New World : Profine escrita por Castella


Capítulo 3
Terror na Mansão mal assombrada!




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Após acabarmos de apagar o fogo, e limparmos os destroços do Fusion, todo percebemos que ele precisava de reparos. Eily parecia muito preocupada com o que acabava de acontecer, ficou trancada em sua cabine ate atracarmos no porto mais próximo. Eu estava curiosa para saber o porquê daquelas pessoas terem vindo ao encontro de Eily.

Um longo rangido de porta tocou meus ouvidos, olhei rapidamente para o local, Eily se recompôs mas estava quieta demais, subiu ate a proa do navio e nos honrou com sua voz.

- Todos... Aportamos em Soo Kings. – Comecei a dizer friamente. – Não quero nenhum comentário sobre o que aconteceu aqui. Sejam invisíveis, apenas falem o necessário. – Começou a descer lentamente da proa. – Fluortember, Pumpik, estão responsáveis pela comida...

Eily continuou dando as tarefas ate que todos estivessem ocupados, menos eu. Logo não avia mas ninguém a bordo. Eily novamente trancou-se em sua sala, e eu fiquei sozinha naquele navio semi-destruido, olhei para o céu, agora mais distante do que estava antes, enconstei-me na borda do navio, a água do oceano onde o navio descansava chocava-se no cais com pequenas ondas e faziam um barulho engraçado, olhei para a água e não via meu reflexo, estava escuro, não dei muita importância para aquilo, minha cabeça foi levantando e então vi as luzes da cidade, que cintilavam como estrelas, também se ouvia musica agitada, gritos de homens bêbados e mulheres submissas.

Não agüentava mais ficar ali parada sem ter algo para fazer, então decidi, vou para a cidade!

Eu passava pelas ruas e confirmava meus pensamentos, a gritaria era de homens bêbados e prostitutas, já falei o quanto eu odeio cidades?

A cidade estava comemorando 10 anos de pacificação do pais, isso que dizer, muita farra e bebida. Entrei em um bar qualquer, a musica parou e todos me olhavam, olhei todos normalmente, sou só mais uma pessoa entrando no bar, sentei em uma mesa e logo uma servente me atendeu.

- Ola, posso ajudá-la? – Perguntou a mulher de aparência razoável.

- Por favor, me traga algo doce para beber! – Falei, colocando minha mão direita sobre a garganta.

- Claro! – Disse ela. A mulher fez uns gestos com as mãos e na mesa apareceu uma caneca grande de madeira, parecia antiga, e dentro um liquido avermelhado.

- Aproveite querida! – A mesma começou a se retirar.

É tão impressionante os dons de comunicação que vemos. 1 de cada 5 crianças nasce com uma comunicação, e 1 de cada 50 nasce com uma de level 3.

Dei o primeiro gole naquela bebida, era doce e parecia algo feito com morangos, o liquido desceu suavemente pela minha garganta e logo não havia mais nada na caneca. Os olhares já não estavam mais sobre mim e a musica havia voltado, uma melodia alegre que fazia com que meu corpo a acompanha-se.

Passou meia hora que eu estava naquele lugar, para não demorar muito decidi ir embora. Fui ate a mulher que me serviu a bebida, a mesma estava atrás do balcão limpando canecas.

- Quanto eu estou devendo? – Perguntei , debruçando sobre o balcão que estava meio molhado.

- São 2 moedas querida. - Falou ela afastando seus cabelos curtos do rosto e secando suas mãos.

Retirei duas moedas que descansavam dentro de uma bolsa em minha cintura, entreguei as moedas à mulher que me retribuiu sorrindo, dei as costas, e comecei a me retirar.

Saindo do bar um cara vestido com boas roupas esbarrou em mim, me pediu desculpas e continuou andando, olhei para trás avistando o homem, corri para perto dele, quando estava bem próxima segurei na gola de seu sobretudo, levantei-o tirando ele do chão.

- É melhor devolver minha bolsa de moedas, a menos que queira morrer. – Falei enquanto o homem se debatia no ar.

- Eu? Eu não roubei nada! – O homem continuou tentando se soltar, mas aquilo não estava dando certo.

- Péssima escolha ladrão, roubar uma pirata! – Coloquei minha mãe em seu bolso, retirei minhas moedas, muito cara de pau.

Joguei o homem no chão, fazendo seu sobretudo se sujar, dei as costas para ele e continuei minha caminhada de volta ao fusion.

......................................................

Chegando ao navio Pumpik estava do lado de fora, enquanto os outros trabalhavam, estava sentada em um caixote e balançava aquelas perninhas magrelas, demonstrava expressão de raiva que deixava seu rosto engraçado.

- Não me deixaram ajudar! – Disse ela quando viu que eu me aproximava.

- Isso é bom, pelo menos não faz esforço.

- Se for pensar desse modo e verdade!

Ela sorriu e eu retribui, logo nos distraímos com as milhares de estrelas que se viam do cais.

Pela manha 80% do navio estava concertado, Eily achou melhor partimos e continuarmos o resto do concerto ao longo da jornada.

Eu estava ajudando a tripulação a restaurar o Fusion, alias todos estavam fazendo isso, olhei para o sol da manha, ele brilhava, radiante como sempre, o vento estava bom para voar, e quando tocava em minha pele, eu me sentia bem, parecia que o vento entrava para dentro de meus ossos. Depois de muito tempo conseguimos concertar o navio completamente, estávamos próximos de onde Eily nos mandou aportar. Fui ate a porta de sua sala, bati nela e entrei.

- Eily estamos próximos.

Ela não falou nada.

- Você esta bem? – perguntei.

- Eu só irei ficar bem depois que falar com Charllote.

Depois daquilo me retirei da sala, achei melhor que ela fica-se sozinha, não demorou muito para que aportássemos onde Eily nos mandou, um lugar calmo, mas com muitas pessoas, apesar de ser calma era uma cidade grande, cheia de vida e cores, estava decorada com fitas coloridas que iam de uma casa a outra, as casas eram muito belas e havia uma fonte com chafarizes de anjos com arcos, muito bonito!

Descemos do navio eu, Pumpik, Fluortember, Eily e mais alguns, os outros ficaram tomando conta do Fusion. Ao longo da cidade percebemos que seu povo era muito alegre, as ruas da cidade eram esburacadas mais isso deixava o lugar mais belo, Eily andava na frente guiando-nos.

- Já estamos quase chegando! – Disse Eily seria.

Continuamos andando, subimos uma colina e quando íamos descer tivemos uma visão que não parecia ser daquela alegre cidade. Um cemitério gigantesco, descemos a colina vendo muitas lápides, e quando chegamos demos de cara com uma cerca de madeira que havia sido pintada a pouco tempo.

- Eles adoram os mortos! – Falou Eily sentada na cerca.

- Eily por acaso Charllote esta...

- Morta? – Fui interrompida por Eily. – Não! Só devemos esperar o momento certo.

Todos achávamos aquilo muito estranho, por que deveríamos esperar em um cemitério?

Havia se passado algum tempo, e o sol começou a se esconder atrás das montanhas, as nuvens foram desaparecendo aos poucos e logo as luzes da cidade se acenderam denunciando a noite.

- Agora! – Sussurrou Eily.

Olhei para o cemitério, agora de noite estava assustador, mas não tão assustador quanto uma neblina num tom de verde cobriu o cemitério.

- Mas o que é isso? – Fluortemberg perguntou assustado.

A neblina ficou mais intensa e dentro dela algo foi tomando forma, era grande, mas ainda não tínhamos uma visão clara do que era aquilo, continuei observando, e o que eu não conseguia ver tomou forma de uma mansão muito grande. Eily começou a andar na direção daquilo e nos a seguimos, quanto mais chegávamos perto mais a neblina sumia.

Olhei para a parte de cima da mansão, era feita com madeira velha e podre, coberta de musgo e algumas partes estavam arranhadas. Um gato preto em cima de um tumulo miou para mim. Subimos 4 degraus de uma pequena escada e todos eles rangeram, e logo chegamos a grande porta principal da mansão.

- Não precisão ter medo, pelo menos não aqui fora! – Falou eEily.

Hãn? Como assim? Chegamos na frente da porta e ela abriu sozinha, a primeira visão que tive era de um grande salão bem arrumado e com um grande lustre de cristal que iluminava o lugar, olhei em volta e o lugar não se parecia nada com o que aviamos visto do lado de fora, no salão também jazia uma grande escada e outras 2 portas que davam em outros cômodos que pareciam serem bares, cheios de cadeiras e mesas e um piano branco.

Aquela mesma neblina começou a aparecer, só que dessa vez o que surgia com a neblina eram seres fantasmagóricos, sem olhos, com as mãos decepadas e flutuavam, retirei o punha de minha cintura e me pus em posição de ataque, Fo nessa hora que ouvimos um clack clack seguido de ranger de escada, olhei para o alto daquela escada bem bonita, toda detalhada. De lá descia uma mulher com pele lisa e pálida, seus cabelos prateados eram longos e muito lisos, e sua franja estava jogada para trás, usava um vestido tomara que caia preto, curto, uma sandália com um salto 15 e umas fitas que enrolavam seus braços, ela era um pouco mais alta que eu e com certeza muito mais bonita, seu face era perfeita e seus olhos verdes faziam com que você fica-se hipnotizado.

- Bem vindos a mansão mal assombrada! – Disse a bela menina ainda descendo a escada.

Continuamo-nos a olhar para a menina.

- Essas caras de espanto são para mim ou para meus amigos? – A menina olhou ao redor para os fantasmas que saíram daquela neblina verde.

Começaram a aparecer pessoas normais, entravam pela porta como se aquilo fosse muito comum e davam a mínima para os fantasmas, então percebi que a mansão era um bar. Todos começaram a beber e a menina veio ate nos, mas ela não tirava os olhos de mim e fazia uma cara meio que assustadora, o sorriso era o que mas me assustava.

- Pelo que vejo os negócios vão bem Charllote! – Falou Eily agora com um sorriso em seu rosto, estava mais tranqüila por ver Charllote.

- Eily? – Sorriu mais ainda a menina. – Eu não acredito que você esta aqui...

- Eu não poderia deixar de vir te ver, né? Irmãzinha. – Eily sorriu e todos nos ficamos surpresos com aquela noticia.


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Notas finais do capítulo

Bem gente, esse cap é meio paradinho, mas achei que o final salvou ne ? Reviews : DD beeijinhos.