Eu tinha cento e dez porcento de que aquilo era um sonho – só não sabia se era de creme ou chocolate.

Acho que eu estava atrasada, pois fiquei correndo como uma retardada no meio daquele povo pobre que estava comemorando algo - eu devia estar na parada gay -. Tentei correr mais rápido, mas como eu tenho asma, resolvi ir de taxi. Eu sei que é mais emocionate ir correndo, mas quando eu encontrar o Edwin não quero ficar fedendo a CC! De repente aquele povo feio sumiu, e eu apereci em um campo florido e ensolarado - nossa, que sonho mais gay!

Eu estava olhando minha vó Creuza. Ela parecia uma uva passa. Bom, eu sabia que estava sonhando - pois minha avó tinha morrido de diverticulite, e antes mesmo de tratar a furunculose -. E além disso, se fosse um pesadelo ela estaria pelada.

– Betty?- ouvi uma voz que não era da minha avó. mas eu sabia quem era: Edwin!

De repente ele apareceu inesperadamente - nossa, que cara mais intromentido! Quem convidou ele?- Quando a luz do sol refletiu em sua pele fiquei apavorada.

– Edwin! - gritei tão alto que quase rasguei minha goela - Você vai cegar a minha avó - espera, ela já tinha catarata!

Depois que Edwin se aproximou de mim, percebi que todos os gestos que eu fazia, minha avó imitava - até mesmo quando eu cocei minha virilia ela fez o mesmo! -. De repente percebi que aquela mulher que parecia minha vó Creuza, era eu se Edwin não me transformasse em vampira. Meu Deus! Eu iria ficar com a bunda enrrugada?!

– Feliz aniversário - Edwin disse, enquanto me dava um creme anti-idade "Renew" de presente...