Disenchanted escrita por Luana Lee


Capítulo 55
Capítulo 55 - Pequeno Acidente


Notas iniciais do capítulo

Bem... mais um cap. Esse aqui é um pouco misterioso *muahahahaha* kkk'
Boa Leitura.



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X – x 17 de Dezembro x – X

 Layla’s Dream – On

 Aquele lugar era-me desconhecido, não lembrava de ter ido ali outra vez em minha vida. Estava um pouco escuro, se não fosse pela lâmpada fraca no meio do espaço. Parecia-me um galpão. Eu segurava um bebê pequenino, era o mesmo dos outros sonhos.

 Foi então que eu o vi, há alguns metros de distância, atrás da luz, ele segurava um bebê, o que me assustou.

 - Brendon? – perguntei, confusa.

 Ele nada disse, apenas olhou-me com uma mistura de desprezo e raiva, logo voltando o olhar para a criança em seus braços.

 Caminhei lentamente até ele, devia estar morto, o que fazia ali?

 - Ele é meu por direito, Layla – ele rosnou enquanto eu me aproximava.

 - Do que está falando? – perguntei, confusa.

 - De seu filho... Você devia estar morta, eu devia ter lhe matado, você não devia estar viva! – ele parecia cheio de ódio.

 - Isso não lhe dá o direito de pegar o meu filho! – gritei, tentando pegar a criança de seus braços. Estava confusa, se eu tinha um bebê em meus braços, por que ele dizia que aquela outra criança era meu filho também?

 Brendon esquivou-se, impedindo que eu lhe tocasse. O bebê dormia tranquilo, parecia não saber do perigo que corria nos braços daquele maníaco.

 - Você não vai poder impedir, Layla – ele disse.

 - Isso é o que você pensa... – disse, com raiva. – Eu vou encontrar um jeito, Brendon! Livrei-me de você uma vez... não vai ser difícil fazer isso de novo!

 Ele apenas sorriu, como se me desafia-se.

Layla’s Dream – Off

- -

 - Layla... Layla... – alguém chamava em meu ouvido.

 Gerard sorria, animado, segurando um envelope vermelho em sua mão.

 - Feliz aniversário! – ele gritou, feliz.

 - Obrigada – murmurei, espreguiçando-me.

 Sentei-me na cama, Gerard me entregou o envelope vermelho.

 - Eu falei que não queria nenhum presente – disse.

 - Acho que vai gostar – ele sorriu. – É para mim também.

 Abri o envelope, retirando de seu interior os dois papéis ilustrados, olhei para Gerard.

 - O que é isso? – perguntei, não havia lido, estava com sono de mais para isso.

 - Leia – ele sorriu novamente.

 Li algumas linhas soltas, tentando captar a mensagem que aquilo trazia.

 - Está de brincadeira, não é? – perguntei, sem acreditar.

 - Não – ele riu.

 - Ah, Gerard! – disse, o abraçando forte. – Te amo!

 - Eu sei – ele riu novamente.

 Eram duas passagens de avião para Londres.

 - Vamos ter que falar com o Dr. Thomas para ver se você pode viajar, mas acho que não terá problemas – ele disse, afagando meu rosto.

 - Você é o melhor marido do mundo, Gee... – disse, dando-lhe um beijo rápido.

 O dia estava frio, havia neve lá fora também – igual ao meu último aniversário.

 - Vamos ao Central Park? – perguntei quando cheguei à sala, onde Gerard assistia televisão.

 - Por quê? – ele perguntou.

 - Quero bater algumas fotos – expliquei. – É o primeiro aniversário meu que a gente está passando juntos...

 - Claro – ele riu. – Podemos ir.

 Coloquei uma blusa de mangas compridas, um suéter de lã azul claro e uma jaqueta jeans; coloquei uma calça jeans skinny e calcei uma de minhas botas para neve.

 - Não vou deixar você sair assim – disse Gerard quando voltei à sala.

 - Assim como? – assustei-me.

 - Tão bonita – ele riu. – Vão ficar olhando de mais para você!

 - Bobo – ri, ficando mais tranquila.

 Gerard dirigiu devagar pela estrada um pouco escorregadia, meu estômago doía um pouco, parecia que eu havia ficado um pouco traumatizada com os acontecimentos do ano passado.

 O gramado verde do Central Park estava completamente tomado pela neve, meu queixo tremia de frio, Gerard riu disso.

 Tentei fazer um boneco de neve, mas a droga da neve não ficava, então ele acabava se desmanchando em um monte de neve derretida. Gerard bateu algumas fotos da minha cara de decepção.

 Algumas pessoas pararam Gerard para bater fotos e pedir autógrafos, uma delas era uma garota de no máximo quatorze anos que pediu ele em casamento. Achei um pouco de graça disso, por que ela me esnobou um pouco.

 Enquanto caminhávamos pela calçada, uma voz feminina meramente conhecida gritou atrás de nós.

 - Gerard! Hey, Gerard!

 Olhamos rapidamente, e senti vontade de sumir naquele momento.

 - Jessica! – ele disse, surpreso.

 Ela deu um abraço apertado nele – como se não se vissem há muito tempo. Estava com uma roupa de corrida, devia estar praticando esportes matinais.

 - Pensei que só veria você no próximo aniversário de Frank! – ela riu.

 - Também pensei – ele riu também.

 Ele parecia desconfortável com aquela situação, sabia que se não estivéssemos em público eu já teria enfiado a cara dela na neve.

 - Gerard... – falei. – Vou ali comprar uma água.

 - Okay – ele respondeu.

 Fui até um carrinho que vendia bebidas e comprei uma garrafinha de água. Fiquei ali, observando os dois conversarem. Ela quase se jogava sobre ele.

 Em um momento, ela pareceu mostrar alguma coisa para Gerard em sua blusa – colada para variar –, na altura do busto. Vadia, pensei.

 - Vagabunda – murmurei, com raiva.

 - Ela está dando em cima de seu namorado? – perguntou a garota que havia vendido-me a água.

 - Marido – corrigi. – E dar em cima é apelido, ela está quase implorando para que ele me troque por ela.

 - Você é forte – ela riu. – Se fosse comigo eu já teria colocado a cara dela na neve.

 - Devo ser... mas é essa a minha vontade – respondi. – Prazer, me chamou Layla.

 - Carie – ela disse, apertando minha mão. – Espera aí... – ela ficou assustada. – Aquele não é o...

 - Sim... – sorri. – Gerard Way, da My Chemical Romance.

 Ela sorriu, animada.

 - Você tem alguma coisa pesada que eu possa jogar na cabeça dela? – pedi.

 - Tenho um liquidificador – ela riu.

 - Fico tentada a aceitar – respondi, olhando novamente para eles.

 Eu conseguia ler os lábios dela, falava sobre a festa, eu acho. Alguma coisa sobre Gerard ter sumido de repente.

 - Bem, vou até lá – disse. – Nos vemos por aí.

 - Claro – ela sorriu.

 Caminhei até eles rapidamente, meu nervosismo era tanto que esqueci da existência da neve ali, então não tomei cuidado ao andar.

 Apenas senti meus pés escorregarem na grama coberta pela camada branca. Caí de costas no chão, consegui não bater a cabeça.

 - Droga! – rosnei. Minhas costas começaram a doer imediatamente.

 - Layla... – disse Jessica, fingindo estar assustada.

 Gerard virou-se imediatamente em minha direção, vi o espanto atravessar seu rosto ao ver-me caída no chão.

 - Layla! – ele disse, correndo até mim. – O que aconteceu?

 - Eu caí! – disse o óbvio.

 - Está sentindo alguma coisa? – ele perguntou, preocupado.

 - Sim... Minhas costas estão doendo muito – choraminguei.

 Jessica aproximou-se de nós, olhava-me sem emoção.

 - Ela está bem? – ela perguntou.

 - Não! Não estou! – gritei.

 - Venha – disse Gerard, ajudando-me a levantar. – Quer ir ao médico?

 - Acho melhor... – iria dizer para irmos para casa, mas percebi que minhas costas doíam muito. – Sim! Quero ir!

 - Jessica, nos vemos outro dia, okay? – disse Gerard, já caminhando comigo até o carro.

 Ela não respondeu.

 Gerard levou-me rapidamente até o consultório de Dr. Thomas no hospital. Logo fui atendida.

 - O que aconteceu? – perguntou o médico.

 - Eu escorreguei e caí – respondi, fazendo uma careta com a dor.

 - Deve tomar cuidado, Layla... Sua gravidez inspira cuidados, você sabe – ele disse, tenso. – Vamos fazer alguns exames.

 Gerard foi para a sala de espera, estava nervoso, o que deixava-me mais preocupada.

 Além de exames para a saúde do bebê, também tirei uma radiografia para certificarmos que eu não havia quebrado nada.

 Nada foi detectado, então Dr. Thomas permitiu que Gerard entrasse na sala novamente, ele iria fazer um ultra-som.

 Gerard estava roendo as unhas enquanto Dr. Thomas começava o ultra-som.

 - Bem, vamos ver como está esse bebezão – disse o médico, aplicando um gel em minha barriga.

 Dr. Thomas olhava fixamente para a tela, parecia intrigado com algo.

 - Estranho... – ele disse, unindo as sobrancelhas.

 - O que é estranho? – perguntou Gerard, assustado.

 - Tem alguma coisa aqui... – ele disse, apontando na tela.

 Todos nós olhamos fixamente para ela, tentando identificar o que ele dizia.


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Notas finais do capítulo

REVIEWS? PLEASE?
REVIEWS??
- - -
Beijos..