Dama Da Noite escrita por Nina I


Capítulo 2
A cristalização




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Ela estava satisfeita. Ficou lembrando-se do crime durante o banho morno, isso alargava um sorriso falso no rosto semi-perfeito dela. Agora estava ali, na sua sala, só ela e a TV. A Dama morava sozinha, pois se tornará órfã e desde que perdeu seus pais sente uma forte atração pelo mundo dos assassinatos. O seu mundo agora. Ela tinha faltado a aula como planejado, e com uma xicarazinha de café cubano que havia preparado após o banho, ligou a TV. Estava passando uma coisa interessante, algo chamado cristalização de células sanguíneas. Isso ajudaria no próximo assassinato.

A Dama sentia-se ansiosa, aquelas sensações de matar foram incríveis. Estava pronta para matar, aguardando ansiosamente a meia-noite. Havia uma empresa que produzia carne ali perto, seria o palco de sua próxima obra-prima. Levantou-se da sala, desligou a TV e abriu seu notebook. A morte de Josh estava rondando os jornais de Poços Fundos, isso era bom, pois ela finalmente conseguiu a atenção que queria.

Após um longo dia de uma adolescente comum, escutou o melhor barulhinho que a Dama podia ouvir: O som do sininho da meia-noite. Estava na hora de outra caçada. E ela estava pronta para matar. Colocou uma calça e uma blusa qualquer e pulou no carro. Carregava com si uma mochila com oque necessitaria na hora do assassinato.

A Dama observou, tinha uma menina de sua idade pronta para ir a boate local, ela esperava uma carona, perto da empresa de carnes. A assassina olhou a rua: Ninguém estava perto. Desligou o carro, e passou despercebida pela sua vítima. Então ela foi até a porta dos fundos da empresa pegou um cartão de telefone da mochila e uma faca, e arrombou a porta da empresa. Não havia pessoas na empresa, observou ela enquanto guarda o cartão e esconde a faca.

–Psiu, menina, pode me ajudar?

–Claro! Responde a vítima.

Sua assassina então, em um passo bruto, a empurra dentro da empresa e crava sua faca de bronze no coração da "funkeira". Graças à cristalização, cortou facilmente a carne. Após alguns cortes a Dama se lembrou do primeiro assassinato. Deu um passo para trás, derramou o mesmo cal encima da nova vítima e com uma pinça, colocou uma flor chamada Dama da Noite arrancada ali perto na mão da falecida. Ela estava com pressa. Tinha aula no dia seguinte, e se não fosse para casa descansar e se arrumar para o dia de faculdade, certamente ia perder aula. Ela não queria perder aula. Não nesse dia.




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