Friends With Benefits escrita por Fernanda Redfield, Rainha de Copas


Capítulo 6
Rachel x Quinn


Notas iniciais do capítulo

Oh, meninas e meninos, nós agradecemos ao reviews, eles nos ajudam bastante e dar um rumo pra história, melhorar alguma coisa e etc...
Pra mim, começando por esse capítulo, tá ficando cada vez mais difícil de escrever e acredito que pra Fer também. É difícil porque pra gente parecem um casal amigas, de tal forma que a gente se envolveu e tal.. mas nem tudo é um mar de rosas e as coisas precisam piorar.
Já pedimos desculpa, antecipadamente, pois não é uma coisa fácil de fazer e acredite, nós duas temos vontade de nos bater pelo drama.
Capítulo, mais uma vez comandado pela nossa liMda da Feer, eu só escrevi o que ela pediu..
Boa leitura!
Quinn - Fer
Rachel - Eu



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Rachel's POV

Era um final de domingo e eu tinha que ficar agüentando Elizabeth Hastings me perturbando. Num domingo! Tudo que eu precisava. Quando ela ia aprender que eu não precisava de sua compaixão pra ela fazer um mísero trabalho pra mim? Eu só havia ameaçado-a pra que ela me acobertasse uma vez na vida, só isso.

Mas não, vamos fazer do domingo pacato de Rachel Berry um inferno. Eu nem sabia mais do que a garota falava, aquela voz irritante preenchia o ar e me fazia querer ser surda por alguns segundos. Revirei os olhos mais uma vez e reparei em Zach me olhando entediado no sofá. Fiz um gesto de ‘vou fazer o quê?’ pra ele que trancou a cara e voltou a prestar atenção no elenco de Grey’s Anatomy cantando How To Save a Life.

“Berry, você precisa me ajudar. A entrega do trabalho é pra quarta agora e nós não temos nada pronto.” Sua voz saiu e eu tive que me conter pra não fazer uma careta em sua frente. Me virei pra ela que estava escorada na minha porta fechada. Ela segurava um tablet entre as mãos e pendia com o corpo pro lado esquerdo.

“Hastings, por que você tem que vir atrás de mim? Somo cinco pessoas no grupo, por que eu?” Retruquei irritada olhando pra ela. Sua expressão pedindo ajuda mudou e ela entendeu que eu já estava mais que irritada. “Tem o Kurt e os seus amigos. Aliás, Kurt está ali, você está vendo ele?” Apontei pro sofá onde meu amigo estava deitado com o namorado.

“Não estou aqui, Berry. É domingo e você sabe muito bem que eu preciso descansar pras aulas de amanhã.” Revirei os olhos pra ele e lhe mostrei um sorriso de gratidão, me virei pra ela que ainda não tinha mudado e ela permanecia ali.

“Exatamente, Kurt. É domingo e eu não quero saber. Elizabeth, encha o saco do Kurt ou dos outros dois, mas, por favor, me esqueça porque eu não preciso dessa nota mesmo.” Ela bufou não entendendo e começou a tagarelar sobre ‘como você não tem espírito de equipe e não ajuda’ para mim. Eu juro que viraria pra ela e mostraria quem não tem espírito de equipe. Eu queria gritar na cara dela que quando eu estava no New Directions ganhei duas Regionals e uma Nationals.

Então, da próxima vez, espero que ela não venha falar sobre espírito de equipe comigo. Virei-me pra cena que rolava na TV e agora estava no final de The Story, cantada pela linda da Sara Ramirez. Eu juro que um dia cantaria essa música em alguma apresentação. Olhei pra Zach e Kurt que choravam no sofá. Gargalhei, bichas são fodas, puta merda. Chamei a atenção deles e dela, que parou imediatamente de falar.

“Do que está rindo, Berry?” Zach disse enquanto disfarçava que não havia chorado. Eu olhei dentro daqueles olhos e gargalhei ainda mais. Fiz um movimento com a cabeça negando as coisas e ele arqueou uma sobrancelha pra mim. “Anda, Berry, diga. Acho que você não pode falar nada aqui, porque você chora em todas as vezes que assiste Funny Girl ou The Wizard of Oz.”

“É, mas é totalmente compreensível e eu sou Rachel Berry, o Kurt eu entendi, mas você? Que decepção, Zach.” Eu gargalhei antes de notar o olhar indignado que Kurt me lançava. Em resposta recebi duas almofadas no rosto.

“Rachel, você pode, por favor, me dar um pouco de atenção? Estou morrendo de falar e você sequer presta atenção em mim.” Eu levantei meu olhar pra Elizabeth que ainda estava ali. E eu achando que ela havia tomado vergonha e se mandado. Como sou tola. Sorri sarcástica pra ela e no momento que eu ia comentar alguma coisa, meu celular vibrou em meu bolso revelando uma mensagem de Quinn.

Estou no estacionamento que você e eu adoramos usar, desça aqui. – Q.

Foi impossível não abrir um sorriso bobo diante do que eu havia lido. Combinamos ontem, antes de irmos embora, que hoje ficaríamos em casa pra estudar porque realmente era necessário. Corri até minha jaqueta que estava jogada em minha cama e fui saindo do dormitório. “Aonde vai, Berry?” Kurt perguntou, mas eu mal dei idéia pra ele. Sai e já estava cruzando o corredor quando a voz mais aguda, por causa do grito, de Kurt foi ouvida. “Berry, aonde vai?”

Me virei pra ele que estava com uma sobrancelha arqueada e com Zach logo atrás. Notei que Elizabeth fazia uma cara de ‘não estou acreditando’ pra mim. E quando eu ia responder, Zach fez isso por mim. “Para de gritar Kurt, ela só sairia daqui se a Quinn estivesse chamando-a pra mais uma sessão de sexo selvagem.” Eu fiz um gesto de que ele estava certo e os vi entrando novamente e dessa vez, fecharem a porta na cara de minha nova ‘amiga’. Ela veio olhando pra mim e eu saí correndo, antes que ela viesse me incomodar novamente.

E quando ela ia entrar no elevador, ele se fechou e eu pude soltar meu risinho sarcástico novamente pra ela. Balancei a cabeça ainda não acreditando, ela parecia aqueles seres que nasceram pra serem stalkers pra sempre. Ri com a minha própria idéia, mas se bobear ela reviraria o campus atrás de mim.

Não demorou muito e eu estava do lado de fora do campus e pude ver uma pequena movimentaçãozinha perto do estacionamento dos alunos. Espero que não tenha nada relacionado a Quinn e ao seu convite inesperado. Me aproximei mais e vi um monte de cabelos loiros presos em uma bandana vermelha. Não acreditei, ela estava com um violão preso em seu ombro. Enterrei meu rosto em minhas mãos e me aproximei lentamente. Ouvi sua gargalhada gostosa e eu olhei pra ela, que já estava virada agora. Com a bandana nos cabelos, se eles estivessem grandes me lembraria de quando trocamos o mash up com os meninos e apresentamos rock. Uma regata preta, um short jeans um pouco escuro, revelando suas pernas translúcidas e um all star vermelho.

“Eu não sou tão boa como você quando se trata de emoções, mas eu sou boa em outra coisa e estou aqui pra cantar pra você... porque eu também sou a sua única.” Sua voz saiu mais alta que o tom normal e eu pude ver claramente a multidão que nos rodeava. Ela ajeitou o violão e começou a tocar... E desde quando ela sabia tocar violão?

Please baby can't you see

My mind's a burnin' hell

I got razors a rippin' and tearin' and strippin'

My heart apart as well

Eu abri um sorriso ao vê-la começar a cantar uma melodia nem tão desconhecida por mim assim. Eu mordi meu lábio ao ter essa visão em minha frente.

Tonight you told me

That you ache for something new

And some other woman is lookin' like something

That might be good for you

Ela deu alguns passos e se aproximou de mim, piscando e eu corei. Ela riu e voltou a olhar o braço do violão antes de voltar seu olhar pra mim.

Go on and hold her till the screaming is gone

Go on believe her when she tells you

Nothing's wrong

As pessoas que nos observavam já riam ou estavam impressionadas, eu confesso que estava impressionada. Ela deu uma balançadinha de quadril e eu gargalhei. 

But I'm the only one

Who'll walk across the fire for you

Ela cantou a plenos pulmões enquanto se aproximava de mim. Mordi meu lábio inferior e eu vi uma sombra de luxúria passar por seus olhos. Que mulher é essa?!

I'm the only one

Who'll drown in my desire for you

Ela permaneceu parada, arqueando uma sobrancelha pra mim antes de voltar ao centro do ‘palco’.

It's only fear that makes you run

The demons that you're hiding from

When all your promises are gone

I'm the only one

No final da frase ela abriu os braços, deixando o violão meio de lado, afirmando que é a única e que não tinha nada que ambas pudéssemos fazer. A multidão aumentava e eu provavelmente estava mais vermelha. Olhei pro lado e vi Zach e Kurt abraçados perto de uma janela.

Please baby can't you see

I'm trying to explain

I've been here before and i'm locking the door

And I'm not going back again

Ela praticamente rosnou as palavras e a forma como ela pronunciou, seu olhar direto em mim, sua boca se mexendo de uma forma excitante... Me fez sentir um grande pessoal aí. Mordi meu lábio em resposta e ela acabou piscando antes de virar pra platéia que ali estava.

Her eyes and arms and skin won't make

It go away

You'll wake up tomorrow and wrestle the sorrow

That holds you down today

Quinn cantou essa parte virada de costas pra mim, como se explicasse pras pessoas o que acontecia entre nós, o que foi acabou sendo um erro, porque eu acabei secando-a e as pessoas viram. Estava mais corada ainda.

Go on and hold her till the screaming is gone

Go on believe her when she tells you

Nothing's wrong

Eu ouvi uma gargalhada bem conhecida atrás de mim e quando me virei, Santana estava encostada em uma coluna, assistindo ao show. Fiz uma pergunta muda a ela do que significava isso e ela balançou a cabeça, me mandando olhar pra minha garota.  

But I'm the only one

Who'll walk across the fire for you

E na hora que eu me virei, minha garota estava com um olhar vidrado em mim e ali eu me perdi. Minha vontade de acabar com aquilo e de levá-la pra minha cama era grande, mas eu queria ver o fim disso.

I'm the only one

Who'll drown in my desire for you

Ela se aproximou de onde eu estava e se movimentou como se quisesse que eu fosse ao centro do ‘palco’, improvisado, com ela. E assim eu fui. Ficando ali com ela e eu nem me importava com os olhares direcionados a nós duas, muito menos com as piadinhas que possivelmente poderiam vir depois.

It's only fear that makes you run

The demons that you're hiding from

When all your promises are gone

Eu me flagrei mordendo o lado interior da minha bochecha de nervoso. Ela sorriu pra mim depois de fazer uma dancinha com os quadris, jogando-os para os lados.

I'm the only one

Ela murmurou a última frase, com o violão já de lado, me fazendo sentir as vibrações de sua voz e passar as mãos por meu rosto e me puxar para um beijo. Céus! É hoje que eu enlouqueço. Puxei seu corpo contra o meu pela sua blusa e a senti morder meus lábios, finalizando nosso beijo mega público.

Ouvi alguns aplausos atrás de nós e até uns assobios e depois de me dar conta do que ela fez e do que nós fizemos, escondi meu rosto em seu pescoço e a senti beijar meus cabelos e acariciar minhas costas. Levantei meu olhar pra ela que sorria pra mim e levou seus carinhos a minha bochecha. “O que foi isso, Q?” Perguntei e ela gargalhou, me apertando em seguida.

“Só precisava te mostrar que você é minha única e que eu também sou a sua.” Respirei fundo em seu pescoço e eu tive toda a certeza do mundo que ela pode sentir que eu havia ficado muito nervosa e provavelmente tremia.

“E... Quando você aprendeu tocar violão?” Perguntei enquanto ela entrelaçava nossas mãos e nos guiava pra perto dos nossos amigos.

“Eu aprendi algumas coisas há uns anos com Puck, quando nos reaproximamos. Deixei de lado e desde que passei em Columbia, eu pego pra praticar um pouco, todos os dias.” Eu nunca saberia disso, já havia notado sim um violão ali, mas pra mim não passava de decoração do dormitório das duas. Eu vi Santana e Kurt gargalhando maldosamente e Zach sorrir torto para nós. “Qual a piada da vez, Zach?” Quinn murmurou arqueando uma sobrancelha pra ele.

“Calma, Q... Estava comentando com eles que quando eu acho que a sua cota lésbica acabou... Você me aparece vestida de Bruce Springsteen e cantando Melissa Etheridge.” Ok, até ela acabou rindo dessa. A abracei de lado evitando o ruivo de levar um soco no braço.

“Vá se foder, Clark!” Ela disse entre risadas e eu a acompanhei. “Enfim, meus queridos. San, você vai ficar aí com os pombinhos enquanto eu irei com Rach para o dormitório.” Pude ver Santana arregalar os olhos antes de Quinn me puxar em direção a moto.

“Hija de la puta!” Quinn já estava sentada arrumando seu capacete e nem ligou. “Eu não vou ficar aqui com o casal perfeito, nem fodendo, Fabray! Cabem três nessa moto e eu vou junto, só pra fazer questão de que vocês não transem!” Ouvi minha loira gargalhar, me ajudando a me ajeitar na moto.

“Não posso fazer nada se a sua mulher não está aqui, Lopez. Tenha um bom fim de tarde com o casal 20.” E piscou pra ela, fazendo-a bufar e começar uma nova rodada de palavrões em espanhol. Segurei na cintura da minha loira com uma mão e na outra segurava a case do violão. Ela sorriu sugestiva quando eu mordi seu ombro. “Se segura, Berry. Se não é possível que eu bata a moto.” Eu gargalhei e parei de provocá-la. Seria um longo caminho até chegarmos em Columbia.

Quinn's POV

As mãos de Rachel se apertaram na minha cintura assim que eu parei a moto. Era um costume dela, sempre que parávamos, ela apertava minha cintura e depois subia para os ombros. Depois tirava o capacete, arrumava os cabelos e beijava a minha bochecha, ainda em cima da moto. Não disse? Foi exatamente o que ela fez e me arrancou um sorriso por causa disso. Apanhei nossos capacetes e a case do violão enquanto ela saía saltitando a minha frente, rindo. Ela se virou para mim, com aquele sorriso incrível e disse animada.

“Então, o que vamos fazer?”

“Eu ainda tenho que me ocupar com a gente depois de cantar Melissa Etheridge para você?” Perguntei em tom de brincadeira, ela parou de andar e estacou a minha frente, com as mãos na cintura e uma falsa expressão de brava. Eu dei um sorrisinho de lado e ela me puxou pelo cós do short, paramos no meio do caminho entre a moto e a porta do dormitório. Rachel mordeu minha bochecha e corou. “É verdade, Berry. Acho que você poderia começar a pensar no que poderíamos fazer hoje.”

“Ah eu não sei, de verdade.” Rachel respondeu um pouquinho magoada e fazendo aquele beicinho que eu adorava. Beijei os lábios dela de leve e a puxei para caminharmos, ela sorriu quando sentiu meu braço livre passar pelos seus ombros. Ela segurou a minha mão e beijou a palma. Olhei para ela enquanto ela me beliscava no braço e ria dos arrepios involuntários que estavam surgindo ali, entramos no elevador e Rachel apertou o andar enquanto eu me escorava no metal e dizia.

“Amor, não precisa se preocupar. Eu só queria ficar com você, podemos até ficarmos estudando no dormitório. Mas temos que estar juntas...”

Rachel sorriu para mim e veio de aconchegar no meu peito. A mão direita dela firmou-se em minha cintura e depois, deslizou pelo curto caminho até a minha nuca, ela me puxou para baixo e me olhou com aqueles olhos castanhos escaldantes enquanto eu, hipnotizada, só conseguia sorrir e respirar aquele aroma doce que só ela tinha. Rachel me deu um selinho e sorriu contra os meus lábios. “Eu te amo, Quinn.” Eu sorri e pincelei nossos narizes enquanto retribuía.

“Eu também te amo, Rach.”

Era a primeira vez que dizíamos que nos amávamos depois da noite de ontem e não sei, parecia ainda mais sincero agora. Só nós duas, naquele elevador e o silêncio que veio depois... Eu posso estar ficando toscamente apaixonada, mas eu pude sentir minha vista embaçar por causa das lágrimas. Dei uma gargalhada rouca enquanto apertava o pequeno corpo de Rachel contra o meu, ela suspirou contra o meu pescoço e as portas do elevador se abriram, nós duas saímos abraçadas. Ela olhou para mim enquanto caminhava e sorriu, depois corou e eu a apertei. “Por que toda essa vergonha, Berry?”

“Para com isso, Fabray.” Rachel respondeu na defensiva, mas gargalhando em seguida. Ela se separou de mim e caminhou mais a frente enquanto sorria. Eu ria dela enquanto uns poucos aleatórios paravam pra observar a gente, revirei os olhos quando Rachel parou em frente ao meu apartamento e deu alguns pulinhos. Eu destranquei a porta e bloqueei o caminho dela, Rachel me empurrou e depois, bufou. “O que você quer, Fabray?”

“Me diga você, Rach.” Respondi rouca e as pupilas de Rachel dilataram. Ela se aproximou de mim e ergueu a minha regata lentamente, antes de arranhar a base das minhas costas. Gemi involuntariamente e ela mordeu meu queixo. Depois, as mãos dela desceram e encontraram minha bunda, ela apertou e eu mordi o lábio diante do sorriso maléfico que ela tinha. Depois, Rachel me empurrou para dentro com extrema facilidade e eu caí em cima da cadeira da escrivaninha. Rachel fechou e trancou a porta atrás de si e se aproximou, os olhos pareciam me despir sem pudor algum, as mãos dela escorreram pelo meu braço e soltaram os capacetes e a case. Ela sentou-se em meu colo, de frente para mim.

“É isso que você quer, Q?”

“Na verdade, é bem mais do que eu mereço.” Respondi com um ar ofegante e ela enlaçou meu pescoço, me puxando para perto. Minhas mãos obedeceram a um comando de automático e eu apertei a base de suas costas antes de descer as mãos pelo seu quadril e apertar as coxas que me enlaçavam pela cintura. Rachel puxou meus cabelos e se aproximou, devagar demais. Sorriu diante da minha pressa em colar nossos lábios e eu revirei os olhos, dei um tranco em suas costas e ficamos ainda mais próximas. Meu rosto estava, perigosamente, próximo aos seus seios.

“Você merece tudo o que eu puder te dar, Quinn.” A voz da Rachel saiu rouca, deliciosamente rouca. Eu ergui meus olhos e ela olhava para mim intensa, ela se ajeitou em meus braços e mexeu em meus cabelos. Vi quando ela abaixou e sua face e relaxou, ficando com o rosto na altura do meu. Ela me beijou, deslizando a língua sobre meus lábios. Eu logo dei passagem e ela mordeu meu lábio inferior antes de finalmente me beijar. As mãos dela ergueram a barra da minha regata e brincaram com meu abdômen, ela deslizou os dedos por ali e se separou, eu tentei me aproximar de novo, mas ela riu. “Continua gostosa, como sempre, Q.” Depois disso, Rachel se ajeitou no meu colo e tentou tirar a minha regata. Foi a minha vez de pará-la, ela arqueou a sobrancelha pra mim e eu sorri, cafajeste.

“Não e não, Berry. Você não vai comandar as coisas por aqui.”

“Não?” Rachel perguntou sugestivamente e enquanto eu era hipnotizada por aqueles lábios carnudos deslizando sobre o meu pescoço e mordendo, ela saiu do meu colo e ficou em pé, me deixando sentada. Eu suspirei pesadamente e deslizei pela cadeira, frustrada. Ela se virou para mim e lentamente, tirou a blusa. Droga, ela estava de vermelho de novo. Depois, inclinou o corpo sobre o meu e ficou em pé, entre minhas pernas. Minhas mãos deslizaram desde seus ombros até a bunda, apertei ali e ela sorriu, mordendo o lábio. Eu fiquei em pé e envolvi o corpo dela com meus braços, ela arranhou minha nuca e chupou algum ponto próximo a minha orelha. “Eu posso te fazer mudar de ideia rapidinho, Fabray.” Eu quase disse que ela podia fazer o que queria comigo depois dessa. Rachel trocou nossos corpos de posição e sentou-se na cadeira, me olhando sugestivamente. Eu revirei os olhos e perguntei maliciosa.

“Não consegue se despir sozinha?”

“Talvez eu tenha me acostumado com suas mãos tirando a minha roupa.” Rachel estava terrível hoje, a voz dela tinha um quê audacioso que me enlouqueceu, eu me ajoelhei a sua frente e abri os botões de sua calça, mordi o lábio e ela passou a mão pela minha cabeça, tirando a bandana. “Qual o problema, Fabray? Você sabe que isso aqui é tudo seu.” Eu estremeci e voltei ao trabalho, deslizando a calça dela por aquelas malditas pernas longas. Quando levantei meus olhos, ela tinha o indicador na boca e mordia, sorrindo. Céus! “Vejamos... As coisas estão bem injustas aqui, não é?” Eu apenas concordei com a cabeça enquanto ela se referia as nossas roupas (ou ausência, no caso dela) ela me empurrou com a mão espalmada entre o vale dos meus seios até a cama e ali, me jogou. Eu engoli em seco enquanto ela montava sobre a minha pelve. Rachel fez um sinal com a mão para que eu me aproximasse e mordeu a minha mandíbula. “Vamos nos colocar em pé de igualdade.” Eu nem notei que ela já estava com o controle, eu elevei meu tronco e as mãos dela correram até meu abdômen, puxando a regata bruscamente pela minha cabeça.

“Rachel, você quer me matar?” Eu estava ofegante enquanto sentia as mãos dela deslizarem e apertarem a parte interna das minhas pernas. Com certeza, não fora uma boa ideia ir de shorts até Julliard. Ela afastou aquele mar de cabelos castanhos com uma jogada e quando ela olhou pra mim, acho que tive a visão mais linda de todas (e isso incluía Rachel a beira de um orgasmo). Ela estava com os olhos quentes, as bochechas estavam coradas e a boca tinha um sorriso torto que estava me deixando excitada só por olhar. Ela pegou minhas mãos que pousavam bobas na cama e colocou-as na própria cintura. Depois, me puxou pela nuca e eu só consegui ver estrelas e big bangs com aquele beijo.

“Não baby, talvez... Eu queira te enlouquecer mais um pouquinho!” Rachel respondeu sexy antes de se levantar abruptamente do meu colo e se virar. Meu Deus, o que era o conjunto de trás? Meus olhos subiram pelas pernas e alcançaram a bunda dela. Eu estava salivando? Mesmo? Essa morena me deixa parecendo um caminhoneiro. Eu me levantei e toquei a cintura dela. Rachel se virou imediatamente, me poupando daquela visão incrível. Ela arranhou as minhas costas nuas e mordeu meu lábio. “O que está esperando, Quinn? Você já foi mais obediente comigo!” Eu engoli em seco e desabotoei meus shorts. Ela se aproximou, sorrindo cínica e me ‘ajudou’. As mãos dela apertaram minha virilha e o toque de pele com pele me fez suspirar pesado. Eu ergui a cabeça, procurando um ar que não fosse doce e ela puxou meu rosto para baixo, me beijando com uma fome que eu nunca tinha visto.

Em seguida, só senti meu corpo ser jogado na cama e ela ficar em cima de mim, mordendo e beijando meu pescoço. Eu precisava sair daquela letargia, afinal, olha a mulher que estava me seduzindo no momento! Eu puxei os cabelos dela pela nuca e a senti morder meu pescoço com força, me joguei contra ela e fiquei por cima, me ajeitando entre suas pernas. Saí do pescoço e desci até o umbigo, beijando e mordendo tudo que conseguia. Rachel arranhou meus ombros e eu tornei a subir, beijando seus lábios. Eu me afastei de sua boca e a contornei com meu indicador, Rachel chupou-o levemente e eu fiquei sem saber como respirar. “Berry, você está tirando meu juízo.”

“Achei que já tivesse te enlouquecido... Bom saber, a gente ainda pode brincar por mais um tempo.” Rachel estava maluca, eu mordi meu lábio e voltei a concentrar em sua boca enquanto ela deslizava suas mãos pelas minhas costas levemente, eu sentia cada pedaço de mim se arrepiar. Ela tentou afastar a alça de meu sutiã, só que eu fui mais rápida e segurei suas mãos, prendendo-as acima de sua cabeça. Rachel me deu um sorriso satisfeito enquanto eu beijava seu colo e desabotoava seu sutiã, arrancando o mesmo com os dentes. Deixei que minha boca deslizasse devagar pela região próxima ao seu seio e senti quando o corpo dela se arqueou e ela gemeu. “Q-Quinn... Isso é covardia.”

Eu tive que rir da expressão dela, ela se mesclava entre a revolta e a excitação. Desci minha língua por seu pescoço e finalmente cheguei aos seios.  Deitei o corpo dela sobre a cama e soltei suas mãos, ela permaneceu imóvel, ofegando enquanto eu beijava, delicadamente, seus seios. Quando cheguei ao seu mamilo já intumescido, mordi levemente e passei a língua entre os seus seios e desci minha mão até sua calcinha. Rachel gemeu quando meus dedos brincaram com seu centro, mesmo por cima do tecido. Dei um sorriso maldoso e afastei a calcinha lentamente, notando o quão quente e molhada ela estava. Olhando em seus olhos, fiz o mesmo no outro seio e ela se agarrava ao lençol, tentando não me tocar. Desci beijando todo e qualquer pedaço de pele morena que encontrei e quando cheguei à pele sensível acima de seu centro, ela se arqueou mais uma vez e eu tive que mordê-la para que ela voltasse ao lugar. “Amor, se controla. Senão eu vou ter que parar com tudo agora.” Eram nessas horas que a cheerio malvada reaparecia.

Rachel procurou protestar, mas eu voltei para a sua boca, impedindo. Ela me devorava e mordia cada pedaço que encontrava, tinha deixado de ser sedutor e estava carnal, puramente carnal. Eu sorri entre o beijo e senti que ela tremia e se arqueava em meus braços. Eu gostava dessa sensação e realmente, me senti única ali. Nos separamos ofegantes e sem o menor aviso, tirei a sua calcinha e a penetrei com um dedo. Rachel mordeu o lábio e fechou os olhos, enquanto eu executava leves movimentos com o quadril, embalada pelos gemidos dela embaixo de mim. Ela arranhou meu ombro e eu senti arder, em seguida, abriu os olhos e pediu.

“Mais Q-Quinn!”

“Mesmo você sendo muito mal-educada...” Eu comecei a falar e ela fechou a expressão indignada, me excitando ainda mais. Coloquei mais um dedo e agora, os movimentos estavam mais rápidos e precisos. Rachel se grudou ainda mais em mim, e ergueu os quadris, procurando mais contato. Eu ri roucamente no ouvido dela e ela gemeu insatisfeita. “Você está gostosa demais, linda demais e apertada demais pra eu negar isso!” Rachel deu um pequeno grito que eu calei com um beijo, comecei a ritmar nossos quadris enquanto sentia o desejo tomando-a por inteira. Ela deslizou uma mão trêmula e sôfrega até minha virilha e eu me afastei, olhando-a maldosamente. “Quem disse que você poderia participar da brincadeira?” Tirei meus dedos de dentro dela e ela suspirou, me olhando indignada. Eu sorri e deslizei sobre seu corpo, chegando ao meio de suas pernas. Olhei para Rachel e ela esperava, ofegante e corada.

Apoiei as pernas dela em meus ombros e a puxei bruscamente para mim, Rachel gritou e eu abocanhei seu centro enquanto a ouvia gemer meu nome com dificuldade. Conhecendo aquele pedaço dela como eu conhecia, não foi difícil saber o que eu tinha que fazer. Eu fui devagar em todos os movimentos da minha língua, estava, literalmente, tomando Rachel. E olha, ela era doce demais. Chupei seu clitóris e ela suspirou agoniada, puxando meus cabelos e gritando meu nome para as paredes. Senti o corpo dela tremer mais uma vez e seus quadris erguiam-se em direção a minha boca. Saí de seu centro e mordi a sua virilha, tornei a erguer meu corpo e a beijei. Rachel gemeu em minha boca quando nossas línguas se tocavam e eu voltei meus dedos ao seu sexo, massageando seu clitóris. Ela me olhava suplicante enquanto eu me esforçava ao máximo.

Só que estava difícil, porque eu mesma estava quase chegando ao orgasmo. Olhei para ela e vi, pelo reflexo de seus olhos, todo o sentimento que estava com a gente esse tempo todo. Eu me deitei sobre ela e lentamente, o orgasmo foi chegando e Rachel me abraçou enquanto gemia em meus braços e me pedia ‘mais’. Fiz tudo que ela queria e, quando outra onda de orgasmo chegava, ela murmurou entre os gemidos que me amava e foi a minha vez de desfalecer em seus braços e sentir o orgasmo percorrer meu corpo, me tremendo e me fazendo ver estrelas.

Fiquei com o corpo sobre o dela até que Rachel começasse a se recuperar. Ela estava de olhos fechados e antes de abri-los, sorriu satisfeita para mim e me empurrou para o lado da cama. Eu estava me levantando para um banho quando Rachel se virou para mim e me segurou. Ela olhou em meus olhos e suspirou. “Fica aqui comigo, por favor. Eu sei que você quer tomar um banho, mas eu preciso do seu calor comigo mais um pouco.” Diante daquele pedido, não tinha muito que fazer, eu a puxei para perto e a abracei enquanto nos cobria. Ela beijou meu pescoço e eu sorri, apertando suas costas e dizendo. 

Go on and hold her till the screaming is gone. Go on believe her when she tells you nothing’s wrong.

Rachel ergueu a face para mim e gargalhou, me puxando mais para perto e encaixando a cabeça na curva do meu pescoço. Eu suspirei e fiz menção de continuar a música, mas ela colocou o indicador em meus lábios e respirou em meu pescoço antes de cantar em meu ouvido.

But I’m the only one who’ll walk across the fire for you... I’m the only one who’ll drown in my desire for you...

Eu levei minha mão aos seus cabelos e os afaguei, rindo e me sentindo sortuda por ser a única no mundo digna daquele momento.

Rachel's POV

"Quinn... por favor, nós concordamos que iríamos estudar hoje." Eu disse entre suspiros, pois era impossível pará-la quando ela estava mordendo sua cintura. Arqueei minha cabeça pra trás e ela riu quando viu que minha resistência não era muito boa.

Quinn subiu traçando uma linha de beijos pela minha barriga, me fazendo revirar os olhos. Ela parou, mas ainda se movimentando sutilmente em cima de mim, abri meus olhos e ela passou o nariz por meu pescoço. "Eu não preciso estudar, Berry, ou você acha que eu te arrastaria até aqui comigo hoje com matérias pendentes?" Ela riu em superioridade e eu bati em seu ombro, frustrada, e isso causou ainda mais risos por parte dela que me beijou na bochecha e saiu de cima de mim.

"Obrigada. Posso tomar um banho, agora?" Ela riu e balançou a cabeça afirmando. Passei por ela apertando sua cintura e ela gemeu, tombando o corpo pro lado e me mostrando a língua. Abri sua gaveta e peguei uma camiseta e uma calcinha minha que eu sempre deixava lá, caso algo assim acontecesse.

Não demorou muito pra que eu estivesse dentro de seu chuveiro, cheirando seu shampoo. Revirei os olhos, eu era uma completa idiota apaixonada, ri de mim mesma. Eu me recusava a acreditar que ela estaria indo embora em três semanas. Não conseguia e nem queria pensar nisso, mas sabia que teria que ser forte por nós aqui, enquanto ela faria o mesmo do outro lado do Atlântico Norte.

Eu não sei se foi realmente uma lágrima que caiu ou se foram gotas d'água do chuveiro que caíam sobre meu rosto, mas a dor crescia gradativamente em meu peito. Afastei esses pensamentos ao desligar o chuveiro e comecei a me secar.

Ao sair do banheiro me deparo com Quinn sentada no chão, encostada na cama, com o controle do Xbox na mão e o volume da TV no máximo. "Eu não acredito que você me trocou por vídeo game, Quinn."

"Você que quis estudar, Rach... Eu disse que não precisava e falei sério." Ela nem ao menos se deu o trabalho de pausar a droga do jogo e olhar pra mim. "Se quiser posso abaixar o volume pra não te atrapalhar." E puta merda, ela nem se virou pra me olhar vestindo uma blusa qualquer dela e uma calcinha.

"Você não vai parar mesmo o que seja lá que você está jogando?" Ela fez que ‘não’ com a cabeça e eu peguei seu notebook, em cima de sua escrivaninha. Eu precisava de paciência extra agora. Não demorou muito e eu já tinha todo o material que precisava pra estudar e eu comecei, talvez até sairia aquele maldito roteiro que Elizabeth tanto me enchia o saco.

Em algum momento eu senti minhas mãos saindo do teclado e indo parar em minhas têmporas. Ela realmente tinha me trocado por um vídeo game, o volume estava quase estourando o alto-falante da TV e eu não consegui mais me concentrar. Tirei meu olhar da tela do notebook e passei a ver aquele maldito jogo que ela estava jogando.

Parecia realmente um jogo interessante, a forma como ela controlava seu guerreiro era impressionantemente rápida. Pelo que pude perceber era na base da Mitologia Grega, onde havia um cara super foda que tinha asas esquisitas e espadas grudadas nos punhos, saía destruindo todos que passavam por seu caminho. Talvez fosse Ares, deus da guerra. Chifres de minotauros, bolinhas vermelhas que o seguem quando ele quebra alguma coisa ou mata alguém, baús verdes e azuis que quando eram abertos saíam bolinhas verdes e azuis, provavelmente indicavam algum tipo de poder especial.

Eu não entendia dessas coisas, mas tinha a noção de que o gráfico era realmente muito bom. Até os sons do jogo, que eram alguns dele de dor ou de força pra matar alguma coisa e a tradicional música de fundo, eram bons. Mas tudo foi brutalmente mudado e agora eu ouvia sons de... Gemidos femininos?

Ouvi Quinn sorrir sugestivamente para a cena que se desenrolava na TV. Três mulheres, nuas, fazendo sexo. Arregalei meus olhos, não era possível. Levantei rapidamente da cama e bloqueei sua visão do jogo. Ela estreitou os olhos pra mim, movendo a cabeça pro lado, procurando continuar apreciando aquela apologia à orgia lésbica e pornografia, pois mostravam os detalhes perfeitos das mulheres ali.

"Eu não admito, Lucy Quinn Fabray. Me trocar por vídeo game e jogos INOCENTES, tudo bem. Mas agora ser trocada por uma falsa orgia lésbica é ainda pior." Ela levantou os olhos pra mim e eu ouvi os gemidos cessarem, provavelmente apertou o botão pause.

"Rachel, você está na minha frente e eu preciso terminar isso." Ela disse irritada, sem mais. Eu permaneci em pé e ela continuou me fuzilando com o olhar. "Espera só eu terminar essa parte que é bem chatinha, por favor?"

"Não, Fabray, eu não vou sair. E parte chatinha? Você parece estar se divertindo muito bem com essas 'partes chatinhas'. Três mulheres estão transando e você aí, não querendo perder um detalhe importantíssimo do seu grande jogo quando a sua namorada está parada na sua frente, seminua e você não notou isso ainda." Seu olhar subiu por minhas pernas que estavam descobertas e ela notou que eu usava uma calcinha verde invés de um short ou qualquer coisa parecida. E quando eu achei que ela finalmente faria alguma coisa, escutei os gemidos voltarem na TV atrás de mim. "Estou indo."

Caminhei até a porta de saída e quando eu coloquei a mão na maçaneta a ouvi dizer. "Você vai sair assim, de calcinha na rua?" Eu olhei pra baixo e me xinguei mentalmente. "Que feio Rach, depois a tarada sou eu por gostar de ver três mulheres se comendo num vídeo game." Ela disse zombando da minha cara, e eu revirei os olhos e taquei uma almofada nela que acabou derrubando o controle no chão.

Ela me fuzilou com o olhar e eu arqueei uma sobrancelha. "É guerra, Fabray?" A vi afirmar balançando a cabeça e eu precisava de toda a força do Satan da latina amiga dela agora. "FINE!" Ela sorriu me desafiando e eu peguei outra almofada, acertando novamente seu controle, que dessa vez caiu em seu colo.

Quinn pegou o controle novamente e eu olhei pra tela do jogo, vendo o protagonista começar a transar com uma das mulheres da orgia, acertei mais uma almofada e a vi xingar por ter errado um dos botões, soltei uma risada maléfica e ela quase urrou. Me aproximei e eu xinguei mentalmente a tecnologia por inventar controles sem fio. Ela também ficou em pé, ainda jogando e eu pude ver os movimentos de seus dedos ficarem mais rápidos. Num súbito me movi e tentei apertar o botão de ligar/desligar do vídeo game, porém Quinn foi mais rápida e ficou na frente do mesmo e meu dedo acabou batendo em sua barriga.

"Com medo das atuações das mulheres me deixarem mais excitada que você, Berry?" Seu comentário foi demasiadamente maldoso e eu virei meu olhar pra ela, que tinha aquela postura que me intimidava no ensino médio com o acréscimo de um sorriso maldoso.

Revirei meus olhos e a olhei. "Aposto que elas te proporcionam um orgasmo melhor que eu. Então, chame-as da próxima vez que quiser um." Seu sorriso foi morrendo à medida que eu ia colocando meus shorts que estava jogado em qualquer canto do quarto.

Alguns segundos depois a vi colocando o controle em cima do console e pude notar que os gemidos foram cessados, olhei pra tela que agora indicava que o jogo fora desligado. Levantei meu olhar pra ela que estava escorada na escrivaninha com aquele tradicional olhar de ex-cheerio. Calcei meu chinelo que estava ali e fui me aproximando da porta e quando fui saindo, devidamente vestida dessa vez, a senti fechar a porta e me prensar na mesma. "Estou indo embora, Fabray, você claramente prefere suas amiguinhas virtuais. Fique com elas." Bati em seus braços que pareciam ser mil agora, pois eu não conseguiria sair tão fácil.

"O único que eu conto é o que você me proporciona, Rach. Deveria saber disso porque eu estou namorando você." Ela murmurou em meu pescoço, seu hálito quente batendo em minha pele super sensível, suas palavras e a verdade delas... Eu tremi em seus braços e ela riu sugestivamente em meu ouvido antes de sugar e morder o lóbulo da minha orelha. Droga! Dessa vez eu precisava ceder. Levei minhas mãos ao redor de seu rosto e a puxei, procurando encontrar sua boca logo e assim aconteceu.

"Então nós estamos namorando?" Perguntei descendo minhas mãos e segurando sua cintura possessivamente enquanto ela terminava de morder meu lábio inferior. A vi se afastar e sorrir pra mim.

"Músicas repentinas, brigas por coisas inúteis e outras coisas mais... É isso parece com o que as pessoas chamam de relacionamento sério." Eu concordei e ela se aproximou me beijando e prensando nossos quadris.

"Devo mudar meus status no facebook então?" Nós gargalhamos e ela deu os ombros, me puxando de volta pra cama, desabotoando meu short. "Meu amor, você pode ter sido extremamente fofa, mas eu não vou transar com você, precisa pensar no que fez." Ela fez uma careta, porém tirou minha peça de roupa, me deixando como eu estava anteriormente.

"Não precisamos transar, Rach, mas se antes você estava assim... Por que não pode ficar agora?" Revirei meus olhos e lhe dei um selinho, sentando do seu lado e abrindo seu notebook enquanto ela se posicionava atrás de mim, comigo entre suas pernas. Olhei pra ela esquisitamente numa forma de perguntar 'o que está tentando fazer?' e ela virou minha cabeça pra tela do notebook e disse em meu ouvido. "Estou te ajudando a fazer esse roteiro maldito." Apertei sua coxa em agradecimento e ela apoiou a cabeça em meu ombro. "Alguma idéia?"

Balancei a cabeça negativamente e ela mordeu meu ombro. "Não. Na realidade, nunca tive um bloqueio assim. Tudo culpa daquela idiota da Elizabeth." Bufei e joguei as mãos pra cima, irritadíssima, enquanto Quinn apertava meus ombros, numa tentativa inútil de me fazer relaxar.

"Você já disse que não precisa fazer, baby. Ela vai arrumar um jeito." Eu me virei pra ela, arqueando as sobrancelhas tentando parecer irônica, porém Quinn acabou rindo e eu também. "Vocês precisarão interpretar?" Ela começou a massagear meus ombros e eu arqueei o pescoço, desfrutando daquela sensação.

"Não. Na realidade sim, foram divididos em 8 grupos de cinco pessoas e os três melhores roteiros irão para votação pra decidirmos qual irá ser montado pra feira de artes de Julliard, numa apresentação durante os três dias." Ela murmurou um 'entendo' e desceu as mãos, massageando minhas costas.

"Pode ser um musical?" Me virei pra trás surpresa enquanto ela jogava os ombros pra mim. Fiz que sim com a cabeça. "Então, eu vi um. Sobre um músico de rua que encontra uma jovem vendedora de flores que se interessa por suas músicas e eles passam a se encontrar todos os dias nesse mesmo local e, conseqüentemente, se apaixonam." Ela fez uma parada dramática e eu fiz um movimento com a cabeça, indicando-a a continuar. "Mas, esse é um filme sobre a vida, logo o final não é tão florido e lindo como as pessoas esperam. E o filme passa e mesmo tendo escrito e passado por tantas coisas juntas eles não ficam juntos e isso prova que o amor nem sempre é o necessário para um final feliz." Ergui minha sobrancelha, impressionada, e em troca, recebi um sorriso quase envergonhado. "Once, é o nome."

Me virei pra tela do computador, esperando respostas sobre os mesmos e quais as músicas eu poderia usar enquanto Quinn voltava a massagear meus ombros. "Eu tive uma idéia." Senti um aperto em meu ombro, num sinal que era pra eu continuar. "Como o teatro não pode ter mais que 30 minutos ou ser muito extenso, eu poderia sugerir a um amigo que também está em meu grupo e canta maravilhosamente bem, fazermos versões de umas 4 ou 5 músicas e colocarmos de trilha sonora enquanto fazemos o teatro mudo. Por que não é tão difícil assim a história. O que acha?" Me virei pra analisar sua expressão que fixava seu olhar em algum ponto atrás de mim, provavelmente tentando imaginar o que eu havia dito.

"E a idéia é boa." Seu olhar desceu pro meu e ela fora meio indiferente no tom de voz. Apertei meus olhos e a forcei voltar a olhar pra mim. "Não gosto de pensar que você fará, no mínimo, um dueto romântico com um cara e eu não estarei nem aqui pra tomar posse do que é meu, Rach! Desculpa, não consigo evitar." Ela disse num fôlego só e eu arregalei os olhos em surpresa, quando imaginaria que Quinn Fabray sentiria ciúmes assim? Por basicamente nada?!

Revirei meus olhos e me coloquei de joelhos na cama e de alguma forma eu consegui a puxar contra mim, segurando atrás de suas coxas. Ela me olhou com quase raiva e eu sorri, pedindo mudamente pra ela parar com aquele jogo. Um jogo que no começo é uma maravilha, porém com o passar do tempo, pode se tornar doentio e até fatal, e eu jamais pensei em fazer algo assim. Mas ambas éramos estouradas e isso poderia ser perigoso.

"Eu amo você, ok? É suficiente pra mim agora." Lhe beijei os lábios e ela tentou argumentar, mas minhas mãos subiram pro seu rosto forçando-a a não sair dali.

Sorri quando ela cedeu e continuaria sorrindo, pois era isso que eu tinha por agora. Não me importei mais com nada, só em curtir um momento assim com minha garota. Mandaria mais tarde a idéia pra Elizabeth e eu finalizarmos e discutirmos com o grupo, porque agora não conseguiria pensar em nada que não fossem cabelos loiros, olhos castanhos esverdeados e uma voz totalmente rouca, soando próxima ao meu ouvido e dizendo que me amava de volta. 


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Notas finais do capítulo

Está ficando cada vez mais difícil separá-las...
Comentem, por favor, nós precisamos disso, muito.
E o ápice do drama, para este momento está próximo, acredito eu.
Beijo e até o próximo