Disenchanted escrita por Luana Lee


Capítulo 52
Capítulo 52 - Aniversário de Frank


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura amores... :)



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 X – x Duas Semanas Depois x – X

 Acordei durante a noite, Gerard dormia tranquilamente ao meu lado. Sentei-me na cama, minha cabeça girou um pouco por ter levantado rapidamente, apoiei-me no colchão. Nesse instante senti algo um pouco úmido nas pontas de meus dedos, não conseguia enxergar o que era. Fiquei curiosa e intrigada, acendi a luz rapidamente. Arfei.

 Havia uma mancha no lençol, não muito grande, devia ter mais ou menos um palmo, mas ainda assim fiquei assustada. Essa mancha era de um líquido avermelhado que eu logo pude identificar. Sangue.

 Olhei para meu corpo, havia uma macha em meu short de pijama. Segurei-me para não gritar, não queria deixar Gerard muito assustado. Respirei fundo para me acalmar antes de acordá-lo, não queria que ele ficasse nervoso.

 Fui até o banheiro rapidamente e troquei de roupa, tampei a mancha com outra parte do lençol, daria um jeito naquilo depois.

 - Gee... – sussurrei, acordando-o.

 - Hum? – ele murmurou, sonolento.

 - Olha, vou falar uma coisinha, mas não fica assustado, okay? – adverti.

 - O que é? – ele perguntou, curioso.

 - Bem, eu acordei agora e tinha uma mancha no lençol e na minha roupa, eu estou sangrando um pouco – expliquei lentamente.

 - Como assim? – ele ficou assustado, pulando da cama.

 - Não fique assim, acho que está tudo bem, mas acho melhor irmos ao hospital – falei.

 - Mas é claro que vamos! – ele estava histérico.

 Gerard trocou de roupas rapidamente e fomos até o hospital, eu estava sentindo uma cólica irritante, mas nada que eu pudesse chamar de dor.

 - O que está sentindo, senhora Way? – perguntou Dr. Thomas, o obstetra do hospital.

 - Na verdade eu não estou sentindo nada, apenas tive esse sangramento – expliquei.

 Gerard havia ficado na sala de espera, ele estava nervoso e eu precisava fazer exames.

 Dr. Thomas examinou minha barriga e fez um ultra-som para verificar os batimentos cardíacos do bebê.

 - E aí? – perguntei quando ele terminou.

 - Bem, os batimentos dele estão normais, não parece ter havido nenhuma complicação, talvez esse sangramento tenha sido alguma lesão na parte externa no útero, faremos exames para confirmar, mas é o mais provável – ele explicou.

 - E isso não interfere no bebê?

 - Depende do tamanho da lesão, já vimos que ele está bem, então a lesão deve ter sido mínima.

 Fiz alguns exames que constataram uma pequena lesão, não pude explicar como que ela havia sido feita, já que eu não tive nenhum tipo de acidente doméstico, mas o que importava é que o bebê estava bem.

 - Tem certeza que está bem? – perguntou Gerard, enquanto entrávamos em casa.

 - Sim, não aconteceu nada de mais grave – falei pela milésima vez.

 Gerard foi preparar uma xícara de café para mim, e eu tirei o lençol de nossa cama, colocando-o no cesto de roupas sujas e trocando-o por outro.

 Tomei os remédios que o médico havia receitado, e logo dormi novamente, Gerard ficou acordado o resto da noite, preocupado.

- -

 X – x 03 de Novembro x – X

 Estávamos chegando à festa de aniversário de Frank, ele havia marcado para o primeiro sábado depois da data real, já que o dia trinta e um de outubro era em uma quarta-feira.

 Frank e Diana estavam felizes, Alice estava de três meses e parecia uma bonequinha, usava uma meia-calça branca, um vestidinho rosa cheio de babadinhos e um sapatinho preto, sem falar na florzinha em seu cabelo pequenino.

 - Foi Frank quem a vestiu – riu Diana.

 - Não sabia que você tinha entendia de moda, Senhor Iero – brinquei.

 - Eu sou um expert em moda, honey – ele brincou, arqueando uma sobrancelhas, fazendo carão.

 - O figurinista da banda – riu Gerard.

 O apartamento foi enchendo aos poucos, na maioria eram as mesmas pessoas da festa do ano anterior.

 Por volta de nove e meia da noite, a campainha tocou novamente, Frank foi abrir.

 - Olá! – disse aquela garota, pulando no pescoço de Frank.

 Demorei um pouco, mas logo a reconheci.

 Era Jessica, estava um pouco diferente, mais magra, agora tinha os cabelos na altura dos ombros, quase brancos de tão loiros.

 Ela logo avistou Mikey e Gerard e veio correndo para cima deles, aquilo causmou-me um embrulho no estômago.

 - Há quanto tempo não nos vemos, Gerard! – ela quase gritava.

 - Realmente, acho que nos vimos há exatamente um ano, no aniversário de Frank também – ele sorriu.

 - Não, eu lhe vi há uns sete meses atrás no supermercado, mas acho que você não me viu – ela sorriu também.

 - É, realmente eu acho que não lhe vi – ele disse, pensativo.

 - Olá, Jessica – falei, sorrindo. – Está muito bonita.

 - Oi! – ela sorriu, fingiu surpresa ao ver-me. – Hum... Layla é o seu nome, não é? – ela se fez de esquecida.

 - Sim – respondi.

 - Que surpresa! Você e Gerard ainda estão namorando? – ela perguntou.

 - Não – falei.

 - Oh, então... – ela disse, pensativa.

 - Estamos casados – sorri, triunfante.

 - Ah – ela ficou realmente surpresa agora.

 - Vamos ter um bebê também – disse.

 - Como se já não bastasse Frank fazendo crianças – ela disse, voltando-se a Gerard agora.

 - Agora só falta Mikey – ele riu.

 - Logo providenciaremos os nossos também – disse Leticia, abraçando Mikey.

 Eu conhecia ela, estava tão irritada quanto eu, fez aquilo para mostrar que Mikey era seu, e pareceu funcionar, já que o resto da noite Jessica não desgrudou de Gerard. Ela falava no ouvido dele, se aproveitando da música um pouco alta. Segurei-me para não fazer um escândalo ali, fui até o banheiro.

 - Layla! – chamou Leticia na porta.

 Abri a porta rapidamente, ela olhava-me preocupada.

 - Está tudo bem? – ela perguntou.

 - Não, por que tem uma vadia dando em cima do meu marido na minha frente e eu não posso fazer nada! – disse.

 - Não fique nervosa, vai fazer mal ao bebê – ela sorriu. – Será que você não pode fazer aquela cena de “estou passando mal” novamente?

 - Acho que não, eles estranhariam se eu fizesse isso de repente – falei. – Argh! Eu juro que se eu não estivesse grávida eu tomaria um porre agora e avançaria nos cabelos dela!

 - Eu faria o mesmo se não estivesse com um bebê de colo – disse Diana, chegando ali. – Vocês viram o abraço que ela deu no Frank?

 Fomos até o quarto de Diana e Frank, ficamos conversando enquanto Diana trocava as fraldas de Alice.

 - Eu acho que vou pedir o Mikey em casamento – disse Leticia. – Sou a única aqui que não tem nenhuma ligação real com o parceiro. Diana tem uma filha e vai casar em alguns meses, Layla está casada e vai ter um bebê... eu estou apenas namorando, nem se quer moramos juntos, ele vai dormir quase toda noite comigo, mas isso não é morar!

 - Mas ele quer algo mais sério – disse Diana. – Ele já falou de filhos com você.

 - Eu quero casamento! – ela esbravejou. – Depois eu penso se vou ter filhos!

 - A gente está parecendo três adolescentes falando sobre os ficantes – ri.

 - Layla e eu podemos fazer um esqueminha para você e o Mikey casarem – riu Diana.

 - Isso se faz para ficar e não para casar – disse Leticia, revirando os olhos.

 - Mas se dá certo com um, pode dar certo com outro – falei.

 Ficamos ali por alguns minutos, até que Frank entrou no quarto, nos assustando.

 - Oh vocês estão aí – ele sorriu. – Layla, Gerard está lhe procurando, ele está preocupado com você.

 - Diga a ele que eu morri – bufei.

 - Okay – ele disse, sorrindo e saindo do quarto.

 - Ele vai dizer mesmo – riu Diana.

 - Eu sei – dei de ombros.

 Poucos minutos depois foi Mikey quem entrou no quarto.

 - Oi fofinha – disse ele pegando Alice do meu colo. – Layla, Gerard está lhe procurando – ele disse a mim.

 - Ora, Frank ainda não disse a ele que eu morri? – perguntei, irônica.

 - Não – ele riu, devolvendo-me Alice. – Mas quer que eu dê o recado?

 - Claro – sorri.

 - Quero só ver a cara dele – ele disse, rindo, enquanto fechava a porta.

 Dois minutos exatos se passaram e Gerard abriu a porta do quarto.

 - Morreu, não é? – ele riu.

 - Sim – disse, entregando Alice para Leticia.

 - Oh, então eu vou lá chorar – ele brincou.

 - Boa ideia, Jessica pode consolá-lo – ironizei.

 Gerard revirou os olhos.

 - Cadê o bebê do padrinho? – ele disse, fazendo uma voz boba, pegando Alice do colo de Leticia. – Vamos ver se você concorda comigo... – ele disse, virando-a de frente para mim, ela dormia pesadamente, mas ele a movimentava como se fosse uma boneca – a madrinha Layla não parece morta, parece? – ele perguntou à ela. – Não, titio Gerard – ele disse, como se fosse Alice quem estivesse falando.

 - Vai deixá-la cair – adverti.

 Ele a segurava por baixo dos bracinhos, próxima há seu corpo, de frente para mim, mas mesmo assim parecia que ela iria cair há qualquer momento.

 - Eu não vou cair, madrinha – disse ele, novamente como se fosse Alice. – É, ela não vai cair, Layla – ele disse, agora com a voz normal.

 Revirei os olhos, Gerard voltou a segurar Alice normalmente, entregando-a novamente à Leticia.

 - Bem, vou deixar vocês em paz para velarem o corpo de Layla – ele riu, saindo do quarto.

 - Idiota – murmurei.

 - Ele te ama! – sorriu Leticia, dando-me Alice novamente.

 - Hum – murmurei. – Que bom para ele.

 - E você também ama ele – ela continuou.

 - Mas é claro que sim, se não amasse eu não teria casado com ele – falei.

 Ela riu.

 - Acho que alguém sujou a fralda – falei, rindo.

 - De novo? – perguntou Leticia, espantada.

 - Ela é uma máquina de sujar fraldas – disse Diana, pegando-a de meu colo.

 - Estou com pena dela – disse Leticia.

 - Por quê? – perguntei, assustada.

 - Ela não para em colo nenhum, está passando pelos braços de todo mundo – ela riu. – Nesse pequeno tempo que estamos no quarto, ela foi no colo de Gerard e Mikey, e passou várias vezes pelos nossos braços.

 - É verdade – concordou Diana.

 Depois de Diana trocar a fralda de Alice, resolvemos voltar para a festa. Fui levando Alice no colo, era mais um pretexto para não voar de repente em Jessica.

 - Que coisinha mais linda a sua filha, Frank! – gritou Jessica, aproximando-se rapidamente de mim, na verdade, de Alice. – Tem a sua cara!

 De repente ela já estava tirando Alice de meus braços, sem nem se quer pedir se podia pegá-la.

 - Quero ser madrinha! – ela riu, mas falava sério.

 - Já batizamos – disse Diana, seca. – Layla, Gerard, Leticia e Mikey são os padrinhos.

 - Ah – ela disse, desanimada.

 - Com licença, ela precisa dormir – disse Diana, pegando Alice dos braços de Jessica.

 Fui para o lado de Gerard lentamente, ele estava com um copo de cerveja em uma das mãos. Gerard passou o braço livre em volta de minha cintura e falou em meu ouvido:

 - Você está irritada? – ele dava um sorriso leve, para que não percebessem sobre o que estávamos falando.

 - O que você acha? – disse em seu ouvido, também sorrindo.

 Gerard selou nossos lábios, surpreendendo-me.

 - Vamos para casa – falei em seu ouvido.

 - Layla... isso tudo é besteira – ele disse.

 - Okay – dei de ombros, soltando-me de seus braços e pegando o copo de cerveja de sua mão.

 Tomei dois goles da bebida, eu não gostava muito de cerveja, mas ninguém precisava saber disso agora.

 - O que está fazendo, Layla? – Gerard perguntou, tirando o copo de minha mão.

 - Ora, não dá para ver? Estou bebendo – disse.

 - Você não pode, está grávida! – ele disse, em prantos.

 - Você disse que vamos ficar na festa, isso quer dizer que eu devo me divertir, e isso inclui beber um pouco – disse, inocentemente.

 - Tudo bem, vamos para casa então – ele disse, dando-se por vencido.

 Apenas sorri, vitoriosa.

- -

 Chegamos em nosso apartamento cerca de meia hora depois de sairmos do prédio de Frank e Diana. Fui rapidamente tomar um banho, estava irritada ainda.

 Enquanto Gerard tomava banho, fui comer algo na cozinha. Peguei duas fatias de pão e passei margarina nelas, depois coloquei algumas fatias de mortadela e formei um sanduíche.

 Depois deitei no sofá, Gerard saiu do banheiro e se abaixou em minha frente para ficar com a cabeça da mesma altura que eu.

 - Está tudo bem? – ele perguntou, sorrindo e afagando meu rosto.

 - Uhum – disse simplesmente. – Está na frente da televisão...

 - Não quer ir assistir no quarto, comigo? – ele perguntou.

 - Tanto faz – falei.

 Ele riu e saiu dali, indo para o quarto.

 Fiquei ali por alguns minutos, assistindo um filme de comédia, mas estava chato de mais e eu estava com frio. Pensei na cama e no edredom quentinhos que estavam lá no quarto, fui obrigada a ir até lá.

 Gerard riu ao me ver entrando no quarto, a luz estava apagada, apenas a televisão ligada. Deitei ao seu lado e me cobri com o edredom, Gerard abraçou-me logo depois.


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Notas finais do capítulo

REVIEWS??
REVIEWS??
:)
Beijos.