Dama Da Noite escrita por Nina I


Capítulo 5
O concorrente - Parte 2




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–Sério? Vão querer brincar de gato e rato? Isso vai ser fácil, muito fácil.

A luz do luar atravessa a janela, reluzindo o bronze da lâmina, mas não suficiente para iluminar o rosto da maldade. A Dama, notando o destaque que sua arma está recebendo, a esconde no vestido marinho, escolhido especialmente para se camuflar durante a "sua manifestação artística". Com vários quilômetros de distância de sua casa, estaciona em um parque. Desce e observa o local, que seria tranquilo até aquele momento. Nota uma menina, era alta e de olhos azuis.

–Olá, moça. Pode me ajudar?

–Sim, claro. Oque posso fazer? Responde a menina, com uma voz docê.

–Estou tirando fotos, pode vir comigo?

–Posso, onde iremos tirar a foto? Pergunta com traços de desconfiança.

–Já lhe mostro, preciso pegar uma coisa no meu carro.

A "artista" cruel anda calma até seu carro, onde pega uma caixinha de cal. Com o material completo, volta até a vítima fisgada.

–Venha, me acompanhe. Chama, apontando para um lugar entre as árvores do parque.

Ela a conduz até o local escolhido, e deita a pobre coitada.

–Foto deitada? Vai ficar bonita?

–Vamos acabar com sua fantasia. Responde grosseiramente, puxando a lâmina de cobre do vestido.

E em um passo, tudo começou: A Dama enfia a lâmina no coração da garota, e a corta ainda antes do seu último esforço pela vida. E com uma maciez impressionante, rasga o peito e barriga fazendo que o sangue forme uma poça no corpo. Com cuidado para não se sujar, a cabeça da vítima é separada do defunto e amarrada pelos cabelos em uma árvore, bem próxima ao local. Derrama o cal, e logo coloca uma flor Dama da Noite, nessa vez segurada pelos lábios silenciosos e sem vida da cabeça pendurada. Corre para o carro, estava com pressa, mesmo sendo sexta de noite: Se ela fosse pega, tudo estava acabado!

–Pronto coronel. Aqui está a terceira vítima confirmada. Fala sarcasticamente, ao mesmo tempo satisfeita.

Já no meio do caminho de volta, foi obrigada a encostar por dois policiais. Sem sorte no dia, começa um interrogatório.

–Boa noite, moça. Sou coronel Bonier. Está ocorrendo uma série de assassinatos por aqui.

–Sério? Obrigada por me avisar.

–Não me engane, conta aqui para o policial Louie oque estava fazendo a essas horas.

–Hoje fui liberada do trabalho mais tarde.

–Certo, deve estar cansada. Aceita um pouco de minha água?

–Não obrigada.

–E um cigarro, aceita?

–Também não, obrigada. Não sou fumante.

–Então a senhorita deseja algo?

–Por favor, pare. Sei que você não quer ser gentil comigo, você quer na verdade pegar uma amostra de meu DNA.

–Não, não é isso...

–Preciso ir para casa, prometi para o meu namorado que já estaria em casa a essas horas.

–Ok, está liberada.

Já sem paciência após o interrogatório, mas feliz por passar facilmente pelo coronel que dirige o caso vai para casa dormir após o assassinato mais recente. Em casa, coloca um pijama e deita. Não conseguiu dormir, estava com insônia justificada: Após o interrogatório, passou por um homem cujo rosto estava escuro demais para ser observado . Usava camisa azul marinho e via-se algo afiado, prateado e reluzente no seu bolso. Seria o seu concorrente?


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