Vesti-me novamente, coloquei apenas a cueca e a calça jeans. Saí do quarto, recolhi minha camisa que estava jogada no meio do corredor e caminhei para o meu quarto. Peguei meu short rasgado e desci. Saí da casa, quando já estava bem afastado, me transformei.

“Jake! Cara, pensei que não fosse mais se transformar.” Como sempre, Seth estava lá.

“E eu não iria, mas sabe como é, não quero envelhecer tão cedo.” Ri.

“Quer dizer que não sentiu nenhum pouquinho de saudade do garotão aqui?” Pude imaginá-lo fazendo cara de decepção.

“Claro que senti, Seth. Você é irritante mas é um amigo e tanto.” Sorri através dos olhos.

Apesar de sempre me dar trabalho, ele era um ótimo garoto. Sei que daria sua vida pela alcateia, apesar de ter insistido para vir comigo quando tomei a decisão de me mudar para o Canadá. Correr um pouco me fazia bem, assim como conversar com ele. Isso me fazia sentir menos saudades de Forks.

Terminei rapidamente minha conversa com Seth, voltei à forma humana e caminhei tranquilamente de volta a casa de John. Passei pela piscina, Nanda estava tomando sol enquanto boiava na piscina, sorri e parei para olhá-la. Ela se mexeu e acabou caindo da boia, eu ri e fui ajudá-la.

“– Precisa de ajuda?” Perguntei me agachando na borda da piscina e estendendo a mão.

“– Sim, obrigada.” Ela deu um pequeno sorriso travesso e pegou minha mão, me puxando para dentro da piscina.

“– Ficou louca?” Gritei.

“– Não, apenas uma vingança básica, que ainda nem começou direito.” Saiu da piscina, se enrolou na toalha e entrou. Soquei o ar, irritado.

Saí da piscina também e não me importei em molhar toda a casa com água. Fui atrás dela, ela sempre soube o que iria acontecer, o que eu queria dela. Não tinha direito de vir com vingança besta pro meu lado.

Parei pouco antes de chegar ao corredor que dava para o quarto dela. Não, eu não iria brigar com uma garota apenas por que ela me jogou na piscina! É tão... Besta. Mas eu também não poderia deixar barato, iria devolver na mesma moeda. Ri maleficamente e fui até seu quarto.

A peguei no colo, para minha sorte, ela ainda estava de biquíni, tinha apenas uma tolha a cobrindo. Ela se assustou e eu ri da sua expressão. Sussurrei em seu ouvido: Calma, não vai doer. Ela me olhou mais uma vez apavorada.

“– Jake, o que vai fazer?” Perguntava sem parar.

“– Fique calma, já disse que não vai doer nada.” Respondi olhando em seus olhos desta vez.

Ia jogá-la na piscina e depois voltar para casa, mas mudei de ideia e resolvi pular junto, seria bem mais divertido do que ficar só olhando. Eu sei que para um garoto de 16 anos ficar brincando assim é muita criancice, mas apenas estou curtindo a vida.

Pulei na piscina com tudo, acho que até um pouco de água foi para fora – Ok, muita água. Voltei a superfície rindo freneticamente, enquanto ela me dava alguns tapas e socos no ombro. A coloquei sentada na borda da piscina e saí, sentando do lado dela. Encaramo-nos e ela ficou batendo os pés na água, olhando para eles – Parecia pensar em algo importante.

“– No que tanto pensa?” Perguntei incomodado com o silêncio.

“– Ahn?” Me olhou confusa “Ah, desculpe. Eu só estava imaginando umas coisas aqui.”

“– O que, por exemplo?” Estava me deixando curioso.

“– Como seria diferente se você não quisesse apenas sexo. Se estivesse mesmo afim de algo mais sério.” Abraçou os joelhos por alguns instantes, e eu estava sem fala.

Quando arrumei algo decente para dizer, ela pulou na piscina. Fiquei apenas observando as árvores ao redor da casa e ela nadando, sempre intercalando entre um e outro. Não queria dar muita bandeira e mostrar que a ideia de ficar ao seu lado era um tanto boa.