Together escrita por giuguadagnini


Capítulo 23
Memórias de Papoula Pomfrey, Pomos e Inocência


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeey moçada bonita? Beleza?
Demorei, mas cheguei. Não precisam me jogar pedras ou feitiços, não!
Queria dar as boas vindas ao Carlos Wanderlan, leitor novo. Seja bem vindo, fique a vontade, ok? hahahhaa
Agradeço também a todos que deixaram review no capítulo anterior. A cada dia eu fico mais apaixonada por vocês *O*
Um obrigada especial para Juu Horan, Sophie, IsabelleMelfoy, que quer o Blaise pra chamá-la de gatinha, e Thalessa Ketlen, que chamou o Blaise de garanhão também, hahahaha. Considerem-se donas dele, ok meninas? :D
Agora vamos deixar deixar essa falação para lá, e vamos ver as músicas de hoje.
POV da Hermione - Far Away - Nickelback
POV do Harry - How to Love - Lil Wayne
POV da Pansy - Tik Tok - Kesha
Juu, tem POV da Pansy hoje! YEEEEEEEEY :D
Então é isso, meus amores.
Boa leitura e nos vemos lá em baixo :)



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POV Hermione Granger

Eu fui ao jogo de quadribol. Não sei se me arrependo ou não de ter feito isso. Antes mesmo de o jogo acabar, eu já não aguentava mais ficar lá. Me levantei e fui embora. Adentrei ao castelo, atravessei o saguão de entrada e subi a escadaria de mármore. Ninguém devia estar aqui dentro neste momento. Meus passos ecoavam como tiros pelo corredor vazio. Eu me sentia sozinha, como nunca antes estive. O salão comunal estava vago também. Deixei meu corpo afundar em uma poltrona macia e confortável. Meus pensamentos pesavam em minha mente, eu me sentia cansada, me sentia como qualquer coisa quebrada, sem conserto aparente.

Fechei meus olhos e me permiti respirar fundo, me acomodei na poltrona e abracei uma almofada contra meu peito. Fiquei mais alguns instantes assim, escutando apenas o som da minha respiração naquele cômodo vazio.

– Mione? – senti a voz de Ron vir até mim – Está dormindo? – ele passou sua mão pelo meu braço, me sacudindo levemente.

– Bem que eu queria, Ron – respondi ainda de olhos fechados.

– Preciso te contar uma coisa – ele se sentou no chão, à minha frente.

– Se for sobre o jogo, eu vi, você jogou muito bem e...

– Não, Mione. Não é sobre isso – ele falou sério e eu finalmente abri meus olhos.

– Aconteceu alguma coisa? – larguei a almofada e o olhei preocupada.

– É... bem, aconteceu sim – ele pegou na minha mão – Não sei se sou a pessoa certa pra te contar isso. Nem sei se eu devia te contar...

– Ron, você não só pode, como vai me contar. Seja o que for.

– Hmm, certo – ele respirou fundo e me olhou intensamente – É o Draco.

Foi só ouvir ele falar seu nome que eu senti um calor se irradiar dentro de mim. O que havia acontecido?

– D-Draco? – perguntei como um sussurro.

– É, ele foi acertado por um balaço e... – meus olhos se arregalaram e senti meu peito ficar apertado.

– Onde ele está? – me levantei rápido, esperando que Ron me respondesse.

– Na Ala Hospitalar – Ron falou se levantando do chão e fitando meus olhos.

Nem precisei dizer nada. Saí correndo do salão comunal, com o coração apertado, batendo tão rápido que há qualquer momento poderia explodir. Corria pelos corredores, desesperada. Eu não sei o que seria de mim se acontecesse algo a ele.

À minha frente, muitos Grifinórios vinham festejando. Eram tantos os sorrisos, felicidade e confetes jogados para cima, que eu até me sentia zonza. O máximo que eu tinha era um fantasma de sorriso no rosto, a respiração alterada e a minha própria mente me torturando. Não tinha nem ideia de como o Draco estaria.

– Mione! – Fred veio me abraçar – Nós ganhamos! – ele sorria abertamente.

– Parabéns – forcei as palavras e um sorriso a saírem da minha boca.

– Nossa, foi incrível! A gente estava perdendo quando o Harry pegou o pom...

– Fred, você se importa de me contar isso depois? É que eu preciso ir agora, tá? A gente se fala mais tarde – dei um jeito de sair daquele aglomerado de pessoas, passando com dificuldade pelo meio de todos aqueles alunos.

– Aonde você vai? – ele veio atrás de mim.

– Em um lugar – fiz mistério. Não sei qual seria a reação dele se eu contasse que estaria indo ver o Draco.

– Sério? Nossa, como você é precisa – ele ironizou. Já estávamos longe da farra e do barulho. Agora tudo o que eu escutava eram sons abafados vindos de longe.

– Fred, eu falo com você depois, ok?

– Você está indo ver o Draco? – ele caminhava uns dois passos atrás de mim, e depois de ele dizer isso, eu parei no lugar em que eu estava – É isso? – perguntou, fragilmente calmo.

– Sim – me virei para olhá-lo – Eu estou indo ver o Draco.

– Tudo bem – ele disse, abaixando a cabeça e encarando seus sapatos com um grande interesse.

– Obrigada.

– Pelo o que? – Fred parecia confuso.

– Por compreender – me virei e voltei a correr em direção a Ala Hospitalar.

Não sei como que eu consegui chegar lá. Estava tão apavorada que até me esqueci de como respirar. Entrei sem fazer barulho e tentei tirar os piores pensamentos da cabeça.

Lá estava ele, o meu loiro, deitado em uma cama não muito longe de mim. Com muita calma, me dirigi até ele, com os passos leves e com meu cérebro borbulhando de preocupação.

Ele tinha o pulso enfaixado, preso a uma tira que ficava em volta de seu pescoço. Dormia feito um anjo, o cabelo loiro caído sobre os olhos, a respiração tranquila e suave.

Me aproximei dele e o olhei mais de perto. Sem pensar, uma de minhas mãos foi parar em seu rosto, fazendo um leve carinho em sua bochecha. Seria ridículo negar que eu estava com saudades de tê-lo por perto. Coloquei seus cabelos um pouco para trás e ele pareceu sorrir com o toque, enquanto dormia. Dei um beijo no canto da sua boca e peguei sua mão. Fiz carinho nela e entrelacei nossos dedos. Fiquei olhando para nossas mãos, juntas, e escrevi com o dedo um “Eu te amo” invisível no seu pulso.

– Como é lindo o amor, não é senhorita Granger? – Madame Pomfrey sussurrou na outra ponta da enfermaria, cobrindo uma garotinha loira que estava destapada.

– Hã... É, eu acho que sim – disse envergonhada.

– Ele acabou de pegar no sono. Precisa de um pouco de descanso.

– Eu entendo, e me desculpe por vir aqui, não sabia bem o que estava acontecendo e... – soltei a mão de Draco e me levantei.

– Tudo bem, minha filha, tudo bem – ela sorriu amavelmente – Eu também já amei alguém, sei muito bem como você se sente.

– Sabe? – me sentei em uma cama vazia e ela se sentou ao meu lado.

– Ele se chamava Sebastian.

Até me surpreendi ao ver Madame Pomfrey se abrindo daquele jeito para mim. Ela sempre foi do tipo mais reservada.

– Sebastian? Que nome bonito – sorri.

– Ele era tão bonito quanto o seu nome. Era um moço realmente adorável. Tinha cabelos castanhos e olhos azuis esverdeados. [http://weheartit.com/entry/22994333]

– Draco tem olhos cor de tempestade. São muito bonitos, também – olhei para ele. Continuava dormindo.

– Sabe, senhorita Granger, você lembra muito a mim quando era mais jovem. Sebastian era Sonserino, e eu uma Grifinória. [http://weheartit.com/entry/22832260] Vivia me fazendo rir, me surpreendendo e me mostrando como as coisas mais simples da vida podem se tornar as mais importantes.

– E você ainda está com ele, Madame Pomfrey? – perguntei com certo receio.

– Não – ela sorriu triste – Não nos falamos desde que ele deixou Hogwarts.

– E por que ele fez isso? – tive curiosidade.

– Já não suportava mais seus pais, todos eram sangues-puros. Queriam que ele fosse arrogante e mesquinho, assim como eles. Ele nunca se dera tão bem com a sua família. Dizia que preferia ser órfão.

Flashback on:

– Sebastian, se acalme – Madame Pomfrey pediu. Estavam no banheiro feminino.

– Eu não vou me acalmar, Popy! Eu já não aguento mais isso.

– E o que vai adiantar descarregar sua raiva em mim? – perguntou.

Ele pareceu pensar por um momento. Fechou os olhos e respirou fundo. Se aproximou dela e a abraçou.

– Me desculpe – ele disse, afagando o cabelo da garota – É que é muito pra eu aguentar sozinho.

– Vai ficar tudo bem, querido – ela passou a mão em seu rosto, o fazendo fechar os olhos com o seu toque – Eu vou sempre estar aqui.

– É por isso que eu temo Popy. Não é por mim, e sim por você.

– Por mim? – ela perguntou confusa.

– Querem que eu fique longe de você – ele disse com muito esforço. Parecia não querer pronunciar aquelas palavras.

– Querem que você... – ela não conseguia completar aquela frase.

– Eu... – seus lábios tremiam. Se afastou de Madame Pomfrey e deu um soco em uma pia. Ela se quebrou e vários pedaços de espalharam pelo chão. O cano estourou e a água vazava por todo lado. Sua mão sangrava, mas ele não parecia sentir dor.

– Sebastian! – Madame Pomfrey arregalou os olhos – Por Merlin, o que você fez?

– Não dói. Não mais do que eu estou sentindo por dentro. Isso – ele indicou a mão sangrando – não é nada.

– Não seja bobo – ela se aproximou de Sebastian – Você não pode se machucar sem me ferir também – pegou com cuidado o braço dele, mirou a varinha e um faixo de luz azul arroxeado envolveu a mão do garoto. O ferimento foi se fechando, até que sua mão voltou a ser como era a uns momentos atrás. Desde jovem, Madame Pomfrey já tinha aptidão para feitiços de cura.

– Eles não vão permitir. A gente precisa fazer alguma coisa – ele parecia desesperado.

– Sebastian, você fala como se eles fossem nos matar, ou coisa assim...

– Não sei mais do que eles são capazes.

– E você quer que a gente faça o que? Ficar brincando de esconde-esconde para sempre?

– Foge comigo – ele pediu. Aquilo era loucura.

– F-Fugir? Você perdeu o juízo? Deixar Hogwarts assim, do nada?

– Vem comigo, Popy.

Um longo momento se silêncio de passou. A pressão que rodeava Madame Pomfrey era tanta que ela até se sentia fraca.

– Desculpa, mas eu não posso – ela disse olhando para o chão, a água invadia todos os cantos do banheiro.

– Eu vou sozinho, então – ele disse decidido.

– Por favor, não faça isso – ela o abraçou. Ele beijou o topo de sua cabeça, acariciou sua nuca e a selou seus lábios.

– Eu não queria, mas as circunstâncias me forçam a isso.

– Sebastian, isso é loucura. Você não pode ir assim...

– Eu não faço isso por mim. É só você que me importa, Popy. Sempre foi e sempre será assim.

– Então não me deixe – as lágrimas escorriam pelo seu rosto.

– Eu te amo – falou, dando um longo beijo na bochecha de Papoula. Ela o abraçou com os braços em volta do seu pescoço.

– Eu também te amo, meu bem – sussurrou em seu ouvido.


Flashback off


– E desde então eu não tenho mais notícias dele. Nunca tive.

– Eu não aguentaria – olhei para Draco – Só de eu estar em um mau momento com ele, eu já me sinto péssima. Não consigo me imaginar em seu lugar.

– É uma situação difícil, realmente – ela sorriu triste – Mas dele eu guardo as lembranças mais lindas da minha vida – retirou de dentro do bolso de suas vestes uma foto. [http://weheartit.com/entry/23742944].

– Ele era muito bonito, Madame Pomfrey – analisei a foto que se mexia em minhas mãos.

– Não há um dia que eu não lembre dele, querida – ela colocou a mão no meu ombro e o apertou levemente – Nem um dia sequer.

– E desde então você se concentrou nos estudos, passou por vários exames e, acabou ficando por aqui? Em Hogwarts?

– É, aqui é o único lugar em que eu consigo seguir em frente. Ainda visito o banheiro feminino, lembro-me de tudo o que vivemos... Mas Hermione – ela disse meu nome pela primeira vez – Não se deve pensar só nos estudos. Há coisas mais importantes também. Um dia você vai querer olhar para trás e não ter arrependimentos do que fez e do que deixou de fazer.

Aquilo mexeu comigo. Ela estava mais do que certa.

– Obrigada – segurei sua mão – Sebastian devia ser um cara de sorte.

Ela sorriu e se levantou. Foi até uma cama, onde um aluno da Lufa-Lufa dormia. Colocou a mão na testa dele e o cobriu até um pouco acima de seu peito.

Ela parecia ser um pouco carrancuda por fora, sempre curando todos de tudo. Mas na verdade, naquele momento, eu não a via mais com aqueles olhos. Era uma pessoa que se preocupava com todos, que sempre se dispôs a ajudar quem precisasse. Ela era uma pessoa amável, doce e bondosa. Toda aquela máscara que ela colocava era só para se motivar a ser mais forte. E eu a entendia. Melhor do que ninguém.

– O Draco está bem? – perguntei, indo para o lado do loiro.

– Está sim. Acho que hoje à noite eu já posso liberá-lo. Vamos ver se ele não sente mais nenhum desconforto.

– Certo – fiquei olhando para ele. Coloquei minha mão sobre a sua, estendida sobre a cama, e fiquei o observando dormir.

Ele era tudo para mim, jamais eu pensaria em perdê-lo, ainda mais ter de deixa-lo partir só para me proteger, assim como Sebastian havia feito para esconder Madame Pomfrey de sua família maligna.

Num gesto totalmente inesperado, Draco apertou minha mão. Ele ainda dormia, mas a segurava forte. Foi como se ele percebesse minha presença.

– Você o ama, não é? – Madame Pomfrey perguntou escrevendo algo em uma prancheta.

– Como nunca amei alguém antes. Disso eu tenho certeza.

– Não dá para viver só de amor. Mas fico feliz em saber que você tem sentimentos verdadeiros por Draco. Ele é um garoto muito frágil, Hermione – ela disse meu nome de novo e eu estava mais que surpresa com isso – Posso lhe chamar assim?

– P-Pode sim – sorri – Como quiser, Madame Pomfrey.

– Me chame de Papoula, querida.

– Tudo bem, Papoula – sorri – Mas o que você disse? Draco, frágil?

– É mais do que parece. Acho que tem problemas de confiança. Não sei muito bem como é a relação dele com os pais, mas ele parece um tanto traumatizado quando o assunto é confiar.

– Eu não sabia disso – minha boca abriu um pouco. Olhei para Draco e ele ainda se agarrava firmemente em minha mão.

– Mas parece que com você é diferente. Antes de você chegar, um pouco antes de ele pegar no sono, ele havia falado algo em relação a você.

– A mim? O que foi que ele disse? – perguntei com a curiosidade aflorando dentro de mim.

– Acho que era para lhe chamar aqui, ou que ele precisava de você – ela deu uma risadinha amigável e eu sorri.

Ele precisava de mim. Ele realmente me queria por perto.

– Bom, eu acho que vou voltar para o Salão Comunal. Ele não parece muito disposto a acordar – olhei para ele, estava em um sono profundo.

– Quer que eu diga a ele que você veio? – ela se colocou a disposição.

– Não, acho melhor ele não ficar sabendo, por enquanto.

– Ai, adolescentes. Nunca sabem o que querem – ela balançou a cabeça negativamente, sorrindo.

– Ah é, nós somos terríveis – uma risada saiu da minha boca e Draco se mexeu um pouco na cama – Eu preciso ir – larguei a mão do loiro e beijei sua bochecha. Cheguei perto do seu ouvido e sussurrei “Eu te amo, Draco”. Acariciei seu rosto e o cobri com o cobertor - até mais Madame Ponfr...

Hem Hem – ela interrompeu.

– Ok, Papoula, eu preciso ir agora – acenei para ela e saí pela porta. Não dei nem três passos e tornei a entrar lá de novo – Ah, Papoula... Obrigada, por tudo – sorri e ela assentiu com a cabeça, sorrindo também.

Acho que acabei de fazer uma nova amiga. E olha que parece que mais de metade dos meus problemas se resolveram só com uma ida a Ala Hospitalar. Papoula Pomfrey era uma pessoa muito especial.


POV Harry Potter

Nós ganhamos o jogo! Sabe aquela sensação de dever cumprido? Bom, era mais ou menos isso que eu sentia.

– Harry – Astória veio correndo me abraçar. Eu tinha acabado de pousar com a vassoura no chão.

– Tori – sorri. Ela se agarrou em volta do meu pescoço e eu saí girando com ela pelo gramado.

– Parabéns, meu apanhador – ela me deu um selinho.

– Obrigada – sorri tímido. Eu estava para fazer uma coisa há um tempo, mas nunca tomava coragem o bastante e me convencia de que teria de ser em um momento mais especial – Tori, vem aqui – peguei em sua mão e segui para de baixo da arquibancada.

– O que foi? – ela me olhou confusa.

– Você sabe que eu te amo, não é? – perguntei.

– A cada dia vou tendo maior noção disso, Harry – suas bochechas coraram.

Sorri e peguei suas mãos, juntei às minhas e a olhei. Aproximei meu rosto do dela, dei um beijo na ponta do seu nariz e me afastei um pouco.

– Já tem um tempo que eu ando pesando em uma coisa, Tori.

– E o que é? – ela se aproximou de mim.

– Vire de costas – pedi e ela pareceu não entender – Só faça isso, não vou fazer nada demais – ela sorriu, já tentado imaginar o que eu iria fazer, e se virou. Tirei do bolso da calça uma caixinha de veludo verde e a abri. Ali dentro havia um colar dourado, com um pingente em forma de pomo de ouro. [http://weheartit.com/entry/6576479]

Era um ouro meio envelhecido, que dava ainda mais beleza à peça. Afastei o seu cabelo para o lado e o coloquei para cima do seu ombro direito. Peguei o colar da caixinha e o coloquei em volta de seu pescoço. Ela olhou para seu busto, para ver o que era enquanto eu o fechava às suas costas.

– Harry, isso é... – ela se virou para mim.

– Astória Greengrass, você quer ser minha namorada? – perguntei, tentando fazer meu corpo parar de tremer. Nunca havia pedido alguém em namoro antes. Estava muito nervoso.

– Harry... – ela estava com a boca um pouco aberta, acho que não esperava por isso – É claro que eu quero – ela sorriu e apertou o colar contra seu peito.

Suspirei aliviado e me aproximei mais dela. Toquei seus lábios com delicadeza, ela colocou suas mãos em minha nuca, me trazendo para mais perto.

Sabe como é quando você sabe que seu coração não é mais seu? Que não pertence mais a você? Quando as palavras não são mais suficientes para descrever o sentimento?

– Eu te amo, Harry – ela falou em meu ouvido.

– Eu também te amo, Tori. Muito mais que muito – disse ela deu uma pequena risadinha.

– Muito mais que muito, meu amor – passou a mão pelos meus cabelos, parando logo depois em minha orelha. A acariciou e me beijou de novo.

Pela primeira vez na minha vida, eu sentia que tudo estava perfeito. Tão perfeito que era até difícil de acreditar que realmente estava acontecendo.

Astória é a pessoa mais importante da minha vida agora. Nada estava mais claro do que isso para mim.


POV Pansy Parkinson

Já era de manhã. Estava acabando de me arrumar. Ron iria passar aqui para tomarmos café juntos antes da aula.

Desci as escadas do dormitório feminino e dei de cara com Astória.

– Pansy, olha que lindo – ela me mostrou um colar de pomo de ouro.

– Que graça – analisei o colar – É muito bonito, Ast.

– O Harry que me deu, um pouco antes de... Me pedir em namoro! – ela deu um pulinho de felicidade.

– Nossa, que legal – a abracei – Tudo de bom pra vocês, hein E vê se você se controla ok? Deve ser muita felicidade para uma pessoa só – nós rimos.

– Hey – Charlotte veio até nós – Vamos tomar café?

– Claro – respondemos. Ron já estava me esperando.

– Bom dia – ele disse e me deu um selinho demorado.

– Bom dia, ruivinho – andamos abraçados.

– O Draco tá melhor? – ele perguntou. Astória e Charlotte iam conversando um pouco a nossa frente.

– Acho que sim. Ele ainda tinha um pouco de dor, deve ser liberado depois do almoço.

– Ah, certo. Mione ficou preocupada.

– E quem não ficou? Ele se quebrou todo – exagerei e nós rimos. Fomos andando abraçados até o Salão Principal. Gina, Neville, Harry e Hermione já estavam lá. Todos se sentaram à mesa da Grifinória, e agora falávamos da incrível capacidade do sexo feminino se atrair por jogadores de Quadribol.

– A Astória e a Pansy estão de prova – Charlotte acusou – Um apanhador e um goleiro hein – todos riram.

Eu estava rindo de Ron, quando notei que Blaise acabara de se sentar ao lado de Luna na mesa da Corvinal. Percebi que ela falou algo e se levantou, um minuto depois se sentou ao meu lado.

– Posso ficar aqui? – perguntou.

– Claro! – respondi.

Ela sorriu e Gina lhe serviu torradas. Blaise sentou ao lado dela, mas esta o ignorou.

– Porque ele está te seguindo? – perguntei rindo.

– Não faço ideia! – ela respondeu exasperada. Blaise riu.

– Quero que ela saia com Connor Stoll, mas essa loira irritada se recusa – ele disse.

– Não vou sair com um Sonserino – Luna disse.

– Posso conseguir um Lufano, ou um Corvinal pra você. – Blaise comentou.

– Não quero sair com ninguém!

– Você tem que parar de ser tão solitária – ele a sacudiu pelo ombro.

– E você tem que parar de ser tão insistente e irritante – ela respondeu olhando pras torradas.

– Você sabe xingar? – perguntou o moreno – Interessante. O que mais sobre você eu não sei? – perguntou brincalhão.

Luna suspirou e se virou pra ele, segurou seu queixo e o beijou por alguns segundos. Todo o salão ficou surpreso, mas eu fiquei incrivelmente orgulhosa quando ela sussurrou no ouvido do Sonserino.

– Que eu não sou uma criança e que você não devia pensar que sou inocente, porque assim você se tornara o inocente da história e eu posso apostar que você não é!

Ela levantou da mesa e saiu. Todos ali ficaram sem reação, ainda mais o Blaise. Ainda estava com um biquinho na boca e parecia muito confuso.



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Notas finais do capítulo

HAHAHAHAHAHA, e aí? O que acharam?
Esse final foi, tipo, BOOOOOMBA ATÔMICA :o
E as memórias da Madama Pomfrey? Gostaram?
O pedido de namoro, então?
AAAAH, tem muuuito o que comentar hoje.
Me digam qual foi a frase ou parte que mais gostaram do capítulo :D
Espero seus comentários me falando o que acharam. Se preciso melhorar em algo ou sei lá, vocês é quem mandam.
Um super beijo para vocês meus amores, love you ♥
Como o Harry, amo muito mais que muito *OOOOOO*
Giulia Guadagnini ♥