Together escrita por giuguadagnini


Capítulo 25
Amores Passados, Bolos, Não Me Deixe e Nostalgia


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores *-*
Sim, eu não morri!
Sei que andei sumida, mas é que uma crise literária de criatividade tomou conta de mim e eu não conseguia nem começar a escrever um capítulo sequer.
Mas graças a Deus isso já passou. Para matar as saudades, trouxe para vocês um capítulo com mais de 3 mil palavras. YEEEEEEEEEEEEEEY *O*
Thalessa Ketlen, minha linda, obrigada pela recomendação que me fez chorar. Foi bom demais ler o que você escreveu para mim viu? Me animou muito quando eu mais precisava, obrigada.
Bom, não vou enrolar muito, por que eu sei que vocês devem estar curiosas para o capítulo.
Ok, as músicas:
Pov Gina - Teenage Dream - Katty Perry
POV Fred - Nothing at All - HeyHiHello
POV Hermione - Heavy Lifting - Carly Rae Jepsen
POV Draco - Superman - Joe Brooks
(essas músicas são tão bonitinhas - giu derretendo - e na minha humilde opinião, deram uma certa emoção ao capítulo)
Espero que gostem, ta bom?
Boa leitura e nos vemos lá em baixo :)
PS: LEIAM AS NOTAS FINAIS!
PPS: Querida Sofia, eu não lhe esqueci viu?
Este capítulo é dedicado a você, por sempre me apoiar com seus reviews lindos e surtados! ♥



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POV Gina Weasley

Passava pelos corredores, que aos poucos se enchiam de alunos de todas as casas, com um sorriso no rosto. Marquei com Neville de nos encontrarmos na hora do intervalo e estava indo ao seu encontro agora mesmo.

Eu sou tão feliz ao lado dele, Neville me faz tão bem. Lembro-me de quando dançamos no salão comunal no meio da noite, fizemos guerra de almofadas e ele caiu da escada.

Sorri involuntariamente com esse pensamento.

Uma sensação tão boa me invadia que enchia meu peito, que me fazia respirar fundo toda vez que eu me lembrava dele, de como nos aproximamos.

Será que ele viu meu bilhete? Tomara que sim, se não vou aparecer praticamente de surpresa na sua frente.

– Oi ruiva – Blaise passou por mim, na direção contrária da minha e seguiu em frente. Eu mal tive tempo de responder alguma coisa.

Blaise... Não gosto de me lembrar dele. De verdade, ele não foi nada bom para mim. Só imagino como todas essas garotas devem se iludir por causa desse sonserino canalha, que tem falsas esperanças em relação a ele e...

Luna. Eles se beijaram na frente de todos durante o café da manhã.

– Zabini! – mudei minha rota e o segui. Ele olhou para trás e esperou eu chegar do seu lado.

– O que foi? – perguntou normalmente – Aconteceu alguma coisa?

– Venha aqui – o puxei pela manga do uniforme para dentro de um armário de vassouras.

Aquele lugar era no mínimo apertado, mas eu seria rápida, daria o recado do jeito mais breve e direto possível.

– O que você quer me falar, Gina? – Blaise, que era mais alto do que eu, me olhou de cima. O espaço era pequeno, ficava difícil até para respirar dentro daquele troço.

– É o seguinte, Zabini... – comecei mais ele me interrompeu.

– Blaise – ele insistiu – Quando você me chama de Zabini eu sinto como se estivesse brigando comigo.

– Não vou te chamar de Blaise, até porque não tenho intimidade para isso.

– Ah, qual é Gina? Vai ficar com esse ressentimento para sempre? – ele perguntou como se não fosse nada demais.

– Não se trata disso. O assunto é outro.

– Tudo bem, você fala, mas depois vai ter de me ouvir também – ele, como se fosse possível, chegou ainda mais perto de mim, me encarou profundamente e ficou parado – Pode ser assim?

– Tudo bem, mas chegue para lá – o empurrei para o lado, mas nada aconteceu. Continuamos colados, como se de repente o espaço tivesse ficado menor ou como se as paredes estivessem prensando nossos corpos.

– Fale – ele pediu.

– Quero que saiba de que eu falo sério, em cada palavra que eu pronunciar a partir de agora.

Blaise assentiu com a cabeça e me deixou continuar, calado.

– Então escute bem. Eu não quero ter de repetir isso de novo – fiquei o mais séria possível e o fitei com raiva – Se você quebrar o coração da Luna, eu juro, mas eu juro mesmo que eu vou te deixar em pedaços!

– Luna? Mas por que eu faria isso? – perguntou inocente e eu até tive vontade de rir.

– Não se faça de sonso! Eu sofri por sua causa, Zabini...

– Blaise – ele impôs.

– Não, eu já não posso, eu não consigo te chamar de Blaise. Se você acha que está sendo fácil para eu estar aqui com você, fique sabendo que não está.

– Mas... – ele tentou falar no momento em que eu pegava ar, mas eu fui mais rápida e logo continuei.

– Todos os dias, depois do que fez comigo, eu passava uma maquiagem no rosto, arrumava meu coração despedaçado e colocava um sorriso nos lábios. Um sorriso que nem sempre era verdadeiro, mas que eu preferia tê-lo em meu rosto, do que as pessoas me perguntando o que eu tinha, como se elas não fossem o problema. Como se você não fosse o problema.

– Gina... – ele tentou mais uma vez, mas eu ainda não havia acabado.

– Doeu, Zabini. Doeu muito. E apesar de que você queria que nós fiquemos normais um com o outro agora, eu sei que isso não vai acontecer. Não foi você que sentiu a dor, não foi você que chorou e também não foi você que teve de se recuperar depois. Você pode até tentar, mais nunca vai conseguir apagar as cicatrizes que causou em mim – minha garganta estava se fechando e eu sentia meus olhos arderem levemente. Mas eu seria forte, não iria chorar na sua frente.

– Gina, olha, eu não sabia que eu tinha te feito tão mal assim...

– Pois devia saber! Acha que foi fácil para mim te encarar no dia seguinte, na hora do jantar? Ter de olhar para você e fingir que estava realmente bem?

– Você parecia bem – ele tentou amenizar as coisas.

– Então que bom que eu sei disfarçar muito bem – eu sentia a raiva borbulhar dentro de mim, queimando meu juízo – Você não tem ideia do que eu tive que passar Blaise – comecei a dar socos no seu peitoral, me sentindo fraca.

Ele segurou meus punhos, os abaixou e me olhou no exato momento em que uma lágrima teimosa, apenas uma, escapava de meus olhos. Com as costas da mão a limpou e me puxou para mais perto, me abraçando um pouco acima de cintura.

Não correspondi. Não me sentia capaz disso.

– Me desculpe – ele disse baixinho, mas suficientemente alto para que eu pudesse escutar. Ficou mais algum tempo assim, apenas pressionando seu tronco de encontro ao meu, mas eu continuava parada.

Com as mãos trêmulas, as firmei na lateral do seu corpo e o afastei de mim. Ele me olhou sentido, como se finalmente entendesse a minha dor.

– Não magoe a Luna. Não agora que você sabe como uma garota se sente quando tem o coração partido.

– Gina, eu...

– Não a magoe – repeti e abri a porta do armário. Saí de lá o mais rápido que pude, mas não antes de escuta-lo dizendo:

– Não vou, eu prometo.

Segui pelo corredor, tentando aliviar a queimação do meu rosto, limpando mais algumas lágrimas que insistiram em cair e me permitindo soltar um soluço ou dois.

Preciso do abraço de Neville, simplesmente preciso.


POV Fred Weasley

Tinha um tempo livre antes do almoço. Estava no dormitório, terminando um dever de poções quando Jorge e Lino entram no quarto.

– Fred, eu não entendo mais seu irmão – Lino reclamou para mim enquanto Jorge evitava contato visual com o moreno e comigo.

– Jorge? O que você tem? – perguntei ao meu gêmeo, que agora andava aflito de um lado ao outro do dormitório.

– O Lino, esse Santo Antônio da paçoca que estragou tudo – ele se jogou na sua cama, de barriga para baixo e com o rosto enterrado nas cobertas vermelhas.

– Eu? O que eu fiz Madre Tereza? – o moreno se recostou em uma cômoda e cruzou os braços na frente do corpo.

– Só uma coisa – deixei o livro de poções de lado – Será que alguém pode me explicar o que aconteceu?

– Eu só estava zoando com a Angelina, não fiz nada demais – Lino se defendeu.

– Angelina? – eu não havia entendido. O que Angelina tinha haver com isso?

– O Lino a jogou no lago – Jorge se pronunciou levantando da cama, com raiva – Isso foi totalmente desnecessário!

– Hey, calma – fui até ele e coloquei minhas mãos sobre seus ombros – Jorge, você não precisa ficar assim. Foi só a Angelina e...

– Não Fred, não é a Angelina– ele tirou minhas mãos com força de cima de si.

Um instante se passou, eu buscando o olhar de Lino, que estava tão confuso quanto eu. E de repente, foi como se uma lâmpada acendesse em cima de nossas cabeças.

– Jorge, você... – Lino começou e eu já sabia como terminar.

– Você está gostando da Ange? – completei a frase do moreno, que logo se juntou a mim, analisando o ruivo pensativo.

O silêncio permanecia, eu e Lino agoniados de curiosidade. Jorge respirou fundo e largou a bomba.

– Talvez – ele disse, se afundando na cama mais uma vez.

Eu olhei para Lino de boca aberta, incrédulo. Ele me olhou do mesmo jeito. Não demorou nem dois segundos, caímos na gargalhada e Jorge nos olhou irritado.

– V-você? – Lino perguntou entre risadas – E a Angelina?

– Ah, calem a boca – Jorge tapou o rosto com um travesseiro.

– Ele tá falando sério? – Lino perguntou a mim, todo encolhido de tanto rir.

– Acho que está – olhei para Jorge – Ele não é de ficar assim por qualquer coisa.

Como eu não percebi isso antes? A lembrança de nós dois no vestiário, no meio da equipe de quadribol, veio à tona. Ele perguntou se eu gostava de Angelina, eu neguei e ainda tirei uma com a cara dela. E ele aguentou, em silêncio. Será que ele já gostava dela enquanto eu a namorava? A culpa me atingiu em cheio.

– Ei, Jorginho – Lino se deitou ao lado dele na cama – Não fique assim, eu não sabia.

– Quero ver como você ia ficar se eu decidisse tirar uma com a cara da Cátia Bell – Jorge empurrou Lino da cama. Era cômico ver isso, minha culpa se atenuou um pouco.

– O que vocês vão fazer no próximo passeio em Hogsmeade? – perguntei alterando o rumo da conversa.

– Vou fazer compras com a Cátia – Lino foi o primeiro a falar, se erguendo do chão – Acho que vou comprar um anel de compromisso para ela.

– Você devia convidar a Angelina, Jorge – sugeri e ele finalmente tirou o travesseiro da cara. Sorriu envergonhado e se sentou na ponta da cama.

– E você, vai com quem? – perguntou Lino, me olhando malicioso – Podia convidar a Lewis. Ela tá muito na sua.

– Charlotte Lewis? A artilheira do time da Sonserina? – Jorge me encarou sem acreditar.

– O que? Eu não disse nada! – me mostrei inocente e os dois riram.

– Convida ela cara. Eu vi, estava o maior clima entre vocês hoje no café – Lino abriu a boca, convencido. É, um clima que o próprio Lino fez questão de quebrar.

– Vocês acham mesmo? – perguntei inseguro – Será que ela não vai me dar um bolo?

– Que ela te dê uma torta, Fred, mas convide – Jorge falou me arrancando uma risada tímida.

– Certo - concordei.

– Sério que você e... A Angelina? – Lino perguntou a Jorge, debochado.

– Cala a boca Lino – eu e Jorge dissemos ao mesmo tempo, o moreno ergueu as mãos no ar.

– Parei, parei!


POV Hermione Granger

A tarde passou se arrastando. Nesse momento estava com Fred, saindo da biblioteca. O ruivo me perguntara algumas coisas sobre as garotas, como pensamos quando alguém nos convida para sair.

– Como assim? Você vai convidar alguém? – perguntei curiosa.

– Talvez – ele fez mistério.

– Quem? – questionei enquanto virávamos um corredor.

– Não seja intrometida, Granger – ele se fez de arrogante e virou a cara, teatralmente. Não pude evitar uma risada.

– Eu? Intrometida? – fiz um drama exagerado – Assim você me ofende, Fred – forcei meu queixo a tremer, como se eu estivesse prestes a chorar.

– Você é boa – ele disse com aprovação – Mas duvido que consiga me superar – ele foi convencido mais uma vez e eu ri, quase deixando um livro que carregava contra o peito cair.

De repente, Fred mudou sua expressão facial. Em um momento, sorria alegremente, no outro, seu sorriso virara fantasma.

– O que foi? – perguntei preocupada.

Ele nada falou, só continuou a fitar um ponto específico atrás de mim. Me virei e segui seu olhar. No fim do corredor, Draco nos observava.

Draco. Senti meu estômago pinicando por dentro, como se centenas de borboletas voassem inquietas ali dentro. Meu coração acelerou e minha respiração se alterou.

– Eu preciso ir – falei ao Fred, ele concordou de imediato. Deu meia volta e dobrou um corredor.

Um par de olhos azuis acinzentados pairava sobre mim. Andei ao seu encontro, chegando a sua frente, sorrindo fracamente.

– Draco – disse baixinho e o abracei em volta do pescoço. Ele nada disse, nada fez. Continuou imóvel.

Afastei-me um pouco e o olhei sem entender.

– O que foi? – perguntei.

Mais uma vez, a resposta não veio. Ele permanecia em silêncio, apenas respirando e me olhando.

– Draco... – tentei de novo, mas parecia não surgir efeito.

Foi então que ele se aproximou, afastou uma mecha do meu cabelo para trás da minha orelha e delicadamente, beijou minha testa.

E se foi. Apenas isso. Virou de costas e foi embora, me deixando confusa e sozinha naquele corredor.

Eu não sabia o que fazer, se apenas escorregava com as costas pela parede e sentava, tentando absorver ou procurar uma razão para aquela ação de Draco ou se também ia embora.

Optei por ficar ali, não me sentia forte o suficiente ou capaz de dar dois passos sem cair.

Agora meu queixo tremia de verdade, não era preciso fingir uma atuação. O chão de pedra frio não me confortava, mas não ousei me levantar. Abracei meus joelhos e senti os soluços tomarem conta do meu peito, o fazendo subir e descer em um ritmo descompassado.

Se fiquei ali por minutos, horas ou uma eternidade, eu não sabia dizer. Só deixei me levar pelos sentimentos, pelas lágrimas e pelo nó preso em minha garganta.

– Hermione? – Ron, com o uniforme de quadribol da Grifinória, apareceu – Ei, o que aconteceu? – ele me sustentou pelos cotovelos e me levantou do chão.

– Ron – minha voz saiu chorosa e fraca. O abracei forte e enterrei meu rosto em seu peito.

Ele me apertou forte, me passando segurança e conforto, passou uma das mãos pelos meus cabelos e beijou o topo da minha cabeça.

– Mione... – ele falou tentando se afastar um pouco, mas eu não permiti.

– Não me deixe – pedi enquanto lágrimas traçavam caminhos molhados em meu rosto.

– Não vou a lugar algum – falou baixinho, me abraçando mais forte ainda.

Me agarrei fortemente a ele, sentindo os braços o ruivo me envolverem como um casulo protetor.


POV Draco Malfoy

A tarde e a noite se foram e deram lugar para a madrugada. Não sentia sono, muito menos vontade de ir para a cama ou de fazer qualquer coisa de que eu precisasse me mexer.

O salão comunal estava vazio, a não ser por mim. Sentado no sofá, deixava os pensamentos irem e virem como um trem qualquer em uma estação.

Hermione rindo com Fred era o pensamento que mais ficava marcado em minha mente. Eles rindo, lado a lado.

Era para ser eu a arrancar sorrisos dela, era eu que devia estar ao seu lado, sentindo o seu perfume e olhando nos seus olhos. Devia ser eu.

Eu sentia falta de beijar seus lábios, sentia falta de poder a abraçar por trás sem ela esperar, sentia falta de tê-la ao meu lado. Mas hoje cedo, eu simplesmente não demonstrei nada disso. Fui frio, não demonstrei sentimento algum à sua frente.

Por quê? A imagem do Weasley me vinha à mente, a lembrança de Hermione dizendo que ele havia a beijado. Eu não conseguia achar um modo de entender tudo isso. Eu me sentia pequeno e desaparecer da sua frente foi tudo o que eu consegui pensar em fazer.

Estava cansado, mas não conseguia dormir. Sentia-me um super-herói derrotado por mim mesmo. Estava carente e tudo o que eu queria era poder deitar a cabeça no colo de alguém e me esquecer de tudo o que martelava em meus pensamentos.

O barulho de passos e de uma porta batendo indicou que havia mais alguém acordado além de mim. Para minha surpresa, Charlotte descia as escadas do dormitório feminino.

– O que faz acordado, sonserino? – ela perguntou bocejando e vindo até mim.

– Não sei, só não estou com sono – respondi enquanto ela se sentava ao meu lado – E você?

– Saudade – ela disse, com o olhar preso na lareira a nossa frente.

– Seus pais? – perguntei passando o braço em volta dos seus ombros, deixando que ela deitasse a cabeça em meu peito.

– Meus avós – ela sorriu triste.

– A última vez que eu os vi foi quando eu e Blaise fomos dormir na sua casa nas férias – lembrei nostálgico – Devíamos ter uns doze anos.

– Eu lembro – Charlotte falou sonolenta.

– Não deixamos seus avós dormir a noite inteira. Sujamos toda a cozinha tentando fazer panquecas, Blaise quebrou a bengala do seu avô fingindo que era um bastão de quadribol e nós pulamos o que me pareceram horas seguidas no sofá da sala – eu ri baixinho e Charlotte me acompanhou.

Ela se levantou de cima de mim e ficou de pé em cima do sofá.

– Vem – ela segurou minha mão e me fez ficar de pé ao seu lado. Começamos a pular e rir quase instintivamente.

– Eu fiz um bigode e um focinho de gatinho em você com calda de chocolate – ela contou a lembrança, pulando no macio sofá de couro enquanto ria.

– Eu enfiei a cara do Blaise no pudim que sua avó havia preparado para nos receber e te fiz cócegas até você ficar com falta de ar – minha memória me permitiu essa informação.

E então eu parei de pular, ela também. A olhei sapeca, como o Draco de uns anos atrás e ela pressentiu o que eu pretendia.

– Não – ela colocou o dedo indicador na minha frente, como se isso fosse me afastar – Nem pense nisso, Draco Black Malfoy.

– Tarde demais, Charlotte Lucy Lewis – a segurei pelo pulso e a derrubei de costas no sofá. Com os dedos como aliados e meu corpo a prendendo por baixo, a fiz gargalhar alto.

– Shiu – tapei sua boca com a mão – Vamos acabar acordando alguém assim!

– Então para com... – ela tentou dizer enquanto se contorcia embaixo de mim, sentindo cócegas nas laterais da barriga – isso, Draco... – ela pedia entre risadas gostosas.

E então eu parei, ela fechou os olhos sorrindo, já arfando de tanto rir. Levou as mãos ao rosto, como se quisesse escondê-lo.

– Ei – tirei suas mãos com as minhas e ela continuou de olhos fechados. Num gesto que nem eu esperava, meu rosto de aproximou do seu, meus lábios encostaram no seu sorriso e ela abriu os olhos. Olho no olho, boca na boca, eu e Charlotte ficamos ligados por um breve selinho demorado.

Nos separamos devagar e encaramos a situação. Nada mudara, nossa amizade continuava a mesma, a mesma amizade que cultivamos durante todos esses anos.

Saí de cima dela e a ajudei a se levantar.

Charlotte me olhou sorrindo, o pijama levemente amassado pelas cócegas e os cabelos amassados.

– Você tá toda bagunçada – ri e baixei uma das mangas de sua camiseta que estava na altura do cotovelo.

– Você também não está muito longe disso – ela colocou meu cabelo um pouco para trás com os dedos delicados.

Cheguei mais perto e a abracei forte. A tirei do chão por um momento e a girei rapidamente. Ela riu agarrada em volta do meu pescoço.

– Obrigada Char – sussurrei no seu ouvido assim que a coloquei no chão.

– Obrigada Draco – ela sussurrou de volta enquanto eu sentia seu sorriso tocar de leve em minha orelha.



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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Deu para matar as saudades?
Não sei se todas vão gostar né, mas não dá para agradar a todo mundo.
RECADINHO IMPORTANTE DA GIU (LEIA, LEIA, LEIA!)
É o seguinte meus amores: Enquanto minha criatividade trancava para essa fic, ela me deu algumas ideias interessantes para outra.
COMO ASSIM? - é, eu to escrevendo outra fic, e digamos que é beeeem original em relação a muitas outras aqui no Nyah!
Bom, pelo menos eu nunca vi alguém usar Theodore Nott como personagem principal em uma fic sobre Harry Potter.
Se você gosta do jeito que eu escrevo aqui, em Together, aposto que também vai gostar de A Little Help.
SINOPSE: Theodore Nott. Sonserino, jogador de futebol, galinha e desejado por todas as garotas de Hogwarts High School.
Claro que quando se fala "todas", sempre existem exceções. Entre elas, Astória Greengrass, uma das poucas que não caiu na conversa de Theodore.
Mas ele é determinado, e como todo o Sonserino, não fica satisfeito até conseguir o que quer.
Tudo o que ele precisa de uma pequena ajuda de uma ruiva que sabe muito bem como a mente das garotas funciona. Estamos falando de Gina Weasley.
Bom, é isso. Se quiserem conferir, aqui vai o link:
https://www.fanfiction.com.br/historia/211407/A_Little_Help
Quando eu não postar aqui, vou estar postando em A Little Help, e então posso manter mais contato com vocês.
Ok, acho que era só isso mesmo. Vou indo nessa amores e amoras. Não esqueçam de deixar reviews ok?
Beijos e abraços,
Giulia Guadagnini ♥