Loucuras Da Vida. escrita por Natália Varsalli, Mônica


Capítulo 3
Sorte azarada


Notas iniciais do capítulo

Oi, queridos e queridas.
Eu sei, nossa cara de pau é grande, depois de tantos dias sem postagem, sentimos muito mesmo.
Mas sabe, a nossa vida é muito corrida, e não somos de ferro, alem de a querida criatividade ter um senso de humor muito macabro.
Espero que nos perdoem, e que curtam o capitulo, realmente, eu e Nah, o fizemos com todo o nosso carinho por vocês, ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/185680/chapter/3

POV Nik (Mony)

E aqui estamos nós, dentro de um avião com ida a Mystic Falls, eu ainda não conseguia acreditar, isso realmente estava acontecendo! Eu nunca me senti tão adolescente boba em minha vida, sabia que parecia uma criança indo a Disney pela primeira vez, mas não conseguia me conter, borboletas dançavam um ritual me minha barriga e eu não duvidava nada que desmaiaria. Certamente, eu não era normal, mas pressentia que logo que chegasse a Mystic Falls, eu iria finalmente me sentir como dentro do livro, como se toda aquela fantasia poderia estar acontecendo bem ao meu redor.

Eu e Natália com certeza tínhamos o mesmo sorriso bobo e cara de pateta, estávamos bem aconchegadas na primeira classe, com um travesseiro fofo; um milk-shake de chocolate para mim e um de morango para ela; um livro nas mãos; e, claro, com The Vampire Diaries passando na minitelevisão que ficava em frente às poltronas, eu me perguntava o quando aquilo deve custar, mas estava tão confortável e ansiosa que nem me dei o trabalho das contas. Natália sorria enquanto lia mais uma vez a saga crepúsculo e eu Diários do Vampiro.

Acontece que nossos maravilhosos pais conseguiram um intercambio para nós, iremos estudar na mesma cidade em que os Salvatore, bem, ao menos imaginariamente. Ficaremos hospedadas em uma casa que nossos pais compraram, até a mãe da Natália estava nessa. Eu e ela temos os pais separados, mas eu vivo com a minha mãe e com o meu padrasto, diferente dela que vive com o pai.

Acho que esse foi um dos vários motivos que nos tornamos amigas.

Então, o travesseiro era tão bom e delicioso que senti minha vista ficando turva, até eu desistir de tentar ler algo e me entreguei totalmente ao sono. Eu normalmente não gostava de sonhos, minha mente, criativa demais para o meu próprio bem, as vezes criava algo não tão agradável de se sonhar. E como ela era como uma caixinha de surpresas, eu sempre me deitava pedindo para que não sonhasse. Mas eu não me senti nem um pouco incomodada com aquele sonho.

"Caindo,

Eu estava caindo em seus olhos azuis, profundos e raivosos como o mar, seu rosto era branco e parecia seda, seus lábios eram de um vermelho carmim e seu cheiro era a droga mais alucinante de todo o universo.

Eu me aproximei, sabendo que desse contato poderia mudar todo o meu mundo, mas eu não ligava para mais nada, nem Nah, nem meus pais ou Art.

Não ligava para nada e nada importava. Eu estava caindo".

– Hey, dorminhoca.

Sentia alguém me sacudindo, mas eu não queria acordar, queria voltar para o mar azul, me sentia como se tivessem tomado algo precioso, eu queria voltar a nadar e me afogar novamente em meu sono, mas os olhos azuis estavam escapando de minhas mãos, se esvaindo entre meus dedos, tentei voltar a dormir, nunca tive muita sorte em voltar a sonhar, mas eu queria tanto aqueles olhos.

– Vamos, acorda.

Novamente a voz. Virei para o outro lado, desistindo dos olhos com amargura, mas querendo dar a entender que queria voltar a dormir, meu Deus, alguém além de mim reparou que estamos de férias? Sempre preservei o doce e sagrado sono humano.

– Olha só, se não é o Johnny Depp perto da cascata de chocolate.

Johnny Depp?!

– Como?! Cadê? Johnny!

Mas não tinha Johnny, apenas uma loira (que eu suspeitava em ser suicida) rindo que nem uma retardada ao meu lado, enquanto alguns passageiros ao lado me olhavam feio. Esse mesmo olhar eu dei para ela enquanto ainda ria as minhas custas. O que? Ninguém pode ser fã do Johnny mais nessa vida?

– Oh, idiota! Dá "pra" parar de rir?!

Sentia meu rosto quente enquanto ela ainda ria recuperando o folego aos poucos, reparei uma barra de chocolate na mesa a minha frente, e meu vicio em açúcar falou mais alto, além de me impedir de cometer um assassinato em publico. Como eu ainda aguentava esse ser na minha vida? Deveria amar muito ela, me sentia quente e sabia que o diabo da minha pele branca demonstrava em como estava envergonhada. Comecei a comer a barra enquanto ela ainda se recuperava do ataque.

– Ah, desculpa. Mas é que você não acordava; só o Depp para te tirar da cama - então ela deu um sorriso malicioso - mas bem que você sonha com ele te colocando na cama, né?

Então começou a rir novamente. Meu Deus, ela tirou o dia para tirar sarro da minha pequena e inofensiva atração por Johnny Depp? Rolei os olhos e dei mais uma mordida enquanto ela ainda ria.

– Tudo bem, agora me fala, para que você me acordou na melhor parte do sonho.

– Bom, acabaram de avisar para apertar os cintos que já estamos chegando.

Coloquei o cinto e terminei a minha barra de chocolate, nem acreditava que estava chegando a Mystic Falls. O nervoso e a ansiedade tomou conta, e eu passei a mão pelos cabelos, quase os arrancando, começando a soar sem motivos, meu coração disparou e eu tentei me distrair com qualquer outra coisa além do meu ataque de pânico. A barrinha de chocolate se foi em poucos minutos.

– Então, como será que...

Natália não pode terminar a sua frase pois de repente o avião começou a tremer, todos os passageiros entraram em um estado de euforia e medo, se eu estava nervosa, não sabia como meu coração ainda estava aguentando naquele momento, olhei em busca de ajuda para Natália, as mascaras de oxigênio caíram na nossa frente e todos começaram a gritar.

– Senhores passageiros, por favor, mantenham a calma...

Como manter a calma? Pensei enquanto sentia o avião declinar, as luzes piscavam e eu agarrei com força na mão de minha amiga. Pude apenas olhar para Nat, apertar suas mãos e fechar os olhos. Pedindo para que tudo desse certo.

Depois disso, eu apenas sentir o ar fazer uma enorme pressão a minha volta, um grito parou em minha garganta. Não ouvi nada, não pensei em nada. Por um instante, desejei aqueles olhos azuis, e ai, tudo escureceu.


PDV Nah


Eu sentia muita dor, meu corpo inteiro doía, havia alguma coisa em cima das minhas pernas que me impedia de sair dali, eu não conseguia me mexer e a dor excruciante não ajudava em nada.

O desespero começava a tomar conta de mim, uma agonia sufocante me dominava. Eu só queria sair dali! Queria que a dor passasse!

“Ajudem-me! Por favor, me ajudem!” Eu tentava gritar, mas nada saia.

Eu não sabia quanto tempo havia se passado desde que eu acordara para esse pesadelo tortuoso, nem há quanto tempo e estava ali implorando silenciosamente por misericórdia e rezando para que Deus me tirasse desse sofrimento.

Quando vi através da minha visão turva um vulto se ajoelhar sobre mim. Eu achava que talvez fosse um anjo enviado por Deus para cessar com o meu sofrimento.

Eu escutei a voz doce do meu anjo ao longe tentando me acalmar, mas eu não conseguia. Eu só queria que isso acabasse logo.

A dor começou a diminuir e as minhas forças a se esvaírem do meu corpo. O alivio tomo conta da minha mente enquanto eu pensava que finalmente esse me martírio iria ter um fim.

Mas parece que as coisas não eram bem assim, eu pensei enquanto ouvia os apelos desesperados do me anjo pedindo para que eu continuasse acordada, me pedindo para aguentar mais um pouco. Mas eu não conseguia, por mais que eu tentasse não havia forças em mim.

Eu senti um gosto metálico na boca, antes de um liquido quente e doce começar a descer pela minha garganta, apaziguando a dor dentro de mim.

E a única coisa que eu pude fazer foi beber avidamente daquele liquido viciante, até que finalmente a negritude tomou conta de mim.

.

.

.

Eu não sabia quanto tempo havia se passado desde que eu havia apagado ate que eu acordei em uma cama totalmente estranha.

Minha cabeça doía e minha garganta ansiava desesperadamente por um copo de água.

Olhei para o ambiente a minha volta o quarto era composto por tons vermelhos e pretos que em si davam uma aura de poder e mistícidade ao ambiente.

Levantei-me da cama apesar dos protestos do meu corpo que insistiam para que eu ficasse na cama.

Fui até a janela do quarto que era coberta por grossas cortinas vermelho-sangue, abri uma fresta deixando a claridade do sol entrar.

Um grito saiu por entre meus lábios sem que eu pudesse detê-lo, a luz nos meus olhos machucava demais, tratei de cobrir meus olhos e fechar a cortina rapidamente.

O que estava acontecendo comigo? E onde estava Nik?

Meus pensamentos foram interrompidos quando a porta do quarto se abriu e um homem entrou.

E por um momento eu me esqueci de tudo e a única coisa que eu conseguia fazer era encarar aquele homem na minha frente. Seus grandes olhos azuis, seu cabelo castanho com reflexos loiros, seu corpo grande e másculo, tudo nele era feito para atrair.

–Hei, vejo que acordou. – disse o lindo estranho.

–Sim. – respondi.

–Eu acho que você deve estar confusa sobre tudo isso que esta acontecendo. – eu assenti. – Mas antes de tudo.

– Nathaniel Salvatore, ao seu dispor – disse fazendo um reverencia que me deixou de pernas bambas. – E a senhorita?

–Natália Varsalli. – disse constrangida com toda a situação.

–É um prazer, senhorita. – disse depositando um beijo na minha mão.

–Bom, agora que fizemos as devidas apresentações, que tal eu esclarecer suas dúvidas? – disse me arrastando em direção a cama.

Sentamo-nos na cama e eu fiquei o encarando-o sem saber o que fazer a seguir.

–Então, o que você quer saber? – perguntou.

– O que aconteceu? A ultima coisa de que eu me lembro é do avião caindo e de Nik... Oh, Nik! Onde está a Nik, o que aconteceu com ela?

–Ei, ei, calma ai. Quem é Nik? – colocou as mãos sobre os meus ombros.

–É minha amiga, ela estava comigo no avião. – disse minha voz tremula devido ao nervosismo.

–Ok, se acalme eu vou cuidar disso. Qual é o nome dela? – perguntou.

– Mônica. Mônica Dias.

–Tudo bem. Espere-me aqui. – se levantou saindo do quarto.

Comecei a andar de um lado pro outro do quarto. Ai meu Deus, o que será que aconteceu com a minha amiga?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem, e então? Merecemos reviews? *---*
Espero que tenham gostado, e deixem suas opiniões e emoções nos reviews, iremos responder com entusiasmo.
Amamos vocês, beijos e abraços, Mony Dias.
Oie amorzinhos! E ai, gostaram do capitulo? Se sim, se não, deixem um review, amaremos saber a opnião de vocês.
Beiijinhos, Nah Varsalli



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Loucuras Da Vida." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.