Um Ano Quase Tranquilo escrita por Tye


Capítulo 3
Desentendimentos


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulozinho pra vocês :D
Boa leitura :)



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– Rony, nada disso é minha culpa! Só porque está com ciúmes eu...

– Ah, é isso então? Acha que estou com ciuminhos, não é? É mais do que isso! Como vou dormir sabendo que tem um maníaco perto de você? – o ruivo berrou a plenos pulmões no saguão vazio.

– Então é só isso? Está preocupado com a minha segurança? Isso é ridículo. Eu sei me defender, Ronald. Eu não sou uma menininha indefesa. Por acaso você esqueceu tudo o que fizemos e passamos ano passado? - Hermione tinha ficado irritada. Ela mal podia acreditar que justamente seu namorado e melhor amigo a estava tratando diferente por ser uma garota.

– Olha, eu sei que voce é bem capaz... Mas quem é que garante que-

– Se você, realmente, estiver com ciúmes de Draco Malfoy, eu juro que-

– Não tem a ver com ciumes... Já disse. – Rony a cortou. A discussão não parecia estar evoluindo muito.

– Então estamos resolvidos, certo? Vamos comer. Depois você pode me ajudar a levar as minhas coisas para meu novo quarto. Ok?

Rony continuou andando, mudo e com a cara fachada. Entraram no salão quando todos já estavam quase terminando seu jantar. Hermione encontrou Harry e os outros, e arrastou Rony até os lugares reservados para eles. A grifinória se sentou entre Harry e Rony, que por sua vez sentou-se ao lado de Gina.

– E então, como foi a reunião? – Harry perguntou de maneira casual, provavelmente só por educação.

– Ótima. – respondeu Rony fitando a mesa, de maneira rígida, antes que Hermione pudesse abrir a boca.

– Hãa... aconteceu alguma coisa... ou...?

– Nada Harry, nada que alguém tenha que se preocupar. A Hermione só vai dormir praticamente no mesmo quarto que o Malfoy.

Perfeito, Ronald Weasley. Maravilhoso lidar com a situação de maneira adulta.

Harry engasgou. Gina e Neville deixaram seus talheres cair. Luna colocou a mão no peito, chocada. Quer dizer, tirando uma Batalha de Hogwarts, o que é que poderia ser pior que aquilo? Ha.

– Rony! – Hermione tinha o rosto vermelho – Isso não é verdade e você sabe! E é ridículo você se portar assim, sentindo ciúmes de-

– É Hermione, mas estou sim com ciúmes – Ron a interrompeu outra vez, contrariando descaradamente o que havia dito menos de cinco minutos antes. - Não me interessa quantos feitiços terão separando vocês, ainda terão uma sala para fazerem o que bem entenderem!

– Não é verdade! Todos os monitores tem a senha e podem entrar lá quando quiserem! – Hermione sabia que não devia estar argumentando, afinal, a situação toda era um absurdo. Mas não conseguia ser atacada e permanecer passiva.

Todos ao olhavam para eles, com caras espantadas. Não haviam percebido quão alto estavam gritando.

– Me diga Mione, porque isso é tão importante para você? – Rony baixou a voz ao perguntar.

– O que está dizendo?

– Por que quer tanto ser monitora-chefe? - quando Rony verbalizou seus pensamentos, Hermione pensou que morreria de indignação. Ele não podia estar falando sério.

– Você sabe muito bem que esse cargo sempre foi meu, Ronald. Eu quero muito isso. Não por capricho, não por vaidade. Mas porque é assim que sou, e eu não vou deixar a Parkinson fazer seus joguinhos de maldade porque foi lhe dado mais poder.

Ron a fitou, ainda bravo. Seus amigos fingiam se concentrar em seus pratos.

– Está dizendo que prefere um cargo idiota ao seu namorado? – o garoto falou com um olhar quase transtornado.

– É claro que não... Eu só... – a voz de Hermione foi murchando.

– Então desista! – berrou Rony. Dessa vez, todos no salão olharam para os dois – Renuncie! Entregue a monitoria para a Parkinson e que se exploda! Não é sua responsabilidade cuidar dessa escola! – o grifinório baixou um pouco a voz, mas ainda gritava o suficiente para várias pessoas ouvirem.

– Está tudo bem, sr. Weasley? – a diretora perguntou friamente, da mesa dos professores. Ela parecia incrivelmente decepcionada com o que estava acontecendo.

– Ótimo. Então faça-nos um favor e pare de gritar. – a voz da professora parecia ácido, e mesmo de longe, ela fuzilava Ron com o olhar.

Aos poucos os alunos voltaram a atenção para a comida.

– Bem, Rony – Hermione tinha a voz mais pesada do que gostaria. – Se você desconfia tanto assim de mim, não sei o que pensa que sou. Tenho, sim, uma responsabilidade. Não vou entregar o cargo para qualquer uma. As coisas iriam ficar terríveis. Esperava que, mais que ninguém, você me entendesse. Você é o meu namorado, e deveria me apoiar não me tratar como uma... Vadia? E, por favor, Draco Malfoy?! Sinceramente.

Rony pareceu meio envergonhado, mas não disse nada. Continuou olhando para baixo, com o rosto completamente vermelho.

– Só espero que saiba que não vou ser menos do que posso ser porque isso te incomoda. E também que... Ah, esqueça, eu vou para o meu quarto. – Hermione virou as costas e saiu, com todos os olhares postos nela. Rumou o mais rápido que pode para o sétimo andar.

Só havia um quadro ali, então ela supôs que aquela fosse sua entrada. Hermione parou e encarou o retrato. Havia uma donzela, com um vestido tão exagerado que mais parecia um bolo de casamento; ela chorava desconsoladamente, sem dar atenção a Hermione.

– Cebola frita. – murmurou Hermione sem ânimo. E enquanto entrava na pequena sala, seus pensamentos se dividiam entre ‘o que vai ser depois disso?’ e ‘quem foi o idiota que escolheu uma senha tão ridicula quanto Cebola Frita?


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Notas finais do capítulo

O Ron e a Mione merecem reviews? hahaha



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