Unrequited Dream. escrita por Bianca Miller


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, desculpem pelo atraso, é por causa das festas de fim de ano e tals, mais isso não vem ao caso, enfim
-Espero que gostem.
-Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/180814/chapter/6

…Senti uma angústia nascer no meu peito no momento em que ele se distanciou e foi em direção a porta, e antes de desaparecer completamente, lançou mais um olhar para mim e um sinal de ‘adeus’… Tinha ganhado meu dia com aquilo…

            No momento em que aquele homem um tanto misteriosos para mim subiu ao palco, fiquei chocada com o que ouvi.

            _HEY MOTHERFUCKERS!!!

            _Calma Stuky, isso é normal… Com o tempo você se acostuma! _disse Tina, percebendo meu choque.

            Será que os fãs gostavam de ser chamados assim? Pelo visto, era realmente isso o que eles queriam, porque quanto mais ele xingava, mais o público aplaudia e urrava…

            Tina estava eufórica, cantava todas as músicas junto, pulava e aplaudia do lado de dentro do camarim, e eu, fiquei sentada no sofá, mexendo no celular, tomando (a força) uma cerveja, olhando distraída para as unhas… Mas uma coisa era certa, o som deles não era ruim, muito pelo contrário; Era ótimo!

            Pensei que jamais pudesse admitir isso, mas tenho certeza que se eu tivesse conhecido o Slipknot a mais tempo, eu jamais me arrependeria… Juro que tive uma pontadinha de vergonha, por ter passado tanto aperto nas vésperas de conhecê-los, eles eram tão legais, divertidos e gente boa que mal pude imaginar. As máscaras são apenas um tipo de acessório, para camuflar o que realmente são.

            Passado um bom tempo, pude ouvir novamente a voz de Corey se despedindo do público, e as salva de palmas, juntamente com mais gritos  pediam e imploravam para cantarem mais uma música. E assim foi feito, cantaram apenas mais uma música, e apagaram todas as luzes do palco.

            _O show foi o máximo Corey! _ disse Valentinna , pulando em direção ao Corey e lhe apertando em um abraço bem apertado.

            _Foi mesmo! Estava lotado. _disse Shaw ainda com aauela máscara, que já estava me incomodando.

            _Vamos tomar um banho e depois saímos para comemorar, pode ser? _sugeriu Jim, retirando a máscara e jogando de qualquer jeito dentro do armário.

            _Beleza! _concordou Corey, ainda sem perceber que eu estava lhe observando.

            Então entraram todos para onde ficavam as divisórias dos boxes. Tina ainda estava pulando de felicidade.

            _É… então vamos embora? _perguntei, arrumando minhas coisas na bolsa e indo em direção a porta.

            _Pra onde? _perguntou Tina, ainda parada no mesmo lugar.

            _Pra casa oras! _retruquei, me irritando com aquela pergunta besta._ Ou quer que eu vá andando até minha casa?

            _Ah minha querida! _disse Tina _ Eu não arredo os meus pés daqui, mais nem a cacetada amorzinho.

            Eu não entendo porque ela queria ficar lá, já que todos os caras da banda iam sair pra comemorar. Não fazia lógica nenhuma ficarmos lá.

            _Mas, como assim? _perguntei, fazendo uma careta confusa. _ Eu tô com sono e to cansada. Eu quero ir embora poxa!

            _Meu benzinho, quando o Jim sugeriu que NÓS íamos sair, ele também se referiu a eu e você, cabeçuda! _ disse Tina, rindo da minha cara.

            _Mas… mas, ninguém me convidou, então eu vou embora, não gosto de ser intrometida na vida da pessoas que eu acabei de conhecer. Faça bom aproveito do seu passeio divertido com seus amiguinhos estranhos! EU TÔ FORA! _disse para Tina, desculpa, berrei com todas as forças que minha garganta pode fazer. Quem ela acha que pode me convencer a sair com aqueles caras? Por mais que eles sejam legais, ainda continuo achando eles malucos.

            Valentinna não respondeu na hora, apenas deu um sorriso desdenhoso e incidou a porta para mim.

            _Vai então! Quando chegar na sua casa, provavelmente daqui a uns 2 dias, você me liga, tudo bem? _disse Tina, com uma voz extremamente suave e calma.

            _ENTÃO TÁ! TCHAU! _berrei mais uma vez, e sai batendo a porta com força, fazendo ecoar um estrondo por todo o local.

            Eu não fazia idéia de como eu ia chegar em casa, era mais de 1:00 da manhã e minha casa era umas meia hora de distância de carro. Eu estava perdida em uma cidade que eu nem sabia o nome, pensei em pedir carona a alguém, mas era muito arriscado, e eu também não era doida de sair sozinha naquela escuridão. Não mesmo! Mas eu estava decidida que não queria ficar ali, era muito estranho.

            Me sentei no ultimo degrau da pequena escada que havia entre o camarim e a grama e fiquei pensado no que eu ia fazer, mas logo percebi que a porta do camarim havia sido aberta, mas nem me dei o trabalho de me virar para saber quem era, com certeza era a louca da Valentinna. Apenas fiquei encarando a grama e esperei que Vallentina falasse alguma coisa comigo. Para minha surpresa, não era ela. Alguém desceu as escadas e se sentou ao meu lado. Não pude resistir ao aroma de perfume que emanava ao meu lado, senti algo estranho dentro de mim, uma vontade absurda de me virar e ver quem era, mas eu prometi tentar resistir, e fingir que estava absorta em outra coisa.

            _Tá fazendo o que aqui fora? _uma voz rouca, mas ao mesmo tempo calma ecoou pelos meus ouvidos, fazendo-me arrepiar. Na mesma hora reconheci aquela voz, era Corey, dono daqueles olhos perfeitamente azuis e de um sorriso fascinante. Senti meu coração disparar novamente, e minhas mãos gelaram, e pensei em milhares de coisas para responder sem parecer idiota, mas sabia que ia ser inútil.

            _Pensando… _respondi tentando não me perder naqueles olhos, e fitando a grama no meio da escuridão.

            _Em que? Posso saber? _perguntou novamente, se aproximando um pouco mais de mim.

            _De como eu faço pra ir embora nessa escuridão. _dei uma risadinha sem graça e deixei que um pouco do meu cabelo caísse sobre meu rosto, para tentar tampar a cor de escarlate que surgia na minha cara.

            Ele também deu uma risada fraquinha, mais era docemente linda aos meus ouvidos.

            _Mas, você vem com a gente. _respondeu Corey, passando o braço sobre meu ombro, fazendo-me arrepiar mais ainda e ficar ainda mais vermelha, mas tremula, mais gelada e com mais pavor. Eu parecia uma criancinha. Era ridículo.

            _Vou? _perguntei, ainda sem ter coragem de olhar para Corey.

            _Claro! O pessoal te adorou e estão todos lá dentro dizendo que você é muito divertida…

            Senti minhas bochechas ruborizarem ainda mais. Ouvir Corey dizendo que os membros do Slipknot me acham legal foi uma sensação incrível.

            _E então, vem? _disse Corey, se levantando e estendendo a mão para me ajudar a levantar da escada.

            Sem mais delongas, decidi por levantar minha cabeça e ter coragem para encarar aqueles olhos azuis. Sinceramente, parecia que eu não estava pronta para isso, parecia que eu mesma já sabia que ia ter uma recaída e ficar lá, parada igual tonta viajando naqueles olhos.

            Sorri e segurei em sua mão e ele me puxou com bastante força, então escorreguei da escada e tive que apoiar as mãos em seu peito malhado para não me estatelar de cara na grama. Ficamos muito próximos, eu com as mãos apoiadas em seu tórax e ele acabara de envolver minhas costas em seus braços. Fitei seu rosto por uns momentos, pensei que havia alguma coisa prendendo meu olhar naquele homem e que eu jamais iria me desvencilhar, então pisquei freneticamente, fazendo o máximo de força para desviar meus olhos de Corey que sorria bobamente vendo-me corar como uma beterraba louca.

            _Você é muito leve. _disse Corey, ainda com as mãos em minhas costas, muito próximo de mim, tão próximo pude sentir sua respiração contra o meu rosto.

            _Não sou não! Joey disse que eu sou gorda. _contestei, me desvencilhando dos braços de Corey a contragosto.

            Ele riu e depois disse.

            _E ele é um gnomo de jardim.

            _Foi exatamente o que eu pensei. _respondi sorrindo, tentando apagar da minha memória o que acabara de acontecer.

            _Mas o cara tem talento. _disse Corey, olhando espontaneamente para mim.

            Eu não podia negar, que apesar de arrogante, Joey era realmente talentoso. Durante o show, ele tinha feito um solo de bateria incrível.

            _É verdade... _respondi sincera.

            _Vamos então? _perguntou, abrindo a porta do camarim onde se ouvia vozes e um tilintar de taças, copos e garrafas.

            _Tá bom. _respondi contragosto, não estava a fim de sair aquela hora da madrugada pra ver uns caras encherem a cara.

            _Mas antes peça desculpas a Val. _disse Corey, arqueando uma sobrancelha.

            _Você... ouviu eu discutir com ela? _perguntei, um tanto ansiosa.

            _Todos nós ouvimos, estávamos espiando por trás da porta. _respondeu, dando uma gargalhada sutil.

            _COREY! _retribui a risada, dando um tapinha sem jeito no seu braço.

            _Que é? Não temos culpa se a senhoria Panda Sturzeneker anda meio nervosinha. _disse brincando...

            Aquele idiota, rsrs, quem é ele pra me chamar de panda? Hehehe. Pensando bem, com aquele par de olhos pode me chamar de qualquer coisa que eu não vou nem ligar.

(CONTINUA...)


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, gostaram? Mereço reviews?
-Beijos, até o próximo capitulo.