Sydney's POV

Assim que a porta abriu eu estava em seus braços. O frio na barriga que eu sempre sentia antes de encontra-lo fora totalmente aniquilado pelo calor de seu abraço.

Seus lábios foram de encontro aos meus que respondiam urgentemente a cada toque. Meus braços estavam firmes ao redor de seu pescoço, puxando-o mais para perto.

Quando ele finalmente fechara a porta, seus olhos encararam os meus intensamente e era como se eu pudesse ver minhas próprias emoções refletidas naquele olhar.

-Que bom que veio – Adrian disse entre beijos.

Minha única resposta foi puxá-lo mais para perto.

Era incrível como nossos movimentos eram sincronizados. Como se nós fizéssemos parte de um todo.

Quando me dei conta, o corpo de Adrian me pressionava fortemente contra a parede. Seus lábios deixaram os meus e começaram a fazer uma trilha de beijos por meu pescoço.

Mordi com força meu lábio inferior. Como Adrian conseguia me fazer sentir tudo aquilo? Um calor insuportável preenchia o meu corpo. Um calor que só aumentava com cada toque dele. Um calor que me completava. Que me consumia.

-Adrian – eu disse mais como um gemido do que qualquer outra coisa.

Eu precisava dele. Eu o queria.

Assim que dei um pequeno pulo para cima as mãos de Adrian estavam lá para segurar meu quadril. Com as minhas pernas fortemente presas à cintura dele, Adrian nos levou em direção ao sofá.

Ele me deitou cuidadosamente e continuou a me beijar. O mundo parou naquele instante. Era como se só existíssemos nós dois, vivendo em completa harmonia.

A mão de Adrian entrou delicadamente por baixo da minha blusa e começou a traçar uma trilha pelas minhas costas.

Por todo lugar que a mão de Adrian passava, minha pele se arrepiava, desejando seu toque.

Minhas mãos chegaram ao começo da camiseta dele e levemente puxaram o tecido para cima. Adrian se levantou um pouco, ajudando-me a tirá-la.

Sem o tecido para atrapalhar, minhas mãos percorreram o peito de Adrian, fazendo-o soltar um gemido que só me fez o querer ainda mais.

A mão dele suavemente percorreu o contorno de minha silhueta e continuou descendo. Quando ela finalmente chegou a minha coxa, logo abaixo o shorts que eu estava usando, uma onda esmagadora de eletricidade percorreu meu corpo inteiro.

Adrian sorriu e sua mão subiu mais um pouco, chegando entre as minhas coxas. O toque me fez arfar.

Ele levemente riu da minha reação e intensificou seu toque.

Eu só queria que ele arrancasse meu shorts. Minha calcinha e –

-Sydney?                        

Abri meus olhos.

Minha respiração estava descontrolada.

Eu estava no meu quarto. A única luz vinha da janela, mas mesmo assim pude ver Jill parada no centro do quarto olhando para mim.

-Jill?! – eu disse em uma voz esganiçada. Meu corpo inteiro estava em fogo. Uma fina camada de suor cobria meu corpo e um louco desejo por certo moroi preenchia minha mente. E que droga Jill estava fazendo no meu quarto?!

-Sou eu – ela disse. – Eu posso pegar seu cobertor de reserva emprestado? Angeline está com usando o meu.

Ela me acordara por causa de um cobertor idiota?!

-Pode – eu disse ainda abalada.

Jill foi até meu armário e pegou o cobertor.

-Sydney?

-Huh? – Eu disse tentando afastar as memórias do sonho que acabara de ter, mas fracassando.

-Você deveria ligar para o Adrian – ela disse. A menção do nome dele fez meus olhos se esbugalharem, e eu tive que lembrar a mim mesma que não tinha como Jill saber sobre o meu sonho. – Ele sente sua falta. Eu sei que você não pensa nele do mesmo jeito que ele pensa em você, mas você não deveria tirá-lo de sua vida.

Depois de eu assentir esperando não demonstrar nenhuma emoção, Jill foi embora, me deixando sentada no meio da cama com o coração acelerado.

Mas o que tinha acontecido? Eu acabara de ter um sonho – não apenas um sonho, mas um sonho íntimo – com Adrian Ivashkov?

“Eu sei que você não pensa nele do mesmo jeito que ele pensa em você”

A frase de Jill ecoava em minha mente. Eu acabara de pensar em Adrian do mesmo jeito que ele pensava em mim?

Ele pensava em mim dessa maneira?

Por algum motivo, essa possibilidade me fez sorrir.