Disenchanted escrita por Luana Lee


Capítulo 47
Capítulo 47 - Papai Iero & Novos Pesadelos


Notas iniciais do capítulo

Capítulo um pouco cute... :)
Boa Leitura... sz



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X – x Um Mês Depois... x – X


Gerard e eu dormíamos tranqüilos quando o telefone tocou durante a madrugada, fui atender rapidamente.

– Alô? – atendi, sonolenta.

– Layla? Aqui é o Frank! – disse uma voz masculina e nervosa.

– Olá Frank, o que houve? – perguntei, surpresa por sua ligação.

– Diana... É... Acho que ela entrou em trabalho de parto, a gente acabou de chegar aqui no hospital – ele disse rapidamente.

– Oh! Mas não deveria nascer apenas daqui uma ou duas semanas? – perguntei.

– Sim, mas pelo o que parece a bolsa estourou, ela começou a sentir muitas contrações e eu trouxe ela para cá – ele falava rápido. – Layla! A Alice vai nascer! – ele quase gritou, animado.

– Incrível! – gritei também. – Gerard e eu chegaremos daqui a pouco.

– Okay – ele disse.

Desliguei o telefone e corri para o quarto.

– Gee! – gritei, pulando sobre ele na cama.

– Hum? – ele perguntou, sonolento.

– A Alice vai nascer! – gritei.

– Alice? – ele ficou confuso. – Ah! O bebê de Diana e Frank vai nascer?

– Sim – disse, animada.

Gerard e eu trocamos de roupas rapidamente e fomos até o hospital, quando chegamos Frank, Leticia e Mikey estavam sentados na sala de espera da área da maternidade.

– E aí? – perguntei a Frank rapidamente.

– O médico disse que realmente ela entrou em trabalho de parto, ele disse que pode demorar algumas horas – ele explicou.

– Demora tanto assim? – perguntou Gerard, surpreso.

– Também me surpreendi – disse Mikey. – Eu sempre via nas novelas que a mulher chegava à maternidade e logo o bebê nascia.

– Pois é – concordou Gerard.

– Mas não é assim – disse Leticia. – Demora algumas horas até que tenha dilatação suficiente.

– Dilatação suficiente? – perguntou Mikey, confuso.

– É, até que o caminho esteja aberto o bastante para a criança passar, sabe, a... – ela explicou.

– Chega, chega – interrompeu Gerard. – Informações de mais.

Logo Linda também chegou, estava super feliz com o nascimento do primeiro neto. Ficamos quase quatro horas ali esperando.

– Demora tanto assim pra... dilatação? – perguntou Mikey, escolhendo cuidadosamente a última palavra.

– Pode demorar muito mais – falei.

– Quando eu nasci, minha mãe foi às dez da manhã para a maternidade e eu nasci apenas às três da tarde – disse Leticia.

– Nossa – Mikey ficou surpreso.

– Minha mãe foi às dez da noite e eu nasci às uma e meia da manhã – falei. – Até que não demorou muito.

– Ela já estava com contrações há algumas horas? – perguntou Leticia a Frank.

– Acho que sim, pelo menos ela reclamava um pouco de dor – ele respondeu.

– Ah, então daqui a pouco Alice nasce – falou Leticia. – Demoraria mais se vocês tivessem vindo logo que as dores começaram.

– Frank demorou quanto para nascer? – perguntei à Linda.

– Não muito, fui para o hospital por volta das oito da noite e ele nasceu às onze e meia – ela respondeu. – Era tão fofinho e gordinho...

– Ah, que coisa mais fofa! – disse Mikey, passando a mão em cima da cabeça de Frank.

– Pára! – disse Frank, esquivando-se do toque.

Ficamos mais meia hora esperando, até que o médico voltou, era Dr. Thomas, o mesmo que atendera Diana há alguns meses.

– E aí, doutor? – perguntou Frank, levantando-se rapidamente.

– Nasceu – disse Dr. Thomas. – Uma linda menina.

– Eu sabia! – Frank e eu gritamos, empolgados.

– Ela nasceu algumas semanas antes do previsto, mas não aparenta ter nenhum problema, faremos alguns exames de rotina nesses casos, mas provavelmente ela não precisará ficar na incubadora – explicou o médico. – Já tem algum nome?

– Alice – disse Frank, parecia emocionado.

– Lindo nome – comentou Dr. Thomas. – Daqui a pouco já poderão entrar para vê-las.

– Okay – disse Frank.

O médico saiu, ficamos ali por mais uma hora e meia até ele voltar.

– Sr. Iero, o senhor pode entrar agora – disse Dr. Thomas.

Frank o seguiu rapidamente, Linda foi com ele, demoraram cerca de quarenta minutos.

– Que horas são? – perguntou Mikey, com a cabeça deitada no ombro de Leticia, quase dormindo.

– Oito da manhã – disse Leticia, olhando no celular.

Frank voltou com lágrimas nos olhos, estava emocionado.

– Ela é... linda! – ele disse, inteiramente bobo. – Fofinha, cheia de dobrinhas, e eu juro que ela deu um sorrisinho!

– Crianças assim não sorriem ainda – disse Mikey, estragando a felicidade de Frank.

– Você não tem filhos, Mikey! Ela sorriu, sim! – esbravejou Frank.

– Eu também vi – disse Linda, sorrindo.

Cerca de dez minutos depois mais duas pessoas entrarem, fomos Leticia e eu.

– Di! – abracei-a quando entramos.

– A mamãe mais linda do mundo! – disse Leticia.

– Parabéns! – falei.

Do seu lado havia um pequenino bercinho transparente e dentro dele havia um pequenino ser, vestido completamente de rosa, com olhinhos fechados. Alice.

– Que... linda! – falei, aproximando-me dela.

– Não era um ET! – disse Leticia, fingindo estar surpresa.

– Também fiquei surpresa – disse Diana, rindo.

– E é uma menina – falei, rindo. – Cadê sua intuição de mãe, hein Diana?

Ela revirou os olhos.

– Pelo menos não é um Alien – disse Leticia.

– É – concordei. – Será que posso pegar?

– Claro! – disse Diana, sorrindo.

Peguei Alice com cuidado, ela era tão pequenina e tão delicada, eu tinha medo de deixá-la cair, mal lembrava-me da última vez que peguei um bebê no colo.

– É tão leve – falei, rindo.

– Claro que é – disse Leticia. – É um bebê que nasceu há poucas horas.

– Ah – falei. – Eu tenho uma coisa para lhe perguntar – disse à Diana.

– Pergunte – ela sorriu.

– Hum... É... Na hora que... sai... Dói muito?

Ela começou a rir.

– Um pouco – ela disse por fim.

– Um pouco, pouco; um pouco, suportável; ou, um pouco, estou mentindo para não lhe influenciar a não ter filhos – perguntei.

Ela olhou-me um pouco tensa.

– Um pouco da segunda e da terceira opção – ela sorriu.

– Oh Deus! – arfei. – Será que Gerard vai ficar bravo comigo se eu não quiser ter filhos?

– Ah, você pode adotar – disse Leticia. – Não correrá o risco de ter um Alien.

– Pode doer, mas vale a pena, Lay – disse Diana. – Olha que coisinha mais linda!

– Realmente – concordei. – É tão pequena, e fofinha... E tem realmente os olhinhos um pouco azulados...

– Parece o Frank falando – riu Diana.

– Bobos iguais – disse Leticia.

Ficamos mais ou menos meia hora com Diana e o bebê, logo tivemos que sair, Gerard e Mikey entraram e ficaram cerca de dez minutos lá dentro.

Logo depois Gerard e eu voltamos para casa.

– Ela é realmente linda – ele disse, enquanto entrávamos no apartamento.

– Sim – concordei. – Ela parece com Frank.

– Você conseguiu ver isso? Pra mim ela tinha cara de Alice, só isso – ele riu. – Crianças não parecem com ninguém quando nascem, apenas com crianças.

– Oh, falou o senhor experiente – falei. – Então os nossos não terão a sua cara?

– Ah, os nossos vão ser diferentes, vão ser idênticos a mim – ele riu.

– Principalmente as meninas, não é? – brinquei.

– Nossa, como você é engraçada, Layla! – ele fingiu uma risada.

– Não é? Eu sempre soube isso! – ri.

– Minha bobinha – ele disse, dando-me um selinho.

– Sua bobinha? – falei, dando-lhe outro selinho.

– É, minha bobinha – ele disse, rindo.

– Bobinha não – falei, fazendo beicinho. – No máximo engraçadinha...

Bobinha – ele bateu o pé. - Bobinha, bobinha, bobinha...

– Essa conversa está me dando dor de cabeça – falei. – É muita variedade de palavras.

Ele riu.

– Estou morrendo de sono – disse, bocejando. – Quer dormir comigo?

– Hum... deixe eu pensar... – ele disse, olhando para cima, colocando uma mão no queixo. – Pode ser! Mas... Só dormir? – ele fez carinha de triste.

– Ah, podemos pensar em algo mais – disse, sorrindo maliciosamente.

– Por que estamos aqui ainda? Vamos para o quarto! Também estou morrendo de sono – ele disse, animado, rindo.

– É... eu sei o seu tipo de sono – ri, sendo puxada por ele até o quarto.


– -

Layla’s Dream – On


Eu caminhava lentamente e com dificuldade entre as flores altas, de diferentes cores e aromas. Eu procurava algo que eu não sabia o que era, apenas sabia que estava ali, em algum lugar.

– Layla – ouvi uma voz doce e familiar chamar.

Virei-me na direção da voz, Gerard sorria encantador para mim, usava uma roupa diferente, parecia antiga, era clara.

– Gerard! – falei, correndo em sua direção.

Percebi que minhas roupas também eram diferentes, era um vestido comprido, branco e solto, parecia antigo também.

Antes que eu pudesse chegar perto de Gerard, ele desapareceu como uma névoa, deixando-me assustada.

Olhei em volta, não havia mais nada ali, as flores viraram uma densa névoa aos meus pés, e o sol que até então brilhava forte havia desaparecido, e em seu lugar pairava uma grande escuridão.

De repente algo interrompeu o silêncio, um choro, mas não era um choro qualquer, era um choro de uma... criança.

Olhei ao meu redor, não conseguia ver nada, mas o choro era próximo de mim, e alto, era um bebê, agora eu tinha certeza.

De repente uma forte luz iluminou um ponto há alguns metros de mim, vi aquela pessoinha pequenina, chorando deitada no chão. Corri até lá o mais rápido que pude, ajoelhei-me ao lado daquele pequeno ser.

– Shhh – falei, pegando-o no colo. Parecia ter meses de vida.

Aos poucos seu choro foi cessando, eu não sabia o que eu fazia ali, muito menos com aquele bebê, mas eu senti dentro de mim que precisava protegê-lo de algo ali.

– Layla – ouvi uma voz dura atrás de mim.

Olhei lentamente para trás, eu conhecia aquele rosto pálido, já o tinha visto uma vez... Quando estive em coma. Ele havia tentado me levar...

– Dê-me a criança – ele sorriu, gentil, estendendo os braços para que eu lhe entregasse o bebê.

– Não – rosnei, afastando-me dele e abraçando o pobre menininho. – Por que você o quer?

– Por que ele não devia existir, Layla – ele rosnou. – Você já devia ter morrido, então, consequentemente ele não deveria estar aqui.

– Como assim? O que isso tem a ver? – fiquei confusa.

– Ora, Layla! Como a criança existiria se a mãe dela tivesse morrido? – ele riu, irônico.

Arfei. Olhei para o bebê, estava tranquilo agora e parecia-me realmente familiar. Pude ver traços conhecidos nele, inclusive traços de Gerard.


Layla’s Dream – Off

– -


Acordei assustada, o quarto estava escuro.

– Gerard? – chamei, precisava saber que ele estava ali.

– O que aconteceu, Layla? – ele acordou, assustado.

– Me abraça – falei, deixando uma lágrima cair.

– Oh Layla, o que houve? – ele perguntou, abraçando-me forte.

– Apenas um... pesadelo – falei.

– Igual a aqueles?

– Não... esse era de alguma forma... pior – falei, agora chorando.

– Por quê? O que acontecia nele? – ele perguntou, realmente interessado.

– Você... desaparecia – disse, resolvi não falar o sonho inteiro, não sabia o por que, mas eu não precisava dividi-lo por inteiro.

– Eu estou aqui, Layla – ele sussurrou, beijando o alto de minha cabeça.

Deitamos novamente, Gerard me manteve abraçada o resto da noite.



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Notas finais do capítulo

REVIEWS??
-x-x-x-
Beijos Killjoys!