Maria, Where Did You Go? escrita por Ldebigode


Capítulo 5
Count on me


Notas iniciais do capítulo

mais um capítulo! ah e feliz ano novo pra todas as minhas leitoras! amo TODAS, sem exceção!
ah gente eu tava pensando em mudar meu nome pra "Ldebigode" o que vocês acham? @_@
aoskapsokapskakso



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Abri meus olhos. Parecia que eu estava drogada, estava morrendo de sono. Olhei pro lado e vi quem estava me chamando.

- Ah, oi Billie.

Eu devia estar com a cara toda amassada, juro. Eu estava morrendo de sono.

- Você não me deu seu telefone, então presumi que estaria aqui – disse ele – Você... Passou a noite aqui?

- Não, tá louco? – falei, me espreguiçando – Eu fugi de casa ontem, mas passei a noite numa pensão.

- Fugiu de casa?! Por quê?

- Ah, não agüentava mais aquilo. Deixei um bilhete pros meus pais, aposto que eles nem vão ler.

- Não fala assim, cara. Eles vão ficar desesperados, você não tem nem 18 anos.

- Ainda não. Mas daqui a duas semanas, já vou ser maior de idade.

- Você tem onde ficar pelo menos?

- Não. Acho que vou pra casa do meu primo enquanto não consigo um emprego e um apartamento.

- Cara, toma cuidado. O que eu vou falar agora vai parecer meio careta, mas o mundo é bem perigoso. E você sabe disso.

Me espreguicei. Ainda não tinha acordado por completo.

- Eu vou lá fora fumar. Você vem ou me espera aí?

- Eu vou.

Sentei no banco do lado de fora da cafeteria e acendi um cigarro.

- Me dá um? – pediu Billie.

- Você fuma?

- Claro, você não sabe o que significa “Green Day”? É “dia verde”, dia natural, ou seja, dia da maconha, colega.

Entreguei um cigarro pra ele e o acendi.

- Não, eu já li na internet, e tal, mas tem coisas que a gente só acredita quando vê de verdade.

Ele riu e deu uma tragada no cigarro.

- Onde você vai morar agora? – ele perguntou.

- Não sei – falei, largando o cigarro por um instante – Vou procurar um emprego, quando já tiver um dinheiro eu alugo um apartamento.

- Você quer morar comigo?

Eu sei que ele estava tentando ser legal comigo, mas cara, quando ele falou isso, eu me engasguei com a fumaça do cigarro. Se é que isso é possível.

- Não, valeu. Não quero incomodar.

- Não incomoda não!

- Não, Billie, você tem sua mulher e filhos, eu vou ficar lá só segurando vela. – falei rindo e dando mais uma tragada no cigarro. Ele riu, mas parecia que já tinha um “discurso” inteiro pronto pra me falar.

- Na verdade, Maria, eu to morando com os caras.

- Mike e Tré?

- É.

- Mas, por que não tá morando com sua família?

- Depois eu te conto. Então, quer vir comigo? Eu vou voltar pra casa amanhã.

- Onde... Onde você mora mesmo?

- East Bay.

- San Francisco?

- Oakland, pra ser mais preciso.

- Hm... – dei mais uma tragada no cigarro – Tem certeza? Eu não quero atrapalhar em nada, e eu sou meio espaçosa – falei rindo a última parte.

- Não tem problema, todos nós somos. – ele disse, e riu – é sério, se quiser ir não tem problema. Pode contar comigo.

Eu ri pra caramba da última frase. Ele parecia uma criança de 5 anos falando aquilo.

- Ah, tudo bem. Vou pensar. Acho que é muito longe, e eu vou te dar trabalho pra caramba.

- Ah, Maria, para com isso! Você vai fazer 18 anos, larga isso aqui. Vai viver – ele deu mais uma tragada no cigarro, dessa vez jogando-o fora logo em seguida.

Silêncio.

Joguei o cigarro fora e pensei por um segundo. Nós dois estávamos olhando pro nada. De vez em quando passava um carro na estrada, ou alguém entrava na cafeteria. E foram quase cinco minutos de silêncio.

- Eu aceito.

- Hã?

- Tá, eu aceito, vou morar contigo. Mas se eu der muito trabalho me avisa que eu vou embora ok?

Billie riu e colocou o braço em volta do meu ombro.

- Bem, eu vou pegar um avião amanhã pra voltar pra East Bay. Eu posso comprar uma passagem pra você.

- Que isso, eu pago.

- Para com isso, Maria! Deixa comigo.

Eu apenas ri.

- Então vamos fazer assim – disse Billie, se ajeitando no banco e virando-se pra mim – A gente vai pro aeroporto hoje e pegamos o primeiro vôo amanhã. Pode ser?

- Claro!

Eu estava mais animada do que parecia, pode acreditar. Billie riu e colocou o braço em volta do meu ombro.

Passamos o resto do dia andando pelo bairro. Iríamos pegar o vôo no Airport Boulevard, não era muito longe, Billie estava sem carro então tava tranquilo. Até que paramos em um parque, e sentamos na grama. Já estava quase de noite, e o sol estava se pondo.

- Então, Billie – falei, quebrando o silêncio – Você falou que ia me explicar por que está morando com os caras, e não com sua mulher... Então...?

Billie deu um longo suspiro. Eu sabia que não seria uma história com final feliz.

- Eu e Adrienne estamos nos divorciando

- O quê?!

Eu estava perplexa. Sem brincadeira. Quando ele falou que não estava mais morando com Adrienne, pensei que eles estavam separados por um tempo por causa dos shows, sei lá, mas divorciados?!

- Como assim?! Divorciados? Sério?

- É...

- Por quê?

- Ela... Bem, ela tinha ciúmes demais das minhas fãs, então foi melhor assim. Eu a amava, mas preferi terminar tudo a ter que ficar controlando minhas fãs.

- Ih... Sabe o que isso ta parecendo? Crise de meia-idade.

Billie riu, muito.

- Meia-idade? Eu só tenho 26 anos!

(N/A: a história de passa na época de 21st century breakdown, e Billie tinha uns 37 anos na época. Mas ia ficar estranho demais se ele tivesse 37 e ela 18. Então finjam que ele tem só 26 ok? –q)

Nós dois rimos. É, meu comentário tinha sido bem idiota.

- Melhor a gente ir pro aeroporto – disse Billie, olhando o relógio.

Nos levantamos e fomos andando até o aeroporto, não era longe, então chegamos logo.


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Notas finais do capítulo

na boa, esse foi o capítulo mais chato que eu já escrevi -qq então não vou ficar chateada se ninguém mandar reviews.
mentira, vou sim.
mas então. vou mudar pra Ldebigode flw?