Harry Potter E A Revolta Dos Lâncatropos escrita por jujuba
- Não pode se arriscar, Harry! Talvez isso seja um truque! – Anabelle tentava me convencer a não ir atrás de Sirius. – Isso é loucura, alguém, por favor, pode dizer á ele que isto é loucura?!
- Concordo com Anabelle, Harry. É loucura. – Ron disse apreensivo.
- Eu não me importo se é ou não loucura, é o meu padrinho, a única familia que eu tenho e eu não posso arriscar perde-lo.
- Harry não tem como Sirius sair de sua casa, Dumbledore deu ordens explicitas para que ele não saísse da casa! – Anabelle ainda tentava me dissuadir.
- Mas ele foi no Natal e Ano Novo para a sua casa, Belle, ele pode sair de lá. – falei com firmeza. Corríamos pelos corredores de Hogwarts para a Sala Comunal. E essa corrida parecia não ter fim.
- Com a autorização de Dumbledore! – Anabelle segurou firme em meu braço, fazendo-me parar, eu tive vontade de chacoalhar meu braço, mas reprimi. – Pelo menos se certifique que ele não está em sua casa.
- Como farei isso? Umbridge vigia todas as cartas que sai de Hogwarts.
- Só há um jeito de se comunicar com Sirius, muito mais eficaz do que uma coruja. – Mione disse ofegante pela corrida, as bochechas vermelhas. – Pó de Flu.
- Todas as chaminés da escola são vigiadas por Dolores. – Ron a lembrou.
- Menos uma. – Mione disse sorrindo um pouco. – A sala de Dolores não é vigiada.
- Mas é a sala dela! Como vamos entrar lá?! Eu não tenho tempo para isso! – falei apressado, querendo voltar a minha corrida até a Sala Comunal. Porém desta vez Ron e Hermione me seguraram.
- Tem sim. A escola está um caos, Dolores está sendo atazanada por todos os professores, ela está correndo o tempo todo tentando reverter os feitiços que os gêmeos fizeram, se nos assegurarmos de que ela continue assim e não se aproxime de sua sala, podemos entrar e sair de lá e ela nem notará!
- É arriscado. – falei.
- Mais do que sair da escola e ir em busca de Sirius? Qual é, Harry! – Anabelle rolou os olhos.
* * *
Era difícil competir contra três amigos determinados e espertos, quase uma luta perdida. Me fizeram esperar até encontrarem boas distrações para Umbridge, Luna, Neville e Gina concordaram e ajudar com as distrações. Quando Anabelle e Ron saíram da Sala Comunal, eu e Hermione nos encaminhamos apressados para a sala de Umbridge, tomando cuidado para que ninguém dos Sonserinos nos visse. Assim que arrombamos a fechadura da sala de Dolores nós entramos quietamente, os vários quadros de gatos miando sem parar logo entraram em foco, tirando a atenção da sala cor de rosa.
Ajoelhamo-nos de fronte para a lareira e jogamos o pó com seu destino. As feições de Monstro, o elfo de Sirius, apareceu sob o fogo.
- Monstro me deixe falar com Sirius! – pedi.
- O Sr. Black não está.
- Como é?! Onde ele está.
Monstro ficou um tempo quieto, para depois falar. – Não sei, saiu e não voltou. Agora Monstro tem que ir limpar a casa, boa sorte, Harry Potter.
- É isso, tenho que ir atrás dele! – eu já disse me levantando quando a porta se fechou em um baque.
Dolores estava completamente descabelada e com seus olhos de sapos um tanto insanos. Malfoy e Goyle vinham segurando Anabelle e Ron. Antes de qualquer um falar algo a porta se abriu e Crabble com alguns Sonserinos entraram segurando Neville, Gina e Luna.
- Esses aqui estavam acobertando o Weasley e a Bodini. – Crabble disse.
- Com quem estavam falando? Era com Dumbledore, não era? Estavam pedindo mais ordens, não estavam? – Dolores ia se aproximando cada vez mais.
Eu não sabia o que dizer, não tinha formulado nada na minha cabeça e mesmo que tivesse eu já estava de saco cheio de Dolores, queria mais que ela se explodisse mesmo! Dolores apontou sua varinha para mim e pegou-me pela gola da blusa. Fui colocado na cadeira.
- Malfoy, chame o Professor Snape. Agora, Sr. Potter, porque não facilita e me conte com quem estava falando!
Continuei mudo, eu falava que era com Sirius? Mentia e dizia ser Dumbledore? O que eu dizia?
- Não vai falar?!
A porta se abriu. – Mandou me chamar? – Snape disse e, por incrível que parecia, sentia que ele era a minha única esperança, talvez ele não me ajudasse, não ajudasse Sirius, mas ambos eram da Ordem, ele tinha pelo menos que alertar a Ordem.
- Sim, Severo, preciso mais daquela poção da verdade.
- Você acabou com todo o meu estoque interrogando os alunos, a ultima dose foi com Katie Bell.
Dolores parecia estar inconformada com isto. – Bom, então pode ir, Severo.
- Ele pegou Almofadinhas! – gritei para Snape.
- Almofadinhas? Quem é Almofadinhas? – Dolores perguntou.
Snape olhou surpreso por um instante, para depois voltar ao olhar frio. – Não faço a mínima ideia. – então saiu da sala.
Era isso, minha única chance se fora e a raiva agora fervilhava dentro de mim. Eu estava perdendo tempo aqui.
- Bom... Bom... Eu não queria chegar a esse ponto, realmente não queria, mas... voce não me deixa escolha. – Dolores disse. – Sinto muito, Sr. Potter, mas terei que usar a maldição cruciatos em voce.
- É proibido, isso não pode! – Hermione gritou.
- Você como do Ministério deveria ser a primeira a seguir estas regras! – Anabelle enraiveceu.
- O que Fudge não vê Fudge não sente. – Dolores abaixou a foto do Ministro da Magia que possuía em sua mesa.
- Se voce fizer isso! Se cometer esta atrocidade eu juro por tudo que é mais sagrado que faço Midnight caçar voce nem se for no inferno! – Anabelle tornou a gritar, mas Dolores não estava em seu estado mental equilibrado, por isso agiu como se não tivesse escutado Anabelle.
- Conte a ela, Harry! – Hermione disse de supetão, pegando todos desprevenidos.
- Me contar o que?! – Dolores perguntou, eu também queria saber: Contar o que?
- Se não contar a ela, eu conto. Já chega de mentiras. – Mione tinha um olhar determinado que me surpreendeu, e eu não fazia ideia do que ela estava falando.
- É já chega de mentiras, me conte!
- É sobre a arma secreta de Dumbledore. – Mione ergueu um pouco o queixo.
Os olhos de Dolores brilharam como de crianças no Natal. – Está aqui? A arma está aqui? Onde ela está?
- Não podemos falar na frente dos outros alunos.
- Potter, levante-se, voce e a Granger vão me mostrar onde a arma está, enquanto isto não deixem os outros saírem. – então pegou-me pela gola da camisa e nos arrastou para fora de sua sala.
Eu não sabia onde Mione queria levar com isso, e nem sabia o que ela estava aprontando, mas entrei na sua onda e estava – de certa forma – ansioso para ver onde tudo terminaria. A escola em si estava um caos, parecia que a Amazônia havia trocado de endereço, pois as salas dos professores estavam lotadas de raízes saindo por elas. Dolores pareceu nem se afligir com o transtorno que Hogwarts tinha se tornado, ela caminha com seus passinhos rapidinhos e juntinhos e nariz em pé. Hermione nos guiou para fora do castelo e quanto mais nos distanciávamos mais eu notava que ela fazia o caminho para a Floresta Proibida. Quando chegamos na orla da floresta Dolores começou a olhar preocupado para os lados, sua varinha agora não estava mais apontada para nós e sim a frente, pronta para se defender quando necessário.
- Então, onde está? – perguntou.
- Um pouco mais adentro. – Mione disse.
Era difícil entrar ainda mais na floresta sendo que estava tudo tão escuro e, frequentemente, eu tropeçava nas raízes das arvores. Assim que adentramos ainda mais a floresta Hermione parou e olhou, surpresa, para uma corda estourada no chão.
- E então?! – Dolores perguntou olhando ao redor. – Onde está a arma de Dumbledore?
- Era para estar aqui! – Hermione disse.
- Vocês estão mentindo e é muito feio mentir. – Dolores apontou a varinha para mim – Vamos acabar logo com isso... – antes de terminar sua frase escutamos galopes preenchendo a noite escura e quieta. Nos viramos para trás e encontramos um grande bando de centauros, todos armados com arcos e flechas e arpões. Suas caras não estavam as melhores, na verdade eu nunca havia visto nenhum deles com caras boas, porém hoje pareciam piores. Seus olhares focados em Umbridge.
Hermione moveu-se para trás de mim e sussurrou – Eles não estão muito felizes com Dolores, ela vem batalhando bastante para que eles saiam da propriedade ou sejam banido do mundo magico.
- Para trás, mestiços! Voltem para seu rumo! – Dolores disse com tom autoritário, mas sua voz tremeluzia um pouco. Muitos centauros não gostaram do que Dolores falou e deram um passo a frente. Dolores ergueu a varinha para eles – Eu disse para trás! – um dos centauros se revoltou e lançou uma flecha em Dolores, que se defendeu. – Ora! Seu mestiço imundo! – recitou o feitiço onde os cipós das arvores se enrolaram no pescoço do centauro e o arrastaram para um pouco mais perto dela. Então o cipó enrolou-se pelo corpo todo dele, onde parecia estar apertando como uma sucuri.
- Pare! Você vai mata-lo! – Hermione gritou para Dolores.
- Ele tem que aprender a não mexer com bruxos.
No momento seguinte muitos centauros invadiram onde estávamos em busca de pegar Dolores. Ela se defendia como podia e eu não ia entrar na briga para salvá-la. Hermione foi até o centauro que estava, ainda, sendo enrolado pelo cipó e o soltou, no mesmo momento ele se levantou e foi ajudar seus irmãos. Surpreendentemente eles conseguiram dominar Dolores e começaram a arrastá-la pela floresta, entrando ainda mais.
O que o Ministério faria para livrar Dolores deste sequestro?
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