Disenchanted escrita por Luana Lee


Capítulo 124
Capítulo 124 - Fim dos Problemas Então?


Notas iniciais do capítulo

Depois de alguns dias com curiosidade... LOL
Boa Leitura, seus nindos *--



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 Assim que ouvi o disparo, afastei meus lábios dos de Malu, fitando seus olhos arregalados e segurando seu corpo para que não atingisse o chão.

 Ela havia atirado em si mesma, em sua própria cabeça.

 Seus olhos se fecharam antes que eu pudesse dizer algo, ajoelhei-me no chão, segurando seu corpo sobre minhas pernas.

 Olhei espantado para ela, seus olhos já fechados, seus cílios úmidos, uma lágrima rolando por sua bochecha... Uma única lágrima e um leve sorriso em seus lábios sem vida.

 Seu sangue se acumulava no chão, manchava sua pele pálida e a minha também.

 O que eu iria fazer agora? Malu acabara de se matar na minha frente, no quarto de meus filhos.

 Pensei em pegar o revólver de sua mão, mas hesitei, não podia deixar digitais nele para que não pensassem que eu a matara.

 Só então percebi que Helie e Arth haviam desatado a chorar, provavelmente pelo barulho alto e repentino do disparo.

 Tentei clarear minha cabeça, mas não estava conseguindo... O que eu devia fazer agora?

 Tirei seu corpo de cima de minhas pernas e levantei-me rapidamente, peguei dois pequenos cobertores de cima da poltrona próxima à janela e enrolei Helie e Arth para não sujá-los com o sangue em minha roupa, depois peguei-os no colo e os levei para a sala, colocando-os nos carrinhos que lá haviam.

 Depois fui até meu quarto e peguei meu celular, discando o primeiro número que veio-me à cabeça.

 - Alô? – a voz masculina atendeu depois de alguns toques.

 - Mikey, preciso de ajuda! – falei, desesperado.

 - O que aconteceu? – ele ficou preocupado.

 - Malu... Ela veio até aqui – respondi.

 - Como assim? Ela não estava morta? – Mikey ficou confuso.

 - Não, Mikey! Ela estava viva! Mas agora... ela se matou! Aqui em casa! Ela se matou na minha casa, Mikey! – eu quase gritava.

 - Você está brincando? – ele desconfiou.

 - Claro, Mikey! Acordei hoje com vontade de ligar para alguém e dizer que uma pessoa se matou na minha casa só para ver a reação dela – ironizei, irritado. – É óbvio que não estou brincando!

 - Eu... eu vou ir até aí – ele pensou rapidamente. – Ligue para a polícia.

 Droga, eu havia me esquecido desse detalhe... Eu teria que ligar para a polícia e explicar tudo o que havia acontecido ali.

 Depois de ligar para Mikey, liguei para a polícia, em poucos minutos eles chegaram.

***

Layla’s P.O.V.

 Eu estava exausta, não havia comprado muitas coisas, mas Diana e Leticia fizeram-me andar de loja em loja atrás de coisas novas, tanto para mim, quanto para elas.

 Eram quase uma hora da tarde quando o celular de Leticia tocou, estávamos próximas ao estacionamento do shopping, iríamos até a Time Square para visitar outras lojas.

 - Mikey? – ela atendeu.

 O que Mikey queria com ela?

 - Acalme-se... Fale devagar – ela pedia para ele.

 - Aconteceu alguma coisa? – perguntei a ela, ficando nervosa, ela fez sinal com a mão para que eu me calasse para ouvir Mikey.

 - Como assim? – ela arregalou os olhos enquanto ouvia Mikey falar.

 Um instante de silêncio.

 - Oh Deus... – Leticia arfou. – Eu vou falar com ela...

 Eu estava agoniada, teria algo a ver com Gerard? Com os bebês?

 Leticia desligou, parecia assustada.

 - E então? – Diana incitou. – Aconteceu algo?

 - Layla... – Leticia chamou. – Vamos para seu apartamento...

 - O que aconteceu? – desesperei-me.

 - Nada de importante – ela tentou desviar-se do assunto. – Mas precisamos ir até lá.

 Não insisti, eu sabia que não conseguiria arrancar nada dela, principalmente se fosse grave, ela não gostava de dar más notícias, então esperaria que chegássemos em casa para outra pessoa dar-me tal notícia.

 Segurei-me para não roer minhas unhas enquanto nos encaminhávamos até meu prédio, Leticia dirigia rapidamente, o que indicava que ela também estava nervosa, já que sempre fora uma motorista muito cautelosa. Diana ligara o rádio, tentando nos distrair, mas eu mal sabia qual a música que estava tocando, pelo visto ela também não, já que o desligou instantes depois.

 - Eu sabia que iria acontecer algo – comentei aleatoriamente.

 - Como assim? – Leticia perguntou.

 - Eu estava sentindo que não devia sair de casa – expliquei. – Mas pensei que fosse besteira.

 - Não aconteceu nada, Layla – Diana tentou acalmar-me.

 - Aconteceu, sim – retruquei, tentando conter lágrimas irritantes que teimavam em querer sair.

 Assim que viramos a esquina que levava ao meu prédio, pude ver o movimento estranho na rua. Em frente ao prédio havia três carros de polícia e uma ambulância, aumentando ainda mais meu desespero. Pude ver também um carro de reportagem e alguns repórteres.

 - Não estacione aqui na frente – pedi a Leticia. – Eles vão nos atacar. Vá até o estacionamento subterrâneo.

 Leticia fez o que eu pedi, não queríamos tumultos agora, afinal, eu nem se quer sabia o que acontecera ali.

 Havia uma corrente de policiais bloqueando a entrada no estacionamento.

 - Apenas para moradores – um deles disse, aproximando-se da janela de Leticia.

 - Eu moro aqui – falei rapidamente.

 - Okay, podem passar – ele disse, afastando-se.

 Assim que estacionamos em uma das vagas desocupadas ali, eu saí do carro, quase correndo em direção do elevador.

 - Layla, espere! – Leticia correu atrás de mim, puxando meu braço. – Preciso falar com você antes de subirmos lá.

 - Então fale! Eu preciso ir até lá em cima! – quase gritei.

 Leticia me encarou, enquanto Diana trazia minha bolsa que eu esquecera no carro.

 - Ela voltou – Leticia disse. – Malu.

 Demorei um pouco para raciocinar essa informação.

 - Ela estava morta... – falei.

 - Não, não estava – Leticia corrigiu. – Era tudo uma farsa dela para não ser presa.

 - Espera... – raciocinei. – Ela... ela veio aqui?

 - Sim – ela disse.

 - E... aconteceu algo lá em cima? É por isso que esses policiais e médicos estão aqui? – tentei parecer calma.

 - Sim – ela repetiu.

 - Gerard! – surtei, tentando me desvencilhar de seus braços e correr para meu apartamento.

 - Não, Layla! – ela chacoalhou-me, tentando fazer com que eu a ouvisse. – Gerard está bem, seus filhos estão bem! Ela se matou!

 Parei, encarando-a. O que Malu ganharia se matando?

 - Está falando sério? – perguntei.

 - Sim – Leticia sorriu um pouco. – Acabou, okay? Ela está morta agora e tudo acabou.

 Sem pensar, abracei-a com força, Diana também nos abraçou.

 Então... Todos os meus problemas haviam acabado afinal! Eu poderia, finalmente, ser feliz com Gerard e meus filhos, em paz?


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Notas finais do capítulo

Reviews? Please?
Beijoos