Doce Assassino escrita por Alenya


Capítulo 1
Primeira Tentativa




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Capítulo 00 - Started.


A música fúnebre e nostálgica invadia o quarto que mantinha-se com a luz apagada. As lágrimas desciam pela face da garota como a fina chuva que caía. Até o céu demonstrava sua tristeza. Pois a luz mais brilhante não estava mais entre eles...


... Todo fim... Tem um começo!


Os dedos finos escorregavam pelas teclas do piano clássico, revelavam uma melodia elegante e de certa agonia. Os fios loiros lhe caíam pela face, mas nunca a atrapalhando a continuar. O vestido longo azul, com aparência medieval tornavam a cena angelical e melancólica.

– Senhorita Lucy - um senhor de cabelo grisalho a chamara.

– Sim? - sem abandonar as notas ou retirar os olhos das teclas.

– Seu noivo a aguarda no salão principal.

– Diga que logo estarei lá.

– Como desejar - fez uma reverência e saiu.
No cômodo luxuoso o rapaz possuidor de uma cicatriz na face e porte de batalha esperava sem demonstrar nenhuma ansiedade. Estava entediado. Não entendia o porquê de toda aquela encenação melancólica. E desejava matá-la. Com suavidade...

– Desculpe por fazê-lo esperar - descia as escadas como se pisasse em almofadas de algodão, sem ruídos. Elegante como deveria ser.

– Para minha futura esposa tenho todo o tempo do mundo - não se importava de mentir, muito menos de fingir que era o que realmente almejava - Lucy - segurou sua mão direita e depositou um beijo delicado.

– Seja bem-vindo Luxus - sorriu timidamente - A que devo sua visita?

– Venho trazer-lhe proteção, estou sendo ameaçado - ironizou como se ameaças a ele fizessem parte de seu cotidiano - Dessa vez minha dama é o alvo. Tenho que deixá-la protegida, porém não posso me afastar por muito tempo de meu reino.

– O que pretende então? - a nostalgia invadia o local, ela não demonstrava nenhum interesse.

– Alguém irá cuidar de você para mim.

– Já tenho criados o sulficiente, não preciso de mais alguém me perseguindo.

– Ele é de minha inteira confiança. Seu pai me deu permissão, peço que não o desobedeça.

– Que seja - virou de costas.

– Tratarei de adiantar o nosso casamento o mais rápido possível.

– Se ele é tão forte assim, não precisará se preocupar - subindo os degraus com suavidade - Desejo-lhe uma boa viagem - desaparecendo no corredor a frente.

– O que achou?

– Alvo fácil - saiu de uma das sombras do local.

– Não me desaponte - o encarou - Natsu.


Capítulo 01 - Primeira Tentativa


O número 1 entre vários. Aquele que possuía a confiança do herdeiro de toda a Fairy Tail, era o requisitado a fazer tudo aquilo que seu mestre almejava. Mesmo que isso incluísse tirar a vida de uma garota frágil. Não gostava de matar mulheres, principalmente se fossem belas e delicadas, mas recebera uma ordem direta. E iria Cumpri-la, como sempre.

O plano corria como o esperado: ficariam praticamente sozinhos na mansão. O pai da garota ainda estava viajando a negócios e nem ele nem nenhum dos empregados sabiam de sua presença. Luxus os dera ordens que obrigavam a tomar certa distância do local, assim não haveriam erros.

A última luz do corredor dos quartos dos empregados fora apagada e ele se encaminhava para o outro lado da mansão. Passara as últimas horas pensando em como faria isso, e chegou a conclusão que uma facada direto no coração seria a maneira mais piedosa, e assim o faria.

Já estava do lado de fora do quarto e podia escutar a melodia triste que emanava do local. Não hesitaria mais. Girou a maçaneta com suavidade e abriu a porta, revelando o quarto escuro, iluminado apenas pela luz da lua que entrava pela enorme janela de vidro.

– A que devo sua visita? - a voz saiu doce e de encontro com a melodia lhe soava como a perfeição. Finalizou pressionando quatro teclas distintas e se virou, sempre de maneira elegante e refinada.

– Vim matá-la - tentou transparecer firmeza, mas sentiu a própria respiração descompassar ao olhar a face angelical nada surpresa à sua frente.

– Entendo - abaixou os olhos - Por favor, seja gentil - tirou os cabelos da frente do peito o jogando para trás e encarou os olhos castanhos que lhe observavam com atenção.

– Admito que é uma reação nova para mim - iniciou uma caminhada lenta até ela e aproximando-se puxou uma faca de médio porte posicionando no pescoço da garota - Feche os olhos.

– Quero ver a expressão de um assassino enquanto ele executa alguém.

– Mesmo que esse alguém seja você? Não está sentindo medo?

– Se espera que eu suplique pela minha vida está almejando demais - os olhares mantinham-se firmes um no outro e então ele sorriu.

– Seria ótima em uma batalha senhorita, quem não teme a morte sempre permanece vivo em uma guerra.

– Guerras são estúpidas que nem aqueles que as fazem.

– Bonitas palavras para alguém que não conhece os reais motivos.

– Presumo que não teria tempo para me contar, já que minha morte é desejada o quanto antes.

– Não tenho prazo para realizar o meu trabalho senhorita.

– Lucy, por gentileza. Ao menos na minha morte desejo ser tratada como uma pessoa comum.

– Nem de longe seria. Existe algo que deseja fazer antes de partir?

– Nada que poderia me proporcionar.

– Sua astúcia me irrita.

– Mate-me de uma vez.

Encarou os olhos castanhos mais uma vez. A luz da lua agora diminuíra, mais ainda conseguia ver sua face com perfeição, o ambiente a deixava ainda mais linda. Possuía um corpo provavelmente invejado e inteligência dignada de uma Deusa. Sua astúcia e delicadeza a aproximavam da perfeição. Estava-o enfeitiçando. E ele estava gostando da adrenalina que começava a invadir seu corpo.Suspirou.

Um misto de alívio, culpa e cansaço - Tenho sete dias para matá-la - tirou a lâmina de seu pescoço - Lhe darei seis deles para viver.

Ela permaneceu indiferente.

– Porém existem condições - sentou ao seu lado, permanecendo com os olhos fixos nela - Não sairei de perto de você em nenhum momento, se eu a vir conversando de forma suspeita com alguém matarei essa pessoa e desejo escutar doces palavras todas as noites de ti.

– Doces palavras? - mantinha-se indiferente.

– Como as que me encataram hoje. Escutarei tudo o que almejar me dizer, contanto que seja da mesma maneira que as que me fizeram deixá-la viva. É um trato entre nós dois.

– Como quiser assassino-kun - abaixou a cabeça em sinal de reverência.

– Natsu - esticou a mão pra ela - Aquele que irá matá-la.

– Lucy - apertou-a - Sua dama de compainha por curto prazo.


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