Colégio Interno escrita por Jin Sun Min, CamilaVianna, usagisan, kimyumialien, Rinnie, cookie


Capítulo 11
Capítulo 9 - A segunda vítima


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem esse capítulo gigantesco, é que eu queria retomar de onde alguns capítulos pararam e eu tinha algumas informações a mais para colocar e acabou ficando desse tamanho... De qualquer forma... Boa leitura! :D



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Estranhou, havia as visto em algum canto daquele colégio, eram veteranas e pareciam estar irritadas, então o que haveriam de querer consigo? Soubera pelo garoto estressante chamado Baro que elas eram as mais ricas, mas não se portavam como patricinhas, eram exatamente ao contrário, ela também possuía uma quantia enorme de dinheiro usada somente para viagens, porém ainda assim estranhou a aproximação não mais que repentina das garotas.


– O que vocês querem? – perguntou Yulli de forma fria, sempre se mantendo na defensiva.

A loira Lee Chae-rin, também conhecida como CL, caminhava com uma postura perfeita que lhe concediam graça e superioridade, ela era claramente a líder do grupo, que apenas com um sinal da mão direita, fez com que as demais parassem e avançou mais alguns passos, parando a alguns passos de Yulli. Sua expressão era tão fria quanto da novata, parecia até um pouco irritada, mas então sua face relaxou e ela começou com cautela.

– Nós vimos o que vocês fez no pátio com a Jessica e viemos lhe dar um aviso.

A ruiva do grupo, Park Bom, que na verdade possuía cabelos pintados de vermelho cereja bem vivo, se aproximou de CL e continuou sua fala, embora fosse difícil de imaginar aquelas palavras saindo de sua boca pequena e rosada, já que suas feições eram extremamente delicadas e suas bochechas eram completamente mordíveis.

– A Jessica não é realmente alguém com quem você queira mexer, ela é extremamente perigosa quando quer e por sua beleza e riqueza, consegue com que todos a sua volta se unam com ela contra algo. Você é apenas uma novata, não faz idéias das atrocidades que ela já fez aqui nesse colégio e em todas, ela saiu impune. Não mexa com uma princesa, apenas siga o seu caminho.

– Eu vou quebrar a coroa dessa princesa – disse Yulli com desdém.

Agora quem se aproximava da líder, era a outra loira do grupo, a jovem Hyoyeon, uma dançarina nata, o orgulho do senhor Lee Hyukjae, embora em beleza ela perdesse um pouco, mas ainda sim era uma garota atraente e de muitos talentos. Sua postura era tão forte quanto sua fala.

– Se você não quer seguir sua vida como uma aluna normal, então ataque, mas pelos pontos mais fracos, comece pelo Chunji, já ouviu falar? E não trate o Baro tão mal, por mais irritante que ele seja, ele é um garoto muito esperto, então, mantenha-o por perto.

– Agora vocês vão me dizer o que fazer? – perguntou Yulli com um sorriso debochado.

– Se você não quer ouvir, que não ouça, isso é apenas um aviso de uma amiga que estuda aqui desde o primeiro ano com a Jessica... – Yulli completou a fala da líder com as suas próprias palavras.

– Uma amiga que tem tanto ódio da princesa como qualquer outro aqui e quer mover os peões em direção a rainha, para depois dar seu golpe final, estou certa? Que sacrifique os mais fracos para o bem dos mais forte, mas agora quem dita às regras nessa guerra, sou eu e se eu precisar de sua ajuda, eu mando avisar.

CL espreitou os olhos para Yulli e puxou o ar pesadamente para os pulmões, ela se segurava para não bufar de raiva. Soltando um baixo “eu tentei”, ela deu as costas e deixou o corredor, sendo seguida pelas outras garotas. Ela pareciam todas robôs programas para executarem os mesmos movimentos. Depois do diálogo maçante, Yulli seguiu direto para seu quarto e se acomodou em sua cama, tudo que ela queria agora, ela relaxar e refletir um pouco sobre o que CL havia dito. Talvez atacar Chunji não fosse tão má idéia e ela já tinha em mente usar Baro, só não conseguia imaginá-lo como alguém esperto.

***

Smooth soltou um grito baixo enquanto levava a mão direita ao coração que agora palpitava descontroladamente por conta do susto, um dos garotos também pareceu surpreso com a garota ali e suas bochechas ganharam um tom avermelhando, o outro garoto riu e disse.

– Taemin a garota não vai fugir só porque te viu suado.


– Ahn... Desculpe-me por isso – disse a jovem se acalmando com a voz um pouco trêmula – Eu só estava conhecendo a escola e acabei vindo parar aqui.

– Fique a vontade novata – disse o outro garoto em tom animando e fitando Taemin com um sorriso, ele completou – Tenho certeza que o Taemin terá o prazer de acompanhá-la em um tour pelas redondezas.

– Eu? – perguntou Taemin se engasgando, ficando mais rubro ainda.

– Como você anda esperto Jonghyun – disse o professor com bom-humor – Agora vá Taemin, seja um bom veterano e ajude a notava a encontrar as salas.

O garoto gemeu baixo querendo permanecer ali, mas foi empurrado por Lee Jonghyun, outro veterano do segundo ano, que era o melhor amigo de Taemin. Os dois eram garotos bem esforçados, mas com personalidades bem diferentes e haviam se unido exatamente por um amor em comum, o amor pela dança. Lee Jonghyun era dono de uma beleza marcante e cativante. Por causa de sua pele extremamente clara, ele sempre usava lápis de olho preto, o que realçava seu olhar e seus cabelos negros e bagunçados fazia com que sua aparência fosse de um charmoso cantor adolescente de pop rock. Mas havia algo que destruía essa imagem imponente de Jong, era o seu lindo sorriso meigo, que aquecia os corações mais frios e amolecia os corações mais duros. Vendo o amigo caminhar todo desajeitado em direção a garota, Jong exigiu um sorriso animado, deixando a mostra seus dentes perfeitos e brancos e deixou a sala logo em seguida, indo para o banheiro masculino. Ele aproveitaria que não estava na companhia de Taemin para conhecer os alunos novos.

Taemin caminhava desajeitado do lado da garota se praguejando em silêncio por estar todo suado e se praguejando mais ainda por ter Jong como amigo. Respirando devagar, ele notou que Smooth também não estava confortável ao lado dele, o que de certa forma, lhe dava um pouco mais de controle.

– Como é seu nome? – perguntou ele tentando se manter firme, mas com a voz trêmula.

– Park Sang Young, mas pode me chamar de Smooth – ela exibiu um sorriso tímido, porém com mais confiança – E você é o Taemin, estou certa?

– Está – respondeu ele com um sorriso torto e se calou.

O silêncio se fez presente mais uma vez. Desconsertada pela situação, ela segurou o braço direito e o percorreu com a mão esquerda, como se quisesse se esquentar. Taemin a fitou com o canto dos seus olhos castanhos e soltou um sorriso torto, mantendo o silêncio que a cada segundo, se tornava mais ensurdecedor.

– O que tem atrás da escola? – perguntou Smooth por fim, acabando com o silêncio.

– A ala de castigos – respondeu Taemin rapidamente, mas notando que havia falado demais, tentou consertar – Quer dizer, estamos Boseong não é mesmo? O que há lá atrás são os vastos campos de chá.

– Que servem como a ala de castigos? – perguntou Smooth arqueando a sobrancelha esquerda, enquanto fixava seus olhos na face de Taemin.

– Mais ou menos – disse Taemin nervoso – Eu nunca fui posto de castigo, mas o Jong me disse que quando os discentes fazem coisas erradas, eles são mandados para os campos de chá para trabalhar no cuidado da plantação.

– Isso não é um grande castigo – falou Smooth desdenhando a história do jovem.

– Mas dizem que os alunos são tratados como escravos, sendo deixados em áreas isoladas sem comida ou água, e também a professores e outro funcionários que monitoram os alunos o tempo inteiro armados de chicotes. Isso aplica principalmente a alunos que tentam sair da escola. Porque como você deve saber, isso é estritamente proibido. Os alunos só podem sair daqui nas férias de verão, mesmo quando estão doentes, eles são levados para a enfermaria e receber visitas, só se estiver realmente em caso de vida ou morte, se não, nós permanecemos isolados aqui. E tem mais um detalhe sobre a escola, hoje de noite, eles levam todos os discentes para a enorme fogueira de início de ano, para que possamos queimar os pensamentos e perspectivas ruins para que tenhamos um ótimo ano, mas isso é só desculpa para eles revistarem nossos quartos, atrás de salgadinhos, celulares, notebooks, revistas, jogos e qualquer coisa que possa atrapalhar no nosso aprendizado, mas na verdade eles querem mesmo nos manter incomunicáveis, afinal, quando um pai coloca o filho em um colégio interno, tem um propósito não é verdade?

– Como você sabe disso tudo? – perguntou Smooth ainda digerindo algumas das informações.

– Observando – disse ele dando de ombros.

.

Não muito distante dali, Jong, após terminar seu banho, vestiu o uniforme masculino, que se resumia a uma calça preta, uma camiseta de mangas longas da mesma cor e fechada a botões com detalhes na cor creme e um sapato social também preto, e saiu em direção aos corredores, ele iria atrás das novatas. Embora o blazer do uniforme possuísse alguns detalhes na cor creme, ele era extremamente formal se comparado a roupa das garotas.

Caminhando pelos longos corredores, ele notou uma garota baixinha de cabelos em tom meio alaranjados, mas o que lhe chamava a atenção, era a garota de cabelos negros e longos ao seu lado. Ela lhe parecia extremamente familiar, e quando veio a constatar que se tratava realmente da Jung mais nova, ele sorriu se aproximando.

– Olha quem finalmente entrou na escola – disse ele em tom animado fazendo as garotas pararem e olharem para trás – Krystal Jung, é um prazer conhecê-la – disse ele apertando a mão da garota, que o observava com o cenho franzindo, imaginando de onde aquela figura excêntrica havia saído.

Os olhos de Lee Jong pousaram na face de Micky e ele sorriu de forma meiga, arrancando um sorriso automático da garota.

– Não sei quem é você, mas também é um prazer conhecê-la – disse ele agora apertando a mão de Micky, que ainda o encarava com um sorriso bobo – Bem – disse ele se afastando de ambas – Eu sou Lee Jonghyun, faço segundo ano, estudo aqui desde o primeiro, então se precisarem de alguém para apresentar a escola, arrumar cigarros, bebidas, jogos, todas essas coisas proibidas, contem comigo que tenho minhas fontes por aqui.

– Você está falando sério? – perguntou Micky formando uma ruga de interrogação na sua testa.

– Talvez – respondeu ele muito rapidamente – Vocês são aliadas da monitora? – seus olhos espreitavam as garotas, enquanto ele se preparava para correr.

– Não, não somos aliadas da monitora – respondeu Krystal com bom-humor – E quanto aos seus serviços, aceitamos a apresentação do colégio.

Ele sorriu realmente empolgado com a resposta.

– Então vamos senhoritas.

Se colocando entre as garotas, ele entrelaçou seus braços aos delas e saiu fazendo um tour pela escola, em sua mente ele estava se dando bem. Mas Krystal apenas achava sua imagem engraçada, enquanto Micky, tentava achar alguma utilidade para aquela figura simpática e fofa.

.

Por um curto período, a paz reinou pelos corredores, uma falsa paz que não duraria muito. No horário do jantar, os alunos estavam alvoroçados por causa da grande fogueira que sempre acontecia. Aos olhos da maioria, ela era um espetáculo esplêndido, para outros era o momento oportuno para fazer coisas erradas e para outros, era só um evento sem graça.

Os alunos seguiam para o refeitório, todos em seus uniformes e com tanto barulho, Minnie acabou acordando. Smooth ainda não havia voltado de seu tour com Taemin, mas Minnie não se importou com o fato de estar sozinha, ela simplesmente se levantou e passou a mão pelo uniforme, que a essa altura estava um pouco amarrotado. Respirando com calma, ela olhou o horário no relógio digital e seguiu para o banheiro coletivo no fim do corredor, depois ela passaria no refeitório. Em seus passos lentos, ela ia contra a multidão feroz de garotas que caminhavam na direção oposta, mas com um pouco de calma, ela chegou ao banheiro. Ele estava vazio e silencioso, o que ela achou muito bom, pois temia encontrar Jessica. Quando seus olhos pousaram sobre o enorme espelho que ficava acima de todas as pias, ela soltou um grito horrorizado e recuou.


'Um a um vocês vão morrer, até descobrirem quem sou eu'

Estava escrito enorme e de tinta vermelha que se assemelhava a sangue - talvez até fosse mesmo - no espelho do banheiro feminino. Bem ao lado das pias estava um corpo pálido com uma enorme poça de sangue em volta, era Hyoyeon. Havia um grande furo de faca ou talvez canivete, na nuca de Hyoyeon, era desse ferimento e de outros desferidos em suas costas que o sangue escorria. Seus olhos estavam abertos e eles fitavam os espelhos, como se quisesse reforçar a mensagem do assassino. Tampando a boca para não gritar mais alto, Minnie saiu correndo e chorando.

.

– Outro assassinato – disse o Diretor Park Jung-su apertando a mandíbula com força, aquilo era revoltante – E ainda aconteceu com Hyoyeon, uma das alunas muitas ricas do colégio, se contarmos aos pais dela, eles nós processaram, a escola estará acabada.

– Foi tarde - resmungou o monitor Kikwang de forma inaudível.

– E o que você sugere? – perguntou Taeyeon, a professora de matemática.

– Vamos manter o silêncio, pelo menos por enquanto. Quando alguém der falta do sumiço dela, nós iniciamos uma busca e dizemos que ela fugiu, afinal, isso é tão comum por aqui, muitos alunos não aguentam a pressão dos estudos e acabam fugindo da escola.

– Não – protestou o professor de teatro – Você não pode fazer isso, você tem que contar aos pais dela, você tem que avisar aos alunos. Foram dois assassinatos em um dia e você mesmo viu a mensagem no banheiro, mais alunos vão morrer se você não tomar providências.

Neste instante Eunjung, a zeladora e monitora chefe das garotas, que não era aluna e sim uma contratada para tomar conta das garotas o tempo inteiro, entrou na sala do diretor acabando com um pouco da tensão entre Jung-su e Geun Suk, mas em mãos, ela trazia um bilhete que deixaria as coisas mais tensas ainda.

– O banheiro já está limpo senhor Park, mas nós encontramos isso com Hyoyeon.

Ela entregou o papel amassado para o diretor que o abriu muito lentamente.

– Encontre-me no banheiro feminino (dos dormitórios) antes do jantar, by Donghae - leu o diretor em voz alta e observou os presentes.

A letra do recado, era levemente inclinada, ela era em itálico por assim dizer. Ela se assemelhava a letra do recado no espelho, mas como devia ter sido escrita com mais calma, era mais bela. O diretor encarava a todos com o semblante sério.

– Temos que ir atrás desse aluno – falou Yesung sério.

– Traga ele até mim e Kim Taeyeon eu quero que você fale com a garota que viu tudo, o nome dela Kim Min Young, ela é do primeiro ano.

– Certo Jung-su, falarei com ela – disse Taeyeon prontamente se retirando da sala.

– O fogueira tem que acontecer e quanto a você Geun Suk, não faça nada, por enquanto manteremos o silêncio.

Fitando o diretor sério, ele deu as costas e deixou a sala.


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Notas finais do capítulo

Tia Jin, a serial killer número um no coração de vocês, atacando novamente. Espero que tenham gostado *-*
Dúvidas? Criticas? Sugestões? Reviews!
Tia Jin :D