Disenchanted escrita por Luana Lee


Capítulo 24
Capítulo 24 - Reencontros


Notas iniciais do capítulo

Oii Killjoys!
Bom, voltei pra casa, vida normal agr... isso quer dizer que... Vou começar a postar os capítulos regularmente *todo dia* como antes.
Boa Leitura, não esqueçam das lindas Reviews...



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Ele se aproximou lentamente de mim, estava com rosas vermelhas na mão, e na outra um ursinho super fofo que eu me lembrava de querer comprar.

– Eu estava com saudades – ele disse se sentando ao meu lado.

Apenas sorri, queria sentir aquele momento, me sentir viva novamente.

O cheiro das rosas vinha até mim, aquilo era bom, perceber que eu podia sentir cheiros, ver a luz, ouvir sons, falar.

– Eu te amo – sussurrei.

Uma lágrima escorreu por meu rosto, Gerard deixou uma escapar também. Ele se aproximou rapidamente de mim e me beijou.

– Eu também te amo – ele sussurrou entre o beijo.

Gerard afastou seu rosto do meu e olhou em meus olhos.

– Prometa... Olha, você tem que prometer... Que nunca mais vai me fazer passar por isso – ele disse.

– Gerard... – tentei falar.

– Apenas diga “eu prometo” – ele me interrompeu.

– Eu prometo – falei.

Abracei-o com um de meus braços – pois o outro estava com o soro – por alguns segundos, ficamos em silêncio durante aquele momento, ambos precisávamos apenas sentir.

– Eu não quero que você fique longe de mim, Layla. Nunca mais – disse Gerard.

– Eu prometo nunca mais ficar longe de você – falei, o abraçando mais forte.

– Isso não basta – ele falou.

– Ah é? E o que mais você quer? – fiquei confusa.

Gerard me soltou, ficando ao lado da maca, numa área em que eu ainda podia o ver perfeitamente, já que meus movimentos eram precários ainda.

Ele vasculhou o bolso da jaqueta até achar o que procurava, uma caixinha de veludo vermelha e pequenina. Pude ouvir o medidor de batimentos cardíacos acelerar, aquilo era irritante, agora nem mesmo meus batimentos eram segredo.

Gerard abriu a caixinha, revelando um anel delicado, prateado, envolto por pequeninas pedrinhas brilhantes – diamantes?

O bip acelerou mais.

– Layla Lee Phillips... – Gerard começou – Aceita se tornar a mais nova Senhora Way? – ele perguntou, sorrindo.

Mais uma vez o bip acelerou, eu estava de olhos arregalados, demorei para processar tudo em minha cabeça. Quando ele disse sobre eu me tornar a Senhora Way ele estava me pedindo em casamento?!

Ele esperava uma resposta. Respirei fundo.

– Sim – sussurrei, sorrindo.

O sorriso – já enorme – de Gerard ficou mais grande ainda, pensei que ele fosse desmaiar de tanta felicidade ao ouvir apenas uma palavra.

Ele pegou o anel e o colocou no dedo da mão direita delicadamente – pois era justamente a mão em que a agulha se encontrava.

– Agora sou eu quem promete nunca mais lhe deixar sozinha, Layla – ele sorriu, me dando um leve selinho.

Apenas sorri.

Dr. Hill entrou no quarto, sorrindo.

– Seus amigos querem vê-la – ele informou. – Posso mandá-los entrar agora?

– Sim – falei. – Também quero vê-los, estou morrendo de saudades.

Ele saiu e fechou a porta.

– Acho que terá de tirar o anel – disse Gerard, olhando para o vazio.

– Por quê? – perguntei, sem entender.

– Você ainda está n UTI, não permitem nenhum tipo de jóias aqui – ele explicou.

– Ah – falei apenas.

Tirei o anel rapidamente e entreguei-o a Gerard, que o guardou novamente na caixinha de veludo vermelha e depois no bolso da jaqueta.

A porta se abriu novamente, e pude ver todos entrarem.

– Layla! – gritaram Diana e Leticia.

Elas correram até mim e pularam sobre meu corpo, abraçando-me forte – até de mais.

– Ai – falei, o abraço de aço delas causou uma dorzinha em mim.

– Desculpe – disse Diana, soltando-me.

– É que estamos felizes de mais em ver você assim – disse Leticia.

– Finalmente acordada! – disse Frank. – Estamos felizes também.

– Obrigada Frank! – sorri. – Também fico feliz em poder ver todos vocês novamente.

– E trate de não fazer mais nada do tipo novamente – advertiu Mikey. – Você não viu o trabalho que Gerard deu a nós.

Todos riram.

– Okay, okay – disse Gerard, rindo envergonhado. – Ela não fará nada parecido novamente.

– Assim esperamos – disse Ray.

Ray? Estava ali? Fiquei surpresa, afinal, tive apenas algumas conversas com ele durante todo esse tempo que conheço-os, e não esperava que ele fosse ver-me no hospital. Talvez tivesse feito uma imagem um tanto diferente dele.

Todos ficaram surpresos e felizes quando Gerard e eu comunicamos que estávamos noivos, e eu os entendia, pois era uma surpresa para mim também.


Eles não puderam ficar muito tempo ali, pois eu tinha horários para tudo, apenas Gerard pôde ficar um pouco mais.

– Eu sonhei com você – deixei escapar.

– Como assim? – Gerard pareceu surpreso.

– No coma, eu sonhei com você... Eu acho – falei, confusa.

– Como? Quando? – ele pareceu não acreditar.

– Pouco tempo depois do acidente, eu acho – expliquei. – Parecíamos estar no Central Park, e você disse que me esperaria, fiquei confusa de início, e depois... – falei.

– Tudo ficou escuro – ele me interrompeu, mas parecia usar um tom de questionamento.

Apenas concordei com a cabeça, surpresa também.

– Sonhei com isso também, na primeira noite depois do seu acidente – ele disse.

Fiquei sem reação, lembrei-me do Nada, da escuridão, das sombras, e principalmente do ser que estava lá comigo, não conseguia distinguir se aquilo tudo fora real ou apenas fruto de minha imaginação, um delírio. Resolvi não falar sobre isso com Gerard, ele havia ficado assustado de mais com a “coincidência” entre nossos sonhos e ficaria ainda mais se eu lhe falasse sobre aquilo tudo, sendo que eu nem se quer sabia se havia acontecido mesmo, afinal, poderia ser tudo causado por algum pequeno dano em meu cérebro.

Não vi a hora em que Gerard foi embora, acabei adormecendo antes, o dia havia sido cansativo, tudo havia sido cansativo, eu me atreveria a dizer que até mesmo ter dormido esse tempo todo era cansativo.

Não tive sonhos naquela noite, era bom dormir tranquilamente e saber que acordaria normalmente no outro dia.

Dr. Hill me garantiu que até no fim daquela semana eu sairia da UTI e iria para o quarto, ele também disse que eu tive uma recuperação surpreendente, como ele jamais vira, e que muito considerariam aquilo como um milagre. Eu não acreditava muito nisso, mas sabia que não era normal o que havia acontecido comigo, cheguei a pensar em um livro que li uma vez – comecei a ler, apenas três capítulos – sobre experiências de quase morte.

Okay, era besteira, mais algum dano em meu cérebro precisava ser identificado. Eu precisava esquecer, tiraria umas férias de tudo quando saísse daqui.



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Notas finais do capítulo

E aí?? Reviews??
Beijos amooures... sz