A Vilã Morre No Final . escrita por Liz03


Capítulo 22
22) Peça uma carrada de arenoso




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- Então agora você chama a Capitã Cortez de “Emi”? – Mordi meu pão com manteiga e bebi um gole do café

- Ela é bem legal – Sofia tomou um gole generoso de achocolatado  e ficou com um bigode marrom – Você não disse que ela era tão divertida... – Mais um gole – e bonita

Ponderei com a cabeça e continuei mastigando. A segunda feira se espreguiçou e logo cedo fiquei contente em saber que além de mim Tolói e mais dois calouros foram convocados.  O caso do meu amigo japa era bem complicado, a noiva não estava digerindo bem essa de passar 6 meses sem se verem.

- Ela pirou cara, você não acredita – Ele sentou na beirada da cama e com o cotovelo apoiado no joelho passou a mão pelos olhos

Dei tapinhas reconfortantes no ombro do meu colega de quarto e me sentei ao seu lado.

- E você? – Ele olhou para mim por entre os dedos – Tem alguém a quem deixar aqui quando formos para Portugal?

- Tenho minha mãe e minha irmã e ... – Óbvio que ele acabaria sabendo já que Cortez também iria conosco, mas de repente achei melhor omitir um pouco – tem uma pessoa também

- Uma mulher?

O encarei com uma cara de ofendido.

- Claro que é uma mulher, pô! Tá me estranhando vei?

- Não, claro que não . É que eu não sabia que você tinha alguém

Fiz que sim com a cabeça. Eu também não tenho certeza se tenho alguém.

Olha, passaram 2 semanas antes do dia do embarque, nada de novo que você deva saber aconteceu. Comprei algumas roupas para a viagem, fiz o passaporte, minha mãe e Sofia ficaram tristes, a Capitã sumiu (inclusive me deixando plantado 2 horas em frente ao apartamento dela num sábado à noite). Nada muito especial.

O  aeroporto estava pouco movimentado. Se destacavam familiares e amigos dos calouros que embarcavam, além de mim e Tolói foram convocados César que eu já conhecia de vista e um tal de Paulo que eu nunca vi no batalhão. Minha mãe choramingava enquanto me abraçava e colocava em meu pescoço uma correntinha de ouro para me proteger, um pingente com duas asinhas gravadas, atrás se lia : “Para Tomás, Sofia e mamãe” . Algumas lágrimas escorreram dos meus olhos mas não demorei em tirá-las dali com os dedos, Sofia me abraçava a todo momento dizendo que sentiria minha falta e que eu me comportasse.  Emiliane não demorou a chegar com apenas uma mala, calça jeans preta, blusa azul manga longa e cabelos presos num rabo de cavalo. Cumprimentou minha mãe com beijinhos nas bochechas e se abaixou para falar com Sofia que estava com os olhos marejados e com um braço envolvendo minha perna.

- Oi – Ela disse segurando uma das mãos de minha irmã ( impressionante como Emiliane  tinha boa vontade para falar com Sofia)

- Oi – Minha pequena disse com a voz embargada – Você me promete uma coisa?

Cortez encarou aquela garotinha de olhos atentos por uns longos segundos, por fim fez que sim com a cabeça.

- Prometa que vai cuidar do meu irmão

- Ora Sofia, não preciso de babá – Eu disse inicialmente rindo, mas até perceber que nenhuma das duas estava prestando atenção no que eu disse parei de rir.

- Prometa – Sofia repetiu com precisão

- Eu...- Emiliane mirou qualquer coisa no chão por 2 segundos antes de olhar para minha irmã de novo – Prometo

Sofia desgrudou da minha perna e saltou no pescoço da Capitã que por pouco não se desequilibra e cai. Deu-lhe um beijo na bochecha, Emiliane estava com olhos ligeiramente arregalados quando se levantou , então voltou ao semblante calmo de sempre e olhou para mim, não ganhei nem oi, só um aceno de cabeça. Tolói estava a alguns metros com uma cara de espanto me questionando com um “mas o que?” que eu consegui distinguir fazendo leitura labial.Dei de ombros. Últimas despedidas antes de embarcarmos, já estava contando em viajar ao lado da Capitã, mas ela foi num vôo separado, é claro. O japa sentou na cadeira ao lado.

- O que a Capitã estava fazendo cumprimentando sua família?

Me xinguei mentalmente por não ter pensado em nenhuma desculpa no caminho até o avião. Improvisei várias opções, mas encarando o meu amigo mais um pouco percebi que íamos passar 6 meses num país diferente, ele e a Capitã eram meus maiores contatos na terra portuguesa. Quer saber? Hoje vai ser à moda da casa mesmo.

- É que eu e a Capitã Cortez - Limpei a garganta, me ajeitei na poltrona apertada - Estamos...meio que...tendo algo

- Algo? - disse com a voz alarmada - Você está tendo um caso com a Capitã?

Bem, ela é minha namorada, mas eu devo ser um caso dela mesmo.

- Err...mais ou menos isso - digo um pouco sem jeito

O japa mantém um semblante assustado e atordoado, e como não diz nada eu mesmo prossigo.

- Ela é legal - Ajeitei o tecido da calça jeans que , na verdade, já estava em seu devido lugar

- Faz muito tempo?

- Uns 2 meses e pouco

Tolói passa um tempo calado, olhando exclusivamente para frente.

- Nossa! Cara! Você está ficando com a Capitã Cortez! A mulher mais assustadora que eu já vi na vida!

- Ah...Ela não é assim tão assustadora....às vezes...quero dizer, ela pode ser até gentil, você viu com a minha irmã como ela foi? - Argumentei mesmo sem ter assim muita certeza

- É. Mas e com você ela também é assim tão gentil?

Não. É essa a resposta.Na verdade nem sei se ela realmente sente algo por mim ou se eu sou algo do tipo “recreio”. Mas me diz o que eu faço, am? Eu não consigo não gostar dela e , embora eu ache que estou caminhando para uma piscina cheia de mágoas, a cada segundo esse mistério chamado Emiliane Cortez me seduz mais e mais.

É claro que eu não disse isso.

- Não sei direito, ainda estamos nos conhecendo melhor - Eu disse isto

Então fomos dormir um pouco, afinal são 8 horas de viagem.

Acordei com um japonês babando no meu ombro. Fui ao banheiro. Ainda dei uma rápida olhada nas outras cadeiras para ver se ela não estava por ali, nem sinal. Voltei para o meu lugar. As rodas do avião apitaram em resposta ao contato com o solo. Pegamos nossas bagagens de mão e fomos em direção ao aeroporto de Lisboa. Tolói e eu esperamos as nossas malas aparecerem na esteira, na verdade, esperei também que Cortez fosse aparecer.

Nada dela.

Achamos as malas. Fomos em direção a um mini ônibus que nos esperava. Eu,Tolói, César e Paulo, mais o motorista, nada daquela mulher.  Mas quando o veículo deu a partida me levantei.

- Oi, você pode esperar mais um pouco? É que ainda falta uma pessoa – disse com o ônibus ainda em movimento e me equilibrando para não cair

- Não falta maisss ninguém – O motorista bigodudo disse com um legítimo sotaque português

- Falta uma mulher, a Capitã – digo com a voz um pouco mais alterada do que eu gostaria -  Ela também veio conosco para cá

- Bem, ela pode até ter vindo meu jovem, mas nesse automóvel ela não vai, só tenho 4 passageiros a pegar, agora sente-se sim? – o motorista disse com a voz calma.

Calma demais o que na verdade me irritou. Voltei relutante para o meu lugar.

- Ela não vem? – Tolói disse  quando eu já tinha decidido não pensar mais nela

- Não sei – foi o que eu decidi responder

Ainda bem que ele voltou a babar no meu ombro dormindo, porque eu realmente não estava a fim de falar sobre isso. Se Emiliane não se dignou a me dar um sinal de vida por que eu deveria me preocupar? Vou aproveitar um pouco esse primeiro dia em Portugal, esse ventinho frio apesar do sol, traços diferentes pelas ruas e tanto mais quanto eu achar conveniente para ocupar meus pensamentos. 

 A Vila militar era um lugar organizado, grandes áreas verdes e pessoas fazendo seus treinamentos. Fomos levados até um dos prédios que constituía os alojamentos. O nosso era o quinto edifício, para entrar devia-se abrir o portão, recebemos imediatamente uma chave para tanto, ao contrário dos nossos antigos dormitórios agora cada um teria seu quarto, corrigindo, na verdade era um quarto e sala. Uma cama de solteiro, uma cômoda, um pequeno armário, uma mesa também pequena, três cadeiras, um balcão que separava a cozinha americana, um frigobar, um fogão elétrico. Tínhamos também banheiro pequeno com apenas o essencial: pia, vaso e chuveiro.  Recebi também um conjunto com fardas e botas para os dias de treino. Tivemos algum tempo livre para descansar da viagem, tomei um banho gelado e me deitei um pouco na cama, fiquei conversando por um tempo com meu eu .

Eu fiz algo errado para ela sumir assim de repente?

Espera um minuto. Eu disse que não pensaria mais nisso, e assim será, Cortez até ofereceu o apartamento dela para que eu me hospedasse lá. E nem que ela volte a aparecer eu não vou aceitar, dessa vez não vou voltar atrás. Tenho que me convencer que o que eu chamo de “nós” não é para mim o que é para ela.

Um dos integrantes do batalhão português apresentou para nós, brasileiros, toda a Vila nos explicando também toda a rotina e seus respectivos horários. Teríamos um treinamento voltado para a parte de resgate e proteção, faríamos até um curso técnico relacionado a primeiros socorros. Nossa primeira aula de como socorrer vítimas de acidentes de carro estava rolando, estávamos misturados a estudantes portugueses, mas como o grupo para realizar essa atividade era de 5 integrantes uma caloura portuguesa entrou no grupo dos brasileiros.

- Bom dia gajos brasucas – Ela disse sorrindo.

Alexassandra, mas podíamos chamar de Alex, ela disse. Grandes olhos amendoados, cabelos cor caramelo presos em um coque elegante, um sinal charmoso acima dos lábios. Ela era extremamente rápida e competente, apesar de ser iniciante como nós, ficou claro que ela era muito superior quando se tratava de socorrer feridos. Mas Alex foi nos ajudando e dando boas dicas.Nós, entenda, Tolói e eu, principalmente. Afinal, depois que César usou um xaveco de quinta era sumariamente ignorado, e Paulo, bem, ele fazia o tipo calado. E não por isso, mas algo nele me irritava, não sei bem dizer o que, afinal isso às vezes acontece, você desgosta de alguém sem um verdadeiro motivo em potencial.

Uma semana inteira havia se passado.

Emiliane Cortez? Nada. Nem sinal. E eu me esforcei muito para lhe dizer isso: Não estou ligando muito (não vou dizer que não me importo, não é isso, só não me angustio como antes). Por isso quando Alex apareceu na minha porta com Tolói, já convencido, a seu lado e me chamou para ir a uma festinha num porto ali perto nem relutei.

Todas as embarcações aportadas estavam enfeitadas com fitas coloridas, um velho forte com a pintura verde desgastada também estava colorido e enfeitado. A festa era simples mas extremamente animada. E quanta gente! O porto estava bem povoado, a iluminação era precária, por isso cada grupo trazia suas próprias lanternas. As bebidas e os tira-gostos ficavam por conta de um trailer que havia parado por ali.Alex veio do trailer (onde apesar da fila havia conseguindo atendimento bem rápido) equilibrando 3 latas de cerveja.

- Como conseguiu assim tão rápido com aquela fila enorme? – digo bebendo um gole generoso da bebida – que para mim tinha gosto de sovaco –

Ela virou a latinha e sorriu , o que fez com que o sinal subisse suavemente em seu rosto.

- Tenho um bom amigo lá no trailer – disse por fim – Sabe como é– Completou com seu sotaque português charmoso.

Na verdade o português de Portugal não é tão fácil de se entender, parece outra língua quando eles começam a falar num certo ritmo, convivendo comigo e com Tolói, Alex se esforçava para falar pausadamente.  Ela nos apresentou outros gajos que eram seus amigos, conversamos, rimos e bebemos (depois da terceira lata de cerveja o gosto de sovaco parecia até gostosinho).

- Ei Tomi – Alex disse rindo e levantando o sinal com um sorriso – Vamos dançar?

- Ah, bem ...Eu não sei dançar – respondi com meu sorriso (muito menos charmoso, é claro)

- Hum...Pena que eu não vim de bota – Risadas

- Ah Tomás! Vai dispensar o convite de nossa anfitriã? – Tolói me empurrou para incentivar

- É Tomi, vamos – ela disse já me puxando pela mão

Já andando eu concordei acenando com a cabeça.

- Tudo bem, posso tentar

Começou uma música bem animada, como uma salsa, os cabelos que antes estavam num coque, agora dançavam junto conosco, ela me fez dar piruetas e rebolar de um jeito que não sabia ser capaz. A todo momento o sinal se movimentava num sorriso, ela tinha uma energia leve, uma coisa boa. Senti que todos os meus problemas foram dispensados, só por aquela noite. A festa continuou boa, e eu continuei contente. Voltamos para casa a pé, como viemos, rindo e cantarolando.Eu e Tolói nos despedimos de Alex que residia no segundo edifício. Nos dirigíamos a nossos quarto, aliás, eu falei que éramos vizinhos? Se não está dito.

- Boa noite gajo –falo tentando imitar o sotaque luso (mal sucedido, mas é engraçado tentar)

- Boa noite brasuca – Tolói diz também tentando imitar o modo de falar

Trocamos um abraço e uns tapinhas nas costas, eu estava rindo para o vento. A quanto tempo não me divirto assim? Ri mais um pouco rodando a chave, e mais um pouco abrindo a porta e só mais um pouquinho entrando no apartamento. Mas quando percebi que ela estava lá sentada em uma das cadeiras, a risada morreu instantaneamente.Olhos de um verde intenso e profundo me encararam, analisando do meu tênis até o último fio embaralhado do meu cabelo. Fiz um risinho interrogativo. Emiliane olhou para a mesa e brincou com a tampa de uma garrafa de água trazida por ela.

- Felizinho ein? – disse com ironia

- O que é bom, não é ? – devolvi no mesmo tom

- Unhum – Bebeu um gole da água – Vim buscá-lo

- Obrigado, mas não

- Não?!

- Não

- Posso saber por quê? – diz isso e se levanta caminhando lentamente até parar a poucos centímetros de mim

- Porque é melhor assim – Faço um sinal com a cabeça – Pra você e pra mim

Cortez não diz nada limpa a gola da minha camisa, que eu lembre não estava suja, mas enfim. Deu mais um passo na minha direção, agora pude sentir a respiração dela quente e controlada.

- Está chateado? – diz por fim

Penso por um momento, e decido pregar sinceridade, então digo que sim num movimento breve de cabeça.

- Por que eu não disse nada por esse tempo?

Repito o movimento. Emiliane também afirma com a cabeça.

- Você está certo – diz me surpreendendo, só espero não estar deixando transparecer a surpresa no rosto – Tudo bem – ela continua separando bem as palavras – Mas...eu quero ter a chance de pedir desculpas, você me daria uma chance?

Mais uma vez confirmo sem falar nada.

- Amanhã...? – Cortez olha para o relógio – Aliás, hoje mais tarde?

- Certo- digo enfim, quero que ela perceba meu tom de indiferença – Pode ser

- Vou lhe levar num lugar especial para que você me perdoe- Passou a mão pelo meu rosto suavemente . Que ela não perceba o arrepio. Que ela não perceba... – Passo para lhe buscar aqui em frente às 16 horas, para dar tempo de você se recuperar dessa ressaca, certo?

- OK – Tento sorri, mas quando eu tento fingir um sorriso sempre aparece uma careta, então desisto logo

Emiliane Cortez me dá um beijo na bochecha. Eu já disse que estou fazendo meu tom de indiferença e não sei se foi por isso que aquele beijo me pareceu frio, sem vontade, mecânico, vai ver é assim que eu estava relacionado a esse encontro de amanhã...hoje, que seja. Fui dormir com animação muito menor do que quando passei pela porta, desejei esquecer por um momento essa aparição, me concentrar só na festa, só na vontade de rir sem motivo. Me remexi na cama estreita. Olhos castanhos inundaram meus pensamentos, cabelos caramelos dançantes....

Abri os olhos subitamente. Xinguei baixinho, me condenei por esses devaneios. Corrigi. Olhos verdes, cabelos castanhos e certeiros. Enfim, adormeci.

Abri os olhos relutantes em me obedecer. Me espreguicei.Bocejei. Ainda bem que é Domingo, porque depois daquela festa se eu tivesse compromisso....Pu#@ que %$!iu  o encontro com a Emiliane! Levantei tropeçando nos móveis, procurando pelo relógio que deixei no balcão da cozi...DEUS É MAIS! 15:50 p.m .

Conferi se as axilas poderiam ficar sem um banho. Não, definitivamente não. Corri para o chuveiro e tomei um banho rápido, pelo mesmo motivo das axilas o cabelo não pôde escapar do banho. Saí correndo ( e escorregando) do banheiro, relógio: 15:57 p.m . AAAA!

Vesti uma calça jeans, um all star preto e...e eu percebi que não tinha noção de para onde iríamos.  Procurei a primeira camisa que encontrei, uma verde com um duende piscando um olho. No momento em que olhei para a camisa em mim detestei, mas vai ficar essa desgraça mesmo. 16:00 p.m. Saí correndo pela Vila militar passando os dedos pelo cabelo para penteá-lo. Olhei para os lados ofegante uma buzina veio da direita e um carro preto se aproximou. A porta abriu sozinha, entrei. Um Bugatti imponente foi se pronunciando enquanto eu entrava. O carro era de tirar o fôlego, mas quando eu me virei e encarei a motorista, meu fôlego fez as malas e fugiu para Pasárgada.

Óculos com lentes meio esverdeadas, um short jeans que acabava a 4 dedos do joelho, uma camiseta salmão por cima de uma camiseta branca.

- Uau...

- Boa tarde, já pode fechar a porta

-....você está linda, muito linda

Ela fez um movimento rápido com a cabeça. Passou o braço por mim para fechar a porta. E aquele cheiro...que perfume....inspirei profundamente querendo guardar aquele aroma comigo o máximo de tempo possível. Só saí desse transe quando ela arrancou com o carro e começou a acelerar daquele jeitinho típico.

- E então? Para onde vamos? – digo colocando o sinto de segurança

- Para um lugar especial – Ela olha para mim e sorri, sorriu também abobalhado – Para você me desculpar

- Hum...certo    

E já nem estou indiferente, já não estou “não ligando”.  Emi liga o som e a Taylor Momsen começa cantando empolgada The Pretty Reckless. “I used to hate you, but now I love you, so like a rose, so like a rose “ (Eu costumava odiar você, mas agora eu a amo como uma rosa).

“I dont l-l-l-l-like you

 I l-l-l-l-love you

 I used h-h-h-h-hate you

Now I really fucking love you”

(Eu não gosto de você

Eu te amo

Eu costumada te odiar

Agora eu te amo pra ca#@%&*)


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Notas finais do capítulo

Oi gente, tudo de boa na lagoa? Olha, a fic vai ingressar numa nova etapa, alguns aspectos mudarão (espero para melhor). Tentei dar uma ajeitada nesse capítulo, fazê-lo mais legal, me digam como está, ok?
Comentem (pelo bem de suas almas) porque acreditem eu pratico bruxaria e estou captando medo em seus olhos, quem não comentar vai ganhar um bonequinho de macumba UAAA UAAA *temam* ashuash
Bjao