Come Back escrita por sankdeepinside


Capítulo 29
Nós temos provado que nosso amor é além do tempo


Notas iniciais do capítulo

Olááa´´aáá!!
Ai eu queria pedir desculpa por ter demorado tanto p responder todas as reviews, n sei se alguem notou mas tive q ir respondendo a prestação pq eu nunca conseguia responder todas logo de uma vez, por falta de tempo mesmo, mas já respondi todas bem bonitinhas com um toque de glitter e arco iris p ngm dizer q eu sou chata cm vcs. EU NÃO SOU CHATA PORRA, QUEM DISSER Q EU SOU CHATA MORRE AQUI NA PONTA DA MINHA PEIXEIRA.
Viu? Sou puro amor.
Bom algumas leitoras foram para Nárnia, mas acredito q isso é por causa q no mês de julho algumas pessoas tem vida social e viajam, mas cm eu n sei o q é isso eu fico aqui postando e esperando a caridade de vcs.
Esse capitulo ficou do tamanho da vida da Dercy Gonçalves de grande, mas como ngm tem reclamado, eu acabei deixando assim mesmo. Gostaria de avisar q minha purpurina já ta no fim do potinho, então n esperem q o próximo capitulo terá tanto amor feat fofura como esse xD
Ah, esse é um dos capitulos raros em q a bruxa inútil da Laís consegue betar a tempo, então qualquer erro despercebido é culpa dela, apedrejem ela se ainda tiver erro.
N vou mais prolongar isso.
Espero que gostem.
Boa Leitura
Beeijos ;)



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-Ele disse que vai te matar, arrancar seus olhos e jogar golfe com eles, pular corda com suas tripas e dar sua carne pros porcos. Mas antes de tudo isso, ele disse que vai chutar tão forte o teu saco que vai fazer com que suas bolas parem na sua garganta. Ele está muito puto.

Johnny falava aquilo rindo muito, se divertindo com a minha desgraça. Pelo pouco que conhecia do Synyster, eu sabia que não havia maneira de escapar ileso disso. Passei a mão pelos cabelos enquanto ouvia a minha morte se aproximar, eu havia feito uma grande idiotice, justo eu que normalmente não me metia em burradas desse tipo. Porra Michelle, me fodeu bonito.

- Existe alguma forma disso não acontecer?

- Não! – Johnny riu mais um pouco – Cara você manchou a honra dos Haner, você ta fodido.

- Mas vocês ainda estão em turnê. Eu ainda tenho tempo de fugir pra Nárnia. – ri nervoso.

- E o pior que não cara, essa foi uma turnê bem curta, hoje a gente pega a estrada de volta e o Jimmy quer passar um pouco do tempo antes da próxima turnê ai, com a filha dele.

- ESPERA. O QUE? – eu soltei uma risada de surpresa – Ele descobriu sobre a Shannon?

- Descobriu, ta rindo até pelo cu agora.

- Cara isso é ótimo! Nossa eu nem falei com a Allie esses dois últimos dias. – suspirei – É, pelo menos uma boa notícia.

A campainha tocou, me despedi de Johnny e desliguei o celular. A casa estava muito bagunçada e acabei tropeçando em algumas coisas antes de chegar até a porta, assim que a abri, meu rosto se contraiu em uma expressão de surpresa.

- Catelyn?

- Ahm, oi Max.

- O que veio fazer aqui? E como descobriu onde eu moro? – Os olhos dela se abriram espantados. Se controle Max, ela é uma mulher, não seja tão rude.

- E-eu, quer dizer ahm, me desculpe aparecer sem avisar, eu liguei pro seu laboratório e me disseram que estaria aqui hoje, eu ahm, queria te ver.

- Ah, tudo bem, entra – abri passagem para que ela entrasse – Desculpe pela bagunça.

- Ah, não se preocupe – ela riu um pouco tímida e olhou em volta.

Mostrei o único lugar no sofá que não estava sujo de Cheetos para que ela se sentasse e fiquei de pé.

- Sua esposa? – Ela apontou para uma foto antiga de Alison mordendo minha bochecha, eu devia ter uns 17 anos na época.

- Oh não! – sorri olhando para Lyn, estava bem bonita. O cabelo curto dessa vez não estava escondido por nada, era liso, castanho e bem cuidado, vestia de maneira discreta uma calça jeans azul e uma camiseta justa de mangas compridas. – É minha melhor amiga, na verdade é quase minha irmã de criação. Aquela garotinha que viu no parque é filha dela.

- Ah – notei que Lyn abriu um leve sorriso de satisfação, aquilo me deixou um pouco perturbado.

- Você e ela nunca...

- Não, como eu disse, ela é como se fosse minha irmã.

Flashback on

- Classe, esse é Maximillian Turner, o novo colega de vocês.

O garoto de olhos azuis abriu um sorriso nervoso pra aquele grupo de pré-adolescentes, que aos seus olhos, era terrivelmente assustador, e disse um “Olá” pouco audível.

- Por que você é tão pequeno? – Uma garota loira na frente falou tentando abafar o risinho debochado. Antes que ele pudesse responder a professora o fez.

- Ele está adiantado, aparentemente é um garoto muito inteligente! A única diferença é que ele é mais novo do que a maioria de vocês – Disse isso com um sorriso bondoso e deu um leve tapinha nas costas do garoto para que ele se acomodasse em uma das carteiras.

À medida que passava algumas das crianças voltavam o olhar para ele, inclusive algumas meninas, apesar de não ter nem 14 anos ainda, os olhos azuis e o cabelo castanho-avelã já era atrativo para as meninas na puberdade.

O primeiro tempo da aula correu sem nada de especial, o garoto asiático atrás dele até se apresentou e trocou algumas poucas palavras simpáticas. Max seguiu com o novo amigo para a outra sala, mas no meio do caminho se lembrou de que esquecera um livro dentro da carteira, correu sozinho de volta para sala e o pegou rapidamente, a essa altura os corredores já estavam vazios, precisava ser rápido para não se atrasar para o segundo tempo. A essa altura ele já corria pelos corredores tentando lembrar os caminhos que o garoto asiático o havia indicado. Ao virar em mais um corredor se deparou com algo que provavelmente não o atrasaria, mas isso se ele não tivesse uma leve tendência a proteger garotas.

- Me dá o dinheiro do lanche Wade!

- Você é surdo? Eu já disse que não tenho dinheiro. – O garoto maior segurava a menina pálida pelos ombros magros sem muita dificuldade, mas ela não parecia amedrontada, na verdade a expressão no rosto dela era de quem fazia pouco caso daquilo. Nesse instante o garoto já irritado bateu a cabeça dela com força contra um dos armários.

- Hey! Solta a garota! – Tanto o garoto enorme, como a menina olharam com uma cara de “WTF” para Max. – Não se bate em damas!

O garoto e a menina soltaram uma gargalhada em coro.

- Sai daqui moleque, essa briga não é sua. – O maior disse voltando-se para a garota mais uma vez e agora apertando a garganta dela com um pouco de força.

Max olhou para a garota e os olhos escuros dela encontraram os dele, estavam arregalados, já que ela sufocava, Max cerrou os punhos e não viu outra saída, foi para cima do garoto que tinha o dobro do seu tamanho. O grandalhão soltou a menina e diferiu um golpe forte em Max, que caiu no chão. Ele soltou um palavrão baixinho, não tinha capacidade alguma de encarar uma luta corpo a corpo, apenas levou os braços ao rosto para proteger aquela parte do corpo enquanto o garoto socava todo o resto. A garota que agora estava livre olhou para o corredor, provavelmente pensando em correr dali.

“Ai que ótimo, ela não vai fazer nada pra me ajudar” – ele pensou.

Naquele instante ele ouviu um ruído alto e o garoto caiu inerte em cima dele. Max o empurrou e olhou para a menina, ela ofegava e segurava o extintor de incêndio nas mãos.

- Acho que estamos quites agora.

- Você matou ele!

- Realmente espero que não.

O inspetor apareceu atraído pelo barulho e ao se deparar com a cena quase entrou em colapso, levou os dois para a diretoria e carregou o menino desmaiado para enfermaria.

- Você é tão burro! – a garota disse baixinho para o garoto de olhos azuis que ainda fazia careta de dor. Ambos esperavam a diretora vir conversar com eles.

- Burro? Aquele cara ia te matar!

- Ele não ia me matar, mas ia matar você!

- Eu salvei sua vida, sua idiota, pelo menos agradeça.

- Obrigada – Só então ele pode ver o rosto dela com clareza, tinha os cabelos escuros e lisos um pouco bagunçados – Sou Alison Wade, e você?

- Maximillian Turner, hoje é meu primeiro dia de aula – ele sorriu e apertou a mão da garota – Você é tão estranha! – Max disse sorrindo – O que estava pensando? Garotas não encaram garotos com o dobro do seu tamanho, elas beijam eles!

- Eu nunca beijaria aquele idiota! E não sou estranha, estranho é você com esse cabelo pro lado. Sua mãe ainda penteia o seu cabelo? Beberrão!

O sorriso de Max se desfez um pouco.

- Não, eu só gosto do meu cabelo assim. – Max agitou a cabeça dispersando um pensamento que viera em sua mente e reabriu o sorriso – Você em compensação nunca viu um pente!

- Vai se ferrar!

- Freak – Max gargalhou e Allie fez bico emburrada – Little Freak.

Flashback off

- Max? – Lyn estalou os dedos diante dele – tem alguém aí?

- Ah me desculpe, me distraí por um instante.

- Ah quase me esqueci de te dar os parabéns pela indicação.

- Ah, não foi nada demais, eu nem ganhei prêmio nenhum, meu projeto que estava concorrendo era um secundário, mas a festa valeu por isso.

- Hum, o tal projeto secreto era bem melhor então.

Franzi o cenho ao lembrar o que eu havia ouvido no banheiro, Lyn não é exatamente alguém que eu creia que possa confiar.

- Na verdade ele só é perigoso demais.

- Armas?

- Por acaso está tentando descobrir alguma coisa? – Falei já irritado, ela estava interessada demais.

- N-não, oh me desculpe, eu só sou muito curiosa, não quis parecer enxerida.

Suspirei. Ao ver que eu já estava impaciente, ela se levantou.

- Tudo bem.

Lyn se aproximou de mim.

- Me desculpe mesmo Max.

Assim de perto eu podia ver melhor seu rosto, ela tinha os olhos em um tom amadeirado de verde, acho que essa expressão doce dela me deixava confuso, não tinha certeza se ela era má, mas também não arriscava dizer que ela era uma boa pessoa.

- Não se preocupe.

- Acho que vou embora. – ela fez uma pausa – Ahm será que você toparia sair comigo amanhã à noite? Juro que não vou tocar em nenhum assunto de trabalho.

E agora? Topo ou não topo? Ela é uma mulher bonita, apesar de parecer suspeita. Soltei o ar me dando por vencido e sorri para ela.

- Okay, eu saio com você.

Brian

- Havaí? Eu devia ter imaginado – Falei sentando na calçada e abraçando meu próprio tronco.

- Mas meu pai era canadense e acabou resolvendo trazer a gente pra cá depois que eu nasci.

- E ele é legal?

- Meu pai? Ah, ele é um cara normal, depois que minha mãe morreu ele ficou meio desligado de tudo. Por causa disso acabei decidindo que queria dar o fora daqui, por isso arranjei esse trabalho extra no bar.

- Pra onde você quer ir?

- Não sei, qualquer lugar que seu mijo não congele antes de cair.

Eu sorri um pouco.

- Lali, o que acha de ir pra América?

- Ah seria ótimo. – a morena se sentou ao meu lado, ela tinha um cheiro gostoso, fresco, misturado a whisky. – Acho que daqui a um tempo consigo dinheiro o suficiente pra ir pra lá, pelo menos é o lugar mais barato que eu conseguiria ir.

Assim que havia iniciado aquela conversa com a Lali eu já sabia que qualquer decisão que eu tomasse atrairia uma porção de merdas pro meu lado, mas algum motivo muito estranho eu havia gostado dela. Não no sentido sexual nem nada, mas a companhia dela me parecia extremamente aconchegante, conseguíamos conversar sem que ela achasse que eu era um tarado, ou apenas um guitarrista rico que poderia dar uma noite de sexo casual pra ela. Era estranho, por que há um tempo esse era o tipo de conversa que eu tinha com Michelle, até ela começar a se cansar de tudo com facilidade, inclusive de mim.

O único problema, é que Lali parecia ter um pouco de medo de mim, não que ela estivesse correndo de mim nem nada, mas só quando eu toquei em seu braço ela já me olhou assustada, como se eu fosse parti-la no meio.

- Lali você quer ir pra América amanhã com a gente?

Ela pareceu não acreditar.

- Eu realmente queria, mas...

- Eu estou falando sério! – Olhei no relógio, eram 5h da manhã – Nosso ônibus sai ao meio dia, consegue arrumar uma mochila com suas coisas e se despedir do seu pai até lá?

- Isso é sério?

- É! – Okay Brian, imagina a confusão que você vai causar levando uma garota com você.

- Mas e sua mulher?

- Ela não vai se importar! – Ah vai sim, meu deus ela vai surtar.

 Whisper soltou uma risada incrédula e levou a mão à boca.

- Oh meu deus!

- Então? Vai querer minha carona?

- Quero sim! Ai caralho! – Ela sorriu eufórica e me abraçou, acho que foi o primeiro contato físico espontâneo dela comigo, era algo bem gostoso, aproveitei o abraço e deslizei de leve as mãos pelas costas dela, mas quase com um reflexo, ela imediatamente se afastou de mim.

Fiquei um pouco desconsertado, mas logo sorri para ela.

- Vá pegar suas coisas, apareça aqui às onze e meia.

- Okay! – ela levantou e bateu um pouco da neve de sua calça – Eu nem sei como te agradecer!

- A gente pensa nisso depois – eu abri um sorriso malicioso e pisquei pra ela, meu deus pra quê?

- Se você acha que por causa disso eu vou dar a bunda pra você pode parar por ai, seu filho puta!

Ta, pelo visto ela não conhece muito a respeito da minha personalidade.

- Eu só brinquei com você sua maluca! Mas espera aí, por que tem tanto medo de mim?

- Existe um motivo para meus últimos relacionamentos terem sido com pessoas do mesmo sexo Haner. Mas não sei se confio o suficiente em você pra contar. – Lali disse com os olhos baixos.

Revirei os olhos e me coloquei de pé.

- Tudo bem, não vou te pressionar a absolutamente nada. Se quiser mesmo viajar, aparece aqui, a gente te leva com todo prazer, só não traga bagagem demais. – Me aproximei dela e dei um beijo em sua testa. – Vou ver se durmo umas duas horas agora.

- Espera – ela disse antes que eu saísse – por que está fazendo isso? Quer dizer, é pura caridade?

- Eu não sei por que, acho que fui com a sua cara – fiz uma pausa breve – ou talvez seja só pura caridade – dei de ombros.

Depois disso eu entrei de volta no hotel, Michelle dormia muito enrolada no edredom, devia estar com bastante frio. Deitei-me ao seu lado e imediatamente ela despertou.

- Brian? Que horas são.

Eu estava com um puto frio e muito cansado, minha coluna inteira rangeu aliviada assim que me acomodei melhor.

- Volta a dormir Michelle. – ela não me obedeceu e virou o rosto para mim, enxerguei apenas a penumbra da expressão dela.

- Você ficou com alguém? – era essa a preocupação dela.

- Não.

- Ah – parecia aliviada, me abraçou e pediu desculpa mais uma vez. Eu sabia que ela estava sendo sincera, mas não conseguia esquecer, sei lá, há cinco anos Michelle era a mulher que me entendia perfeitamente, quando foi que ela se perdeu de mim?

Eu realmente gosto dela, mas ultimamente não tenho tido certeza se é recíproco. Ela diz que me ama, mas não consigo ver o que se passa na mente dela, no fim das contas acho que ela está entediada.

- VOCÊ O QUE? ONTEM A NOITE DISSE QUE NÃO TINHA FODIDO NINGUÉM! VOCÊ É UM MENTIROSO HANER! – Michelle berrou em meu ouvido, Leana cochichava para ela provavelmente tentando contê-la, sem muito sucesso, mas eu permaneci olhando para os caras da banda.

- Isso é sério Gates? – Matt falou calmo.

- É. Ela é uma garota bacana e como tem muito espaço no ônibus achei que uma carona não mataria ninguém.

- Por mim tudo bem – Jimmy disse sorrindo para mim, ele muito raramente discordava das minhas maluquices, acho que até se eu quisesse levar um elefante dentro do ônibus Jimmy ainda assim acharia o máximo.

- Por mim também – Johnny disse e logo deu um cutucão em Zacky que ainda parecia ponderar as coisas.

- Eu não sei cara, levar uma estranha com a gente... Tem certeza que ela não é uma fã psicopata? Não to afim de acabar feito o John Lennon.

Soltei uma risada leve.

- Tenho certeza sim, vocês vão gostar dela – fiz uma pausa – Ela é bi!

Aquelas foram as palavras mágicas, depois disso todos eles se animaram e começaram a falar ao mesmo tempo.

- Okay okay – a voz de Matt se sobrepôs ao burburinho dos outros cara – A garota pode vir.

- FICOU MALUCO MATT? VAI MESMO LEVAR UMA PUTINHA QUALQUER COM A GENTE NO ÔNIBUS?

- Ahm, bom dia – Lali havia acabado de aparecer timidamente no saguão, quase pude materializar o ódio que saiu dos olhos de Michelle em direção a ela.

Aproximei-me dela sorrindo e a apresentei para os caras, Michelle já não estava mais com raiva, na verdade parecia que ia cair no chão e rolar chorando feito uma criança a qualquer instante.

- Coloca suas coisas lá dentro, sua poltrona é a do lado da minha.

A princípio Whisper estava um pouco tímida, mas Jimmy era meu salvador nessas horas, ele logo puxou a garota para dentro do ônibus e engatou uma conversa sem fim.

Assim que eles entraram no ônibus puxei Michelle.

- Isso tudo é uma provocação?

- Seria, se ela não fosse uma garota de bem.

- Pra que isso Brian? – ela disse com voz chorosa.

- Eu quero que você sinta a sensação de ser trocada Michelle, machuca não é?

- Isso é uma vingança? Isso é tão infantil!

- Talvez seja, mas eu no momento preciso de uma companhia que não seja a sua, do mesmo jeito que você precisou quando fodeu com o Max.

- E vai usar uma garota “de bem” pra isso? Ela vai ficar puta se descobrir que essa sua bondade não passa de provocação!

- E quem disse que é só provocação? Ela é minha amiga. Não fique tão indignada, pelo menos eu não estou fodendo com ela, isso ainda me faz um pouco menos cafajeste do que você.

Depois disso dei as costas e entre no ônibus, Lali ainda conversava com Jimmy, ele falava algo relacionado a olhos azuis, provavelmente estava contando da filha pela milésima vez.

Jimmy

O ônibus chegou a Madison de madrugada. Eu havia conseguido convencê-los a me deixar ficar alguns dias lá, nenhum deles protestou, considerando que eu precisava resolver assuntos sérios. Confesso que não consegui ficar com raiva da Allie por muito tempo, aquela criança era tão encantadora que eu mal acreditava que ainda podia existir esperança pra mim.

Acordei um pouco tarde demais e acabei saindo do hotel correndo, era uma da tarde e não tive tempo de comer, então só roubei uma lata de Pringles do Zacky e peguei um táxi. Johnny havia me dado o telefone do Turner, então conseguir o endereço de Alison não foi tão difícil. Quando o táxi parou em frente da casa eu fiquei alguns instantes olhando para o local, era uma típica casa de família, com gramado na frente, caixa de correio e essas coisas. No andar superior tinham janelas abertas, então provavelmente não estava vazia.

Toquei a campainha e enquanto aguardava fiquei batucando os dedos na perna, eu estava um tanto ansioso, ainda não tinha tido nenhum momento de pai com a Shannon depois de descobrir a verdade.

Uma Alison extremamente bagunçada atendeu a porta, o cabelo estava preso em uma liga no alto da cabeça, usava um moletom enorme, short jeans e meias que, aliás, eram de pares diferentes.

- Jimmy! – ela falou surpresa e imediatamente levou a mão ao cabelo, desfazendo o penteado maluco. Sorri meio bobo, na verdade eu estava meio bobo desde que a reencontrara.

- Oi Allie, posso entrar?

 - Claro! – Ela abriu passagem e eu entrei, a casa estava uma verdadeira bagunça, tinha brinquedos espalhados por todo lado – Realmente não esperava te ver hoje.

Ela falou um pouco sem graça pela bagunça enorme na casa, até parece que eu me importo com isso.

- Me desculpe não ter avisado, não tive tempo, onde ela está?

- Ahm, está lá em cima, fazendo o dever de casa... Com o Sam.

Franzi o cenho um pouco incomodado, eu não conseguia evitar. Desde que Allie se colocou entre eu e ele que eu já nem me lembrava que um dia no passado eu tinha um relacionamento amigável com ele. Allie foi à frente me guiando em direção ao quarto da criança, um pouco antes da porta ela parou e fez sinal para que eu avançasse sozinho, não sei se por medo, ou nervosismo, fiquei um pouco escondido, olhando para dentro do quarto.

- Agora você tem que contornar os pontinhos até a abelha.

- Mas eu quero pintar a abelha primeiro! – a voz dela quase fez com que meu coração iniciasse uma maratona.

- Contorne primeiro, pinte depois.

- Ah não papai, é muito difícil! – espera, do que ela o chamou?

- Ah, tudo bem, vamos lá eu te ajudo – Sam contornou a pequena mesinha no meio do quarto e se agachou, pegou na mãozinha da garota e foi deslizando pelo papel com ela.

Fiquei paralisado, primeiro porque ele agia como se fosse o pai dela e segundo, por que ele era um ótimo pai. Aquilo me fez oscilar, não sabia se eu teria a mesma habilidade, carinho e paciência com ela. E se eu falhasse? E se ela o preferisse?

- Não vai entrar? – Allie cochichou para mim.

- Não sei, acho que estou com medo.

- Deixa de besteira – ela então me empurrou, ou melhor, ela me jogou para dentro do quarto da menina. Shannon imediatamente se voltou para mim e abriu um sorriso enorme.

- Gigante! – A pequena saltou da cadeira e correu ao meu encontro, se jogando nos meus braços, animada – Olha você coube dentro da minha casa!

Eu sorri e a peguei no colo. Samuel já estava de pé e me olhava com uma expressão séria.

- Hey – eu disse para ele.

- Oi Sullivan. – ele estava diferente de como eu me lembrava, mas ainda tinha aquele olhar expressivo de sempre. – Vou esperar lá fora, e você – ele apontou para Shannon – ainda tem que pintar aquela abelha.

A garotinha riu no meu colo e concordou com a cabeça.

- Pinta comigo gigante?

- Mas é claro. – A coloquei no chão e me ajoelhei ao lado da mesinha, só então notei que Allie havia ido atrás de Samuel.

- Eu fico com o preto e você com o amarelo – ela estendeu o giz de cera amarelo para mim.

- Ah não, eu queria o preto – fiz bico.

- Que pena – ela já havia começado a pintar a listra da abelha de preto sem nem ligar para o meu protesto, depois disso não consegui conter a gargalhada que saiu da minha boca. Aquela menina era muito linda.

Depois de pintarmos a abelha, me sentei no chão e ela se sentou na minha perna, olhei para ela durante alguns instantes, prestando bem atenção, havia muita coisa minha nela além dos olhos, talvez fosse eu sendo desesperado, mas podia jurar que o arrebitado do nariz dela era idêntico ao meu, e o queixo também. Mas os cabelos, as bochechas proeminentes e a boca eram da Allie, com certeza.

Allie reapareceu no quarto, já sem as meias.

- Jimmy, nós precisamos conversar. Shay, meu amor, vá tomar banho, Sam está esperando para irem ao parque.

- Ele vai levá-la? – falei um pouco desapontado

- Conversei com Sam e acho que antes de qualquer coisa nós dois precisamos nos esclarecer, assunto de adulto, sabe? Se quiser pode passar o dia com ela amanhã.

- Ah, tudo bem então.

Shannon já havia corrido para o banheiro, Allie e eu descemos para a sala e nos sentamos no sofá.

- Olha Jimmy, ela ainda não sabe de nada, então nós temos que ser cuidadosos com isso.

- E enquanto isso o Sam rouba meu lugar de pai no coração dela!

- Ele a criou Jimmy, dá um crédito. E não precisa ter ciúmes, logo ela vai te chamar de pai também.

Suspirei um pouco inconformado.

- E você?

- Eu o quê?

- Quando vai se separar dele? Ou não pretende ficar comigo?

- Tem certeza que não prefere ficar com a Leana?

Nesse instante Sam desceu as escadas de mãos dadas com Shay.

- Diga tchau para a mamãe e para o gigante Shay. – era incrível como aquele prego conseguia ser extremamente adorável com aquela criança.

Shannon correu até Allie e depositou um beijo melado em sua bochecha, depois veio até mim e me abraçou.

- Quando eu vou te ver de novo? – ela cochichou para mim.

- Antes do que imagina – eu cochichei de volta e mordi de leve sua orelha, fazendo com que ela soltasse uma risadinha. Depois disso ela e Samuel saíram.

- Eu nunca vou preferir a Leana – falei baixo, mas olhando para ela – Eu amo você, por mais idiota que isso seja.

- Eu pedi o divórcio no dia que você reapareceu. Acho que Sam ainda está meio puto por isso, ele tem muito medo que você machuque a mim e a Shannon.

- No lugar dele eu também teria, mas quero provar disso, quero ter algum motivo pra viver.

- Espera, o que? Eu pensei que já estivesse resolvido com isso, já se passou tanto tempo.

- Eu sei, mas o que eu posso dizer? Eu sempre fingi muito bem – disse com um sorriso fraco.

- Eu não posso acreditar, você está vivo Jimmy! Não a beira da morte. Por que ainda alimenta isso dentro de você? Não faz sentido.

- Eu sei, mas olha, internamente não mudou muita coisa, as dores ainda são as mesmas, acho só que aprendi a suportar um pouco mais.

- Não era pra ser assim – Allie falou olhando para o chão, quase como se pronunciasse aquilo para si mesma.

Aproximei-me mais dela.

- Por que não?

- Eu achei que... Se você sobrevivesse, as coisas melhorariam com o tempo.

- Tem a ver com aquele lance com o Max?

- Em parte – ela disse um pouco entristecida

Peguei sua mão e a fitei nos olhos.

- Bom, se serve de consolo, faz alguns dias que as coisas começaram a melhorar.

Ela sorriu ternamente para mim.

- Eu te amo Jimmy.

- Então por que ainda não começou a me agarrar? – ela sorriu sonoramente e depois se inclinou selando os lábios nos meus.

A puxei para mim com um pouco de força e a abracei pela cintura sem quebrar o beijo, ah finalmente, como eu estava com saudade dela.

Allie

Subi as escadas correndo, antes que eu chegasse à porta ele me jogou com força contra a parede, meu deus, tinha esquecido como ele era enorme e gostava de me jogar como se eu fosse uma boneca.

Eu adorava o gosto dele sóbrio, era um gosto totalmente puro, apenas o sabor dele. As mãos dele subiram mornas pela minha cintura, ele abriu o zíper do moletom com pressa e o jogou para longe, logo ele me suspendeu no ar pelas coxas e se encaixou entre minhas pernas, tirei a camiseta que vestia e logo meus seios ficaram livres. Ainda me mantendo encaixada no seu colo ele me carregou até o quarto e me colocou na cama, olhou para meu peito nu por alguns instantes sem tirar o sorriso malicioso dos lábios, acho que ele não tinha ideia de como ficava gostoso exibindo aquele sorriso.

Tirei o short ao mesmo tempo em que ele se despiu, me ajoelhei na cama e logo ele veio ao meu encontro. Distribuindo mordidas pelo meu pescoço inteiro, descendo e sugando com força meu seio. Eu me contorcia de leve embaixo dele, sentindo a ereção dele roçar na minha parte íntima já sensível, mas que ainda estava coberta pela calcinha.

- Por que está com pressa? – ele sussurrou em meu ouvido ao mesmo tempo em que segurou minha coxa com força, impedindo que eu continuasse a me mover embaixo dele.

- Porque eu quero você. – ele riu baixo em meu ouvido, fazendo todos os pelos do meu corpo se eriçarem.

- Não se apresse, eu quero degustar cada pequeno instante.

O puxei para mim e o beijei, um beijo profundo, lento, sentindo cada pequeno pedaço da língua dele se entrelaçar na minha, sentindo os lábios deliciosamente carnudos dele deslizarem macios pelo meu rosto.

Emaranhei minha mão nos cabelos negros dele enquanto mais uma vez ele veio descendo pelo meu colo, senti os dentes dele correndo na minha pele e fazendo meu abdômen se contrair, eu já começava a arfar de impaciência e excitação até que as mãos dele entraram em contato com meus quadris e ele afastou minha calcinha com a ponta dos dedos.

Olhou saliente para mim, levou dois dedos à própria boca e os umedeceu com saliva, algo que não era exatamente necessário considerando o estado em que eu já me encontrava, logo depois os dedos dele me tocaram, macios, mornos e velozes, a princípio apenas com um estímulo, depois ele usou os dois dedos para me penetrar.

Soltei um uivo fino enquanto sentia contrair a mão dele dentro de mim. A velocidade dos movimentos dele aumentou, fechei os olhos e mordi meu lábio, sem consegui conter o gemido longo que saia da minha boca. Os dedos dele saíram de dentro de mim e ele se levantou, me prendeu entre suas coxas e iniciou uma breve masturbação, antes que ele desse continuidade, o interrompi pegando seu membro em minhas mãos, sentindo ele pulsar quente. Ergui meu tronco novamente e o beijei, enquanto movimentava minha mão pelo seu pênis.

Separei o beijo sem interromper a masturbação e subi minha outra mão pelo seu tórax, deslizando-a pelas tatuagens do peito e pelos pequenos pelos que tinham ali, o senti soltar um gemido rouco no meio do beijo e com um movimento brusco ele puxou meus dois braços para o alto.

Ele se sentou na cama sobre os joelhos em seguida me puxou para que eu me encaixasse ali. Abri as pernas vagarosamente me sentei sobre o pênis ereto dele, me encaixando com cuidado nele. Minha respiração pesava muito.

Iniciei um movimento lento sobre ele, enquanto sentia-o dar estocadas embaixo de mim, Jimmy fechou os olhos e deslizou a ponta do fino nariz pelo meu pescoço, a medida que rebolava com mais intensidade sobre ele, senti ele ir se curvando aos pouco para frente e logo em seguida me deixando deitada na cama, ele então deu início a estocadas intensas que me faziam dar leves espasmos, já não conseguia nem gritar, minha região íntima latejava de tanto prazer.

O olhei, a testa brilhava pelo suor, os olhos azuis mal piscavam, os dentes trincados vez ou outra se abriam em um sorriso de excitação. Ele era meu, aquele corpo inteiro era meu, aquela pele clara marcada por dezenas de tatuagens coloridas, aquele tórax com uma pintinha pequenina em baixo do peito, aqueles lábios avermelhados pelo sangue quente, aqueles olhos, me pertenciam e eu não pretendia deixar que ele me escapasse mais uma vez.

A estocadas agora eram intensas, quase violentas, ele estava perto de atingir o ápice. O abracei com força e mordi seu ombro para não gritar, o corpo dele batia contra o meu com uma força absurda, até que então os movimentos dele praticamente cessaram, ele estava exausto. Mas nem por isso ele se retirou de dentro de mim, continuou um rebolar leve dentro de mim e logo em seguida preencheu minha boca com um beijo.

Jimmy se retirou de dentro de mim e imediatamente levou as mãos ao meu clitóris mais uma vez, me massageando com carinho, sem que aquilo se prolongasse muito senti meu corpo inteiro se contrair e eu chegar ao meu clímax.

Jimmy me puxou para que meu tronco ficasse sobre o dele, continuei beijando-o com calma por um longo minuto, depois me ergui sobre ele e o fitei. Ele sorriu e tirou minha franja da testa.

- Wow! – ele disse ofegante e sorrindo

- Cala a boca – dei um soco em seu braço.

- Você fica ainda mais bonita assim

- Como? Suando feito um porco?

Jimmy balançou negativamente a cabeça.

- Não, com esse olhar. Esse, exatamente esse, de agora. Você fica perfeita com ele.

- E que olhar é esse?

- É o olhar que você faz quando está me amando.

- E o que faz você ter certeza de que isso não é um engano? – disse encarando as orbes azuis dele.

Jimmy demorou um instante para responder, acariciou meu rosto com a palma da mão e me chamou para que eu o beijasse mais uma vez. Depois enfim disse:

- Por que seus olhos não costumam mentir pra mim.


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