Era um dia lindo... O sol brilhava como nunca... Os pássaros nunca cantaram tão alegremente... Mas havia uma pessoa que estava arrasada... Como se tivesse sido atropelada por um caminhão de dezesseis rodas... Essa pessoa é um garoto. Chama-se Link.

– Onii-chan porque está tão triste?! – pergunta uma garotinha de cabelos azuis.

– Heh?... Ah Navi agora não... – abaixa a cabeça.

– Mas Onii-chan!

– Eu disse agora não! Não está atrasada pra escola hein?!

– Hoje não tem aula! É sábado! Seu cabeçudo! – põe as mãos na cintura.

– É?! Então vê se vai brincar com suas amiguinhas e me deixe quieto!

– Onii-chan você é tão mal! – sai correndo chorando.

– Navi, eu! Espere! Me descul...

– O que há com você Link?! – pergunta sua avó.

– Ah, olha vovó... Eu não estou no meu melhor dia...

– Virou moça agora?!... Ah... Escute filho... Porque não vai ver a princesa?

– Vovó! Não estamos na era medieval! Mesmo ela sendo da realeza, não é pra tanto! – se levanta.

– É só eu tocar no assunto e você se levanta né? Onii-chan? Hohoho.

– Ah vovó – coloca a mão no rosto, ficou vermelho.

– Tome – lhe dá dinheiro.

– Pra que isso?

– Compre flores para ela. E vá vê-la de uma vez! – o empurra para fora de casa.

– Vovó! Mas...

– Shh! Vá! Vá! Volte quando quiser, está bem Onii-chan – o beija na bochecha.

– Huh, tá legal! Não precisa empurrar! – sorri.

– Até mais filho!

– Até! – sai correndo.

É... Parece que era exatamente isso que ele queria.

Link não tinha amigos... E a única que era sua amiga de verdade, morava do outro lado da cidade... Na escola, Link não era dos mais populares... Mesmo sendo muito bonito. Ele é um garoto normal, meio nerd, adora vídeo games, têm cabelos loiros escuros, olhos azuis escuros e adora usar boné. Sua cor favorita é verde e mora com sua avó e sua irmã. Ele tem muitas qualidades, e uma delas é ser gentil. Mas muitas pessoas abusam disso.

Seria uma longa viajem até ver sua amiga... No trem, Link conhece alguém.

– Olá – diz uma garota de cabelos vermelhos.

– Huh? Ah, oi – Link não deu muita atenção.

– Como você se chama garoto? – ela estava interessada.

– Huh, porque quer saber?

– Bem, não sou dessas redondezas, e gostaria de conhecer as pessoas! – sorri.

– Huh, bem... Me chamo Link.

– Ah, que nome estranho hihihi. Me chamo Malon. Meu pai é dono de um rancho! – ela falava com orgulho.

Link pensou para si: - “Haha, é caipira!”.

– Conhece o Rancho Lon Lon?

– Huh, não.

– Que pena! Você adoraria!

Link a olhava com desinteresse. Ela era meio chata e insistente. Era bonita, tinha cabelos vermelhos, olhos azuis e usava vestido. Mas o que Link menos fazia, era se interessar por ela. Seu coração deve pertencer à outra garota.

– Você está indo aonde Link?

– Para o outro lado da cidade! Vou visitar uma pessoa muito especial! – agora ele ficou animado.

– Me permite perguntar, quem?

– Ah sim! Uma velha amiga! Sinto muita falta de vê-la!

– Que lindo! Não importa a distância pra você não é? – sorri.

– Não! Não mesmo! Porque sei que sempre seremos unidos!

– Desde quando conhece ela?

– Desde que tínhamos 11 anos.

– Agora você tem quantos anos?

– 17.

– Puxa! E há quanto tempo não a vê?

– 5 anos. – disse meio triste.

– Eita! Você tem mesmo que vê-la! Se passou muito tempo! O que aconteceu?!

– “Eita?”... Bem, eu não mencionei, mas ela pertence à realeza. Ela é a princesa de sua família. Antes, morávamos perto um do outro. Mas um dia, o pai dela, o suposto rei, teria que ir para onde o castelo de seus antepassados moravam. Porque aquelas terras pertenciam á ele. E ele precisaria, vamos dizer “governar” lá. E como ela era a princesa da linhagem, deveria ir também. Ela não queria, mas era uma ordem de seu pai.

– Então vocês nunca mais puderam se ver?!

– É. Por ela ir morar muito longe, e sermos muitos pequenos, não tínhamos o que fazer. E todos esses anos, sem a companhia dela, eu fui infeliz. Ela era minha melhor amiga.

– Você mora sozinho?

– Não. Moro com minha avó e minha irmã.

– E sua avó não tem carro?

– Hahaha, ela só pilota o fogão – sorria.

– Hahaha, entendo. Então você deve estar muito animado!

– Muito!

– Porque nunca ligou para ela?

– O pai dela não deixou o telefone. Passei dois anos atrás do telefone dela. Mas não encontrei... Meus dias na escola seriam melhores se pelo menos pudesse falar com ela pelo telefone.

– Imagino. No rancho, não somos muito de tecnologias, mas telefone nunca é demais. Emergências sempre acontecem não é.

– Sim. Mas como não temos muito dinheiro, minha avó resolveu juntar para reformar nossa casa, ao invés de comprar um telefone, ou até um celular para mim. Mas eu não me importo – sorri.

– Sei como é hihihi.

– Você estuda não é? – pergunta Link.

– Oh sim claro! E pretendo fazer faculdade de veterinária.

– Gosta muito de animais então, hehe.

– Os amo muito! Mas tenho um preferido!

– É um cachorro?

– Não! É uma égua!

– UMA ÉGUA? – ops, gritei muito alto.

– Hahaha! Sim! O nome dela é Epona! Ela é linda! – coloca a mão no bolso – Veja, tirei uma foto dela.

– Puxa! Nunca me interessei por cavalos, mas... Ela é linda mesmo!

– Tome fique com a foto.

– Sério? Mas é sua.

– Tudo bem, tenho mais, hehe. Ah, e atrás da foto tem o endereço do rancho. Se um dia quiser nos visitar e tomar nosso famoso leite, sinta-se a vontade! – se levanta.

– Huh, tá certo. Talvez eu leve minha irmã. Ela adora cavalos.

– Ah! Eu iria amar! Amo crianças! Leve-a, por favor! Hihihi. Bem até outra hora Link! E boa sorte em encontrar sua amiga! – acena.

– Valeu! Boa sorte em se socializar, haha!

– Hahahaha! Sim! – sai do trem.

– Hehe... Gostei dela. Pelo menos tenho mais uma amiga agora.

Link gostou de Malon. Ela é alegre e sorridente. É uma ótima amiga. Ele se sentiu melhor em saber que alguém quis ser sua amiga. Pois na escola, ninguém sequer conversava com ele.

Faltavam poucos minutos para descer na estação certa. Link ficava cada vez mais nervoso.

“Será que ela vai me reconhecer?... Será que ela ainda quer ser minha amiga?... SERÁ QUE ELA CASOU?!”... Essas e outras bobagens passavam na cabeça de Link.

“Próximo desembarque, á 5 minutos”.

– Bem, tá chegando a hora – se anima.

– Ora, ora! Vejam quem está aqui pessoal! Se não é o Link mariquinha!

– Ah, eu mereço – nível de estresse aumentando.

– E então loirinha, vai aonde? Comprar presilhas para seus cabelos? Hahaha.

– Você não cansa de perturbar os outros Ganon? – Link ficou sério.

– É minha especialidade, perturbar você loirinha!

– Bem, ruivinha, saiba que esse seu jeitinho de macho não engana ninguém.

Todos vaiam: - Wooooh, essa foi pesada hein Ganon!

– Escuta aqui seu bichinha! – pega Link pela blusa – Se quer continuar vivendo, é melhor ficar quieto. A não ser que quer uma surra?

– Puxa Ganon... Se quer tirar minha blusa, então peça com carinho. Ou me leve para jantar primeiro! – sorri vingativo.

Todos do trem caíram na gargalhada, deixando Ganon com cara de palhaço. Bem feito.

– ISSO NÃO VAI FICAR ASSIM HIROSHI! PREPARE-SE PARA APANHAR NA SEGUNDA! – sai do trem.

Sim, o sobrenome de Link é Hiroshi.

– Puxa que meda dele... – se senta.

Todos não se aguentavam... Link nunca foi de brigar, mas sabe muito bem se defender. Ganon não é de agora, que perturba Link. Desde pequenos, não se suportam. Ganon vivia incomodando Zelda. É por isso que Link o odeia profundamente.

Bem, finalmente a hora de descer chegou... Link desce do trem, com os nervos pulsando e seu coração quase saindo por sua boca.

– Ah, chegou a hora.

Link sabia exatamente o local do castelo... Claro, havia placas com a localização, em cada esquina que ele ia, haha... Bem, Link segue seu caminho... Distraído, como sempre, esbarra em alguém.

– Hey, cuidado!

– Ah me desculpe eu... Nabooru?! O que faz aqui?

– Link! É você! Puxa como cresceu! -o abraça.

– É bom ver você também Nabooru – ficando sem ar.

– E o que você faz aqui?

– Vim visitar uma amiga. E você?

– Visitar minha mãe.

– Suas duas mães, você quer dizer, não é? Haha.

– Hey, isso permanece um mistério!

– Encontrei seu querido irmão no trem – diz Link sarcástico.

– Ah, esse garoto. Hoje eu ainda surro ele! – diz ela com grande empolgação.

– Hahaha, por favor, tire fotos!

– Tsc, já tirei fofinho – mostra algumas fotos.

– Ah puxa! Você vestiu ele de Lolita enquanto ele dormia?! Hahaha – Link chorava de rir.

– Sou pior que ele meu querido. Só sou mais simpática, isso eu garanto! – sorri.

– Ah, sem dúvida, hahaha.

– Pss, fique com essa de Lolita. Serve perfeitamente como chantagem! Hahaha. Até outra hora Link, hahaha – sai rindo.

– Hahaha, até!... Cara, agora eu virei mau, Hohoho – olhava a foto.

E então, continuou seu caminho até o castelo. Mas como sempre, algum imprevisto nunca deixa de acontecer...

– Com licença moço, pode me ajudar?

– Heh? Quem é você? – ele ainda estava olhando e rindo da foto.

– Sou uma garçonete daquele restaurante logo ali, e uma moça sofreu um acidente! Por favor, ajude-a! Não há ninguém por perto! – ela estava desesperada.

– Huh, tudo bem! – corre para o local.

E vê a moça. De cabelos loiros e compridos. Estava de capa e não se via seu rosto.

– Chame uma ambulância – ele diz para a garçonete.

– Ah, sim! – ela corre para dentro.

Link tira o capuz da moça... E seu sangue gela.

– Z... Zelda?!