Estava em pé no alto de uma ponte quase que me jogando, faltava um passo para isso. As pessoas a minha volta não davam nenhuma atenção ao que eu fazia, deveriam estar pensando que eu era uma só uma prostituta drogada. E eu era mesmo.

Meus pais me internaram num reformatório há 4 anos atrás, quando tinha 12 anos, pois como eles mesmos diziam “eu não tinha jeito”, mas acho que eles não estavam errados, pois em exatos 1 mês que eu estava presa naquela gaiola eu finalmente tinha conseguido fugir de lá. Sem rumo; sem vida.

Ouvi alguém gritar meu nome

–Mallory! Mallory!

Claro que eu reconheceria de qualquer lugar. Era Tyler, um dos meus clientes, o melhor pra falar a verdade, ele vinha em minha direção com seu carrão.

– Ei! Você está disponível agora, Andrew acabou de sair com as amigas e estou livre até amanhã.

Tyler era casado e Andrew era sua esposa com quem ele namorava há 4 ou 5 anos.

– Claro – eu disse – Deixe eu me recompor.

Ele acabou de atrapalhar meu suicídio. Mas tudo bem, eu precisava de tempo pra pensar no que estava fazendo.

Entrei em seu carro e fui direto ao ponto, mas ele me atrapalhou , queria me levar a algum Motel. Concordei e me arrumei no banco do carona. Fomos ao um motel chamado Amor&Sedução. Ele pagou o quarto que sempre usamos.

A recepcionista sempre me olhava feio quando ia com ele. Sempre achei que o motivo era que Tyler dormia com a esposa dele lá também. Subimos de elevador. O quarto era o 106. Entramos já com os braços entrelaçado e quase que arrancado a roupa. Deitamos rapidamente na cama e ele já estava preparado. Havia colocado a camisinha antes de entrarmos no motel.

Fizemos sexo à noite toda. Isso me relaxou um pouco e pela manhã eu estava quase desistindo da idéia de morte.

Ele me pagou pelo programa, R$ 1300,00. Ele reclamou do preço das 3 primeiras vezes em que transamos, mas depois ele se acostumou.

Ele se vestiu correndo, pôs seu casaco grande e preto, seu sapato fino e arrumou o a barra da calça.

Eu também me vesti rapidamente. Comecei por baixo. Pus minha calcinha preta, depois vesti minha meia calça transparente, daquelas que as prostitutas usam mesmo, depois coloquei minha blusinha preta com um zíper na frente. E vesti a coisa mais importante, meu colar de florzinha que eu ganhara de meu tio quando era pequena.

Nem percebi que Tyler tinha saído. Tive que dar uma olhada em minha volta para ter certeza. Tyler havia mesmo ido embora. O homem que salvara minha vida noite passada se foi e eu não tinha certeza se o veria de novo.