Everlasting escrita por Fernanda Redfield


Capítulo 6
Capítulo 5: Significados


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde gente!
De novo, sei que estou sendo repetitiva... Mas agradeço demais os comentários e as recomendações.
Bem... Quanto a esse capítulo, acho que vocês deveriam escutar All or Nothing (Theory of a Deadman) e Savin' Me (Nickelback). Mas eu acho que continuar com Without You (Glee Cast) é uma boa também KKKK
Bem, boa leitura!



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21 de novembro de 2012. Lima, Ohio.

“Send some flowers to your work an home so that I will have you in my arms again...”

(All or Nothing – Theory of a Deadman)

            Ter Rachel em meus braços foi como voltar a acreditar na eternidade. O cheiro doce dela parecia ser o único ar puro que eu respirara desde que tinha acordado novamente... E dentro do meu peito, meu coração batia em meio a dor. Doía ver como aquele pequeno corpo se encaixava de forma perfeita ao meu, doía sentir as lágrimas dela em minhas bochechas e doía ver como ela se agarrava a mim. Eu não sabia o que o futuro me esperava depois de toda essa confusão, eu não sabia o que eu tinha para dar em troca. Eu não sabia se podia dar algo em troca.

            Mas eu sabia que Rachel era a minha razão. Não só de ter voltado, mas a razão pela qual eu estava ali... Arriscando tudo para fazê-la feliz, dando tudo por um beijo. Em algum momento, nosso beijo se tornou voraz e ela me arranhava ao me puxar pela nuca. Eu tentava desacelerar as coisas porque aquele não era o primeiro beijo que eu tinha planejado. Mas Rachel parecia querer me devorar. Eu me separei ofegante dela e dei um sorriso enquanto contemplava seu rosto.

            Rachel nunca me pareceu mais linda. Os raios fracos do sol nascente estavam batendo no rosto dela e a pele morena estava com um aspecto dourado. Os olhos estavam arregalados e brilhavam de uma forma que eu nunca tinha visto, os lábios estavam inchados e entreabertos. Ela franziu o cenho e se manteve calada, eu ergui a mão e toquei a sua face, sentindo a mesma energia quente me preencher.

            Rachel era a minha vida, não tinha outra explicação. O buraco diminuía perto dela, o frio parecia inexistente diante do calor escaldante da pele dela e o brilho que ela emanava me cegava. Eu só conseguia vê-la, parecia que a sensação temporal e o tique-taque que vivia em minha cabeça parecia não ser tão desesperador. Era só ela.

            - Quinn, eu... – Rachel tentou falar alguma coisa, mas eu não deixei. Me aproximei lentamente e cobri seus lábios com os meus, depois, permaneci próxima com sua testa colada a minha e segurando seu rosto com as duas mãos. Rachel cobriu meus pulsos com as suas mãos e fechou os olhos, ela respirou fundo antes de suspirar e eu percebi ali que as coisas não estavam nos eixos ainda. Ela me abriu aqueles olhos castanhos e eu vi um sentimento diferente dentro deles, uma coisa que era real. – Eu não posso fazer isso, ainda namoro o Finn.

            - Shii... Não vamos falar dele, por favor. – Eu tentei soar gentilmente, mas percebo quando a minha voz sai do controle e foi aquilo que aconteceu. Rachel se separou de mim, assustada e limpou as lágrimas com um pouco de raiva. Eu bufei, impaciente com a postura defensiva dela. Rachel me olhou irritada e disse fria:

            - Eu não sou como você, Fabray. Eu não vou trair!

            - Péssimo argumento, Berry. Você já o traiu, comigo! – Respondi sarcástica e um pouco fora de mim enquanto cruzava os braços e trocava o peso do meu corpo para a perna direita. Rachel fechou os punhos e veio para cima de mim, me esmurrando. Eu segurei os pulsos dela e nós duas nos olhamos, o mesmo olhar intenso que tantas vezes ditou as nossas brigas e discussões.

            Eu quase conseguia ver as faíscas saindo dos olhos dela, eu conseguia ver os sentimentos dela travando uma guerra feroz com a racionalidade dela. Pela primeira vez, eu vi Rachel Berry insegura e confusa. Ela ainda tentava me esmurrar, até que desistiu e soltou-se bruscamente dos meus braços antes de dar as costas. Eu suspirei e senti as lágrimas chegarem aos meus olhos.

            Ver Rachel me deixando daquela forma não parecia certo, não parecia real... Mas, ao mesmo tempo, algo gritava dentro de mim que podia ser melhor daquela forma, que ela sofreria menos... Mas porra, Finn não a merecia, eu mais do que ninguém sabia disso. Abri os olhos e Rachel já não estava mais a minha frente, eu respirei fundo e a chamei, ela não se virou e continuou o caminho até a porta. Eu marchei até ela e a puxei pelo braço.

            Nossos corpos tornaram a se chocar e, para a minha surpresa, Rachel se escondeu em meu peito e abraçou a minha cintura. Eu ouvi os suspiros pesados dela e a única coisa que eu pude fazer, foi afagar seus cabelos. Ela tornou a se afastar de mim, parecendo cair na real e se virou para a porta, eu segurei a mão dela enquanto ela tentava se desvencilhar inutilmente. Beijei-lhe a palma da mão e decidida, disse:

            - Eu não vou desistir de você, eu não vou te perder quando eu nem sei o que pode acontecer amanhã.

            - Quinn... – Eu não esperei para ouvir as justificativas dela de novo. Elas me machucavam, porque eu estava sendo egoísta em querê-la, ainda mais numa situação como aquela. Mas eu só queria Rachel feliz e eu podia fazer aquilo, mesmo que estivéssemos ameaçadas pelo destino e pelo que me aguardava.

            Eu não podia suportar a ideia de voltar a desaparecer sem sequer ter tentado. Eu não podia desistir de Rachel quando a vira dizer que me amava, mesmo diante do meu caixão. Rachel não desistiria de mim jamais, eu sabia disso. O maior erro dela tinha sido a covardia e eu não estava disposta a ser covarde de novo. Eu ia ser corajosa, por nós duas.

###

            Eu quase escorregava enquanto caminhava, chovera na noite anterior e eu podia ver, pelo céu, que logo nevaria. Minhas mãos brincavam dentro do bolso da minha jaqueta e eu podia sentir o vibrar do meu celular dentro da mochila. Em outras épocas, eu pararia e atenderia, mas agora, diante de toda a confusão que se passava dentro da minha mente... Tudo parecia sem importância.

            As palavras de Rachel e, principalmente, a negação dela me machucaram... Eu sabia o quanto ela gostava de mim, eu ouvi aquele “eu te amo” e me apegava a ele, aquelas palavras resumiam e definiam o que eu era e porque eu voltara. Mas será que eu não estava passando do limite? Será que Rachel ainda não percebera o que estava sentindo? Essas dúvidas estavam em minha mente e faziam meu coração suplicar por um pouco de folga daquela dor incômoda e chata.

            Mas os olhos castanhos de Rachel nunca foram bons em permanecer frios. Mesmo quando nós brigávamos, eu conseguia ver que ela nunca me odiara e aquele era o combustível para eu continuar a chamar a sua atenção, mesmo que fosse da pior e mais infantil forma. E agora, eu não enxergava o meu reflexo nos olhos de Rachel, eu enxergava muito mais. Eu enxergava o que eu enxergava quando me olhava nos vidros e espelhos pelo caminho.

            Eu enxergava o amor.

            Eu sabia que ela me amava da mesma forma que ela sabia que era recíproco. Eu não tinha tempo a perder... Melhor, eu não tinha NADA a perder. Meu foco era nela, a minha vida era dela e eu não estava disposta a perder aquilo que me mantinha viva. Rachel tinha que ser minha, mesmo naquele curto período de tempo. Todas as minhas dúvidas pareciam sanadas quando eu me lembrava dos olhos dela.

            Eu chutei algumas pedrinhas pelo caminho e sorri diante da expressão confusa dela ao nos separarmos. Rachel não sabia quão linda ficava daquela forma, aliás, ela não sabia de nada disso. Eu queria e precisava falar, Rachel precisava ouvir. Ela era perfeita, tinha muitos defeitos, mas eram aqueles defeitos que me faziam amá-la ainda mais. Eu não estava cega, eu estava enxergando plenamente. E a única coisa que eu estava disposta a enxergar naquele mundo cruel, era ela.

            Que se danem o efêmero, o destino e a brevidade da vida!

            Eu tinha aquele tempo e não poderia desperdiçá-lo. A ideia de passar por tudo de novo sem Rachel era inconcebível. Talvez eu esteja perdendo o juízo... Mas só ela podia me fazer voltar ao normal. Rachel era minha segurança quando tudo parecia passageiro e ameaçado. Eu não desistiria tão fácil, eu não voltei para perder tudo de novo. Eu não voltei para falhar.

            Olhei sobre os ombros e as pequenas lojas do centro de Lima estavam abrindo. Meus olhos encontraram uma pequena floricultura do outro lado da sua, meus olhos semicerraram-se e eu tive certeza que parecia uma maluca naquele momento. Abri um sorriso e atravessei a rua correndo, levando alguns xingamentos e buzinadas pela pequena loucura. Assim que parei em frente à floricultura, uma senhora já bem idosa me olhou assustada e perguntou preocupada:

            - Algum problema, querida?

            - Na verdade, sim. Mas a senhora pode me ajudar, não pode? – Perguntei um pouco desesperada, entrando na floricultura ao mesmo tempo em que tirava a carteira de dentro da mochila e procurava algo especial entre as flores. Podia escutar os passos da senhora atrás de mim, ela pigarreou e respondeu curiosa:

            - Se a solução envolver algumas flores, eu posso te ajudar. Mas me desculpe, você não parece o tipo que manda flores e sim, o que recebe.

            Eu parei e me voltei para a senhora com uma pequena gargalhada, a senhora ajeitou os óculos e me acompanhou na deixa. Eu continuei a procurar algo que eu realmente não sabia o que era. Eu queria algo que afirmasse tudo que eu sentia por ela e que não fosse clichê a ponto de ser brega. Eu queria que tivessem inveja da Rachel, eu queria que ela tivesse um amor verdadeiro e inesquecível. Meus olhos percorreram toda a extensão da pequena floricultura até que fiquei paralisada ao notar as gardênias posicionadas ao lado das rosas vermelhas.

            - Eu costumava ser o tipo que recebia flores, mas as coisas mudaram e eu preciso conquistar uma pessoa. – Disse rapidamente enquanto me aproximava das flores e as tocava levemente com as pontas dos dedos. Minha mente trabalhava a mil e eu mesma estava impressionada com o que acabara de planejar. Eu me virei para a senhora que me observava confusa. – A senhora possui quantos ramalhetes de gardênia no depósito?

            - Alguns, na verdade, muitos. É uma flor que não costuma ser vendida com facilidade. – A senhora me respondeu com um sorriso bondoso antes de pegar as flores que estavam em um vaso e separá-las sobre o balcão. Ela me ergueu os olhos azuis gentis e riu da minha hesitação, eu estava mordendo o lábio de tão nervosa. – As pessoas sempre se prendem aos clichês como rosas e lírios.

            - Acho que eu vou querer todos os ramalhetes de gardênia que a senhora tem e também, vou querer um punhado de rosas. – Respondi apressada e contando o dinheiro que eu tinha na carteira. A senhora arregalou os olhos e sumiu para dentro do depósito, voltando com uma expressão assustada. Ela tossiu e perguntou:

            - Vai pedir alguém em casamento, minha filha?

            - Na verdade, eu vou oferecer a eternidade para uma pessoa. – Respondi com um sorriso de lado e a senhora pareceu entender a intensidade de meus pensamentos, porque passou a trabalhar em silêncio e rápido. Eu fiquei observando a imensa quantidade de gardênias colocada a minha frente e o buquê com quinze rosas ao lado, não tinha a mínima ideia de como levar aquilo até o McKinley. Mas eu precisava e assim o fiz. Precisei de duas viagens entre a escola (que ficava próxima) e a floricultura, mas consegui fazer tudo que precisava. Finalizei tudo com um pequeno e sincero cartão:

“Gardênias falam por aqueles que amam em silêncio enquanto as rosas só reforçam a ideia de que um amor não é para ser vivido sozinho. Eu te amo e vou precisar de muito mais do que um NÃO para desistir de você.”

###

            A hora que restava até o começo das aulas foi sufocante e entediante, eu fiquei sentada nas escadarias da frente do McKinley com um olhar perdido. As pessoas foram chegando e o estacionamento foi enchendo. Faltando cerca de meia hora para o sino principal, a caminhonete de Finn entrou no estacionamento.

            Meus olhos foram direcionados automaticamente para o banco de carona que estava ocupado por Rachel. Eu arqueei a minha sobrancelha e fiquei em pé, sentindo meu sangue ferver e o coração acelerar descompassado. Rachel saiu do carro depois de lutar contra aquela maldita porta enferrujada que Finn não fazia questão de abrir, saiu caminhando sozinha enquanto o idiota do Finn cumprimentava alguns jogadores de futebol.

            Eu balancei a cabeça, como um cara podia ser tão burro a ponto de não perceber a mulher que tinha ao seu lado?

            Rachel entrou na escola e eu observei tudo, antes de correr para a porta do ginásio e percorrer os corredores até chegar ao armário dela. Fiquei observando tudo escondida entre um corredor e outro. Rachel aproximou-se calmamente, esbarrando em alguns trogloditas que ficavam no caminho dela de propósito.

            Rachel recebeu alguns apelidos das cheerios que passavam, mas manteve o queixo erguido e a expressão firme enquanto caminhava. Eu a admirei ainda mais por isso, a coragem dela sempre me surpreendia. Ela sempre me enfrentava, era a única que tinha a audácia de fazer isso nos meus tempos áureos de cheerio. E fora ela que dera o primeiro passo no nosso “quase” beijo.

            Rachel era corajosa e surpreendentemente forte. Ela não se deixava abalar. Ela era como uma super heroína para mim, alguém que eu podia admirar sem medo de me decepcionar. Alguém que eu podia amar sem medo, porque a sortuda naquela história toda era eu por, finalmente, ter encontrado o meu caminho depois de todos os erros que cometi. Rachel podia ser meu acerto e, principalmente, Rachel seria a minha única.

            Eu prendi a respiração quando a ponta dos dedos dela passaram pelos números do cadeado. Ela pareceu errar a combinação na primeira vez e eu sorri diante do biquinho irritado que ela fez, provavelmente estava nervosa e eu me orgulhava um pouquinho por ser o motivo daquilo tudo. Mas ela ficava linda quando perdia o controle. Fechei a expressão diante da minha admiração apaixonada e esperei pacientemente. Rachel ajeitou os livros nos braços e puxou a porta do armário.

            Parece que tudo aconteceu em câmera lenta a partir daí.

            Pude ver a expressão de Rachel sair da irritação para a surpresa quando as gardênias caíam e se espalhavam, tomando quase todo o espaço no armário e nos pés dela. Mas me surpreendi, quando ela percebeu quais flores eram e um sorriso abriu em seus lábios. Um sorriso que não era o habitual.  Um sorriso que iluminou todas as pessoas que se aglomeravam em volta dela, impressionadas. Um sorriso que eu nunca tinha visto em seus lábios.

            Rachel sabia que tinha sido eu. Eu me aproximei um pouco mais, ansiosa demais para observar tudo ao longe. Rachel começou a tirar as flores de seu armário enquanto ria e chorava disfarçadamente ao mesmo tempo. Eu estava me contendo, escondendo-me atrás de um jogador de futebol enquanto sentia meu coração ignorar meus pedidos de calma e racionalidade, martelando contra as minhas costelas.

            Eu mesma sorri e contive as lágrimas que estavam querendo cair. Eu não precisava de mais nada e senti que poderia ser feliz só de me lembrar do sorriso dela naquele momento e por ter a certeza de que meu sentimento era recíproco.

            - Quem diria, Rachel Berry recebendo flores! – Santana murmurou maldosa enquanto abria caminho entre os estudantes e parava para observar a cena. Eu me aproximei um pouco e vi Rachel segurando a única rosa vermelha naquela imensidão branca que a rodeava. O bilhete estava pregado ao caule e Rachel parecia hipnotizada demais para dar ouvido às palavras de Santana.

            Ela destacou o bilhete e o abriu lentamente. Os olhos dela foram rápidos, mal tinham tocado o papel e ela já os ergueu, focalizando-os em mim imediatamente, como se um ímã tivesse puxado seus olhos contra os meus. Eu voltei a respirar com uma tossida enquanto ela me olhava com aqueles olhos castanhos sendo mais sinceros do que todas as palavras amargas que ela proferira mais cedo.

            Ela me amava e não adiantava negar, aliás, ela não parecia querer negar.

            Estava prestes a me aproximar e tirá-la dali, quando um corpo enorme tomou o meu campo de visão e interrompeu nossos olhares. Finn Hudson chegara e parecia furioso. Ele parou no centro da cena e eu me afastei, voltando-me para o corredor e caminhando rapidamente. Meu coração voltara a bater desenfreado e dessa vez, ele parecia agonizar diante do golpe de realidade que recebera.

            Ela me amava, mas ainda era de Finn. Eu tinha pouco tempo e ela ainda era dele.

            Fui invadida por uma sensação estranha que se dividia entre a força de continuar a lutar e o medo de se decepcionar. O pior em amar era que não dependia unicamente do que eu sentia e sim, do que ela sentia. Por isso, a possibilidade de ficar distante se tornou pouco diante do que eu poderia oferecer a ela. Rachel precisava ser minha e eu descobri ali, naquele corredor vazio e escutando a voz enfurecida de Finn a gritar com ela que... Ficar sem Rachel era pior do que morrer.

            Mesmo debilitada, eu continuei com meu plano. Rachel foi chamada a coordenação duas vezes naquele dia, uma vez por causa do armário e outra, por causa do buquê de rosas que se materializou em sua sala de Literatura após o almoço. Tentei fugir de todos do Glee naquele dia, mas acabei esbarrando em alguns que insistiam em falar sobre Rachel e as flores. Respirei fundo, a dor de cabeça estava voltando, assim como a dor em meus braços, mais uma vez o tique-taque gritava em meus ouvidos, deixando claro, quão pouco tempo eu tinha.

            Minha cabeça doía e meu corpo, ainda fragilizado, pedia por descanso. Eu desejava um colo de mãe agora e quando me lembrei de Judy, meu coração apertou e eu fechei os olhos, sufocando as lágrimas e os pensamentos obscuros. Caminhava pelo corredor a passos pesados, afastando pensamentos e desejos e com olhares atentos para qualquer morena pequena que pudesse se materializar na minha frente.

            Eu abri o meu armário bruscamente para guardar meus livros de Biologia Vegetal e estava quase amassando uma pequena flor branca. Recuei o braço rapidamente e olhei por cima dos ombros, não havia ninguém ao redor. Apanhei a flor e me aproximei ainda mais de meu armário para que ninguém visse o que eu acabara de receber. Sorri e brinquei com o pequeno lírio em minhas mãos. Um pequeno bilhete caiu e eu guardei o lírio dentro de meu livro enquanto abria o bilhete.

            Eu reconheceria a letra de Rachel em qualquer lugar.

“Venha descobrir o significado dessa. Estarei te esperando no auditório, amanhã, depois das aulas.”

            A partir daquele instante, os lírios tinham se tornado o meu tipo preferido de flor.

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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Eu acho que esse capítulo deixou vocês ansiosos e ao mesmo tempo, meio melancólicos.
A ideia das flores foi totalmente aleatória e espero que tenham gostado.
Continuem a ler e comentem e recomendem!
Beijos e até a próxima.
(: