Disenchanted escrita por Luana Lee


Capítulo 67
Capítulo 67 - Chegou a Hora


Notas iniciais do capítulo

Capítulo dedicado à minhas lindas Killjoys que lêem essa fic desde o primeiro capítulo... :) Amo vcs, suas LINDAS, QUE ME FAZER RIR E ATÉ ME EMOCIONAR COM SEUS REVIEWS! *raaawr
Bem... O título diz tudo.. :)
Boa Leitura.



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X – x 5 de Abril x – X

 Eu estava um balão, faltavam quatro dias para o aniversário de Gerard. Havíamos voltado há quatro dias de Jersey, minha mãe fizera aniversário no dia trinta de março.

 - Bom dia! – Gerard disse enquanto eu entrava na cozinha, esfregando os olhos, sonolenta.

 - Bom dia – murmurei, sentando-me rapidamente.

 - Cansada? – ele riu.

 - Eu não suporto ficar de pé nem por cinco segundos – respondi.

 Franzi o rosto com mais uma contração, elas não eram tão incômodas antes, mas agora pareciam estar mais frequentes e doíam um pouco.

 - Não quer que eu ligue para Dr. Thomas? – Gerard perguntou.

 - Não, isso é... normal – falei, pausando para respirar por causa da dor. – Nem está doendo, é só desconfortável – menti.

 Tomamos café da manhã, me conti para não demonstrar como eu estava sofrendo com aquela dorzinha chata.

 - Quais os planos para hoje? – perguntei, tentando descontrair.

 - Ficar em casa... comer... dormir – ele sorriu.

 - É tudo o que eu quero – sorri também. – Você não tinha uma reunião com a banda e os produtores hoje?

 - Tinha, mas não vou... Não é uma boa ideia deixar você assim – ele respondeu.

 - Não, pode ir...

 - Layla, eu vou dar uma de marido chato e me impor, então eu vou ficar em casa e ignorar suas vontades a respeito disso – ele encerrou.

 - Vai dar uma de mandão agora? – perguntei.

 - Essa casa precisa de um Macho Alfa – ele estufou o peito.

 Fui obrigada a rir.

 - Macho Alfa? – perguntei, em meio às gargalhadas.

 - É, Layla, Macho Alfa – ele revirou os olhos. – Agora come.

 Terminamos o café, Gerard lavou a louça e eu fui trocar de roupa enquanto isso. Demorei cerca de dez minutos para realizar essa tarefa, parando para respirar por causa das contrações.

 Depois, fui até a sala, onde Gerard ligara a televisão. Sentei ao seu lado, ele abraçou-me com um braço.

 Assistimos por alguns minutos, mas logo uma contração fez-me arfar.

 - Layla, elas não deviam ser apenas quatro por hora? – ele estava preocupado.

 - E estão sendo – menti.

 - Não, eu estou contando, você fez caretas de dor seis vezes desde que acordou, e isso faz apenas uma hora – ele retrucou.

 - Está tudo bem, okay? – encerrei o assunto.

 Assistimos por mais alguns instantes, mais uma dor chata atingiu a parte de cima de minha barriga, logo se espalhando por ela até chegar à parte de baixo, não olhei para Gerard, mas senti seus olhos em meu rosto.

 Cerca de trinta minutos se passaram, mas logo outra contração fez-me arfar novamente.

 - Layla... – Gerard começou.

 - Eu vou ao banheiro – interrompi ele, havia algo estranho.

 Fui até o banheiro, trancando a porta. Eu não havia ingerido líquidos desde a última vez que viera ao banheiro, cerca de meia hora antes. Parei em frente à pia, lavando meu rosto para tentar refrescar-me e me acalmar. De repente, uma forte contração fez-me gemer de dor, estava cada vez mais forte.

 Tampei minha boca, para abafar o leve grito de dor.

 Nesse instantes, senti uma sensação estranha, como se meu short estivesse úmido. Toquei o tecido, próximo à minhas pernas, estava realmente molhado.

 Mais uma contração dolorosa.

 A parte de baixo de minhas costas estava doendo muito, assim como a parte inferior de minha barriga.

 Logo senti como se meu short estivesse ficando mais úmido, e eu sentia algo “saindo” de mim.

 - Droga – murmurei.

 Abri a porta e fui até a sala lentamente.

 Mais uma contração me atingiu.

 - Gerard... – chamei, apoiando-me na parede.

 - Sim? – ele olhou rapidamente.

 - Eu acho que está na hora... – choraminguei, agora estava doendo.

 - Oh Deus, tem certeza? – ele perguntou, levantando-se e correndo até mim.

 - Não, mas eu acho que sim – respondi.

 - Okay, eu vou pegar as coisas para os bebês e vou levá-la ao hospital – ele disse, já correndo até o quarto dos bebês e trazendo a bolsa onde se encontravam os itens necessários para alguns dias na maternidade.

 Gerard me ajudou a entrar no carro, jogando a bolsa no banco de trás e entrando no veículo rapidamente.

 Ele falava com Dr. Thomas ao celular enquanto dirigia rapidamente pela cidade.

 - Qual o intervalo das contrações, Layla? – ele perguntou para mim.

 - Acho que uns dez ou cinco minutos, não é regular – respondi.

 Gerard repetiu isso para o médico.

 - Okay – Gerard disse, desligando. – Ele disse que provavelmente eles estão nascendo, ele vai para o hospital agora para lhe examinar.

 - Me empresta o celular? – pedi.

 Gerard entregou-me o celular.

 Disquei o número conhecido, chamou três vezes até a voz feminina e rouca atender.

 - Alô?

 - Shelly? – tomei cuidado para não falar “madame”.

 - Layla? – ela pareceu reconhecer minha voz. – Está tudo bem?

 - Os bebês... Vão nascer – eu disse, em meio a uma contração.

 Gerard parecia não prestar atenção em minha conversa, estava nervoso o bastante por ter de dirigir rapidamente, mas mesmo assim tomei cuidado com minhas palavras.

 - Oh... – ela arfou.

 - Eu estou com medo... Me ajude, por favor – falei. – Com aquele assunto.

 - Vou fazer o possível, Layla – ela disse, desligando logo depois.

 Coloquei o celular de Gerard em seu bolso da jaqueta.

 Chegamos à maternidade alguns minutos depois – por sorte não havia trânsito na cidade.

 Dr. Thomas logo nos atendeu, levando-me para a sala de ultra-som.

 - Bem, um deles não está na posição certa para o parto, Layla – disse Dr. Thomas. – Devo informar que precisaremos de uma cesárea.

 - Não... eu quero parto normal – choraminguei.

 - Mas não vai ser possível, Layla – insistiu o médico. – Um dos bebês não vai conseguir sair sozinho, precisamos fazer isso.

 Respirei fundo, eu não queria ser cortada.

 Gerard apertou minha mão, sorrindo para mim.

 - Eu vou estar lá com você, okay? – ele disse.

 Concordei com a cabeça, estava com medo. Estava com medo do que poderia acontecer, depois de tudo que eu sabia, depois de saber de todos os riscos que eu corria. Tudo por culpa dele. De Brendon.

 Fiquei cerca de meia-hora esperando com Gerard na sala de ultra-som enquanto Dr. Thomas se preparava para a cirurgia.

 Duas enfermeiras também estavam colocando o soro em mim, preparando as anestesias. Tive de trocar de roupa, colocar uma camisola azul do hospital, e Gerard teve de colocar uma roupa azul, igual à de Dr. Thomas para poder entrar na sala de cirurgia.

 - Está tudo pronto – disse Dr. Thomas, entrando na sala de ultra-som.

 Respirei fundo. Tudo estava pronto... menos eu. Fui o caminho todo da sala de ultra-som até a sala de cirurgia de olhos fechados, deitada na maca.

 Tive que mudar para outra cama, as enfermeiras me encheram de fios, agulhas, tubos. Logo o bip do medidor de batimentos começou a funcionar, aceleradamente, já que meu coração estava quase pulando pela boca.

 - Acalme-se, Layla – pediu Dr. Thomas. – Tente relaxar, vamos colocar a anestesia em você.

 Todos já usavam máscaras e luvas, podia apenas ver seus olhos. Gerard estava ao meu lado, segurando minha mão, acariciando minha testa.

 - Eu estou aqui – ele sussurrou próximo ao meu ouvido.

 Deixei uma lágrima escapar, estava com medo do que aconteceria depois deste momento. Gerard a secou, sem saber o real motivo de meu choro.

 Tive que virar de lado para Dr. Thomas aplicar a anestesia em mim. Seria local, para que eu permanecesse acordada.

 Em poucos minutos senti a região de meu abdômen adormecer e começar a formigar.

 - Está sentindo meu toque? – perguntou Dr. Thomas, provavelmente tocando minha barriga.

 - Não – falei.

 - Okay – ele disse. – Podemos começar a operação.

 Pude ouvir ele pedir o bisturi a uma das enfermeiras, mas não vi ele o pegar, senti apenas algo tocando a região inferior de minha barriga, ele estaria me cortando já?

 Olhei para Gerard, ele olhou rapidamente para minha barriga, secou o suor em sua testa com as costas da mão e voltou a olhar para mim.

 Sim, já deviam estar me cortando.

 Estava começando...


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Notas finais do capítulo

REVIEWS??
O QUE SERÁ QUE VAI ACONTECER?? O.O
BEIJOS'