Is She Really Going Out With Him? escrita por Caddie


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Gente, FELIZ NATAL!



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Is She REALLY  going out with him?

Jeremy  Whimscott  sempre fizera as  compras  de natal no dia 24, não que fosse do tipo que se atrasava e corria para comprar presentes para a família no último dia pagando o rosto inteiro por algo que não ia durar muito. Não. Definitivamente nada disso.

Dia 24, para Jeremy, era um dia sagrado. Desde que decidira começar uma família, aquele era o dia de caça. Dia de escolher a mulher perfeita.

Como conhecer uma mulher melhor do que vendo-a em pleno desespero natalino?

Se conhecia o gosto da mulher, a opinião sobre os parentes e os parentes de uma vez só.

24 de dezembro era dia de procurar esposa.

- Ei, você parece que poderia usar alguma ajuda? – Jeremy se aproximou de  quem, de longe,ele considerou a mulher mais bonita da loja.

A morena riu, exibindo um dos sorrisos mais bonitos que ele já havia visto.

- Poderia, fiquei presa no trabalho todo esse tempo. Agora tenho de correr e comprar o presente de todos, aparentemente não tenho braços o suficiente para isso.- ela respondeu bem humorada, deixando que Jeremy pegasse alguns dos itens.

- Kit de química. Filho, afilhado ou sobrinho? – Jeremy inquiriu, com falso entusiasmo, aquela na maioria das vezes era a parte em que descobria que era casada. Ou que os filhos eram demônios que iriam odiá-lo.

- Quê? Não,não.- ela riu.- Eu trabalho em um laboratório de criminalística, nós não costumamos  dar roupas, as coisas vão sempre para o lado dos livros ou dos brinquedos. A menos é claro que você seja a Cath, estranhamente ela consegue achar roupas lindas que não terão de ser incineradas por causa do cheiro depois.

Jeremy piscou, sem filhos, bonita, sem presentes chatos no natal. Talvez esta fosse A mulher.

-  Um laboratório, parece incrível! Mas por que incinerar as roupas? -  ele a acompanhou pelo corredor vendo-a ponderar entre um item e outro.

- Trabalhe com corpos e produtos químicos o dia inteiro e tente tirar o cheiro de morte das roupas depois,  aí você vai entender. Sério, precisamos de roupas impermeáveis.- a morena pegou um outro kit, desta vez de física, e colocou na cesta.

Jeremy aproveitou o momento para se esticar um pouco em direção a mulher.

- Eu sinto muito mas a senhorita não fede...

- Sara.

- Jeremy. – sorriu, contente consigo mesmo.- Você cheira extremamente bem,Sara.

Ela riu, agachando-se  fronte a uma estante de livros.

- Obrigada. No lab, chamamos isso tomate bon Voyage. Ficaria surpreso com os poderes de um banho de tomate. E depois, é claro, de um banho normal.

- Tomate? – Jeremy riu. – Quem te deu essa dica,a tal Cath?

Sara riu.

- Não, não. Grissom, ele costumava ser o supervisor do noturno, agora é representante  do laboratório em palestras e convenções e professor da universidade de Vegas. Faz um tempo ele fez todos tomarem banho de tomate, alegou que o limão não era mais o suficiente.

- Parece um cara engraçado.- Jeremy tentou.

Sara o encarou com as sobrancelhas erguidas. E em seguida riu.

- Deus, Jeremy, não. Grissom tem um humor in-tra-gá-vel. É aquele tipo de cara fechado e difícil de alcançar. Engraçado mesmo é o Greg.

- Greg... que?- Jeremy inquiriu.

- Trabalha no campo, tem um humor e tanto. Vê o kit de química, e o cd do Metallica? São para ele. É como um irmãozinho para mim, despistando o fato de que natal passado ele me deu um travesseiro de presente, disse que era para ajudar a perceber que seres humanos tem de dormir.- Sara franziu o cenho, divertida.

- Então você não dorme muito?

- Difícil fazer  isso, acordo fácil, Hank andando pela casa quando meu turno acaba também não é de muita ajuda.

Jeremy franziu o cenho, Hank ? Um namorado? Marido, talvez.

- Hank, seu namorado?

- Cruzes, não ofenda o pobre cachorro mencionando tamanho animal.

Jeremy riu.

- Então Hank cachorro, mas já houve um Hank namorado?

- Sim.

 - Se me permite a indiscrição, por que chamar o cachorro de Hank então?- talvez, Jeremy pensou, despistando o bom humor e a boa aparência, fosse meu psicótica.

- Ideia do Grissom. Faça alguma pergunta sobre o Hank.- Sara demandou, encarando Jeremy.

- Ahn...Como vai o Hank?

- O cachorro ou o animal?

- O cachorro e...entendi.

Sara sorriu e encarou o homem, devia ter sua idade.

- Então, Jeremy, eu acabei por aqui. Quer ajuda nas suas compras?

- Não obrigado, só vim pegar uma lembrança de última hora para um primo. Não sabia que ia passar o natal conosco.- se explicou, não que ela acreditasse.- Quer ajuda para levar até o carro.

- Adoraria.

Depois de pagos os presentes ele a seguiu, ambos com os braços lotados de compras até o estacionamento.

- E então Sara, foi bom te conhecer.

- O mesmo de minha parte, Jeremy.

Jeremy riu.

- Pode me chamar de Jey. Certeza de que ainda nos trombamos por aí.- e ambos pararam ao lado do carro preto.Por alguns minutos.- E então o que estamos esperando?

- Eu suponho que seja por mim.- Jeremy virou, apenas para dar de cara com um homem, cerca de vinte anos mais velho que ele, bonito, entretanto fora de forma.

- E você seria...?

E então Sara se moveu, notando o recém chegado.

- Griss, abre o porta malas por favor.

- Claro, honey.- ele assentiu passando os olhos pelas diversas sacolas entre Sara e Jeremy.- comprou tudo que precisava?

- Uhum.

- Foi rápido.- constatou.

- Gilbert Grissom, você está olhando para Sara Sidle e não Catherine Willows.

Jeremy suspirou, tirando o desconforto da presença do outro homem, ao menos não eram casados. Tinham sobrenomes diferentes. Devia ser apenas sua carona.

De toda forma era mais velho e nem de longe bonito o suficiente para alguém como Sara.

Ela não sairia com alguém assim.

- Grissom.- sorriu, tentando o máximo de sua simpatia.-  Sara falou de você, sou Jeremy, estava ajudando ela com as compras. Devem trabalhar com um pessoal interessante.

Grissom encarou o intruso e sorriu de canto.

- Com os melhores.- e tornou a desviar a atenção para os presentes, todos sendo devidamente enfileirados no porta-malas.- Esse aqui é pra Lindsay? Ela entrou para o curso de física, certo?

-  Certo. Esse é para experimentos avançados, se ela não gostar, pelo menos perturba a Cath  um pouco.- Sara sorriu.

- Ela vai adorar. Isso que vai perturbar a Cath. Se mostrar para o Greg então vai ser...

- O purgatório, com a filha e com o laboratório...

- Isso é vingança por aquelas aulas, não é?

- Isso é decididamente uma vingança por aquelas aulas de Lamaze.- Sara sorriu, um tanto diabólica.

Jeremy esticou o pescoço, interessado. Precisava saber o que interessava a mulher e o amigo se pretendia ter uma conversa como aquela algum dia. Apenas em uma posição mas privilegiada que o tal Grissom.

- Lamaze?- perguntou, encarando Sara.

- Ah, uns quatro anos atrás Cath fez Grissom e eu entrarmos para uma classe de Lamaze ao ar livre. Foi estranhamente...desconfortável.

- Esquisito, nojento, dramático, moralmente devastador, ridículo e, Cath ainda pegou as fitas da classe para revivermos o momentos com os amigos depois.- Grissom completou, uma dica de sorriso no rosto.

Jeremy o encarou.

- Ah, vocês dois fizeram o tal curso?- Jeremy inquiriu, se o homem se submetia a algo que soava tão...estranho, talvez ele tivesse concorrência. Concorrência que a conhecia a mais tempo.

Mas tratou de se tranqüilizar, Sara nunca sairia com um cara assim.

Sara riu.

- É preciso casais para tomar as classes. – Sara respondeu.

- Quer dizer pares?- Jeremy perguntou, encarando agora os dois, que fechavam o porta malas.

- Não, casais . Namorado e namorada, esposa e marido, namorada e namora, este tipo de coisa.- Grissom respondeu, se encostando no carro e encarando algum ponto entre os carros, que Sara também parecia ter notado.

- Quer dizer pessoas romanticamente envolvidas?- Jeremy encarou o homem. Ela estava MESMO saindo com ele?

- Na maior parte das vezes, sim. – Sara respondeu, desviando a atenção do estacionamento para Jeremy.

- Na maior parte das vezes?- Jeremy suspirou, então ela não estava saindo com ele?

- As vezes mulheres solteiras fazem também. Mas são poucas, a única graça de uma classe de Lamaze é ver a cara dos homens.

- Deve ser.- Jeremy concordou, sem saber direito.

- É, realmente hilário alguém te dizendo pra massagear direito, já que você é um inútil e a única coisa descente que pode fazer é ter vergonha na cara e massagear e acalmar a sua dama dignamente.- Grissom comentou, azedo.

-  Hilário mesmo é ter alguém te mandando relaxar e respirar, com direito a massagem nos ombros enquanto tudo que você quer é uma epidural.- Sara retrucou.

Jeremy  parou, aquilo estava ficando em algum lugar além do estranho.

- Foi o que a instrutora mandou fazer.- Grissom respondeu simplesmente.

- Pra que diabos você foi ligar para uma instrutora enquanto eu estava lá parindo, Grissom?- Sara franziu o cenho.

- Eu não sabia o que fazer.

- Pegar as chaves do carro e a bolsa do bebê, e em seguida dirigir para o hospital era um bom começo.

- Eu fiz isso.

- É, despistando o fato de eu não estar no carro quando você o fez. Foi tudo ótimo.

- Eu voltei pra te buscar assim que percebi.

- Vinte minutos depois.

- Achei que você estivesse quieta.

- Que maldita mulher passando uma melancia pelas narinas ficaria quieta?

- Boa comparação.

- Obrigada. Continuando...

- MMMMMMMMMMÃÃÃÃÃÃÃÃEEEEEEEEEEEEEEE!- Jeremy ficou quieto, vendo duas garotinhas idênticas, se agarrarem as pernas de Sara. Não deviam ter mais que três anos e, de um ponto engraçado de vista, pareciam miniaturas da Branca de neve.

- Lucy, Liv! Se divertiram no shopping? – Sara perguntou bem humorada enquanto levantava as garotas, uma em cada braço.

- Uhum.- Lucy acenou, balançando a cabeça

- Comemos cachorro-quente, biscoito e sorvetes!- Liv riu, mostrando para a mãe nos dedos.

Sara sorriu para as filhas e colocou-as em seus devidos acentos no carro, sussurrando um obrigada para Grissom. Em seguida bateu a porta e sentou no banco do carona.

- Obrigada Jeremy, nos vemos por aí, certo?- Sara perguntou, colocando o cinto.

- Ahn, claro. E feliz natal para você, Sara.

Jeremy viu o carro partir ainda em tempo de ouvir uma das garotinhas perguntando sobre a ceia na casa da tal Cath.

...

...

Ela estava MESMO saindo com aquele cara? Com aquele cara?

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Catherine se apoiou na estante da casa, puxando um DVD. Lindsay conversava qualquer coisa com os garotos e Sara se ocupara dos pratos, agora que Lucy e Liv haviam caído no sono.

Era adorara a idéia de passarem a noite de véspera de natal e o dia em si todos juntos. E faziam três anos que praticamente implorava para que fosse em sua casa. Apesar do trabalho.

Era a primeira vez que era atendida.

Era muita emoção.

- Gente.- Cath chamou a atenção.- É ótimo ter todos vocês aqui para o natal, vocês são minha família e sabem disso. O espírito do natal é compartilhar com a família, a biológica ou a adquirida na vida. E é neste espírito que eu digo que adoro tê-los na minha vida, para compartilhar tudo, mas especialmente, adoro que vocês estejam aqui esta noite para compartilhar ISSO.- Cath puxou o DVD.- As classes de Lamaze dos Grissom!

...

- CORRA PELA SUA VIDA WILLOWS!

--

- EU ADORO OS NATAIS DA CATH! SELO SANDERS DE APROVAÇÃO!

...

- Eu NUNCA vou ter filhos. Nunca.

- Mantenha isso em mente, filha. Mantenha isso em mente, Lind.

...

- CATHERINE!

- Ferrou, Cath, dá no pé!


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Notas finais do capítulo

O espírito natalino me pegou. Mas ele nunca causa os efeitos certos, não colocamos árvore aqui em casa e não estamos cantando cantigas de natal. Ainda assim estamos natalinos pra caramba, minha gata é uma bola de pelos carente, minha mãe resolveu compartilhar minha comida contra minha vontade e eu ando por aí com ideias estranhas. Enfim, puro natal por aqui.
Riam da vida e tenham um bom natal e ano novo! =D