My Only Exception escrita por


Capítulo 18
Capítulo 17 - Você Me Faz Feliz


Notas iniciais do capítulo

Oi.
Desculpem a demora. Obrigada pelas reviews no capítulo anterior.
Vejo vocês lá embaixo.
Enjoy!



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P.O.V Hayley

—Vocês já têm Whoa e Conspiracy, só precisam de mais uma. —Jerm disse como se fosse fácil compor mais uma música para o festival.

Jeremy nos convenceu a inscrever a Paramore num festival de música em Nashville que acontecerá só no fim de dezembro, mas nós começamos os ensaios e compusemos uma nova música – a primeira em grupo, até o Jerm deu uma mãozinha. O problema é precisamos de mais uma, pois são necessárias no mínimo três para a apresentação, visto que covers são proibidos.

—Podemos usar a que o Josh fez pra Hayles. – Zac disse naturalmente e todos riram com exceção de mim e Josh.

—Verdade, verdade! Ela é muito lindinha! —Dak disse eufórica e Josh pareceu desejar um buraco sob seus pés.

—Olha, posso dar minha opinião? —Jerm se manifestou.

—Claro! — Respondeu Taylor.

—Eu gostei da música, não é nada contra você Josh... Mas, eu acho que vocês precisam de uma música mais agitada e tal. –Falou ele com cuidado, pois pensa que não agrada muito Josh.

—Eu concordo você, cara. –John disse.

—Hey! A Hays também tem uma música. –Dakotah tinha que abrir a boca.

—Mostra pra gente?

—Não acho que seja adequada para o festival... E também, eu não posso tocar. –Disse levantando meu braço em gesso e me sentando no chão. Já ensaiamos bastante e tudo que eu quero agora é ir pra casa.

—Bem, então o jeito será compormos. Temos tempo suficiente pra isso. –Disse Josh, já guardando sua guitarra.

—Está certo. Eu já vou indo... Tchau, galera! —John disse se despedindo.

—E eu tenho que fazer o mesmo. Já era pra eu estar em Nashville uma hora dessas. —Jeremy diz começando a se despedir dos meninos. Ele chegou pela manhã, na verdade ele não viria esse fim de semana para Franklin, mas eu o fiz vir para me ajudar a escolher o presente do Josh. O aniversário dele é só amanhã, mas eu não resisti em lhe dar o Ernie Ball VP Jr que Jerm me ajudou a escolher. Parece um presente estranho para se dar de aniversário, mas como vamos fazer nossa primeira apresentação de verdade e meu amigo disse que seria perfeito para tocar Conspiracy, eu não hesitei e além disso, Josh é guitarrista e surtou ao receber.

—Tchau, cara! —Taylor disse em um breve aperto de mão, assim como fez Zac e Josh.

—Até mais Dakotah. —O loiro diz dando um beijo no rosto de Dak de uma maneira um tanto quanto ousada, o que me fez pensar se estaria rolando um clima entre os dois - Deus, não permita, por favor. Pobre Taylor e pobre Kathryn. Eu mataria a Dakotah.

Após se despedir deles, Jerm deu-me o abraço e o beijo na testa como de costume.

—Até semana que vem, baixinha. Se cuida, viu? —Ele disse.

—Você também, bobão.

[...]

—Você vai mesmo à minha festa amanhã? —Josh perguntou enquanto estávamos sentados no degrau da varanda de minha casa.

—Claro. —Respondi arrancando-lhe um lindo sorriso.

—Eu amo estar com você, sabia? —Ele disse abraçando-me e eu apoiei minha cabeça em seu ombro.

—Eu também. —Josh sorri e captura meus lábios com carinho e eu levo uma mão à sua nuca, trazendo-o mais para mim. Poderíamos ter continuado senão fossemos interrompidos pela porta se abrindo. Olho rapidamente para trás e simplesmente paraliso.

Vejo minha mãe se despedindo de um homem. Despedindo-se com um beijo... beijo na boca. Percebo que ela ainda não notou nossa presença e quando o faz, encara-me assustada e trata logo de dar um empurrãozinho no moreno alto que passou rapidamente por mim e Josh sem ao menos olhar-nos. Não seria um bom momento para apresentações, oh não.

—Mãe! —Disse mais alto que o normal e me levanto, fitando-a.

—Hayley, filha. —Diz surpresa— Acho que temos que conversar. —Ela olha para mim e Josh, que percebe que está sobrando.

—Bem, eu já vou. —Disse Josh dando-me um beijo no rosto. —Até mais, senhora Williams.

Minha mãe abre a porta e ambas entramos. Sei que pode soar ridículo, mas a verdade é que eu estava assustada, pasma ou qualquer outra definição para uma garota que nunca viu a mãe beijando outro homem além do seu pai.

—Filha, não era assim que eu planejava que você conhecesse o Andrew. —Minha mãe diz com toda a calma possível, parecendo escolher as palavras e temer minha reação a cada uma delas.

—ANDREW? QUEM É ESSE CARA? —Grito, desconhecendo-me.

—Não faz assim meu anjo —minha mãe continua calma e senta-se no sofá, parecendo decepcionada com minha atitude— Andrew trabalha comigo na agência e bem, nós estamos saindo já tem um tempo... Ele é um cara legal, filha.

—Saindo? Saindo desde quando? —Pergunto completamente confusa, mas de repente tudo faz sentido. As saídas da minha mãe no fim de semana... Os dias em que ela chegou mais tarde em casa... oh não!

—Quase um mês. —Ela diz fitando-me e quando eu ia lhe interromper ela não permite e segura minhas mãos, fazendo com que eu me sente ao seu lado— Filha, eu sei que deve ser estranho para você me ver com outra pessoa que não seja o seu pai, mas acredite meu amor, eu já sofri demais pelo Joey e agora... Bem, eu encontrei o Andrew e ele diz que gosta muito de mim, me faz rir, me sentir bem. Eu acho que eu mereço ter uma nova chance de ser feliz, mas é claro, só se estiver tudo bem pra você baby, pois você é tudo na minha vida.

As palavras de minha mãe fazem-me com que sinta-me cruel por ter reagido de uma maneira infantil. Se meu pai tem outra família, minha mãe pode ter um namorado, não? Eu sei como ela sofreu com o fim do casamento e eu quero vê-la feliz outra vez, mesmo que isso cause estranhamento... Eu terei que aprender a conviver com isso. Afinal, não sei no que estava pensando em achar que minha mãe ficaria sozinha pelo resto da vida. Ela é uma mulher bonita, inteligente, bem-sucedida. Eu só não esperava que ela encontrasse outra pessoa tão rápido, mas se isso a faz um pouco mais feliz. Bem, não quero ser a filha ciumenta e possessiva mesmo que ache que ela ainda ama meu pai.

—Tudo bem, mãe. —Digo por fim e minha mãe sorri timidamente, dando-me um abraço carinhoso que retribuo timidamente.

—Vou planejar algo para apresentá-lo formalmente a você, ok? —Ela disse e eu apenas assenti com a cabeça, levantando-me e indo em direção ao meu quarto. —Ah e quem sabe você traga seu namorado também. —Ela ri tentando descontrair o clima.

—Josh não é meu namorado! —Respondo, já subindo as escadas.

A verdade é que ainda não está tudo bem.

[...]

Eram cerca das oito horas da noite no domingo quando cheguei à festa de Josh. No mesmo local onde há alguns meses Zac comemorou seus 16 anos. Josh completa 17 e somente ao entrar já notei o quão bela está a decoração e como as pessoas presentes estão animadas. American Idiot do Green Day soava em último volume por todo o local. Mal adentrei e já avistei Dak vindo toda sorridente em minha direção. Ela está com um belo vestido azul e devidamente maquiada, bonita como sempre.

—Hey garota! —Disse ela, dando-me um rápido abraço.

—Oi, Dak.

—Wow! Você está linda, Hayley! Só faltou estar sem essa coisa branca no braço. —Falou Dak, fazendo com que me virasse para que ela pudesse me analisar por completo. Tinha que concordar com ela que estaria bem melhor sem o gesso, mas tudo bem, daqui a poucos dias eu não lembrarei mais da sua existência.

—Obrigada.

—Bem, acho ótimo que você esteja linda e aqui! Afinal tem que cuidar do que é seu. —A loira disse realmente séria e eu rio.

—E o que seria meu? —Pergunto entre risos prevendo a resposta.

—Se eu fosse você não daria risada. Já viu onde está o seu querido garoto? Ou melhor, com quem ele está?

—Não, eu acabei de chegar. E por favor, Dak para de falar como se Josh fosse minha propriedade. Nós não temos nada e —Dak me olha sarcástica— tá, a gente têm alguma coisa, mas para com isso.

—Vocês são tão fofos juntos e é lógico que vocês têm algo... Algo maior do que você imagina.

—O que você quer dizer com isso? —Questiono sem graça.

—Ah Hays, você sabe. O jeito como vocês se olham, a maneira como se tratam. Vocês são lindos juntos e têm tudo a ver um com o outro, gostam das mesmas coisas. É perfeito! Acredite, Josh mudou por tua causa.

—Hey! Para tudo. Que fofura é essa? Quem é você e o que fez com a Dakotah? —Eu brinco para tentar mudar de assunto e ambas rimos como idiotas.

A verdade é que eu não preciso ouvir isso da Dak, pois eu mesma consigo ver isso, apesar de que a forma como eu me sinto quando estou —e mesmo quando não estou— com Josh me assusta um pouco.

—Mas é sério Hayles. Eu já estou quase vomitando aqui.

—Como assim?

—Tipo, eu não aguento mais aquilo. —Dak aponta para um canto onde Josh está conversando e rindo com Taylor, Zac e... Jenna— Será que ela não percebe o quão ridícula está sendo?

—Eles são só amigos. —Falo tentando ignorar a cena, mas a verdade é que pela forma como ela toca Josh a cada oportunidade, já pode-se notar que não há nenhuma intenção amigável em seus gestos e isso me dá nojo.

—Então alguém deve avisar ela.

Olho mais uma vez para os meninos rindo e conversando e vejo Jenna com seu lindo sorriso de sou-falsa-pra-caramba-e-quero-o-aniversariante-pra-mim. Antes que eu possa voltar meu olhar novamente para Dak, os olhos de Josh encontram os meus e ele sorri da maneira que só ele pode e como não posso evitar, sorrio de volta e imediatamente ele se move em minha direção.

—Disfarça um pouquinho. —Penso ouvir Dak murmurar.

—O quê?

—Nada. —Ela ri.

—Oi, Hayles. —Josh diz e beija-me na bochecha, muito próximo da boca.

—Oi.

—Que bom que você veio. Já estava achando que você não viria. —Ele diz.

—Eu só me atrasei um pouquinho. —Digo um pouco sem jeito, pois sei que não foi só um “pouquinho”.

—Eu estou muito feliz que você esteja aqui. —Josh diz sorrindo e eu posso sentir o olhar de Dak sobre mim. Olho para ela e a vejo sorrindo, ela pisca pra mim e sai, indo até onde Taylor está com Zac e Jenna — que agora está com aparência de poucos amigos. Sorrio sabendo que sou eu a culpada. Essa sensação daria uma música... hum, vou pensar nisso.

—A festa está linda. —Digo, “e você também”, penso.

—Ah, você sabe... Minha mãe que sempre organiza isso. —Ele ri.

—Está bem legal.

—É, vamos lá com a galera? —Josh pergunta e eu noto que Jenna já não está mais com os meninos e Dak, agora ela está emburrada conversando com uma de suas loiras em outro canto próximo dali. Posso ir curtir meus amigo em paz, acho.

—Sim, claro. —Digo e ele toma-me pela mão.

[...]

Depois de rir e se divertir muito com meus amigos, sem se preocupar nem um pouco com os olhares maléficos de Jenna sobre mim, Josh me acompanhou até minha casa. Eu estou feliz que ele não deu atenção à vaca oxigenada, pelo menos não depois que eu cheguei.

—Bem, te vejo amanhã? — Josh pergunta para mim enquanto estamos parados em frente à porta de minha casa.

—Claro.

Josh puxa-me para mais perto em seus braços e eu aproveito para o abraçar —mesmo que com apenas um braço— e parabeniza-lo mais uma vez.

—Feliz aniversário! —Sussurro em seu ouvido.

—O mais feliz deles. —Josh diz sorrindo e me beija calorosamente. Ficar com Josh, poder abraça-lo, beija-lo, tem sido a melhor coisa que já me aconteceu desde que vim para Franklin, depois da banda, claro. É simplesmente muito agradável tê-lo comigo, eu me sinto tão... não sei.

Sinto seus braços me apertarem mais a seu corpo, enquanto aprofundamos o beijo. Levo minha mão a sua nuca, acariciando seu cabelo enquanto respondo a altura. As mãos de Josh passeiam por minhas costas e nossas línguas ávidas continuam a explorar a boca um do outro.

A temperatura deve ter aumentado, pois de repente sinto-me muito mais quente. Risos.

Quando o fôlego se vai, separamo-nos mesmo contra a vontade.

—É melhor eu entrar. —Digo, sabendo que meu rosto deve estar num tom parecido com o meu cabelo. Josh segura minha mão, fitando-me sorrindo como um idiota e posso notar que ele está um pouco corado. O QUE? JOSHUA FARRO COM VERGONHA?

—Até amanhã. —Falo mais baixo que o normal. Josh sorri de soslaio e dou-lhe um último selinho rápido e entro em casa.

—Só pelo seu sorriso já sei que você não voltou sozinha. —Minha mãe diz assim que entro na sala. Ela está deitada em um dos sofás vendo TV.

—Não sei do que você está falando! —Respondo com desdém e ela ri.

—Até quando vocês vão ficar nisso hein? —Ela questiona, enquanto deito-me espremida ao seu lado no sofá.

—Como assim? —Digo, olhando para a TV e ela começa a alisar meus cabelos.

—Este garoto vem aqui em casa te ver todo o santo dia desde que você quebrou o braço, e eu sei reconhecer duas pessoas apaixonadas. —Minha mãe diz naturalmente.

—Apaixonadas? —Rio.

—Não negue. —Ela diz e continua com o carinho em meu cabelo.

—Acha que o Josh gosta de mim? —Pergunto interessada, fitando a TV.

—Claro. —Minha mãe responde e eu me viro com cuidado para analisar sua expressão calma.

—E eu acho que vocês dois formam um lindo casal. —Ela continua e eu arqueio uma sobrancelha para ela. Por que minha mãe é tão incrível?

—É verdade... Oh meu bebê está crescendo, já está namorando. —Diz fazendo drama e beija minha testa, fazendo-me rir.

—A gente não tá namorando, mãe. —Rolo os olhos e fito o teto.

—Ah, que seja. Mas eu iria gostar que você namorasse um garoto como o Josh.

—O papai não. —Falo na tentativa de mudar o rumo da conversa.

—Seu pai é um bobão conservador. —Ela diz sem humor— E ah, ele ligou hoje.

—E você falou com ele? —Pergunto interessada e um pouco surpresa, voltando minha atenção novamente para minha mãe.

—Claro. —Ela responde com desdém, o que me faz começar a pensar que talvez ela esteja mesmo esquecendo meu pai, afinal já tem até um namorado novo. Só de pensar nisso meu estômago embrulha.

—Ele vem te ver final de semana que vem.

—Erica também? —Pergunto animada.

—Disso eu não sei filha, nossa conversa foi muito rápida.

—Oh! Eu imagino.

— Melhor você ligar pra ele. —Ela diz e começa a alisar meu cabelo novamente. É tão bom ficar com minha mãe, ela me entende, me conforta e me dá muito amor. Sinto que sem dúvidas fiz a escolha certa quando decidi viver com ela. Apesar de sentir muita falta de meu pai, eu já acostumei com “só nós duas” e jamais vou querer ficar longe dessa mulher.

[...]

Depois de passar um tempo mais conversando e rindo com minha mãe, eu enfim subo para o meu quarto, pois já é tarde. Mas, ao entrar e ver meu violão sobre a cama, a ideia de me trocar e ir dormir dá lugar à outra.

É hora de compor.



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Notas finais do capítulo

Ok, sei que o cap. ficou pequeno e não ficou lá essas coisas. Mas, é essencial para o desenvolvimento da história. Então me digam o que acharam ok?
Andrew na área (pra quem não sabe Andrew é ou era o padrasto da Hayley)... Que vocês pensam sobre isso hein?
Olha, pelo meu cronograma (oh eu tenho um sim por incrível que pareça) ainda faltam mais 6 capítulos para o fim da primeira parte da MOE, mas eu queria saber se vocês querem que eu dê uma acelerada nas coisas, pois eu posso fazer isso.
Esse capítulo já estava quase pronto faz tempão, mas só hoje consegui terminar, então minhas sinceras desculpas.
Bem, já é visto que eu não terminarei até dezembro (quando a categoria bandas será excluída), então caso eu não encontre um local melhor, a fic estará (já está sendo) postada no meu blog ( http://paramoremyvice.blogspot.com.br/p/fanfic.html ). Se vocês souberem de um outro site de fics que seja legal, indiquem-me por favor.
Enfim, eu tenho que estudar pra prova de Cálculo (aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa). Tchau galera, obrigada por não me abandonarem. E não esqueçam o comentário. Beijo, até mais. Bjs!
P.S.: Eu pretendo postar pelo menos mais um capítulo aqui no Nyah!, portanto não se preocupem, pois serão devidamente informados quando eu for continuar apenas em outro local.



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