O Teatro escrita por GabrielleBriant


Capítulo 3
O Retato de Alvo




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III

O RETRATO DE ALVO

O cômodo era escuro e úmido, mas era muito mais do que um fugitivo podia esperar. Acomodando-se no confortável sofá que os elfos da Mansão Malfoy haviam colocado no sótão abandonado do local, Severo tentou ler o que dizia as escrituras que na madrugada anterior ele fora buscar em sua casa. A primeira propriedade ficava em Tralee, na Irlanda; a segunda em Thurso, extremo norte da Escócia; a terceira em Penzance, sul da Inglaterra; e, finalmente, a quarta localizava-se próximo à Douglas, numa ilhazinha bem no meio do mar da Irlanda. Era justamente esta última a única que ele conhecia: um sobrado que ficava na beira do mar, no qual Dumbledore já dera uma ou duas festas.

Severo suspirou, recostando-se no sofá e fechando os seus olhos: ele certamente precisaria de muita energia para aparatar até lá... Energia que ele não parecia dispor, depois de uma noite mal-dormida recheada de pesadelos e um longo dia de trabalhinhos sujos que ele era obrigado a fazer para manter o seu disfarce. O cansaço fez o seu corpo rapidamente relaxar, mas, quando estava perto de perder a consciência, a porta do sótão abriu-se – ele rapidamente levantou-se, sobressaltado, e empunhou a sua varinha por instinto.

- Acalme-se – Ele imediatamente reconheceu a voz de Narcissa Malfoy. Tratou de esconder em suas vestes as escrituras. – Desculpe por vir lhe incomodar, Severo... Mas estava preocupada! Vi que você saiu no meio da madrugada ontem, e hoje não desceu para comer nada.

A loira se aproximou lentamente. Quando finalmente, a luz fraca atingiu a sua silhueta, Severo pôde ver que ela trazia consigo uma bandeja com chá e biscoitos.

- Você não precisava se preocupar, Narcissa. Apenas fui fazer uma visita à minha esposa.

Narcissa suspirou, descansando a bandeja sobre a mesinha de centro que ficava de frente para o sofá – ao fazer isso, o robe azul-claro que ela vestia deslizou sobre o seu ombro direito, deixando à mostra parte da sua lingerie. Severo tentou desviar o seu olhar, enquanto a mulher dava um sorriso sem graça e cobria-se.

- Ah! Eu estava achando estranhando o fato de você não ter visitado Linda Marie em todo esse tempo... Cheguei até a pensar que o casamento de vocês estava em crise.

- Não – Severo respondeu, sentando-se no sofá e começando a se servir do chá. – Nós estamos bem. Apenas achei que seria arriscado aparecer em minha casa antes.

Narcissa sentou-se ao lado dele.

- E não acha mais?

- O Lorde das Trevas está ganhando espaço muito rapidamente, Narcissa. Mesmo que eu fosse pego e levado à Azkaban, passaria muito pouco tempo por lá.

- Você realmente acha que o Lorde tem todo esse poder?

Severo olhou-a.

- Se o Lorde conseguiu tirar o seu marido de lá, não será nada difícil me tirar também.

O sorriso de Narcissa morreu assim que o seu marido foi citado. Dando-se por satisfeito e imaginando que aquilo era suficiente para que a mulher o deixasse só, ele decidiu se concentrar apenas no chá.

Mas, aparentemente, deixá-lo só não estava nos planos de Narcissa.

- Eu gostaria que você me avisasse quando sair, Severo. O Lorde confia em mim para mantê-lo bem enquanto for um fugitivo.

- Narcissa, o Lorde está escondido aqui na Mansão! Acredite, se ele se importasse com as minhas saídas, ele mesmo as fiscalizaria. Ainda assim, se lhe deixa mais tranqüila, eu darei uma saída hoje.

- Aonde você vai?

- Resolver algumas coisas que Linda me pediu.

A mulher ergueu uma sobrancelha. Quase inocentemente, a sua mão deslizou para a esquerda, tocando levemente a perna de Severo.

- Eu posso ajudar?

- Não – ele simplesmente respondeu, levantando-se. – Mas não acho que vou demorar muito. Você não precisa se preocupar.

- Você vai agora? – Ela levantou-se também, certificando-se de ficar perto de Severo. – Severo, você deveria se olhar no espelho! – Tocou levemente o seu rosto. – Está abatido... precisa de descanso! Aposto que não dormiu de ontem para hoje!

Incomodado com a proximidade de Narcissa, Severo segurou-a pelo pulso e a afastou com suavidade.

- Eu tive uma pequena crise de insônia, mas estou bem! O que tenho que fazer é urgente, então, infelizmente, eu terei que descansar quando voltar.

- Lembre-se que temos uma reunião com o Lorde às oito... – Ela suspirou. – Eu vou me banhar. Tchau, Severo.

E, dizendo isso, ela inclinou-se, deu um rápido beijo no rosto de Severo e deixou-o só. Ao ouvir a porta ser fechada o homem respirou fundo algumas vezes. Fazia um ano que Narcissa se insinuava para ele... e até então ele conseguira resistir muito bem. No entanto, essa tarefa estava cada vez mais difícil, tendo em vista que ele estava sendo obrigado a passar dias inteiros ao lado dela, preso na Mansão Malfoy.

Deu um meio-sorriso ao lembrar-se do encontro com a sua esposa; talvez, se ele não tivesse feito amor com Linda na madrugada anterior, não tivesse conseguido resistir à Narcissa – ou ao seu sutiã de renda branca.

Balançando a cabeça e tentando afastar a tentação dos seus pensamentos, ele empunhou a sua varinha e encaminhou-se rapidamente para fora da Mansão Malfoy, onde poderia desaparatar. Finalmente chegando aos jardins, Severo prendeu a respiração e buscou em sua mente imagens do sobrado que pertencera a Dumbledore. Temendo não conseguir chegar ao seu destino, ele simplesmente fechou os olhos e deixou a sua experiência o guiar... destinação, determinação e deliberação.

Quando abriu os olhos, viu-se ao redor da sala ampla, empoeirada e silenciosa. Os poucos móveis cobertos por lençóis e as janelas lacradas com tábuas de madeiras faziam o sobrado não lembrar em nada a casa que, há alguns anos, Alvo o mostrara... de fato, o único indício que Severo tinha de que estava no lugar certo era o barulho das ondas do mar chocando-se contra as pedras.

- Lumus.

Um pequeno fio de luz apareceu na ponta da varinha de Severo e, cautelosamente, ele se viu pronto para explorar a casa vazia. Imediatamente encaminhou-se para a antiga escadaria, que rangia perigosamente à cada pisada, devido à madeira podre.

Finalmente no andar de cima, Severo apressou-se pelos corredores, sabendo exatamente aonde ir: ele se encaminhava para o mesmo lugar no qual, há anos, tivera uma séria conversa com o diretor – a primeira depois da volta do Lorde das Trevas. Apressando o seu passo, ele virou à esquerda e entrou na segunda porta que avistou. Ao iluminar o lugar, quase sorriu.

Severo se encontrava agora numa réplica quase perfeita da sala da direção de Hogwarts: os mesmos livros, a mesma decoração e até mesmo um gabinete idêntico. A única diferença era a falta dos retratos dos antigos diretores da escola... exceto por um. Atrás do gabinete, ficava uma grande moldura dourada onde descansava em aparente paz a imagem de Alvo Dumbledore. Severo respirou fundo, sentindo-se angustiado por ver novamente a imagem do falecido amigo. O remorso e a culpa, que há quase um mês o abandonaram, imediatamente voltaram.

Solenemente, ele se aproximou e sentou numa cadeira de frente para o quadro. Sem querer deixar que os seus sentimentos atrapalhassem em sua missão, respirou fundo, concentrou-se e pigarreou brevemente, chamando a atenção do retrato do ex-diretor de Hogwarts.

- Alvo – ele cumprimentou brevemente.

Ah! Severo! Você demorou um pouco mais do que eu esperava. Você não sabe o quanto Minerva me enche perguntando por que não passo mais tempo em Hogwarts... Estava ficando sem desculpas.

- Eu não poderia vir antes do Ministério passar a casa para o meu nome; e, ao que eu sei, isso apenas foi feito ontem.

Eu entendo... Burocracia sempre atrasa tudo.” O velho sorriu serenamente. “Mas me diga, Severo, como está o mundo?

- Scrimgeour pretende declarar estado de guerra; o que significa basicamente o fim dos direitos civis de cada um dos bruxos... e, pelo outro lado, o Lorde das Trevas pretende tomar o Ministério.

O velho franziu o cenho começando a alisar a sua grande barba.

Hm... É algo que se possa impedir, essa tomada do Ministério?

- Não. O Lorde possui muito aliados dentre os aurores e membros do alto calão; além do mais, os Comensais estão tentando usar império contra os funcionários que passam muito tempo perto do Ministro e nas pessoas de sua confiança. A sua morte é iminente.

Então seria interessante que você alertasse Voldemort dos planos de Rufo. Se pudermos evitar a implantação do estado de guerra, melhor.

Severo assentiu.

- O que me preocupa no momento é a escola.

Hogwarts? Eu pensei que Minerva estivesse cuidando disso. Voldemort está planejando um ataque?”

- Não. – Severo suspirou. – Mas já é certo que os irmãos Carrow assumirão os cargos de Defesa Contra as Artes das Trevas e de Estudo dos Trouxas. Além disso, ele pretende pôr um novo Ministro no poder, que tirará McGonagall da direção e colocará, de início, Bellatrix ou Lúcio.

Os olhos azuis do ex-diretor cintilaram com preocupação.

Isso não seria bom. Você conseguirá dissuadi-lo?

- Estou trabalhando incansavelmente nisso. Estou tentando convencê-lo de que, como Lúcio está desprestigiado no momento e Bellatrix é apenas uma mulher, eu sou a pessoa mais indicada para assumir o cargo, desde que seria o sucessor de McGonagall, caso eu não tivesse... – Ele parou por um tempo, tendo que respirar fundo para controlar a angústia. – Caso eu não tivesse te assassinado.

O velho deu um sorriso simpático.

Quantas vezes eu tenho que dizer que você não me fez nada além de um favor? Não se culpe por isso, Severo.

- Eu apenas--- eu queria que outra pessoa tivesse feito. E não eu.

Tinha que ser você, Severo... Já conversamos sobre isso. No mais, tudo acontece por um motivo. Tudo. Diga-me como está a nossa adorável Linda Marie?

Severo rolou os olhos.

- Eu tenho uma reunião com o Lorde das Trevas ainda hoje, Alvo. Tenho que voltar à Mansão Malfoy antes das oito horas. Eu não tenho tempo para jogar conversa fora.

Eu imaginei que não...” Ele deu uma risadinha. “Você teve notícias de Harry?

- Não, na verdade. Eu me mantive longe dos membros da Ordem desde a sua morte. Mas eu tive de informar ao Lorde que o feitiço de proteção de Potter se extinguirá na data do seu aniversário.

Eu entendo; esse é o tipo de informação que você não tinha como segurar. Voldemort já lhe contou como planeja eliminar Harry?

- Sim. Como o Lorde não é idiota, ele sabe que a Ordem vai tentar tirar o garoto da casa dos Dursley antes do feitiço tornar-se inválido. Assim, ele deixou alguns Comensais fazendo uma vigília na Rua dos Alfeneiros, esperando o momento em que a Ordem vai agir. Você deveria dar alguma idéia a eles de como podem tirar o menino com segurança, Alvo, porque eu realmente acho que, no que depender do intelecto e criatividade dos atuais membros, Potter não dará um passo com vida além da varanda daquela casa!

Dumbledore riu-se.

Eu devo admitir que senti falta do seu humor ferino, meu amigo! Mas, verdade seja dita, eu concordo com você. As idéias mais brilhantes sempre vieram da sua mente... E por que dessa vez teria de ser diferente? Você tem alguma idéia, Severo?

Severo respirou fundo, mordendo brevemente o lábio inferior. De fato, ele tinha uma idéia; passara as últimas semanas amadurecendo-a e pensava que era boa o suficiente.

- Sim, eu tenho. Eu pensei que os membros da Ordem poderiam usar a Poção Polissuco, assim, ao invés de perseguir e matar um Potter, os Comensais e o Lorde teriam que lidar com todo um exército de garotos.

Usar chamarizes... muito bom, Severo.

- Obrigado.

Dumbledore deu um longo suspiro.

Minerva me contou que Harry será removido da casa dos tios sábado ao anoitecer. No entanto, devo ressaltar que a Ordem está plantando uma pista falsa no Ministério; pode ser que Voldemort a descubra. Depois, ele será levado à Toca.

- Um local um tanto óbvio, não?

Um pouco, mas o lugar está protegido por inúmeros feitiços. Você deve se lembrar que Minerva era tão boa quanto eu na confecção de feitiços protetores! E ela ainda teve a ajuda do Ministério.

- Ótimo! O problema agora é fazer Potter chegar à Toca com vida!

Você terá de informar a Voldemort a data certa da partida de Harry da casa dos tios. Se não fizer isso, levantará suspeitas, uma vez que Voldemort o julga bem informado. Entretanto, você precisa plantar a idéia dos chamarizes: acho que isso deverá garantir a segurança de Harry. Tente confundir Mudongo Fletcher. E, Severo, se você for obrigado a tomar parte na perseguição, assegure-se de representar a sua parte convincentemente... Estou contando com você para continuar nas boas graças de Lorde Voldemort o maior tempo possível, ou Hogwarts ficará a mercê dos Carrow...

Os lábios de Severo retorceram-se num sorriso sarcástico.

- Os irmãos Carrow não são problemas, Alvo. Imagine se a escola for dirigida pela nossa querida Bella?

Acho que Hogwarts não sobreviveria...

Severo olhou para o pequeno relógio de parede. Os ponteiros marcavam que faltavam dez minutos para as oito da noite. Já estava mais do que na hora dele ir-se.

- Está na minha hora, Alvo. Espero lhe encontrar novamente, e logo.

O velho sorriu-lhe amigavelmente.

Sim, sim... de preferência na sala da direção de Hogwarts. Até lá, meu amigo, boa sorte.

XxXxXxX

- Linny! Não pensei que lhe encontraria aqui hoje!

Linda olhou confusa para Andrew – um ex-namorado que tivera um futuro promissor; mas agora apenas vendia frutas nas feiras livres de Hogsmeade. Desde o assassinato de Dumbledore o homem estava evitando conversar com ela – assim como todo o resto das pessoas do vilarejo.

- Eu sempre venho comprar frutas nas sextas, Andrew. Não entendo o motivo da surpresa.

- Bem, hoje é a missa de sétimo dia de Olho-Tonto Moody! Você o conheceu, eu tenho certeza; ele ensinava em Hogwarts.

Linda parou de respirar por um tempo, finalmente prestando atenção no homem à sua frente.

- Alastor? Alastor está morto?

O homem deu um sorriso conspiratório.

- Eu sei o que você está pensando: não saiu nos jornais! Mas é o boato que anda rondando a cidade. Dizem que ele foi morto por Comensais e é por isso que não saiu uma palavrinha sequer sobre o assunto na mídia!

Linda sorriu, disfarçando muito bem o seu nervosismo. Intimamente se perguntou se o seu marido tivera alguma coisa a ver com o assassinato.

- É uma pena – ela disse brevemente, fingindo indiferença. Pegou uma das maçãs que estavam expostas no balcão de Andrew e começou a procurar nela falhas. – Apesar de ser um pouco excêntrico, Alastor era um bom homem. Deve ter se explodido em um de seus experimentos...

Andrew franziu o cenho, como se não estivesse acreditando em seus ouvidos.

- Linny, por Merlin! Eu acabei de dizer que Comensais fizeram isso! Os mesmos Comensais que mataram ontem o Ministro da Magia!

Desta vez, Linda não conseguiu disfarçar o seu choque. Imediatamente se lembrou do dia em que Severo a visitara, há quase duas semanas, quando ela lhe revelara a ameaça de Scrimgeour em declarar estado de guerra e Severo lhe disse que o Lorde tomaria uma providência para evitar isso.

- Como você sabe disso?

- Está em todos os jornais.

Linda deu de ombros.

- O meu ainda não foi entregue... Mas você tem certeza que isso foi obra de Comensais? Andrew, Scrimgeour era muito odiado. Qualquer um pode ter feito isso!

Ele deu uma risadinha, tomando das mãos de Linda a maçã que ela segurava e escolhendo uma particularmente vermelha e aparentemente suculenta.

- Tente essa – ele disse, pegando no balcão um pequeno punhal, caso Linda quisesse cortar a fruta. – E não seja ingênua, Linny. Eu sei que você quer defender o seu marido, mas... Você-Sabe-Quem está tomando conta da Grã-Bretanha novamente... e você sabe bem que o seu marido está com ele. A pergunta é: você vai querer estar com ele, quando ele voltar a matar e torturar por ai?

Linda suspirou, crispando os lábios e enviando um olhar particularmente gelado e intimidante para Andrew.

- Se você realmente acha que isso é verdade, Andrew, você provavelmente não deveria estar falando esse tipo de coisa. Nunca se sabe quem está ouvindo!

Mas, aparentemente, Andrew não mais prestava atenção em nada do que Linda estava falando; ao contrário, ele olhava paralisado para uma pessoa que acabava de parar por trás da mulher. Quando Linda finalmente percebeu a expressão de espanto do fruteiro, virou-se. E lá estava Severo, imponente e livre, como se nada tivesse acontecido.

Ela sentiu o coração acelerar absurdamente e teve de se esforçar para disfarçar o choque abrindo um sorriso que parecesse natural. Naquele momento, a única preocupação de Linda era fazer com que todos os outros pensassem que o fato de ela estar vendo o seu marido ali, livre, não lhe causava nenhuma surpresa.

- Eu tenho que concordar com a minha esposa – Severo começou, ríspido e duro. – Você deveria ter cuidado com o que fala. Afinal, caso o Lorde das Trevas tenha retornado ao poder... – Severo pegou a maçã das mãos da sua esposa. Com um ar ameaçador, abriu dois botões do punho esquerdo da sua veste e ergueu um pouco a manga, revelando a sua Marca-Negra, mais escura e vívida do que nunca. Sem jamais tirar os seus olhos frios do fruteiro, ele tomou-lhe o punhal e lentamente cortou a maçã ao meio. Com um sorriso maldoso, Severo entregou uma das metades da fruta para Linda. – ...você não iria querer que as pessoas pensassem que você está contra ele, iria? Prove, Linda.

Linda piscou duas vezes, assustada e confusa com a atitude do marido; mas, se controlando para não falar nada que pudesse parecer comprometedor, ela limitou-se a pegar a fruta e morder um pequeno pedaço.

- Não está tão boa.

Severo pegou a fruta da mão da sua esposa e, junto com a outra metade que ainda estava com ele, jogou-a quase violentamente na bancada. Os seus lábios torceram-se num sorriso sarcástico.

- Se você mantém uma fruta podre no cesto, ela poderá afetar as frutas boas.

O homem engoliu seco. Tentando manter a voz firme, ele perguntou corajosamente:

- É essa a idéia de Você-Sabe-Quem?

- Eu estava falando de frutas, e não do Lorde das Trevas. Da mesma forma que eu jamais disse que o Lorde das Trevas retomou o poder no mundo bruxo... Para mim, isso é fruto de mentes ociosas que, por não ter mais no que pensar, ficam tecendo teorias da conspiração. De qualquer forma, caso você continue querendo espalhar essas baboseiras, faça isso longe da minha mulher. E de mim. Entendido?

Andrew assentiu. Severo, então, acenou brevemente com a cabeça.

- À propósito, O nome da minha mulher é Linda Marie, e não Linny. Mas você deve tratá-la apenas como Sra. Snape.

Novamente o homem limitou-se a assentir. Dando o assunto como encerrado, Severo colocou suavemente uma mão nas costas da esposa e a guiou para casa, sob os olhos curiosos e assustados dos demais moradores de Hogsmeade.

XxXxXxX

Reviews, por favor!

Bjinhos para a Shey, minha maninha querida que betou mais esse cap! E, claro, para as minhas leitoras queridas: France Cullen Potter, Eris, Duachais Seneschais, Lo1s e Olivia Lupin.


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