Juntos Até O Fim escrita por Monaliza, Micaela


Capítulo 4
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Hey, mais um capítulo. Espero que gostem.
Beijos



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Assim que tinham colocado seus filhos no berço, Carla e Tomás foram para a sala, cada um com uma expressão mais dura e furiosa que a outra.


-Precisava mesmo ter me tratado daquele jeito?!- Carla falava com os braços cruzados espreitando os olhos castanhos,fuzilando o marido.

-Que jeito? Eu sempre te tratei do mesmo jeito, você que está cheia de palhaçada esses dias!- Gritou Tomás, olhando fixamente para sua esposa, com a voz carregada de fúria e amargura.

-Você já percebeu que não é mais um adolescente mimado e que curte a vida sem pensar nas consequências, Tomás?! Pois é, você não é! Você já é um adulto, Tomás! Você tem responsabilidades, você tem uma esposa e você tem filhos! Você não pode simplesmente sair por aí para curtir a noite e só voltar no dia seguinte!- Gritou Carla, apontando o dedo na cara do marido.


Ela se sentia tão mal por eles estarem brigando, mas ela simplesmente não pôde se conter. Ela tinha que colocar tudo pra fora, dizer tudo o que pensava. O ódio tomava conta dela de tal forma que ela nem notava que com toda gritaria poderia acordar seus filhos e vizinhos. Com Tomás não era nada diferente.

-Eu não preciso de você como minha babá! Eu vou sair com o Pedro e o Diego para comemorar a gravidez da Roberta! Eu não vou fazer nada demais, tá bom?- Tomás gritava. Ele tinha o tom de voz bastante alterado, e a face vermelha.

-O problema é que você não sai só hoje, você saí quase todas as noites e geralmente chega de madrugada ou ás vezes só chega de manhã! E quando eu te pergunto onde você estava e fazendo o quê, você me dá um fora ou simplesmente me ignora da maneira mais grossa e fria que você conseguir! Sabe, isso não me parece muito justo!- Carla gritava. Suas bochechas estavam avermelhadas, sua voz alterada, os olhos cheios de lágrimas. Ela sabia que a qualquer momento iria começar a chorar, mas ela tentava evitar a qualquer custo.


Tomás se virou para a porta e saiu. Ele ainda conseguiu ouvir Carla gritando com ele, com a voz embargada por causa do choro. Ele tinha que sair dali o mais rápido possível, tinha que esfriar a cabeça e se distrair um pouco ou era capaz de fazer uma loucura ali mesmo. Ele foi em direção ao elevador e apertou o botão. Quando o elevador apareceu, Diego e Pedro estavam lá dentro, conversando alguma coisa que ele não conseguiu identificar.

-Viu só Diego? Nem precisava a gente ter vindo aqui separar a briga deles, a gritaria já parou.- Pedro disse, olhando para Diego.

-Vocês estão falando de mim e da Carla?- Tomás perguntou, o que fez os dois amigos olharem para ele, com a expressão confusa.

-Ah,... Oi. A gente nem te viu aí, cara.- Diego disse, coçando a cabeça, nervoso por ter sido pego no flagra fofocando com Pedro sobre a vida do amigo que nem duas menininhas.

-Vocês ainda não responderam o que eu perguntei.- Tomás argumentou, olhando para os amigos.

-Mais ou menos. Deixa eu explicar. Quando você saiu lá de casa com a Carla, eu liguei para o Pedro e ele disse que não queria ir e ficou inventando um monte de desculpas esfarrapadas. Depois eu comecei a ouvir uma pessoa gritando, mais especificamente brigando. Então eu pedi para o Pedro vir comigo até aqui para saber o que estava acontecendo. Depois que a gritaria ficou mais alta, nós identificamos suas vozes.- Diego explicou calmamente ao amigo.

-Na verdade, ele não pediu. Ele praticamente me obrigou.- Pedro disse, olhando de uma forma ameaçadora diretamente para Diego.

-Ok, ok. Já entendi. Agora, vamos sair logo daqui, eu preciso esfriar a cabeça.- Tomás disse, impaciente. Ele entrou no elevador e apertou o botão que os levaria ao térreo.


Enquanto isso, Alice, não conseguia dormir de jeito nenhum, ficava rolando na cama que agora parecia incrivelmente grande, vazia e fria. Ela precisava de Pedro ali, do seu lado, abraçando-a de uma forma que só ele sabe.

Todas as noites, ele sempre dormia com os braços em volta dela, e ela aninhada em seu peito. E hoje Pedro não estava lá para aninhá-la naqueles braços fortes e calorosos que ela tanto amava. Ela também estava muito preocupada com Carla, já que tinha ouvido parte da conversa de Pedro e Diego, dizendo que Carla e Tomás estavam brigando, e isso não ajudava em nada.

Ela bem que tentou ignorar tudo e dormir, mas ela simplesmente não conseguia. Ela bufou de raiva pelas tentativas inúteis de tentar dormir e se levantou da cama. Ela percebeu que estava apenas com uma camisola preta minúscula, e foi até o closet e pegou um casaco qualquer de Pedro e o colocou.

Ela foi andando devagar até a sala, tentando não fazer barulho, para não acordar os filhos. Ela decidiu dar uma olhada neles, para ver se estavam bem.

Primeiro ela foi ao quarto de Matheus. Ele estava dormindo profundamente na pequena cama, com o cobertor até a cintura.

"Meu bebê está crescendo tão rápido! Nem acredito que já faz seis anos..." Pensava Alice, olhando seu filho da soleira da porta.

Ela foi até a cama dele e se abaixou. Ela cobriu seu pequeno corpo com o cobertor até os ombros e em seguida lhe dei um beijo carinhoso na testa. Mesmo estando dormindo e sem estar consciente que sua mãe estava ali do seu lado, Matheus sorriu. Alice não pôde evitar de sorrir também.

-Boa Noite, meu bebê.- Alice disse carinhosamente, e em seguida se levantou e saiu do quarto do filho.

Depois de ir ao quarto de Mateus, ela foi até o quarto de Clarisse, que para a não-surpresa de vocês, era completamente decorado de rosa bebê, lilás e branco.

Ela entrou no quarto e foi observar sua pequena filha, que dormia tranquilamente no berço. Ela tinha os cabelos loiros bagunçados, que iam até um pouco abaixo dos seus pequenos ombros, emoldurando seu rostinho alvo e suas bochechas levemente rosadas.

"Ela perece um anjinho... O meu anjinho". Alice pensava, enquanto acariciava os cabelos da filha com ternura.

Ela deu um breve beijo em sua testa e saiu do quarto.


Alice foi até o sofá e se deitou lá. Ela ligou a TV num volume quase inaudível, já que não passava nada de interessante. Depois de alguns minutos, ela resolveu ligar para Roberta. Ela ligou uma vez, mas chamou até cair a ligação. Ela ligou de novo e dessa vez Roberta atendeu.

-Alô- A voz de sonolenta de Roberta saía pelo celular.

-Oi Roberta. Te acordei?- Alice perguntou para a amiga.

-Não, imagina. Eu só tava esquiando no Havaí junto com um rinoceronte albino. Só isso.- Disse Roberta, irônica. Alice pôde ouvir ela suspirando do outro lado da linha.- É claro que você me acordou, Alice! - Roberta disse irritada.

-Ah, desculpa se eu estava querendo saber se minha amiga sabe alguma coisa sobre a Carla que por sinal, teve uma briga com Tomás.- Alice disse, também irônica.

-Garota, eu não acredito que você me acordou para fazer fofoca sobre a vida da Carla e do Tomás!-Roberta disse, indignada.

-Não é fofoca! Eu estou preocupada com ela. É diferente. E eu também não tenho culpa se você está de mau-humor!- Alice argumentou.

-Ok, não estou afim de brigar com você á essa hora da noite. Fala logo o que você quer falar, para eu poder voltar a dormir. Fala logo antes que eu desista de te escutar.-Roberta disse, impaciente.

-Tudo bem, eu liguei para perguntar se você sabia se a Carla estava bem e se você queria ir lá comigo.- Alice disse.

-Eu não sei nada sobre a Carla e não vou com você pra casa da Carla á essa hora. Talvez amanhã. E eu não tenho culpa se você está com insônia, então, por favor, não liga mais pra mim hoje. Tchau.- Roberta disse, desligando na cara de Alice.


Alice não ficou surpresa por Roberta ter desligado na cara dela, ela já estava acostumada. Ela ficou alguns minutos apenas deitada no sofá, sem fazer nada. Apenas pensando.

Algum tempo depois, ela decidiu tomar um banho para relaxar um pouco. Ela foi até o banheiro, se despiu e tomou um banho quente demorado. Depois do banho, ela fez seu habitual ritual de beleza pós-banho, que tinha cremes, perfumes, esfoliantes e etc.

Depois de ter feito isso tudo, ela já estava cansada e o sono era maior que as outras preocupações, então depois de se aconchegar em sua cama, não demorou muito até que ela pegasse no sono.


Tomás, Diego e Pedro estavam numa espécie de boate e bar. Eles estavam se divertindo e bebendo, com moderação. Tudo estava bem, Tomás não estava mais nervoso e tentava não pensar na discussão. Cerca de uma hora depois que eles estavam no bar, chegou uma bela morena, que chamava a atenção de todos por onde passava pela sua beleza.

Ela se sentou em um canto mais reservado, e ficava olhando diretamente para os meninos, mais especificamente para Tomás. Assim que Tomás percebeu os olhares dela, e disfarçadamente ele a olhou, se surpreendeu ao reconhecê-la.

Tomás ficou muito surpreso ao ver que a morena que o olhava tanto, era sua ex-namorada, Patrícia. Ela foi sua namorada antes dele entrar no Elite Way, mas não durou muito tempo, pois, ela era uma daquelas namoradas obcecadas que vigia a vida do namorado.

-Merda. Eu não acredito que ela está aqui.- Tomás disse, virando o rosto, desejando que ela não tivesse visto seu rosto e tivesse o reconhecido. Mas no fundo, Tomás sabia que não iria adiantar de nada, pois ela já estava olhando para ele a um bom tempo.

-Ela quem, cara? Você está ficando louco, isso sim.- Pedro disse, um pouco confuso com o que o amigo disse.

-Vocês estão vendo aquela mulher de cabelo preto,lá no fundo, olhando pra cá? -Tomás perguntou, ainda tentando esconder o rosto, olhando para os lados.

-Sim, o que tem ela?- Diego perguntou, vasculhando o lugar com o olhar até encontrar a mulher a quem Tomás se referia.

-Ela é minha ex-namorada, Patrícia, nós namoramos por pouco tempo antes de eu entrar no Eilite Way. Antes de conhecer vocês e antes de conhecer Carla.- Tomás explicou para os amigos.


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Notas finais do capítulo

Bem, não sei quando vai sair o terceiro capítulo. Talvez demore um pouco, pois estou sem tempo.
Obrigada por ler e até o próximo capítulo.



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