Disenchanted escrita por Luana Lee


Capítulo 85
Capítulo 85 - Frank e o Psicólogo


Notas iniciais do capítulo

Gostaram do cap. anterior, néh?! (66'
hahaha Boa Leitura.



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Frank’s P.O.V.


Saí do apartamento de Gerard e Layla e dirigi até o consultório do Dr. Memphis, o psicólogo.

Estacionei em frente ao local, era uma clínica grande, pintada de branco, haviam algumas plantas ali na frente, um jardim bonito.

– Vou pegar o nome do decorador – murmurei para mim mesmo enquanto passava pelo jardim e ia até a porta.

Entrei no local, era climatizado e estava friozinho. Fui até um balcão onde havia uma mulher – de aparentemente uns cinquenta anos – de cabelos avermelhados e usando óculos de grau.

– Olá – ela disse quando me aproximei.

– Oi – respondi. – Tenho uma hora marcada com o Dr. Memphis.

– Seu nome? – ela perguntou, já olhando para o computador.

– Frank Anthony Thomas Iero – respondi, sem emoção.

– Ah, sim, aqui está – ela sorriu. – Ele lhe atenderá em um minuto.

– Okay – falei.

Sentei-me em uma das diversas cadeiras acolchoadas que havia ali, haviam mais duas pessoas ali também.

Eram duas mulheres – na verdade, uma delas era apenas uma adolescente. A pequena parecia-me familiar, tinha cabelos avermelhados, pele clara, baixinha.

Ela deve ter percebido que eu a encarava, e tirou os olhos de sua revista rapidamente, encarando-me por alguns milésimos de segundo e depois olhando para sua revista mais uma vez. De repente, ela encarou-me novamente, com olhos arregalados, logo pude reconhecer aquela expressão.

– Frank? – ela perguntou, assustada.

– Amanda? – perguntei, rindo.

– Oh, você lembra de meu nome! – ela arfou.

– Claro que lembro – ri novamente. – Afinal, não seria fácil esquecer o acontecimento ontem à noite no aeroporto.

– Tem razão – ela concordou.

– Bem, como está sua amiga? – perguntei.

– Está bem, irá hoje à tarde para casa – ela respondeu. – Posso fazer uma pergunta?

– Pode – falei, sem pensar.

– O que você está fazendo aqui? – ela riu.

– Ah, uma longa história – falei. – Acham que eu sou louco...

– Que horror! – ela fingiu espanto.

– E você? – perguntei.

– Ah, a mesma coisa – ela riu.

Parecia não querer me contar algo, mas não insisti. Mesmo se eu quisesse, logo fui chamado pela mulher no balcão, Dr. Memphis estava pronto para me atender.

– Nos vemos qualquer dia desses – falei.

– Com certeza – ela sorriu, voltando a ler a revista.

Entrei na sala onde a mulher havia me apontado, era uma sala grande e espaçosa, tinha paredes pintadas de caramelo, um sofá no canto que me parecia confortável, uma prateleira cheia de livros, uma cadeira acolchoada em frente a uma mesa de madeira escura e brilhante. E atrás desta mesa se encontrava um homem com uma barba grisalha, assim como seus poucos cabelos. Ele devia ter uns cinquenta anos, assim como a secretária, sorriu gentilmente, gesticulando para que eu me sentasse na cadeira.

– Senhor Frank Iero? – ele perguntou, mas me pareceu uma pergunta retórica.

– Sim – respondi mesmo assim.

– Bom, eu sou Dr. Memphis, seu novo psicólogo – ele sorriu.

– Não, isso é apenas uma única consulta de avaliação, não quer dizer que eu irá freqüentar realmente as outras consultas – corrigi rudemente.

– Claro, é apenas modo de falar – ele concordou.

Ficamos alguns minutos em silêncio.

– Quer me falar sobre o que lhe trouxe aqui? – ele perguntou.

– Minha mulher é louca, pensa que eu sou louco e me mandou para cá – disse simplesmente.

– Por que ela acha que o senhor é louco?

– Por que ela cismou que eu não dou mais atenção a ela depois que nossa filha nasceu – respondi.

– Entendo – ele disse, anotando algo em uma prancheta. – Quantos anos têm sua filha?

– Ela irá fazer um ano em Julho – falei.

– Hum... – ele disse, anotando mais alguma coisa. – Então, nesses dez meses que se passaram, quanto tempo o senhor passou apenas com a sua mulher?

– Eu não sei... – falei, confuso. – O necessário...

– E quanto é o “necessário”? – ele fez aspas no ar.

– Eu não fico contando – fiquei pasmo.

– Vocês planejaram ter uma filha? – ele perguntou.

– Não, aconteceu... – falei. – Mas eu a amo muito! – acrescentei.

– Senhor Frank, eu diria que o senhor está passando por um mal que alguns homens passam quando se tornam pais muito repentinamente – ele disse, lentamente. – O homem começa a dar mais atenção ao bebê do que a mãe, pois acha que a criança pode se sentir um pouco “abandonada” pelo fato de não ter sido planejada. Como uma recompensa, você entende?

– Uhum... – murmurei, sem emoção.

– Eu sei, o senhor não irá entender por enquanto, mas eu recomendo que volte, pelo menos mais uma vez, para tentarmos desenvolver sobre esse assunto – ele falou sorrindo.

– Claro – disse irônico.

– Bom, o senhor pode ir se quiser – ele disse, levantando-se e caminhando até a porta.

– Já?

– Era apenas uma avaliação – ele sorriu. - Viu? Não doeu nada!

– Posso pelo menos saber o que o Senhor anotou ali? – apontei para a prancheta em sua mão.

– Não, é segredo médico – ele respondeu.

– Okay – dei de ombros e saí. – Adeus – falei, passando por ele.

Amanda não estava mais ali, pude perceber isso, só havia uma mulher de cabelos grisalhos lendo uma revista.

Fui rapidamente até o carro, Diana, Layla, Leticia e Michele iriam me pagar por ter me obrigado a ir até ali.

***



Layla's P.O.V.



Gerard e eu estávamos deitados no chão, em frente ao sofá, abraçados.

– Eu gosto desse tapete – falei.

Gerard deu uma leve risada.

– Eu disse que quando comprei esse apartamento eu pensei em tudo, não é? – ele respondeu.

– Ah, então o senhor imaginou que talvez precisássemos de um tapete fofinho... – ri.

– Com certeza – ele disse, orgulhoso.

– Safado – falei, dando-lhe um beijo rápido.

Nesse momento um choro começou no quarto dos bebês.

– Droga – Gerard bufou.

Peguei minha camisola – que estava jogada sobre o sofá – e a vesti rapidamente, indo até o quarto.

Era Arthur novamente.

– O que foi, Arth? – peguei-o no colo. – Você nunca chorava, agora está assim por quê?

O acalmei aos poucos, ele parecia tão desesperadinho.

– O que ele tinha? – Gerard perguntou quando fui até a cozinha.

Ele já havia vestido uma calça jeans preta e uma camiseta azul marinho. Gerard preparava algo no fogão.

– Não sei, apenas estava chorando – falei.

– Arth nunca chorava – ele riu. – Acho que Helie foi uma má influência para ele.

– Provavelmente – ri também.

Fui até nosso quarto e troquei de roupa, coloquei um short jeans qualquer e uma blusa branca. Enquanto penteava meu cabelo ouvi a campainha tocar.

Alguns minutos depois fui até a sala, vi Frank e Gerard na sala conversando.

– Olá – falei a Frank. – Com foi o psicólogo?

– Não me lembrem disso – ele falou. – Aquele cara é louco! Ele que precisa de tratamento! Ele disse “o senhor está sofrendo de um mal muito comum em homens que se tornam pais muito repentinamente, eles acabam enxergando suas esposas como ‘as mães dos filhos deles’ e não como ‘esposas’, mas o mais considerável motivo é por que eu estaria querendo ‘recompensar’ Alice por pensar que ela se sentiria ‘abandonada’ por não ter sido uma filha planejada”!

O encaramos sem expressão.

– Qual é, eu não faço isso! – ele disse, histérico.

– Tem certeza? – perguntei.

– Tenho... – ele respondeu.

– Okay – Gerard deu de ombros.

– Nem venha com isso, Senhor Gerard! – Frank rosnou. – Você sabe que eu não faço isso!

– Eu não disse nada, Frank! – Gerard rosnou também.

– Hey, não vamos brigar por causa disso! – falei.

Os dois ficaram fuzilando um ao outro com olhares raivosos. Logo Frank fora embora, tinha algumas coisas para fazer.

Gerard e eu fomos almoçar, ele havia preparado sua grande especialidade. Macarrão instantâneo.

– Você está bem? – perguntei, enquanto comíamos.

– Sim – ele disse, estranhando minha pergunta. – Por quê?

– Está pálido – falei, tocando sua testa rapidamente. – E quente...

– Eu estou bem – ele sorriu, acariciando minha mão. – Apenas um pouco cansado.

– Hum – dei de ombros.

Passamos o resto da tarde em casa, Gerard continuou um pouco estranho, mas sempre dizia-me que estava bem quando eu o questionava.



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Notas finais do capítulo

REVIEWS??
O.o
Beijos'