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