“Parece um touro”.

A ruiva olhou profundamente dentro dos olhos verdes, os quais começaram a sentir o perigo. Cada poro da mulher a sua frente demonstrava determinação.

- Harry James Potter, se você realmente acha que eu vou deixar suas peraltices passarem, só porque você é meu noivo, está severamente enganado.  

                Os braços cruzados em frente ao corpo, os olhos mais estreitos que o normal, as narinas infladas. ‘Ginny parece um touro’, pensou. Era persistente, teimosa e sabia ser extremamente certeira quando queria.

- Mas Gi, você sab...

- Sei sim. Bem por isso que eu vou ter de te aplicar uma detenção. Como monitora chefe...

- “É meu dever fazer com que os menos ajuizados sigam as regras da escola”. Onde eu e o Ronald fomos nos meter arranjando namoradas monitoras...

                A ruiva ergueu uma das sobrancelhas e deu um passo a frente, colando os corpos à parede.

- Insatisfeito, Potter?

                O sorriso maroto no rosto de Harry fora certamente herdado por James Potter. Era impossível negar. 

- Jamais, ruivinha.

                Deu com os burros n’água ao tentar beijar a menina e quase cair para a frente. Olhou-a entre o desespero e a incompreensão. Sorrindo mais do que vitoriosa, a ruiva sussurrou em seu ouvido:

- Então estarás amanhã às 8:30 na torre de astronomia. Eu mesma monitorarei você, Sr. Potter, e enquanto você deixa aquela sala tinindo eu poderei relaxar sabendo que você, sua peste,  não está por aí com o desmiolado do meu irmão.

                O moreno quase chorou. Ainda rindo, a ruiva virou-se e saiu andando pelo corredor.

- Não pense que só porque você matou Voldemort terá privilégios comigo, moço. Sou e sempre serei a única que não vai abaixar a cabeça para você.

                Harry sorriu abobado. Esse, dentre vários, era o melhor motivo que tinha para amar eternamente aquela ruiva.

- E JÁ PRO SEU DORMITÓRIO!