Massacrados. Era o que tínhamos sido. Mais de 5000 recém criados que marcharam em direção aos Volturi que há muito tempo ousaram em recusar-me em sua ordem de vampiros. Não havíamos triunfado. Não havia nada a ser feito. Vampiros podiam ser rápidos, mas eram todos iguais. Fáceis de serem rastreados por outros vampiros. Não havia um ponto cego quando em se tratava de uma guerra entre vampiros. Mas agora eu tinha um plano. Agora eu sabia o que tinha que fazer para finalmente conseguir a minha vingança.

            -Papai, onde está mamãe?

            Elijah perguntou pela milésima vez. Aquela criança fora um erro. Não era como os filhos do Africano que tinha conhecido da primeira vez, assim como Rebekka não fora, mas era pior ainda. Não era selvagem, não era o estripador que eu precisava, não era como Rebekka era antes de fugir. Precisava de comida humana! Que tipo de monstro precisa de comida humana para se alimentar? Antes Rebekka só sobrevivia com o sangue e vivia para o sangue. Bastardo desgraçado aquele africano. Guardaria uma fogueira para ele quando voltasse à França. Scott vinha atrás de nós a uma distância respeitosa.

            -Cale a boca menino! Você a matou há dias. E não me chame de “papai”. Sou um vampiro Original, Filho da Magia, Flagelo dos Lobisomens, Cavaleiro das Sombras, Niklaus O Grande, o Estripador e não aceito nada menos do que isso entendeu?!

            Ele suspirou e baixou a cabeça, gemendo e fungando. Chorar? E agora essa! Eu não chorara nem quando nascera! As parteiras acharam que eu estava morto, mas lá estava eu, com os olhos cheios de escuridão, respirando o ar sem soltar sequer um gemido. Porque aquele mestiço produzido para matar, cuidado com o melhor do sangue era assim? Era de se esperar que fosse mais do que isso. “Seja esperto Klaus, sabe qual é o problema dele. Escolheu a mulher errada. Era o amor que ela lhe dava. Amor. Isso estragou o mestiço perfeito!”

            -PARE COM ISSO!

            Gritei ameaçando socá-lo no rosto. Ele se desviou e limpou as lágrimas do rosto, fazendo que sim, fungando uma última vez, procurando alguma coisa nos bolsos da calça. Era o lugar perfeito. Pensei quando saí do meio das árvores, vendo a clareira se estender a minha frente. Scott tinha razão, o Colorado era perfeito para o meu plano. Algo tocou minha mão. Quando olhei para baixo, Elijah segurava minha mão enquanto chupava a ridícula chupeta azul que teimava em reaver toda vez que eu a jogava fora, e enrolava os cabelos nas pontas dos dedos. Enojado, arranquei minha mão da dele e esbofeteei sua face com as costas da mão. Ele caiu no chão, acariciando o rosto marcado pelo meu anel. Ele ameaçou chorar com um gemido, mas eu o parei.

            -Quieto. Não quero mais saber de choro. Vá atrás de um machado. Quero uma pilha de lenha até o anoitecer escutou? Scott, vá até Platoro, quero que compre, roube, faça o que for melhor. Quero pedras de construção. O que ainda estão fazendo aqui?! Ao trabalho! Minha casa não se construirá sozinha!