Disenchanted escrita por Luana Lee


Capítulo 2
Capítulo 2 - Mudanças


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura ;)



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– Layla! - uma voz gritava alto em meu ouvido.

Abri os olhos e me levantei rapidamente da cama, assustada. Ainda estava escuro – ou talvez fosse pelo Black Out na janela.

A luz se acendeu de repente, era Diana pulando e gritando no meio do meu quarto.

– O que aconteceu? - perguntei assustada.

– A melhor e mais louca coisa que poderia ter acontecido em todas as nossas grandes e únicas vidas! – ela gritou rapidamente.

– Respira! – lembrei-a.

Ela respirou algumas vezes, lentamente, de olhos fechados. Depois os abriu rapidamente e me deu um sorriso largo.

Fala! – gritei.

– Ah, sim! – ela piscou algumas vezes, parecia ter saído de algum pensamento. Ela entrava em transe muito rápido. – Minha prima, Louise, que morava em Nova York está se mudando para Londres.

Encarei-a sem expressão. O que eu tinha a ver com isso?

– E eu com isso? - perguntei, bocejando.

– Ela tinha um apartamento em Nova York, que ela não vai vender pra ninguém. Ele é grande, e ela me ligou porque ela sabia que a gente queria ir para lá e ofereceu o apartamento para nós! – ela gritou.

Arregalei os olhos e pude sentir minha boca se abrindo.

– Sério? - perguntei.

– Sim, sim, sim, sim, sim! – ela estava quicando de felicidade.

Comecei a gritar com ela, isso era incrível!

– Já disse para Leticia? - perguntei.

– Ainda não, ela está dormindo ainda - Diana respondeu.

– Isso não importa, eu também estava dormindo! Vamos lá agora! – disse já a puxando.

Entramos no quarto de Leticia pulando. Acendi a luz e pulei em cima de sua cama. Ela me encarou ainda sonolenta, mas podia ver ódio em seu olhar.

– O que vocês estão fazendo? - ela rosnou, tampando o rosto com o cobertor.

– Credo, que mal humor! – falei. – Assim nem vou mais falar a novidade - disse, descendo da cama e apagando a luz.

Quando estava prestes a sair do quarto com Diana, ela gritou:

– Está bem, não vou conseguir dormir mais, mesmo. Fala!

Não pude conter o sorriso, eu sabia que isso ia acontecer. Diana e eu pulamos na cama novamente.

– Vamos para Nova York! – gritei de uma vez.

– O que? - ela ficou espantada.

– Isso mesmo que você ouviu! – disse.

– Mas como? Quando? Onde vamos ficar? - ela começou.

– Minha prima Louise vai para Londres e deixou o apartamento vago. Ela me ligou para saber se estaríamos interessadas - explicou Diana.

Leticia começou a gritar. Pulamos na cama juntas, era a realização de um sonho, uma meta em nossas vidas.

– Isso é incrível – falei, ofegante de tanto pular.

– É mais que incrível! É de mais, é perfeito! – gritou Leticia.

– É tudo que a gente sempre quis! – disse Diana.

O interfone tocou nesse momento, corri para a cozinha atender. Era o porteiro dizendo que os vizinhos haviam ligado para lá reclamando de barulho de mais em nosso apartamento. Pedi desculpas e disse que estávamos em uma pequena comemoração, depois desliguei.

Depois de desligar olhei no relógio, e ele estava certo, os vizinhos estavam certos, era cedo de mais par tanta gritaria. Eram apenas seis horas da manhã.

– Teremos que enfrentar nossos pais – disse Leticia.

– Eu não havia pensado nisso – disse Diana.

– Minha mãe vai chorar, sabem como ela é – falei, rindo um pouco.

– Meu pai vai me esganar – falou Diana.

– Minha mãe não vai brigar, pelo menos eu acho – riu Leticia.

– Vocês querem o que de café da manhã? - perguntei.

– Ovos fritos pra mim caem bem – respondeu Leticia.

– Para mim também – concordou Diana.

– Okay, ovos fritos então – falei indo até a cozinha.

Enquanto eu fazia nosso café da manhã Diana ligava para sua prima para confirmar tudo, depois ligou para seus pais para dar a notícia. Leticia também ligou para seus pais, nenhuma delas enfrentou problemas para convencê-los. Mas eu sabia que comigo podia não ser assim.

Terminamos nosso café e Diana e Leticia foram arrumar seus quartos, eu fui ligar para minha mãe.

– Alô? - disse ela ao atender.

– Mãe! Sou eu, Layla – falei.

– Ah, oi filha, tudo bem? - ela disse animada.

– Sim, estou bem. Bom, eu queria falar sobre uma coisa importante com você – falei de uma vez.

– Pode falar – sua voz ficou mais tensa.

Expliquei-lhe toda a história, falei da prima de Diana, do apartamento, e também acrescentei que os pais das meninas ficaram felizes com a notícia.

– Filha, mas o seu apartamento aqui é tão perto de casa, e se você sentir saudade? Se precisar de mim? Eu não vou estar perto para te ajudar – ela choramingou.

– Mas mãe, isso é a realização de um sonho antigo meu. E nada é pra sempre, se não der certo eu volto – insisti.

Uma pausa longa.

– Okay – ela respondeu por fim.

– Fala com o papai pra mim? Por favor? - implorei.

– Está bem, mas não posso garantir que ele não vá lhe ligar.

– Qualquer coisa eu resolvo, mas agora você precisa falar com ele.

– Pode deixar, vou falar.

– Beijo, mãe! Até mais.

– Até mais, filha – ela disse.

Desliguei o telefone e fui contar a novidade para as garotas. Diana já havia resolvido tudo com sua prima, nós poderíamos viajar em uma semana se quiséssemos.

Meu pai realmente me ligou mais tarde, mas apenas para falar que me desejava boa sorte e que eu precisava ir na casa deles antes da viajem. Surpreendi-me com isso.

Passamos o resto do dia vendo os planos para a viajem, tínhamos muitas coisas para resolver até lá, começaríamos amanhã mesmo.


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