Sunlight escrita por alinekano


Capítulo 7
Blue Lagoon - COMPLETO


Notas iniciais do capítulo


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N/A:

Pessoal, peço mil desculpas pela demora. Estou precisando lutar contra o tempo para fazer até mesmo coisas essencias do meu dia-a-dia, então não está sobrando nada para escrever. Mas agora, estou conseguindo conciliar meus es tudo, trampo etc. ;D

Vou só dar alguns avisos:

1. Muuuito obrigada por todos os comentários e elogios... São eles que me motivam a continuar escrevendo. Agradeço à TODOS os meus leitores e às pessoas que me ajudam tanto profissionalmente como moralmente em minha história.

2. O final da história ficou totalmente enigmático, EU SEI, mas vocês com certeza entenderão no próximo capítulo. É a partir do próximo que começa o 'algo mais' da história, então fiquem atentos. Especulem... eu adoro ver vocês tentando adivinhar..., ninguém até agora acertou mas com certeza uma hora vai surgir um chute certeiro ;D

3. Gostaria de deixar aberto uma sessão de dúvidas, para quem não está entendendo alguma parte da história e tem uma pergunta a fazer... Dou duas opções:

a) Ou você me adiciona no msn: alinekano@hotmail.com e eu ficarei feliz de conversar com você... (Mil desculpas se não responder rapidamente, eu só uso durante o horário do trabalho e as vezes estou meio ocupada)

b) Ou você me adiciona no orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?uid=8841334960342857201

(Ou pode fazer os dois ;D... por mim tanto faz) =D

Só não adianta me perguntar o que eu estou planejando que essa eu não vou responder ;D ** haha, fiquem curiosos!

Lembrando a todos que o capítulo abaixo está completo.. ou seja, TODAS AS TRÊS PARTES COMPILADAS.



Dito isso, vamos ao que interessa.



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Por: Aline Mayumi

Capítulo seis: Blue Lagoon  

 

Chad. Esse foi o primeiro nome que escutei ao me aproximar da mansão enorme no fim da rua. Uma garota sentada no banco de madeira na varanda o chamou com uma voz melosa e as bochechas rubras. Eu conseguia escutar muitos outros sons na casa, mas aquela voz eu já havia ouvido antes, era de uma das garotas que havíamos encontrado na biblioteca na semana anterior. Aquela não era propriamente uma casa, estava mais para um salão destinado para festas e afins e, naquela noite ela estava decorada com apetrechos para algo descontraído.

“Respire, amor” Edward lembrou em meu ouvido. Aquilo não me acalmaria, mas pelo menos me daria um ar mais normal. Eu não estava tensa, apenas ansiosa para o que quer que estivesse me esperando. Entramos pela porta e nos movemos rapidamente para o salão espaçoso onde todas as pessoas estavam, havia muitos pufs espalhados nos cantos e alguns sofás ao redor, mas a grande maioria se concentrava na pista de dança.

Eu rapidamente reconheci no meio das pessoas a garota loira que havia nos convidado. Naomi estava linda e dançava sensualmente, achei que seria melhor começar a por os conselhos em prática.

“Hey, tudo bem?” Eu a alcancei timidamente. Ela parou de dançar e me encarou confusa por um momento, bastou um rápido olhar para Edward, que estava muito atrás de mim, para que ela voltasse a me encarar.

“Oh sim. Bella, não é? Vejo que você mudou de idéia...”.

“Sim, gostaria de me desculpar pela forma que agi naquele dia. Eu não estava em um dos meus melhores”. Eu realmente estava arrependida, nada daquilo fora premeditado então eu não podia culpá-la inteiramente.

“Ah! Nós nunca estamos, certo? Bom, espero que você se divirta, é pra isso que estamos aqui”. Ela voltou a dançar. Suas amigas que até aquele momento estavam observando nossa conversa, agora perguntaram por baixo do fôlego quem era eu e o que eu queria. A música trocou naquele instante junto com as luzes que de coloridas passaram a piscar rapidamente, dando uma sensação de lentidão em todos.

“Ela acreditou nas suas desculpas, acho ótimo que você tenha se lembrado... Não que você tenha feito algo errado, mas é bem melhor vê-la como amiga do que como rival das garotas”. Edward riu ao meu lado. A música nos convidava para dançar, mas eu nunca havia realmente aprendido como. Quando humana, eu fugia insistentemente de qualquer coisa que implicasse em movimentos ao redor de pessoas, sempre fui um desastre em qualquer atividade e era um perigo para todos, inclusive a mim mesma. Mas agora, como uma vampira considerada graciosa, aquela era uma boa hora pra aprender alguns passos.

Olhei para os lados reparando na forma como todos dançavam, os movimentos eram sempre iguais, bem largados como se deixassem o corpo seguir as batidas do som, mas os estilos eram diferentes. Alguns mais rápidos e outros mais devagar, mas sempre seguindo o ritmo. Tentei imitá-los, mas de um jeito menos chamativo. Edward seguia meus movimentos com uma destreza impressionante, eu podia até mesmo confundi-lo com algum dançarino amador ou alguma coisa assim.

“Quando você aprendeu a dançar?” Perguntei curiosa. Meu corpo já estava se acostumando com os movimentos e eu estava dançando mais a vontade.

“Há muitos anos atrás. O jeito que se dança hoje é bem parecido com o de antigamente”.

Nós poderíamos continuar dançando daquela forma durante dias sem nos cansar, mas achamos que seria melhor dar uma pausa, pois apesar da luz escassa, estávamos começando a ser notados.

“Vou até a mesa de bebidas buscar algo para segurarmos”. Edward tocou meu ombro e virou-se para a extensa mesa no fundo do salão.

Meio segundo depois ele estava de volta com dois copos contendo uma bebida azul que brilhava levemente.

“Cheira forte”. Reparei torcendo o nariz. O cheiro de álcool e mirtilo que exalava do copo penetrava violentamente nas minhas narinas causando uma sensação de formigamento.

“Só para nós”. Ele brincou. “Você mal conseguia sentir o cheiro quando humana lembra-se?”

Nós andamos até a parte de fora do salão, ali as pessoas conversavam e confraternizavam em pequenos grupos.

“Eu nunca tinha bebido antes”. Admiti. Não sabia se ele achava isso uma coisa boa ou ruim, então procurei dizer numa confissão. “Como é a sensação? Eu já vi em vários filmes e não parece tão bom estar bêbado”.

Edward não riu da minha inocência nem por um instante, mas não estava sério também. “A sensação humana ou vampira?”

Pensei por um instante, de que adiantaria saber a humana se eu não poderia experimentá-la? “A vampira”.

“Bom...” Ele começou procurando por lembranças na memória. “Ela é diferente em cada um. Alice diz que suas visões ficam mais coloridas e serelepes. Eu não sinto diferença alguma, a não ser que algumas vezes as vozes que ouço parecem mais altas, agora Emmett pode jurar que quando bebe fica mais forte, mas tudo o que ele consegue é ficar mais ignorante”.

Nós dois soltamos uma risada juntos, não era difícil imaginar a cena de Emmett orgulhoso pelas vitórias consecutivas de quedas de braço e lutas. Edward me deixara curiosa, analisei lentamente o copo em minhas mãos e inspirei por cima dele tentando sentir algo mais fora o odor de álcool e cerejas azuis.

“Você devia ir conversar com as garotas logo ali”. Ele apontou disfarçadamente para um grupo a nossa frente. “Enquanto eu vou por aqueles lados”.

“Certo.” Virei e andei procurando parecer casual.

“... finalmente começando a entender as palavras do escritor. Ele procura incentivar a imaginação apenas com o uso de verbos. Uma leitura interessante se querem saber”. Uma garota terminava de dizer. Ela sorriu embaraçada quando me viu a sua frente. “Oh... olá, você é... nova por aqui?”

“Sim, meu nome é Bella Swan”. Todas as garotas agora me encaravam. Elas começaram uma a uma a se apresentar, havia umas sete delas e eu fui fazendo uma recordação fotográfica mental do rosto de cada uma.

“Que curso você entrou?” Uma delas perguntou. Chamava-se Lisa, e era uma garota baixinha com sardas no nariz e nas bochechas.

“Estou em Literatura Comparativa, entrei agora, nesse semestre”. Minha voz estava mais melódica do que eu havia previsto. Tentei limpar a garganta para deixá-la mais natural.

“Você conseguiu ler toda a lista antiga? Ela era enorme...” Uma de suas sobrancelhas se arquearam especulativamente.

“Sim, foi bem difícil, mas consegui.” Menti. E então todas elas começaram a falar sobre os seus próprios cursos de Medicina, Administração, Engenharia, falando sobre os benefícios de cada um. Eu mais ouvia do que falava e, aos poucos suas vozes começaram a ser abafadas pelo meu desinteresse. Localizei Edward com minha visão periférica a tempo de notar sua expressão levemente consternada, ele perguntava incrédulo algo para um dos garotos ao seu lado. Desliguei a parte da minha cabeça que se mantinha focada na conversa das garotas e usei-a para escutar o que eles lá longe diziam.

“Eu não tenho certeza... acho que li em algum lugar.” O garoto respondia.

Michael. Esse foi o nome que um dos garotos usou para se dirigir a ele, uma pergunta casual sobre suas férias de verão. Edward olhou por um segundo para mim e sorriu escondido por baixo do fôlego. Michael pareceu ter percebido e também se virou para me encarar, desviei o olhar me fazendo de desentendida de sua conversa. Voltei para as garotas à minha frente, mas a encenação não durou muito, logo estreitei meus ouvidos para eles novamente, que ainda conversavam sobre suas vidas fora da faculdade. Analisei criticamente cada um, nenhum parecia se exceder como Edward fazia quando falava, todos opinavam um pouco e contavam algo. Apenas um se mantinha calado na maior parte do tempo, falando apenas quando necessário, dando respostas cultas e racionais.  Ele era observador assim como eu e mostrava-se reservado, mas mantinha sua presença marcante e todos ficavam quietos quando ele tinha algo a dizer, ele era considerado popular, não somente por beleza, visto que ele era bonito, mas por sua perspicácia e astúcia.

“Bella, você está aí?” Eu escutei alguém me chamando.

“S-sim, qual foi a pergunta?” Indaguei retomando minha atenção.

“Nós perguntamos se você está interessada em algum deles.” Ela repetiu num tom malicioso apontando disfarçadamente para os garotos.

“Não exatamente...” Não seria uma boa idéia as garotas saberem tudo sobre a minha vida, até mesmo Edward era sensato para contar mentiras ou simplesmente omitir aquilo que pudesse comprometer nosso segredo.

“O Kevin até que é bonito, mas acho que prefiro o Michael, ele tem um jeito tão misterioso de falar e agir.” Alana cochichou para todas nós, nenhuma discordou.

Até aonde socializar implicava em dizer mais do que eu deveria? Eu devia mentir toda vez que a pergunta pudesse causar algum problema? Essas dúvidas assolaram minha cabeça e eu não pude deixar de ficar apreensiva. Decidi que precisaria ocupar minha boca para fugir de algumas delas, olhei rapidamente para o salão me perguntando se o gosto dos salgadinhos seria tão ruim agora. Foi então que percebi, as palavras de Edward rasparam rapidamente pela minha cabeça: ‘A sensação é diferente para cada um... ’ Eu já não continha minha curiosidade e aquela parecia a utilidade perfeita para o copo em minhas mãos, um pouco hesitante eu levei o copo à boca bebendo um gole do líquido azul brilhante. Não o engoli imediatamente, a fim de saboreá-lo por completo, ele era quente e causava uma sensação engraçada em minha língua.

No mesmo instante senti uma vibração vinda de alguma parte embaixo da minha cintura. Aquela já seria a primeira sensação? A desconfiança estúpida só durou um segundo até eu me dar conta de que era apenas o meu celular no bolso da minha calça. Eu mal precisava olhar na telinha piscante para deduzir que era Alice quem ligava. Ela provavelmente queria um relatório completo antecipado, abri o aparelho rapidamente e apertei o botão ‘End’, ela teria que esperar até chegarmos em casa para saber, eu pensei engolindo rapidamente todo o álcool de uma só vez.

Foi então que o verdadeiro efeito surtiu, o líquido queimou intensamente em minha garganta e eu tive que tossir para que ele descesse mais rápido. Pareceu um engasgo, mas com certa classe.

“Uhoh, vai com calma no Blue Lagoon, amiga.” Jennifer, a garota ruiva com um vestido verde que combinava com seus olhos, quem disse dessa vez. “Tome aos goles que atrasa o efeito.” Ela fez movimentos circulares bem devagar com a mão como se quisesse introduzir um ritmo.

Depois de passada a queimação foi a vez de um sensação maravilhosa me atingir, aquela bebida era doce e dava a impressão de ter sangue correndo nas veias novamente. Segui as instruções da garota e terminei o copo aos goles. O efeito duplicou e eu pude sentir o álcool realmente percorrendo meu organismo, um êxtase superficial e um frio na barriga que eu não sentia há muito tempo. Era como voltar a ser humana e descer de uma montanha-russa a toda velocidade. De repente, toda a exaltação pulou do meu corpo e subiu à minha cabeça, aquilo era muito excitante, todas aquelas inferências com pontos isolados em minha cabeça. Tive a sensação dela estar se dividindo ao meio, como se alguma coisa se esvaísse pouco a pouco e se misturasse com o vento.

Fechei meus olhos por um curto espaço de tempo e senti uma brisa atrás de mim. As pessoas murmuravam palavras pouco inteligíveis e eu já não distinguia de quem era cada voz, apenas uma muito familiar se sobressaiu entre elas. Era a voz de Edward, tentei me concentrar no que ela dizia, mas minha cabeça continuava absorvida em memórias que se moviam de dentro para fora em uma ventania.

“Bella, você está bem? O que aconteceu? Porque você está gritando dessa forma?” Voltei à consciência, mas ainda estava atordoada. Eu estive gritando?

“Eu... não tenho certeza, mas acho que foi a bebida. O que eu gritei?” Minha voz soou trêmula. Notei que estava sentada num canteiro de flores no escuro, longe das pessoas e a música que tocava era audível, mas estava muito longe de nós.

“Você não estava exatamente gritando, apenas para mim, mas nunca dessa forma. Apenas o de sempre, o que você já passou, as suas memórias. Você devia ter me chamado quando quisesse beber.” Ele explicou. Seu olhar indicava certa aflição e ele estava concentrado em algo em sua própria mente.

Um desespero me tomou inteiramente. Eu não estava nem um pouco ciente do que havia deixado à mostra ou como ele disse, gritado. Isso significava que qualquer coisa que eu estaria apenas pensando ele também veria? Não deu tempo de pensar naquela resposta, pois a sensação estava de volta. As lembranças eram recentes e mais nítidas e vinham rapidamente num flash.

“Bella, Bella. Olhe pra mim.” Foi a última coisa que consegui escutar antes de mergulhar novamente na inconsciência que o efeito me causava. Era como morrer e ter a retrospectiva da minha vida passando pelos meus olhos junto com a melhor sensação existente na terra.

“Eu vou buscar algo para diluir o álcool, por favor, não saia daqui.” Ele falou colocando as mãos no meu pescoço. Eu estava tão quente que o contraste entre a nossa temperatura era alarmante. Ele retirou suas mãos e correu em direção ao salão, andando mais calmamente quando chegou onde todos estavam.

O transe se intensificou. Tentei respirar pensando que, como praticamente todas as minhas sensações humanas estavam voltando, talvez essa também voltasse. Nada aconteceu, a euforia continuou a mesma e as imagens continuavam tumultuando o ambiente.

“Oi, você está bem? Eu posso te ajudar em alguma coi-” Sua fala parou bruscamente. Não era a voz de Edward. Abri meus olhos o suficiente para ver o garoto que há pouco eu estava observando. Vasculhei minha mente procurando pelo seu nome. Michael! Ela gritou finalmente.

“S-sim?” Ele sussurrou. Eu havia dito aquilo em voz alta? Não, meus lábios estavam cerrados em uma linha desde que a sensação havia voltado. Talvez tenha sido apenas coincidência. Parei de tentar lutar com minha própria cabeça e deixei que tudo o que ela quisesse expulsar fosse expulso.

As lembranças ficaram menos nítidas agora que minha memória humana que estava sendo desempacotada. Era como ver tudo através de um óculos sujo e embaçado. Algumas recordações que apenas eu sabia, outras com meus antigos amigos de Forks, com Jacob. Nenhum barulho chegava aos meus ouvidos, isso queria dizer que ou o garoto havia ido embora ou estava muito quieto, provavelmente se perguntando se a qualquer minuto eu iria atacá-lo ou começar a gritar como uma louca.

Senti dedos quentes e preocupados tocando a pele dura do meu braço.

“Você não está bem, vamos, vou te levar ao hospital”. Ele tentava me levantar do canteiro de tijolos em que eu estava sentada.

Ouvi um rugido por baixo de um fôlego se aproximando rapidamente de onde estávamos. Uma discussão começou a acontecer e eu tentava acompanhá-la, mas só conseguia pegar uns trechos da conversa.

“Nós não precisamos de nada, já estamos indo embora”. Edward parecia aborrecido. Tentei acalmá-lo dizendo que Michael só queria ajudar mas já era tarde, ele me escoltava em direção ao estacionamento.

“Bella, coma isso. Vai ajudar”. Ele me estendeu alguma coisa macia e um pouco grudenta. Foquei meus olhos tentando ver o que estava a minha frente, era um donut redondo e açucarado. Dei uma mordida pequena, o açúcar derreteu em minha boca, mas o gosto não era doce. Sua textura era de uma massa bolorenta com gosto de nada. Engoli sem reclamar enquanto entrava no carro.

“Sinto muito por aquilo”. Edward finalmente disse.

“Pelo quê?”.

“Pela dor... na transformação”. Ele balbuciou dirigindo velozmente até nossa casa.

Mordi meu lábio inferior enquanto a memória da dor agonizante voltava e fechei os olhos tentando pensar em outra coisa, dando outra beliscada no donut.

“Não era para você ter visto...” Murmurei. Edward apertou o volante mais firmemente.

“Eu sei. Desculpe-me por isso também”. Ele se calou como uma estátua e se concentrou desnecessariamente no caminho.

Deixei a frustração tomar conta de mim, as imagens que estavam muito lentas finalmente pararam. Agora eu sabia como todos se sentiam ao lado de Edward, envergonhados ou embaraçados pelos segredos que ele sabia. Mas, minha angústia era maior por simplesmente ter segredos com ele.

A luz da sala estava ligada, o que significava que Alice e Jasper já nos esperavam. Abri a porta e procurei-os pelo aposento. Ambos estavam sentados no sofá, Alice voltava de um devaneio.

“Eu tentei ligar, Bella, tentei avisar”.

“Eu sei, me desculpe”.

Subi a escada sem dar mais explicações, Edward não me seguiu, ele provavelmente iria explicar as coisas para Alice. Deitei-me na cama esperando que pudesse dormir e, ao acordar descobrir que tudo foi um sonho; não sei quanto tempo fiquei esparramada imóvel com os olhos fechados e a cara no travesseiro, mas não pareceu que fora muito quando Edward finalmente entrou pelo quarto.

“Alice e Jasper estão indo embora”. Ele falou sentando na beira da cama acariciando minha cabeça com a ponta dos dedos. “Eles estão indo a Biloxi encontrar a sobrinha de Alice”.

Alice me contara da filha de sua irmã biológica há muito tempo atrás, quando ela havia voltado sem pedir permissão ou dar aviso para Forks, achando que eu estava morta. Continuei calada a respeito da notícia, só de pensar que amanhã poderia ser um dia para outro eventual lapso já me causava um arrepio incomum na espinha.

Sentei apoiando minha cabeça nos joelhos e procurei espairecer minha mente apenas com idéias futuras. Eu já havia decidido, agiria o mais normal possível e não me excederia em nada, como sempre fiz quando humana. Seria mais justo para todos e principalmente pra mim ser apenas Bella.

“Você está chateada? Quer conversar sobre isso?” Ele tentou me animar novamente. Eu não estava chateada com ele e nem com ninguém, apenas decepcionada por continuar desastrada e desatenta para certas coisas. Hesitei um pouco se deveria quebrar o silêncio ou continuar quieta.

“Você também cometeu muitos erros logo que virou vampiro?” Eu finalmente disse, levantando a cabeça para alcançar seu olhar.

“É com isso que você está preocupada? Bella, você só está no começo e já fez mais do que era esperado mesmo enquanto recém-nascida. Tudo tem um tempo certo para acontecer”.

Engatinhei em sua direção atravessando as cobertas amarrotadas e entrelacei meus braços ao redor do seu pescoço. Ele me acomodou em seu colo e pôs as mãos em torno da minha cintura.

“Eu te amo, sabe? Pelo jeito que você foi e pelo jeito que é, e nada do que você ou qualquer um faça irá me fazer mudar de idéia”. Edward falou me olhando intensamente, seus olhos dourados estavam flamejantes de sinceridade. Era simplesmente impossível ficar chateada perto dele, ele tinha essa capacidade de fazer todos os problemas que me atingiam parecerem um final de semana no campo.

“Nada?” Perguntei desafiando-o. Meus lábios já esboçavam um sorriso entreaberto de breve satisfação. Ele passou o dedo na minha bochecha deslizando até o canto do meu sorriso e sorriu também.

“Nada”.


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Notas finais do capítulo

Correção por: Camila P. Olmedo

Revisão por: Willian dos Santos

Agradecimentos à: Ana Paula Ferreira


N/A²: Perguntas que estão descabelando a todos:

- Quem raios é Michael?
- Ele é um vampiro?
- Ele tem poderes?
- Bella irá se apaixonar por ele ou vice-versa?
Entre outras...
Todas elas serão respondidas nos próximos capítulos.
Se você NÃO quiser ficar morrendo de curiosidade sobre o que acontecerá no próximo capítulo, NÃO LEIA ESSA PARTE. ;D

"O próximo capítulo não será como os primeiros seis que eu escrevi... Ele não será contado por Bella (como sempre), nem por Edward, nem por Jacob (como Stephenie fez). Vocês verão uma cena passada e uma futura sob outro ponto de vista. E será MUITO emocionante sair um pouquinho da rotina =D Já devem saber de quem né? "

Espero que gostem e que continuem comentando bastante. =D

Beijos =* Aline Mayumi



PS: Vou viajar no sábado e só volto depois da terça.. mas vou tentar postar a primeira parte do capítulo sete antes de ir, oka ? ;D