Disenchanted escrita por Luana Lee


Capítulo 37
Capítulo 37 - Apenas Pesadelos... Certo?


Notas iniciais do capítulo

Nada a Declarar... :s
Boa Leitura...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/181384/chapter/37

 - Vocês voltam quando exatamente? – perguntei, estava um pouco irritada.

 - É quase de total certeza que voltamos na sexta-feira à noite – respondeu Gerard.

 - Daqui a três dias?

 - Sim – ele riu.

 - Gerard... – choraminguei.

 - O que houve? Está com algum problema? – ele perguntou, percebendo que havia algo de errado comigo.

 Pensei em dizer que sim e pedir para que ele voltasse, mas percebi que eu estava sendo egoísta, Gerard e os garotos estavam conquistando muitas coisas, a My Chemical Romance já era sucesso e eu estaria estragando tudo se pensasse em mim e não neles. Então, optei por mentir, mais uma vez.

 - Não, nenhum problema – falei, com um nó na garganta. – Apenas estou com saudades, e um pouco depressiva... Acho que estou de TPM – fingi um riso.

 - Okay, mas me liga se acontecer alguma coisa – ele riu, mas falando sério. – Eu dou um jeito de voltar se você precisar de mim.

Por que você faz isso comigo, Gerard?, pensei.

 - Pode deixar – disse.

 Conversamos mais um pouco e depois desligamos, ele precisava dormir, pois teria um ensaio para um show no outro dia bem cedo.

 - Já estava com saudades de sua cama? – perguntou Leticia, aparecendo na porta de meu quarto.

 - Um pouco – sorri. – Tenho saudades de vocês.

 Ela caminhou até mim e me deu um abraço forte.

 - Estamos morrendo de saudades de você, amiga – ela disse. – Não conte para Diana que eu lhe disse, mas ela chorou na primeira noite depois do seu casamento – ela riu.

 - Os hormônios – ri também. – Por falar nela... Onde está a nossa linda grávida?

 - Está no sétimo sono agora – disse ela. – Tomou remédios para enjôo e eles lhe dão sono.

 - As vezes eu acho que ela pode estar grávida de um ET realmente, não é normal ela enjoar tanto – brinquei.

 - Eu penso nisso todos os dias – ela riu.

 Também precisei de uma ajudinha para dormir, peguei duas pílulas do remédio de Diana emprestado – sem ela saber, mas mesmo assim é emprestado – e tomei-as, depois de alguns minutos eu consegui dormir.

- -

Layla’s Dream – On

 Eu caminhava em uma calçada, deserta, sem entender como havia ido parar ali, e ainda mais como um espelho com moldura dourada aparecera em minha frente. Eu usava uma roupa diferente, preta. Era uma camiseta branca, um casaco delicado de camurça e uma saia até o joelho do mesmo tecido, que seguia o formato de meu corpo, parecia de outra época. Sem falar no pequeno chapéu que estava em minha cabeça e das luvas brancas em minhas mãos.

 De repente, ouvi um grito feminino vindo de um beco próximo, corri até lá com um pouco de dificuldade por causa dos sapatos altos e da saia que permitia-me passos curtos.

 Enfim cheguei ao beco, adentrei na leve escuridão sentindo um arrepio na nuca.

 Ouvia o barulho de meus passos na calçada molhada, até que cheguei onde queria, o lugar de onde havia vindo o grito.

 Deparei-me com um corpo feminino caído no chão, já sem vida aparentemente, havia sangue à sua volta, vieram-me lágrimas nos olhos ao ver o rosto da vítima.

 Era eu. Com as mesmas roupas, o mesmo cabelo, e a mesma palidez.

 Ajoelhei-me ao lado do corpo e toquei a mão do cadáver, estava fria, mas eu sentia que ainda havia alguém ali, além de mim.

 Foi então que senti uma presença atrás de mim, virei meu rosto lentamente, com medo, e encarei o homem alto, vestindo roupas boas, pretas, com uma faca suja de sangue nas mãos e me encarando com um sorriso louco. Brendon.

 Antes que eu pudesse gritar por esse motivo, fui surpreendida por um movimento que eu não esperava.

 O cadáver... o meu cadáver. Ela, de repente, apertou minha mão, com uma força sobre-humana, e abriu os olhos rapidamente, assustando-me.

 Ela deu-me um sorriso largo. Comecei a gritar e tentar me soltar.

 Layla’s Dream – Off

- -

 Acordei rapidamente, já estava amanhecendo desta vez. Olhei no relógio, eram seis da manhã e meu celular tocava.

 - Alô? – atendi, sem olhar no visor.

 - Oi amor, desculpa se lhe acordei – disse Gerard, gentil.

 - Ah, não, eu acordei sozinha, estava tendo um pesadelo – disse sem pensar.

 - Pesadelo? De novo? – ele pareceu ficar preocupado.

 - É, besteira de TPM – menti.

 - E o que isso tem a ver com TPM? – ele riu.

 - Ah, é que eu fico meio carente, então tenho pesadelos, não sei explicar – inventei.

 - Hum – ele não pareceu acreditar. – E sobre o que era o pesadelo?

 - Ah, nada de mais, não precisamos falar sobre isso – fugi do assunto.

 - Tem razão. Estou com saudades – ele disse, mudando o tom de voz.

 - Também estou – sorri. – Agora são apenas dois dias.

 - Sim – ele riu.

 - Qual a agenda para hoje?

 - Vamos fazer um ensaio para o festival, passagem de som, etc, e depois vamos dar uma entrevista em uma rádio daqui – ele disse, parecia animado.

 - Nossa! Que legal amor! – disse.

 Eu estava realmente feliz por ele, mas claro que eu preferia-o aqui, comigo.

 - Preciso desligar – ele disse. – Vou tentar ligar para você mais tarde.

 - Okay – disse. – Eu te amo.

 - Eu te amo – ele respondeu, desligando.

 O dia passou rápido, e Gerard não ligou, provavelmente não teve tempo. Fiquei o dia inteiro em casa com as meninas, Diana mostrou-me algumas roupinhas que Frank havia comprado para o bebê, eram na maioria rosa.

 - Quero ver o meu Matt usar roupas rosa... Vamos ter que comprar tudo de novo – ela disse.

 - Não, Alice vai gostar dessas roupas – retruquei.

 - Parem com isso – disse Leticia. – Já disse que a criança decide qual sexo vai seguir até os dezoito anos – riu ela.

 Diana e eu reviramos os olhos, Leticia era uma boba.

 - O que Madame Shelly disse para você ontem? – perguntou Diana, sentada ao meu lado no sofá.

 - Nada de mais – menti.

 - Fale a verdade – disse Leticia. – Você ficou atordoada.

 - Bem – comecei. – Ela disse que minha linha da vida era curta, e que pelo o que ela conhece, eu não deveria mais estar aqui, é como se eu já devesse ter morrido há algum tempo – falei.

 - Credo! – disse Diana. – Ela é louca então! Por que você está viva.

 - Realmente – ri.

 - Estranho isso – disse Leticia. – Ela disse mais alguma coisa?

 - Não, apenas falou sobre vidas passadas e que talvez isso estivesse acontecendo por que eu tenha algo não acabado que deve ser terminado ainda nesta vida – falei, dando de ombros.

 - Como uma vingança? – perguntou Diana.

 - Exatamente – disse.

 - E qual seria? – perguntou Leticia.

 - Ela não sabe, e eu não a deixei terminar, aquilo estava deixando-me mal – falei. – Mas ela deu-me um cartão e disse que é para eu entrar em contato caso mudasse de ideia.

 - E você mudou? – pediu Leticia.

 - Não sei, acho que não.

 - Você parece cansada – disse Diana.

 - É que eu tenho tido alguns pesadelos, e por isso não estou dormindo muito bem – expliquei.

 - Pesadelos? Com o que? – ela perguntou.

 - Nada de importante, não os entendo – menti novamente.

 - Hum.

 - Bem, vamos dormir? – sugeriu Leticia.

 - Estou quebrada – disse Diana, levantando-se com dificuldade do sofá.

 - É, dormir é uma boa ideia – disse.

 Estava com medo de dormir agora, mas naquela noite eu não tive pesadelos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

REVIEWS? PLEASE? REVIEWS?
- - sz - -
Kisses Killjoys!