Aventuras Descontroladas De Percabeth escrita por bloodymary


Capítulo 17
Playlists estranhas e brigas por um pacote de bala


Notas iniciais do capítulo

Não me matem, trabalhos de Biologia escritos à mão não são tão fáceis de fazer assim, poxa!



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Lucifer Sam do Pink Floyd foi só a primeira, porque depois começou a playlist mas estranha que eu já tinha ouvido. Fireflies do Owl City, Make Me Wanna Die do The Pretty Reckless, Price Tag da Jessie J, Thinking Of You da Katy Perry, Eletric Fell do MGMT e uma mistura de heavy metal, pop, indie, rock alternativo e umas duas ou três da Taylor Swift. Ele inventou de jogar xadrez enquanto ouvíamos as músicas e, claro, eu o venci em todas 13 vezes que jogamos, assaltou o minibar para pegar Diet Coce para mim e para ele, jogamos um bate e volta rápido (famoso pingue-pongue), fomos na varanda olhar o mar – duas vezes - , ele deu um piti e dançou Lonely Day do System Of A Down, eu cantei baixinho Skyscraper da Demi Lovato enquanto ele foi no banheiro, ganhei mais uma vez no xadrez, ele do nada me deu uma espada e jogamos esgrima na varanda ao som de Brick By Boring Brick do Paramore, e bebemos mais uma lata de Diet Coce, só percebemos que o tempo tinha passado, quando a primeira música tocou de novo.

-Que horas são? – eu perguntei, puxando o braço do relógio de Percy.

-Nove horas?! – ele se assustou.

-Nossa.

-Preciso de comida. – ele falou um pouco antes do estômago dele roncar alto.

Rimos e eu, obviamente, dei minha famosa risada nervosa. Saímos do quarto e fomos para o mesmo restaurante onde tínhamos almoçado mais cedo. O problema é que eu demorei para perceber que a decoração tinha mudado de verde e azul claro para azul marinho e vermelho. Nos sentamos e pedimos nossos pratos: eu, Amigos de Apolo (bifes de seus bois cor de cereja); Percy, Amigos de Apolo II (bifes em tamanho família dos bois de Apolo). A comida chegou e fizemos o normal... O básico... Jogamos um pouco no chão e mini fogueiras consumiam enquanto fazíamos nossas preces. Percy atacou o prato e eu pedi para o garçom um suco de limão para mim e Diet Coce azul para Percy. Comemos enquanto uma banda de jazz ruim tocava.

-Amanhã, na hora do jantar, vai ser a festa com o capitão. – ele falou quando o garçom saiu com os pratos vazios.

-Sei. Eu já disse que eu não sei andar de Scarpins? – eu falei.

-E eu já disse que não sei fazer nós de gravatas? Ah qual é Annabeth, é só desta vez...

Eu ironizei e levantei da mesa. Sem sobremesa desta vez. Percy veio atrás de mim e nós subimos para as cabines. Eu já estava caindo de sono. Peguei o cartão e abri a porta dizendo:

-Bom… Então boa noite.

-É. Tchau. – e ele me surpreendeu com um beijo na bochecha.

Entrei no quarto, totalmente vermelha. Balancei a cabeça para tirar o pensamento idiota - que veio sem concedimento – de sair e ficar conversando com Percy a noite inteira. Procurei um pijama e achei um conjunto de um short curto demais e uma blusa azul claro. Deitei e esperei para dormir. Foi fácil.

Sonhei que estava em um lugar frio e senti que alguém me esperava. Andei na grama morta por causa do frio por algum tempo. Eu ouvia no fundo um farfalhar de asas. E eu sabia de quem era as asas. No sonho eu parei de andar e vi alguma coisa tomar forma do ar. Minha Fúria.

-Querida – a voz rouca dela – ESTÁ DEMORANDO MUITO! – ela gritou.

Eu me assustei e cai de costas no chão. Ela sorriu (Fúrias poderiam sorrir?) e veio para cima de mim.

Eu acordei tremendo. Ah claro... Agora que eu tenho uma cama, não consigo dormir direito? Fui até o minibar e pegue uma garrafa de água. Tomei até a metade e me deitei, com medo de sonhar de novo. Dormi abraçada com o travesseiro. Só que desta vez o sonho foi um pouco mais simpático.

Eu estava no mesmo lugar onde tinha encontrado com a minha Fúria, só que não estava frio, muito menos com grama morta, agora a relva estava feliz e sorridente de tão verde, o cheiro de terra molhada estava no ar, o céu tinha um tom claro de azul, como se não tivesse amanhecido direito, então, o sol ainda estava tímido atrás das poucas nuvens finas. Eu sentei e fiquei olhando uma montanha mais a frente. Fiquei, no sonho, olhando para aquilo por muito tempo. Não sei, eu nunca sei, o quanto de tempo foi. Só voltei a sentir o mundo quando ouvi a voz de Percy no pé do meu ouvido.

-Oi.

Me assustei. Claro...

-Ui.

Olhei para o lado e ele sorria demais. Por um destino idiota, suspirei alto demais. Agradeço por ter sido em um sonho. Ele abraçou meus ombros e enterrou a cabeça em meus cabelos. Eu sorri e acordei com a Adele cantando Someone Like You no telefone. Xinguei baixinho e atendi, com a voz rouca.

-Alô?

-Nossa, depois a minha voz fica estranha no telefone. – Sr. Percy Voz Seduzente falou.

-Aham. Você já me acordou, o que quer? – um mal humor matinal básico foi adicionado sem querer.

Ouvi ele respirar fundo e dizer:

-São quase onze horas menina, já está na hora, não acha?

Olhei o relógio na parede. Cinco para as onze. Levantei uma sobrancelha e falei:

-Hmm, ok. O que foi? – tentei ser mais simpática.

-Vem aqui, oras. Por que eu te ligaria? – Será que para me acordar?

-Aham.

E desliguei. Lavei o rosto e me senti mais desperta. Meus deuses! Era hoje aquela bendita festa que eu terei que usar salto alto. Balancei a cabeça e procurei o short que tinha usado ontem. Coloquei com “meu” All Star azul elétrico e uma blusa com uma estampa psicodélica azul e amarela. Arrumei o cabelo nos ombros e sai do quarto. Bati na porta do 1099. Ele abriu sorridente como se nunca tivesse me acordado e me deixado de mau humor. Estava com uma calça clara e uma blusa gola V preta com uma estampa de e um fone de ouvido cinza. Entrei, parei perto da cama e fiquei batendo o pé. Ele levantou os braços e olhou em volta, como um inocente.

-O que eu fiz?

-Me acordou. – eu já estava fingindo bem a raiva.

-Nossa. – ele deu um sorriso amarelo – Desculpe. – ele me abraçou rápido demais para eu me esquivar.

-Ai. – eu reclamei, mas ele não me largou.

Ele colocou meus pés em cima dos dele e andou em círculos.

-Viu? Está dançando.

Eu retribui o abraço, a fim de não cair de costas. Ele nos ajeitou, colocou minhas mãos no seu pescoço (eu não resisti) e depois as mãos dele na minha cintura (frio na barriga tão grande que eu poderia congelar). Nesse meio tempo, ele não parou de “dançar”. Estávamos juntos demais, mas não fui tão idiota a ponto de nos separar. Ele mordeu o lábio e eu entrelacei sem pensar meus dedos com seu cabelo. Olhei Percy nos olhos e como se fosse natural, me perdi de novo em sua cor. Ele se aproximava quando eu tive a bela e perfeita ação de conseguir tropeçar em meu próprio pé (sim, meus pés ainda estavam em cima dos deles. E não, eu não sei como isso aconteceu). Cai e bufei, aceitando a ajuda de Percy, que – obviamente – quase chorava de rir.

-Pare de rir. – dei-lhe um soco fraco na boca do estômago.

Ele engoliu com dificuldade o riso e suspirou.

-Idiota.

-Sabidinha.

-Cabeça de Alga.

-Senhorita Sim Sim.

-Hã?

Ele sorriu:

-Esquece.

Eu dei de ombros e falei:

-Estou com fome.

Ele balançou a cabeça e disse:

-Aham, que acorde mais cedo... O café só vai até as onze. Agora são... – ele consultou o relógio no pulso – Onze e três. – ele sorriu – Tenho um pacote de balas... Serve?

O observei pegar um pacote de Tubes em uma gaveta do criado mudo. Eu sorri. Era meu doce preferido. Roubei da mão dele e abri.

-Ei! Isso ai é meu! – ele tentou pegar, mas eu o empurrava.

-Não é mais... – e sai correndo pelo quarto com o pacote nas mãos.

Ele era rápido, mas não o bastante… Não quando o assunto eram balas. 


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Notas finais do capítulo

HEY, escrevi isso ouvindo Legião, então estou meio na Lua, ok?
Então... Quem vai me dar dinheiro para eu poder comprar Em Chamas da Trilogia de Jogos Vorazes. Pois é... Li Jogos Vorazes, virei uma tributo, e fiquei me cocando para não baixar o 2º livro, prefiro ter nas mãos...
ENFIM.
Quero que me perdoem pela demora idiota, me matem, por favor, não mereço os "AI QUE CAPÍTULO LINDO!" Sou só uma simples menina, quero que me desculpe de verdade. Vou escrever que nem uma condenada agora, porque eu sou uma fofa com vocês (eu falei, estou ouvindo Legião, Faroeste Caboclo, não me culpem por orações sem sentido).
Beijo, me liguem.