Três meses já se passaram desde que Tyler fizera o pedido. Nunca entendi o porquê de o casamento ser tão rápido, claro que eu queria me casar com ele, mas tão rápido assim?

- Alisson – aquela era a primeira vez que ele não errara meu nome – o que acha flores roxas ou vermelhas?

- Tyler – disse com um sorriso meio brincalhão – porque não os dois?

- Boa idéia!

Ele saiu do quarto que eu estava, estava mais para salinha de tão grande que era.

Sentei-me na cama e deitei fechei os olhos e cai no sono por 2 horas.

“Alisson... Alisson...” era o que eu ouvia, mas não via ninguém, fui abrindo os olhos devagar até que percebi que era Jenny uma de minhas madrinhas.

- Vamos arrumar você! – disse ela como se eu fosse um pedaço de pastel cru que precisava ser frito – vamos começar pelo vestido.

Eu ainda não vira o vestido, eu só vestira outro vestido parecido com ele para ver se eu “entrava” nele.

Eu sempre achei Jenny divertida, pelo menos no ultimo 1 mês e meio. Seu cabelo era curto e seu olho dourados como ouro, sua pele exageradamente branca, ela era uma completa fada.

Quando vi Jenny com meu vestido na mão eu fiquei surpresa.

- É esse? – perguntei sem reação – esse é meu vestido?

- Sim – respondeu delicadamente.

Eu abri um sorriso enorme na cara e estampei um PERFEITO na testa.

O vestido tinha um leve decote na frente e atrás era possuía uma leve transparência que em mim revelava suavemente minhas costas com rendas lindas. Tinha uma cauda espetacular. Pequenos botões forrados acabaram de aperfeiçoar ainda mais o vestido. E Tyler fez questão d’eu usar as jóias da família dele.

Jenny fez meu cabelo com tanta rapidez que num piscar de olhos ela já havia terminado. Ela amarrara meu cabelo no estilo de cokiee (desculpem, não sei como se escreve) e deixou uma mexa de cada lado de meu cabelo solta.

Estava uma perfeita noiva de conto de fadas.

TOC. TOC. TOC. Foi o barulho que a porta fez. Jenny corria em direção a porta para atender.

-... Dá azar ver a noiva antes do casamento.

Azar. Essa era uma palavra que se encaixava em nosso relacionamento perfeitamente.

Até hoje me lembro amedrontada do acidente, de meu plano para ir com ele. Da mentira que contei. Isso sim era azar.

- Mallory, lembre-se que eu te amo – disse Tyler antes de Jenny bater a porta em sua cara. Ele me chamara de Mallory, passou tão perto de esquecer. Se é que eu não gostaria de ser chamada de Alisson no altar.

- Jenny – chamei-a enquanto me observava no espelho redondo grudado à parede.

Ela veio correndo.

- Aconteceu alguma coisa? – disse ela um pouco apavorada, ela estava mais nervosa que eu.

- Não, é só... – hesitei – diga a Tyler e ao padre que gostaria que dissessem Mallory ao invés de Alisson.

- Mas... Por quê? – perguntou ela confusa.

- O Tyler sabe. E isso é o que importa.

Enquanto ela saia pela porta correndo para avisar a eles, eu me levantei fui à janela e observei a banda ensaiando.

“…You love all sailors

But hate the beach

You say "Come touch me

But you're always out of reach…”

Era uma música que descrevia nossa relação. Sempre me pergunto como o destino conseguiu juntar dois opostos. Eu não acredito naquela história de que os opostos se atraem.

Acho que Deus está querendo provar que tudo é possível.