POV Percy

Acordei de manhã sentindo um corpo quente em cima do meu e meus braços envoltos na cintura de alguém. Abri os olhos e olhei quem era. Era Annabeth, então me lembrei da noite anterior. Tirei-a de cima de mim e sentei. “Como eu fui fazer isso?” bufei.

— Percy? – ouvi Annabeth chamar e se sentar. – Está tudo bem?

— Não, não está. – falei irritado com ela. – Você fez um joguinho comigo e fez sexo comigo! Como eu sou idiota! – levantei-me e coloquei minha cueca e minha bermuda.

— Eu não fiz joguinho nenhum Percy! – ela se levantou também.

— Não imagina, só me fez sentir mal por sua causa com aquela historinha típica: “você passa mais tempo com seus amigos do que comigo.”, “Fico sozinha toda noite quando você sai pra festas com seus amigos!”! – falei irritado. – Argh! Você é repugnante!

Seus olhos lacrimejaram, ela respirou fundo, limpou as lágrimas e começou a falar alguma coisa pra si mesma que eu não consegui ouvir. Meu celular tocou e eu atendi, dando graças aos deuses por isso.

— Percy! E aí mano, sou eu, Nico.

— Oi Nico. Que foi?

— Queria saber se você topa sair com a gente agora.

— Mas é claro. Já to aí! A gente se fala!

— A gente se fala.

Desliguei e olhei para Annabeth, ela havia colocado sua roupa e sentado na cama.

— Vou sair. Nem ouse me esperar.

— Percy, você vai mesmo me tratar depois de ontem?

— Vou, aquilo foi um erro, nem devia ter acontecido. – falei, vesti minha camisa e sai.

POV Annabeth

Depois que Percy saiu fui tomar um banho. Olhei para minhas coisas e vi minha mala encima do guarda-roupa. Peguei e a abri em cima da cama.

— Eu vou embora daqui e nunca mais voltarei.

Arrumei todas as minhas roupas, e objetos pessoais dentro da mala [n/a: é aquelas malas grandonas de viagem sabe...]. Peguei todas as minhas fotos que eu estava sozinha e guardei dentro de uma mala pequena, junto com: perfumes, escova de dente e pasta, escova de cabelo, lixa de unha e maquiagem.

Peguei o telefone e disquei o número de um amigo meu.

— Oi? Will? É você? Sou eu a Annabeth.

— Sim, sou eu Annabeth. O que houve?

— Lembra-se de quando você falou que quando eu cansasse do que Percy fazia comigo você tinha um apartamento vazio para mim?

— Sim, claro. Então você cansou dele. Finalmente.

— Will...

— Está bem, não é hora pra isso. Eu vou te buscar aí na sua casa e te levo até lá.

— Obrigada Will.

— Não há de quê. Até daqui há pouco.

— Até daqui há pouco.

Desliguei o telefone, comi alguma coisa, escovei os dentes, peguei minhas malas e desci para o Térreo do prédio. Minutos depois Will apareceu, pegou minhas malas colocou no porta malas e nós fomos até o apartamento.

O apartamento era muito bem decorado, lindo. A cozinha, os quartos, os banheiros e a sala eram o conjunto perfeito. Sofá da sala era de couro branco, tinha uma televisão LCD na parede, um rack de madeira muito bem cuidado, tinha vista para a cidade, o tapete era grande e fofo, as poltronas também eram de couro branco. Na cozinha, um fogão 6 bocas, duas pias, mesa grande no meio com 8 cadeira (3 do lado esquerdo e direito e 1 em cada ponta), uma geladeira grande e espaçosa. O maior quarto tinha um grande e confortável cama de casal, dois criados mudos de madeira marrons postos nos lados direito e esquerdo com luminárias dos anos 70 nelas, um guarda roupas grande e espaçoso, tinha um espelho pregado na parede.

O banheiro tinha uma banheira do quarto, duas pias coladas, o box era grande também, o vaso sanitário ficava a esquerda do box. O quarto pequeno tinha um cama de solteiro, uma mesa de escritório com buraco para computador, bem simples o quarto. O banheiro “social” só tinha um vaso sanitário do lado do box, a pia do lado do vaso. A cozinha, os quartos e o banheiro social estavam em um corredor ao lado da sala.

— Obrigada Will. Sem você eu não sei onde estaria agora.

— Não há de quê. Sou seu amigo e sempre estarei ao lado. – ele me abraçou. – Tenho que ir.

— Tchau, a gente se fala depois.

— Tchau. – dei-lhe um beijo na bochecha e ele foi embora.

Peguei minha mala e comecei a arrumar minhas roupas no guarda-roupa. Esse era o novo ciclo da minha vida, só que eu não sabia o que estava por vir de verdade.

POV Percy

Cheguei ao apartamento e percebi que não tinha ninguém. Não dei muita importância, pois tinha achado que Annabeth tinha saído com suas amigas, mas logo descobri que estava errado logo quando abri o guarda-roupa e não encontrei nenhuma de suas roupas, olhei as malas, a mala de Annabeth não estava lá.

No banheiro, seu perfume, sua escova e pasta de dente e escova de cabelo não estavam lá. Logo percebi que a mesma tinha ido embora. Procurei por um bilhete e encontrei um, porque é como dizem “quem procura, acha”.

“Percy, cansei de você dizendo que não sou importante na sua vida, de ver você chegando tarde com marcas de batom de outras mulheres e arranhões, cansei de nós brigando. Cansei de você. O que você fez hoje foi a gota d’água. Estou indo embora, e como eu sei que você não vai me procurar não vou colocar “Não me procure”, e caso for me procurar, não vai adiantar, eu não quero mais tê-lo em minha vida. Espero que seja feliz e curta suas festas. Assinado: Annabeth Chase”. Olhei atônito para a carta em minhas mãos.

— É, agora eu não tenho ninguém para me incomodar mais. – falei sorrindo satisfeito.

Larguei a carta na cama e fui tomar banho. Agora eu não tinha com quem me preocupar.