Unrequited Dream. escrita por Bianca Miller


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

-Espero que gostem.
-Boa Leitura.



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Acordei novamente com o sol invadindo meu quarto por volta das nove da manhã. A brisa morna de primavera e aroma de flores deixava meu dia ainda mais nostálgico. A rotina de Iowa de estava começando a me perturbar, todos os dias, era a mesma coisa, quase nunca tinha nada de diferente e emocionante para fazer. Pensei em aproveitar o fim de semana para arrumar meu quarto e pôr minhas coisas em ordem, bem, pelo menos seria uma boa maneira para ‘tentar colocar ordem na minha vida’.

(...)

Definitivamente, passar o fim de semana arrumando meu quarto, não é o programa perfeito para mim, só arrumei a escrivaninha, tirei a poeira da minha estante de livros, e dobrei algumas peças de roupas... Ótimo, mais um fim de semana sozinha... Mas até que dar uma saída com a Tina não seria nada mal.

Liguei para minha querida amiga de infância Vallentina Yan e marquei de nos encontrarmos em uma esquina bem pertinho da minha casa mesmo, para irmos juntas até o cinema, ver qualquer sessão que estivesse disponível, o importante era ‘não ficar em casa de modo algum’. Não sei se conseguiria ficar olhando para aquela cara carrancuda do meu pai por mais de 12 horas...

E assim foi feito, logo após de telefonar para Tina, corri para a suíte que havia em meu quarto, vesti uma blusa de manga listrada, azul marinho com branca e por cima, optei por trajar um macacão Jeans bem antigo que eu tinha. Também estava usando uma sapatilha vermelha, alguns colares e pulseiras delicadas e um laço no cabelo. Faltando apenas 15 minutinhos para encontrar Vallentina na hora marcada, borrifei alguns jatos de perfume DKNY* sobre minha pele.

Peguei minha bolsa, e coloquei a carteira e mais alguns outros pertences, desci as enormes e longas escadas de mármore do meu quarto, me despedi da Lílian, que é empregada da nossa casa desde quando minha mãe faleceu, e disse para ela avisar meu pai de onde eu fui, e disse também que não estaria levando celular e que seria inútil a tentativa de me aborrecer aquele fim de semana.

Saí de casa e fui caminhando bem devagar até a esquina. A brisa morninha de primavera passeava pelo meu rosto e brincava com meus cabelos, a grama e cercas-vivas dos vizinhos estavam verdinhas, bem aparadas e floridas. Uma garotinha de cabelos ruivos e cacheados, amarrados em duas marias-chiquinhas, passou montada em uma bicicleta rosa, e a cestinha da bicicleta estava cheia de flores brancas e amarelas. Ela sorriu para mim, e eu acenei.Quando meu dei conta do que era pra mim realmente fazer, faltavam apenas alguns metros para chegar na esquina Dr.Jean de Iowa, onde eu tinha marcado de me encontrar com Tina.

Fiquei parada ali, esperando ela chegar. Era normal dela se atrasar um pouquinho, e é normal eu também chegar mais cedo aos meus compromissos, então já estava acostumada com isso... Passado mais uns 3 minutinhos, Tina vinha ao lado oposto da cidade, caminhando lentamente, com seus cabelos castanho escuros esvoaçando pela calçada. Ela trajava uma calça jeans escura, com alguns rasgos que ela mesma fez, e uma camiseta cinza, jogada de lado pelo ombro.Na mesma hora eu reconheci a bolsa que ela estava usando,fui eu que lhe dei de presente a alguns anos atrás.Como era de costume, ela estava bem bonita, e oops, estava usando o mesmo perfume que eu. Arg, ninguém merece!

_Se atrasou de novo não é mesmo! Senhorita Yan. _ eu disse irônica, e logo depois, abraçando minha amiga.

_Desculpa Stuky, é que, você sabe. Mesmo nos fins de semana eu tenho muita coisa a fazer..._respondeu separando do abraço e se virando em direção ao cinema.

Caminhamos uma boa distância. Incrível como em momento nenhum, nós ficamos sem assunto. A conversa rendia, o assunto variava desde quando éramos crianças até tatuagens bizarras. Estava tudo indo muito bem, até que Vallenina toca no maldito assunto que eu mais estava evitando durante esses dias: Meu pai e aquele trabalho idiota dele.

_Olha Stuky, como você sabe, eu pretendo ir para Milão fazer estágio temporário de moda lá, vai durar no máximo uns dois meses, e eu preciso de alguém de confiança para me substituir no serviço...

Olhei incrédula para Tina. Ela sabia que a ‘pessoa de confiança’ com certeza seria eu, afinal, somos amigas desde crianças, passamos a infância todinha juntas, ela conhecia meus defeitos, mais também minhas qualidades...

_Vá direto ao ponto... _resmunguei, mesmo já sabendo o que ela iria dizer.

_Eu quero que você me substitua oras! É a oportunidade perfeita para você seguir em frente, e não depender definitivamente do seu pai.

Juro que depois que ela disse isso, meu olhos arregalaram e fiquei incrivelmente mais interessada na proposta.

_Então, eu vou pensar no seu caso, Tina. _disse sorrindo, mas já estava com a resposta na ponta da língua.

_Ai amiga! Sabe que eu te amo né, vaquinha? _ ela sorriu mais ainda, e me deu um tapinha na testa.

Ela sabe me irritar, mas, eu não fico com raiva dela, não sei se consigo. Somos melhores amigas a muuuuuito tempo. Seria inútil a tentativa de ficar aborrecida com ela.

Em fim, chegamos ao cinema, estava em cartaz apenas dois filmes: Capitão América e A última música.

A confusão estava formada! Eu queria assistir A última música, e Vallentina queria assistir Capitão América. Ficamos aos berros na porta da bilheteria, por fim, ela me convenceu (parece que ela tem esse poder de convencer as pessoas) e fui me arrastando para dentro da sala enquanto ela comprava pipocas, refrigerantes, chocolates e etc...

O filme começou, e admito que fiquei interessada na história. Um menino jovem que queria se alistar no exército para servir a sua pátria, mas nunca conseguia, devido ao ser corpo aparentemente frágil.. Estava indo tudo ótimo no filme, até um vilão malvado começar a destruir os planos do garoto. Foi mais ou menos nessa parte que eu comecei a me desinteressar.

Minha mente se encheu de pensamentos e devaneios, entre eles: Meu primeiro trabalho. Eu estava receosa, nunca tinha feito isso antes. Eu estava com medo de não gostarem de mim, ou de dizer alguma besteira, ou até mesmo que eu não me entrose com as pessoas de lá. Fiquei pensando por vários minutos, na verdade, perdi completamente a noção do tempo, imaginando como seria. De repente, Vallentina me chacoalha na cadeira, me fazendo despertar de meus devaneios, dissolvidos como sal e água. E para minha surpresa, o filme já havia terminado.

_Estava pensando em quê? _perguntou Valentinna, curiosa sem olhar para mim quando caminhávamos de volta para minha casa.

_Nada. _menti, não queria que ela soubesse que eu estava nervosa.

Andamos tranquilamente até a esquina, onde nos encontramos mais cedo, era de se esperar que cada uma seguisse para sua casa, mas tive a bondade de chamar Tina para passar a tarde na minha casa. Seria bom um pouco de companhia.

Chegando na minha casa, fomos seguindo o caminho até meu quarto, que era enorme, iríamos passar a tarde conversando lá em cima, quando fomos interrompidas.

_Olá Senhorita Yan! É ótimo vê-la aqui. _para meu completo desgosto, meu pai tinha visto Tina, e como era de se esperar, ele veio até ela cumprimentá-la.

_Olá Senhor Sturzeneker._ disse Tina, apertando a mão daquele velho asqueroso.

_Fiquei sabendo que a Senhorita irá fazer estágio em outro país. Quem ficará em seu lugar, Senhorita Yan? _meu pai arqueou uma sobrancelha, e ficou estalando os dedos as mãos.

_A sua filha! Não é mesmo Stuky?_ ela parecia estar se divertindo com todo meu aborrecimento, mas eu apenas fiz um sinal de ‘sim’ com a cabeça e subi para o meu quarto.

Subi as escadas batendo os pés com mais força do que o necessário, igual criança birrenta, abri a porta de deitei em minha cama, afundei meu rosto nas almofadas fofas e coloridas que tinham lá, e xinguei mentalmente Valentinna de todos os palavrões que eu conhecia.Alguns eram inofensivos, outros já ofendiam quase toda sua família hehehe...

Quando ela chegou, joguei um almofada em forma dos óculos do Harry Potter nela (sim, eu AMO Harry Potter) e ela simplesmente riu da minha cara.

_O que foi, pestinha? _perguntou sentando em cima de mim, me esmagando.

_Tem um elefante sentado em cima de mim! _disse isso quase num berro, seguido de gargalhadas.

(...)

A conversa ia e vinha sem pestanejar. Assuntos e risadas eram o que menos faltava entre nós. Até que meu fim de semana teve salvação... Estava tudo ótimo, até um pensamente agourento invadir minha mente mais uma vez.

_Tina, com que banda mesmo eu vou ter que ficar? _perguntei, com medo da resposta, já que não era muito chegada em música.

(CONTINUA..)


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? Escrevo bem? Vão deixar review? Vão me amar para sempre? HEIOHEOIEH'
Beijos :*



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