The Black Angel escrita por Beilschbitch


Capítulo 17
O amor é apenas uma história que eles podem provar


Notas iniciais do capítulo

OI! OI! OI!
Capítulo ficou GIGANTE! 10 páginas!
Mas é pra compensar o tempo, Ensino Médio é muito complicado. T_T
Mas, está aqui, um dos melhores capítulos desta Fanfic ♥
Quero dedicá-lo a alguém que amo muito, mas muito mesmo.
Acho que ela vai reconhecer uma certa parte deste capítulo.
hehehe
Não deixem de comentar ♥



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Se um dia eu indicasse como escrever um diário, seria mais útil escrever sobre sentimentos, não somente sobre o que aconteceu. Expor sentimentos num papel e depois lê-los, pode ajudar a você a resolver problemas. Aprendi isso sozinha, desde meu aniversário de doze anos.

Desde meu incidente, não tive tempo para escrever. Eu procurava pensar rápido, pois tudo aconteceu numa velocidade incalculável. Em menos de dois meses, perdi meu irmão, conheci um cara inacreditável, e amadureci. Se você me perguntasse a cinco meses qual era meu sonho, seria simplesmente ir para a Universidade. Hoje, eu realmente não sei. Mas eu quero ser feliz, e realmente o desejo. Mas quando você começa a achar que algo estranho te ronda, você se acha uma peça que não se encaixa. Mas o incrível é que sempre há alguém para mudar a peça de lado, descobrir como encaixá-la. No final, você a peça principal, mas jamais pode esquecer quem te encaixou.

Mas é difícil encontrar essa pessoa. Ela responde a maioria das perguntas. Não aquelas simplórias que você faz na hora, na lata. Mas aquela que responde a perguntas como “com quem vou me casar?”, “quem vai me fazer realmente feliz?”, que você faz desde sei lá que idade.

Eu sinceramente não sei se ele é minha resposta. Se eu quero que ele seja? Claro. Por que estranhamente atraímos um ao outro

Fiquei pensando nisso na fria tarde de sexta-feira, numa certa Tucson preta, que se dirigia silenciosamente, tocando fracamente uma música clássica. Minha testa fazia pressão de leve no vidro gelado, e eu admirava a cidade cinzenta lá fora. Eu amo Nova York e não trocaria ela por nada.

A biblioteca ficava do outro lado de Manhattam. O imbecil do meu irmão havia me pedido para fazer anotações de um livro qualquer, apenas para passar um tempo com Gerard. Se não fossemos filhos da mesma mulher, eu jogaria praga nele desde seu décimo quinto ancestral até seus descendentes, de milhares de anos. Não por que não gostasse de meu anjo. Mas porque pareceria que eu preciso de um empurrãozinho para decidir as coisas que me interessam.

Quando chegamos, notei que a biblioteca estava quase vazia. Acho que nos tempos modernos é difícil frequentar uma biblioteca (diga isso ao meu irmão arcaico). A minha sorte é que Gerard não ficou cismado com isso (a Liesel acha que ele é lerdo). E também não desconfiou de saber que mesmo eu podendo ir muito bem sozinha pra cá, eu precisava da carona dele.

Peguei um volume grosso qualquer numa seção de livros de história. A obra tinha as páginas amareladas e ásperas, provando o quão velho era. Também exalava mofo e naftalina, indicando que a estante quase não era utilizada e estava sujeita a traças e baratas.

Meu anjo escolheu um livro, não muito velho, da época victoriana da literatura inglesa. Fiquei um pouco acanhada quanto a isso. Comparei mentalmente os livros que li com os que ele lê. O resultado não poderia ser mais vergonhoso.

Comecei a copiar qualquer coisa do livro. Meu irmão que se vire com as páginas que eu daria a ele. Estava furiosa, escrevendo com a caneta à força, dane-se se vai marcar a mesa! Copiei parágrafos desconexos, mas copiei, com um certo ódio, minha mão doía.

- Você está bem? – ergui meus olhos. Gerard me olhava surpreso, e talvez com um pouco de medo.

- Estou – sorri amarelo. Não queria gastar minha saliva.

- Tudo bem, então...  Já quer ir embora? – ele se levantou da cadeira.

- Quero, por favor. – Aquilo estava me deixando agonizada.

- Então, vamos.

Guardamos os livros e seguimos para a direção da Tucson preta e reluzente.

*

- Toma aqui seu resumo! – Joguei as folhas para meu irmão, que ria.

- Aproveitou bem a tarde? – ele sorriu irônico.

- Mais do que você pensa! – Eu estava claramente irritada.

Preferir relaxar. Tomei banho, e depois do jantar, meu irmão, meu pai e eu assistimos o noticiário (quem sabe pegaram o assassino do meu irmão mais novo?). Só fui dormir às onze horas. Mas antes, trocar umas mensagens com Liesel. Mas, para minha surpresa, Gerard me mandou uma. E era esta:

“Boa noite, minha querida protegida. Tem algo para amanhã a noite? Pois eu tenho uma surpresa para nós dois. Beijo”

*

- Pela mãe que nos pariu! Helena, ele finalmente te chamou pra sair de verdade!

- E você fica alegre ao invés de, como um irmão normal, ficar com ciúmes?

- Tô feliz porque você não vai ficar encalhada!

- Vai te ferrar!

- Já contou pro papai?

- Não. Pra quê?

- Você vai sair e não vai avisar? Mana, você está ficando “vida louca”...

- Eu não! Toda vez que saio, eu aviso.

- Avisa não.

- Aviso.

- Posso saber o motivo da discussão logo sábado de manhã? – meu pai entrou no quarto.

- Chamaram a Hellie pra sair! – Meu irmão dedurou.

- Sério? Que ótimo, filha!

- Ótimo? Pai, porque você não é normal um pouco?

- Primeiro: professor de literatura que é bom apoia totalmente o amor e a paixão. Não sou... “Poser”, como vocês dizem. Claro que é só ir jantar, não é?

- Pai!! – Fiquei vermelha.

- É com aquele cara lá, o Gerald...

- O nome é Gerard, seu imbecil.

- Ele é um bom rapaz – meu pai sentou na minha cama. – Já foi meu aluno.

- O QUÊ?! SÉRIO? – Eu e meu irmão gritamos em uníssono.

- Sim. Ele era muito quieto, às vezes faltava, mas sempre tirava excelentes notas. E não se misturava com outros alunos. Só ele e os amigos dele. E também tinha uma garota...

- Quem?

- A Stefani, formou ano passado. Tem a idade de vocês.

- E ela é bonita? – Os olhos de meu gêmeo brilharam.

- É, do que eu me lembro.

- Ah, eu conheço... E tira os olhos, Henri. Ela já tem dono.

- Enfim, vamos tomar café, e depois arrumar nossa princesa. – meu pai piscou o olho para meu irmão.

- Mas que droga! Vocês não podem se portar como uma família normal?

- Não! – eles sorriram.

*

- Porcaria! - disse meu irmão enquanto vasculhava meu armário. Vasculhar não, bagunçar e atirar tudo no chão. – Você não tem roupa pra sair não?

- Não. Por que ninguém nunca me chamou pra sair.

- A coisa tá feia pro seu lado, viu?

- Dane-se! Anda, você não disse que ia me ajudar escolher a roupa?

- E vou. Mas você tem nada. Ou melhor. Só roupa de adolescente roqueira classe média norte-americana.

- É porque eu sou uma adolescente roqueira classe média norte-americana.

- Esse é o seu problema. Você tem 17 anos e vai fazer 18...

- Não diga! Achei que ia fazer quinze de novo!

- Posso continuar, sua furica?

- Pode.

- Um dia, vão te chamar pra sair.

- Já aconteceu.

- E esse cara tem vinte e um anos.

- Aham.

- E é podre de rico!

- Eu sei.

- E VOCÊ VAI NUM RESTAURANTE CARO DE JEANS BLACK E COTURNO??

- E qual é o problema?

- A sua roupa!

- Abaixa o tom vocês dois! – Meu pai chegou ao meu quarto velozmente. Levei um susto e meu coração acelerou rápido demais. Respirei fundo- Helena, tenho uma surpresa pra você.

*

- Isso... Foi da mamãe mesmo?

- Foi... – meu pai olhava para um ponto qualquer no chão.

- É lindo, papai! – observei o vestido que estava em cima da cama de meu progenitor.

- Achei que você poderia usar. Foi com esse vestido que ela usou no jantar de noivado. Ela ficou uma verdadeira princesa, apesar de ele ser um pouco simples.

-Achei perfeito. Por que nunca me mostrou isso?

- Por que te achava muito criança. Mas você amadureceu tanto, que nem percebi. E agora noto que você já está mais independente. E hoje pode ser um dia importante.

- E é mesmo. Acho que vou com ele.

- Posso saber por quê?

- Pra ver se dou sorte dele ser um cara tão foda como você! – abracei-o.

*

- Ele tá atrasado. – meu irmão estava mais impaciente do que eu. Bacana, Henri, bacana.

- Não está. Ele disse que ia me buscar oito e meia. Agora são só oito e quinze.

- A obrigação dele é chegar mais cedo e você se atrasar! Você já tá pronta há meia hora!

- Vem cá, Henri, por que você não cala a boca?

- Meu Deus, Vocês dois, CALEM A BOCA! – Meu pai também estava nervoso.

- Ninguém segue as regras de um primeiro encontro mais?

- Eu já não mandei calar a boca, rapaz?

- Já.

- Então mantenha sua boca fe-cha-da.

- Tá.

Silêncio.

Tocaram a campainha.

Oba!

- É da pizza, Helena. E o cara nem se parece com ele.

Mais silêncio. Meu irmão resolveu ficar na janela. Ô MOLEQUE BURRO!

- Heleninha... – Henri cantarolou

- Que foi?

- Tem uma Tucson lá fora e um manézão vindo pra cá.

- Cala a boca.

- Ele me deu tchau. Hahahaha!

- Sai daí, seu desgraçado!

- Gente, ele está tão bonito.

- Tá virando gay, Henri?

- Não, sua furica. Ele vai tocar a campainha em cinco... quatro...

- Ô desgraça, sai da janela, seu idiota!

- Não. É legal te constranger na frente do seu namorado!

- Ele não é meu namorado!

- Ainda – meu irmão me mandou um olhar muito... Devasso.

Achei que Henri ia fazer mais algum tipo de show no meio da rua, mas ele se comportou.

A campainha tocou e meu sangue correu ao meu rosto. Henri foi abrir a porta, logo atropelando:

- Você disse que ia buscá-la oito e meia e chega aqui oito e trinta e um? Tá achando que minha irmã é qualquer uma?

            - Não. – Meu anjo respondeu. – Agora são oito e meia.

            - Tchau, Henri! – Tentei mandar meu irmão se mancar

            - Tchau porcaria nenhuma! É pra voltar hoje, viu?

            - Henri, vai por a mesa. – meu pai interviu.

            - Tá bom...

            Obrigada, meu Deus, por ter me dado um pai ajuizado. Ou pelo menos um pouco.

            - Bem, senhor, temos que ir. A mesa está reservada pra daqui a pouco e é complicado conseguir outra...

            - Certo. Divirtam-se!

*

            - Seu irmão parece ser um rapaz bacana. – Gerard comentou quando já estávamos no carro.

            - Só parece. Ele é meio doido das ideias.

            - Você também. – ele riu.

            - É coisa de irmão. Você e Mikey são bem parecidos.

            - Não somos. – ele ficou sério de repente.

            - São sim. Os dois são sérios, bastante inteligentes. Como não são?

            - Ele é um devasso.

            Ficamos em silêncio.

            - Gerard...

            - Sim?

            - O que é devasso?

            - É safado.

            Acho que se o céu se abrisse e caísse um monte de estrelas flamejantes, eu não ficaria tão assustada.

            - O Mikey?

            - Esse mesmo.

            - Mentira. Ele é um santo.

            - Não. Descobri umas coisas que ele andou aprontando. Mas não vem ao caso agora. Hoje a noite é só você e eu.

            - Certo... E pra onde planeja me levar?

            - É surpresa. Mas adianto logo que vamos voltar tarde.

            - Continuo confusa.

            - Nós dois somos confusos, Helena.

*

            Se eu soubesse onde iria, teria infartado primeiro. Um tipo de restaurante antigo, com temática da Segunda guerra. Desde as roupas da garçonetes até as garrafas de refrigerante. Era uma volta no tempo. Mas não é só a temática que fascina. O preço também é inacreditável. Eu teria que usar minha mesada de uns sete meses para pagar uma refeição para mim.

            O local era grande, bem mobiliado, e a iluminação remete aquelas do tempo retratado. Havia fotografias de fotos de heróis, soldados, generais. Havia uma foto de Anne Frank, outra de Roosevelt, de Churchil, enfim, daqueles que vemos nos livros de história.

            As garçonetes e os garçons se vestiam como os dá época. O maître usava uma roupa elegante. As pessoas que lá frequentavam também usavam roupas de marca. E havia muitos casais lá.

            O maître nos levou para uma mesa quase ao fundo. O homem elegante puxou a cadeira para mim (não estava acostumada com essas delicadezas). Um garçom perguntou pelas bebidas. Gerard pediu uma San Francisco, deixando claro que era sem álcool. Eu não sabia o que pedir, então foi Coca mesmo. Melhor que arriscar a ficar bêbada.

            O garçom saiu; Comentei as minhas impressões positivas sobre o lugar. Ele concordou, e disse que considerava o seu restaurante favorito.

            - E hoje você está especialmente bonita, Helena.

            - É... Primeiro encontro tem que se ir bem arrumada, certo?

            - É verdade. Também é a primeira vez que saio pra jantar assim. – ele abaixou a cabeça.

            - Bem... – tentei mudar de assunto – e qual é a surpresa mesmo?

            - Não é aqui, sua espertinha. – ele sorriu. – Ainda vamos comer. Depois te mostro que é.

            - Tudo bem. Posso tentar adivinhar?

            - Pode.

            - Tem haver com balé?

            - Não.

            - Piano?

             - Também não.

            As bebidas chegaram.

            - Com Tucsons pretas?

            - Não muito.

            - Não vou ganhar um carro, né?

            - Não vai mesmo. Imagine a cara do seu pai se te ver com um carro.

            Tomei um gole do refrigerante.

            - Não vai me contar, não é mesmo?

            -  Aham.

            - Desisto. – entreguei os pontos.

            - Ótimo. Agora relaxe e tome seu refrigerante.

            Obedeci. Bebi mecanicamente. Outro garçom veio e perguntou pelas entradas. Pedi qualquer coisa, nem reparei no que ele pedira; a verdade que eu estava nervosa. Comi sem muita vontade, parecia que meus ácidos estomacais estavam corroendo meu estomago. Revirava-me as entranhas.

            Depois de pagar a conta e tomar o café, o maître nos levou para a saída, onde o manobrista deixara o carro. Ele abrira a porta para mim (quanta gentileza!) e conversou um pouco com Gerard. Descobri que Sr. Way frequentava aquele restaurante desde quando era mais novo com seu “pai”, certamente em ocasiões especiais. E espero que esta seja.

            No tempo que o rapaz vestido de preto esteve dialogando com o maître, conferi meu celular: três mensagens, uma de Lies, perguntando como eu estava me saindo, as outras eram de Henri: uma dizia para eu NÃO ficar conferindo o celular e a outra era uma súplica para levar “chocolate-de-rico” para ele. Só não o mandei para o inferno porque era meu irmão, e também por que lá no fundo eu o amava.

            Gerard entrou no carro, eu continuava nervosa, ansiosa para saber com o que ele ia me surpreender. Mordi o lábio e agradeci pelo jantar; ele sorriu e também agradeceu pela companhia. Só me achou um pouco aérea. Respondi um pouco mais rápido que eu queria, que na verdade estava penando na surpresa. Meu anjo rebateu dizendo que que eu poderia ficar tranquila; era uma coisa boa, pelo menos era o que ele achava. Gerard ligou o carro.

            - Mas vamos ir a um lugar um pouquinho longe, tudo bem?

            Apenas assenti com a cabeça. Minutos depois, meu telefone toca. Era Mikey. Oi?

            - Alô, Hellie?

            - Sim, sou eu. Tudo bem, Mikey?

             - É, poderia estar melhor.

            Gerard me olhou de lado. Seu rosto assumiu uma expressão grave.

            - E como você está?

            - Ótima, estou aqui com seu irmão. Quer falar com ele?

            - Não. Não estamos nos falando mais. Ele está bem?

            - Está sim.

            Sr. Way parecia irritado.

            - Vou desligar. Até segunda, Hellie.

            - Até...

            Fiquei com um nó no cérebro. Olhei para Gerard:

            - O que foi que aconteceu?

            Demorou um minuto pra ele abrir a boca. Eu contei.

            - Vou te dar um iPhone, o que acha?

            - Você não respondeu minha pergunta.

            - E você não respondeu a minha também! – ele estava irritado.

            - Ok, aceito o celular, mas o que seu irmão fez?

            - Peguei ele.. E a Stefani...

            Arqueei uma sobrancelha.

            - Se beijando devassadamente na sala.

            - O que?! E você fica chateado com ele por causa de um beijo?

            - Não quero falar sobre isso – seu rosto suavizou gradualmente. – A noite é só minha e sua. – Ele segurou minha mão e sorriu. Seria Gerard bipolar?

            - Para onde está me levando?

            - Não vou te contar, mocinha

            Estávamos indo para fora da cidade.

            - Falta muito tempo? – Já fazia uns 40 minutos que estávamos rodando.

            - Não, Helena. – ele parecia feliz, e eu também me sentia contaminada pela alegria dele. Gerard alisava meu rosto de vez em quando. Meu coração palpitava. Entramos numa espécie de sítio, provavelmente do sr. Korse. A casa principal parecia uma mansão imponente, mas não fomos em direção a ela. O anjo dirigia a um campo aberto; Era quase onze da noite, o céu estava limpo.

            Ele parou no meio desse campo. O som baixo foi desligado. Meu anjo encostou a cabeça na janela; parecia ansioso. Fiquei olhando para o campo. Estava coberto de grama e tinha arbustos espalhados por todos os cantos. Achei que ia ter um infarto.

            - E então? - Corei ao olhar pra ele.

            - Quer ver as estrelas? – Ele sorriu. Concordei. Saímos de dentro do carro; ele SUBIU no teto da Tucson.

            - Ajuda? – Ele estendeu a mão, o sorriso continuava estampado no rosto.

            - Okay, preciso. – Escalei  o automóvel auxiliada por Gerard. Fiquei com medo de arranhar a tintura, pois estava com salto (não tão alto, pois sou um desastre em equilíbrio), mas acho que ele nem liga para isso. Tão logo estava sentada ao lado dele no teto. O céu estava lindíssimo, cheio de estrelas. No horizonte, uma linha tênue da cor roxa. Nunca vi tal espetáculo.

            - Lindo, não é? – ele perguntou. Não tirei os olhos do firmamento.

            - Muito...

            - Eu costumava ficar aqui, quando tinha festas do Korse... Acho até hoje uma das coisas mais bonitas que já vi.

            - E você já viu muitas?

            - Já. – ele riu. Ficamos um período de tempo em silêncio.

            - Quando eu tinha uns quinze anos... – ele fez uma pausa. – Fiz uma promessa a mim mesmo.

            - E qual foi?

            - Trazer a mulher da minha vida para ver isso aqui.

            Quase caí do carro.

            - Sério. – ele continuou olhando para cima. – Quando te vi pela primeira vez, seus olhos me lembravam dessas estrelas.

            Corei até a palma das mãos.

            - Seria o brilho das estrelas nos seus olhos, ou é o brilho dos seus olhos nas estrelas?

            - Gerard! – Agora sim, eu vou TER um infarto!

            - Mas é a verdade. – ele me abraçou.

            - Bem... Se você acha... – estava desejando para sumir nesse momento.

            - Helena... – ele me soltou; o olhei, ainda sentia meu rosto quente. Por que meu celular não toca?

            - Am... – Foi a única que consegui pronunciar.

            - Não sou muito bom nessas coisas, o Michael já deve ter comentado o por que... Nunca fiz isso antes, não pretendo fazer depois, e dane-se o que o Korse diz, e acho que eu deveria preocupar comigo ao invés de ser um eterno idiota depressivo que não se dá a liberdade de amar.

            - Aham... – eu estava completamente zonza. Ele tirou uma caixinha do bolso.

            - Helena Lee Morgan III, filha do excelentíssimo senhor Alexander Jeremy Morgan, aceita ser minha namorada, e posteriormente noiva e esposa?

            Mãe que me pariu. Acho que depois dessa eu caio da Tucson.

            - Isso é sério? – Agora eu estava mais branca que o normal.

            - É – ele sorriu, me mostrando a caixinha aberta com um anel prata e uma joia vermelha.       

            Fala logo, sua desgraçada!

            - A... Aceito... – consegui sorrir. Eu estava em choque com a reação dele. Nos beijamos por bastante tempo. No final, o abracei e desejei ter sempre momentos maravilhosos como esse.

            Mas uma suástica pichada no muro de uma amiga poderia ser o começo de um terrível capítulo na História.


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Notas finais do capítulo

Sim, a Liesel é judia.



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