My Little Luck escrita por raquelsouza


Capítulo 26
Since I Don't Have You


Notas iniciais do capítulo

Cupcakes lindos e divos >< escrevi esse cap mt rapido, como vocês puderam ver. Eu estava com ele desde ontem e resolvi escrever antes que perdesse a ideia. (:
Muito obrigada pelos reviews, amo todos vocês s2



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/180614/chapter/26

Eu estava dirigindo a 100k/h, passei pela ponte que ligava San Francisco e Los Angeles e saí desviando de carros feito louca. As lágrimas caiam sobre o meu rosto me deixando cega. Certas horas eu tinha que piscar forte para recuperar a visão.

Tudo aconteceu por minha culpa, Piper me contou que Mark se afundou mais ainda quando eu o deixei, e quando ele foi encontrado, ele estava com duas seringas do seu lado e com dificuldade de respirar.

Segundo o exame médico, ele havia injetado Heroína em seu corpo, provocando assim, a overdose.

As lágrimas insistiam em continuar caindo, e quando mais eu tentava me controlar, mas aquele fardo de culpa vinha à tona.

Cheguei ao hospital onde Mark estava internado, estacionei em uma vaga de deficiente e saí correndo para dentro. Logo quando chego, Piper me recebe com um abraço e seus olhos estavam tão vermelhos quanto o meu.

– Eu falhei com ele. – Disse ela fungando. – Prometi que ia tirar ele dessa e agora ele está lá, hospitalizado.

– Não! – Disse eu apressadamente. – Isso foi culpa minha, se ele não tivesse me visto dois dias atrás vestindo uma camiseta do Percy nada disso teria acontecido.

– Parem vocês duas! – Brigou Jason. – A culpa não é de ninguém, nem da Piper e nem de você, Annabeth.

– Claro que a culpa é minha! – Gritei. – Ele ficou transtornado quando me viu junto com Percy, vocês tinham que ter visto, eu sou a culpada de tudo. Eu quem fiz ele sofrer... – Eu teria caído no chão se Jason não tivesse me segurado.

Eu estava chorando feito uma criança, até mesmo a mãe de Mark, a senhora Megan, tentou me consolar, mas tudo era inútil, fui eu que causei tudo aquilo.

Um médico entrou na sala de espera e todos se levantaram.

– Annabeth Chase está presente? – Pronunciou-se o doutor.

Me levantei rapidamente e andei até o médico.

– Estou.

– Mark seja vê-la.

Caminhei pelos corredores e entrei em na sala onde ficavam os quartos, olhei para todos os quartos a procura de Mark e o vi, ali, seus olhos cheios de olheiras, sua pele pálida e com a pior expressão que eu já havia visto.

Entramos no quarto e o medico disse:

– Vocês têm cinco minutos. – E ele saiu.

–Por quê? – Indaguei aproximando-me dele. – Porque você foi se meter com drogas?

– Porque a minha vida é uma grande merda. – Respondeu ele virando o rosto para o lado.

– Sua vida é uma grande merda? Mark, você tem tudo o que quer. É capitão do time de futebol americano da escola, tem uma família que te ama, amigos ao seu lado e...

– Um irmão que foi preso por minha causa e uma doença incurável. – Disse.

– Doença? Que doença? – Perguntei incrédula.

– Eu tenho um câncer no pulmão Annabeth, e não existe mais cura para mim. – Disse ele com os olhos cheios de lágrimas.

– Câncer? Desde quando você tem câncer? Mark você nunca me falou isso. – Entrei em desespero. – E porque diabos você se meteu com droga? Isso só vai piorar o seu estado!

– Descobri que tinha câncer 1 semana antes do grande jogo, nesse tempo eu já havia me envolvido com as drogas, foi por isso que eu terminei com a Lisa para ficar com você, mas aí você foi embora e eu nem tive tempo de dizer o quando você é importante pra mim. – Mark tossiu fraco, mas continuou a falar. – Piper acabou descobrindo que eu estava envolvido com drogas e disse que ia me ajudar a superar tudo isso. E ela realmente prometeu o que disse, passei 2 semanas sem injetar nada no meu corpo, depois ela me obrigou a dizer a verdade a você, mas você não quis me escutar naquele dia em que eu fui procura-la. Eu fui fraco e me droguei 2 dias seguidos sem parar.

A essa altura, eu já estava chorando novamente. Eu não sabia disso. Isso era crucial.

– Nisso eu tive uma overdose, vim parar no hospital sem ninguém saber, o medico disse se eu entrasse em colapso de novo, era capaz de eu não sobreviver. Depois que eu sair, fui atrás de você novamente, mas eu te vi com aquele cara e você parecia feliz, eu me senti inútil porque eu nunca consegui de fazer feliz. Fiquei revoltado e procurei uma droga ainda mais forte, injetei duas no meu corpo e cá estou eu, vendo você sofrer novamente por minha causa.

– Mas você ainda está vivo. – Disse eu esperançosa.

– Por alguns dias. – Disse ele tocando levemente o meu rosto. – Ou horas. Meu pulmão está falecendo a cada hora.

– Você vai sair dessa. – Tentei anima-lo.

Mark puxou o ar com mais força, de repente ele começou a se debater na cama, ele apertou o pescoço com força e logo depois relaxou, suas orbitas virando-se.

Entrei em desespero e comecei a chama-lo, mas não havia êxito.

Os médicos chegaram correndo na sala e me puseram pra fora, Mark estava tendo uma parada cardiorrespiratória.

Pelo vidro vi duas médicas pegando o desfibrador e pedindo para que todos se afastassem.

Deu uma descarga elétrica no corpo de Mark. Sem resposta. Mais uma, nada. Tentou uma terceira vez, pediu para que todos se afastassem novamente e tentou novamente. Nada.

Mark não voltara a viver, olhei para o aparelho que contava os batimentos cardíacos e a linha estava reta.

Mark havia morrido. Morrido em minha frente.

Minhas pernas ficaram moles e eu cai com tudo no chão. E as ágrimas e soluços vieram.

Eu havia provocado tudo isso.

Mas eu te vi com aquele cara e você parecia feliz, eu me senti inútil porque eu nunca consegui de fazer feliz.”

Se ele não tivesse me visto com Percy isso nunca teria acontecido, Mark ainda estaria vivo.

Um homem que passava pelo corredor me ajudou a levantar e me levou para a sala de espera, assim que me viram, levantaram-se rapidamente a espera de alguma informação.

Encontrei os olhos de Piper e corri para abraça-la.

– Ele está morto. – Disse eu em meio aos soluços. – Mark morreu. Eu o matei.

Todos começaram a murmurar e a mãe de Mark começou a gritar chamando pelo o filho.

No dia seguinte.

Piper havia me convidado para dormi em sua casa, eu estava sem condições de dirigir. Liguei para Percy e expliquei a ele tudo, mesmo com certa dificuldade, contei a ele que o velório ia ser hoje e ele disse que estaria aqui comigo, para me dar apoio.

Liguei para minha mãe também, ela ficou tão chocada como eu, e disse que iria comparecer ao velório também.

Jason dirigia o meu carro enquanto nós íamos para o cemitério onde o corpo dele ia ser velado.

Chegamos ao cemitério. O local estava decorado de forma simples e havia um caixão de pinho suspenso. Havia diversas pessoas paradas, em pé, em silêncio. Jason estacionou ao lado da estrada estreita.

Saio do carro juntamente com Piper e os meus olhos ficam marejados novamente. Olhei para um carro estacionado um pouco mais a frente e vi que Percy estava encostado junto a ele, e ele carregava flores.

Corri em sua direção e o abracei forte.

– Não foi culpa sua, ok? – Disse Percy afagando meu rosto.

Assenti lentamente.

Jason e Piper apareceram atrás de mim, virei-me apresentei eles a Percy.

– Prazer em conhecer você. – Disse Piper depois de cumprimentar Percy.

– O prazer é ele. – Disse ele fossando um sorriso.

Andamos em silêncio e sentamos nas cadeiras postas no lugar.

O rabino fala sobre os detalhes da cerimônia e entrega a cada um de nós um cartão com o Salmo 23.

A Sr. Megan olhava para o caixão, a boca dela tremia, mas ela permanecia calada. Várias pessoas se acomodavam nas cadeiras e ficam ali, caladas, cada uma absorta pelos seus próprios pensamentos. Percy mantinha os braços em volta dos meus ombros, e de vez em quando, beijava o alto de minha cabeça.

Havia chegado a hora.

O rabino cumprimentou a congregação que ali estava e começou a falar por um tempo.

– Possa ele ir para o seu local de descanso em paz. – Disse o rabino.

Antes que eu pudesse pensar, os funcionários abaixaram o caixão e logo todos já estavam olhando para o buraco, cada um se levantando e olhando para baixo.

E, enquanto eu absorvia a maré e o fluxo das palavras do rabino, a cadência musical dos salmos, uma pequena parte de mim ficou sufocada naquele caixão de pinho no solo também.

 Diversas vezes eu tive que me controlar para não chorar ruidosamente.

– O Senhor é meu pastor e nada me faltará.

Fui chamada para a realidade, esquecendo-me de meus pensamentos por um instante.  Apresei-me para achar onde deveria estar lendo no folheiro e quando achei, comecei a ler junto.

Depois que o velório terminou, Jason assegurou que levaria o meu carro a San Francisco de dia seguinte e eu partir do Percy.

Eu estava chorando novamente, Percy tentava me acalmar mas de nada adiantava. Nada mudava o fato de ele está morto.

– Pare de ser tão dura consigo mesma. – Disse Percy olhando-me quando parou no sinal vermelho.

– Eu causei isso.

– Você não causou nada. Ele fez isso porque ele quis.

– Mas ele se afundou mais nas drogas por minha causa.

– A sua amiga, Piper, tentou ajuda-lo.

Balancei a cabeça negativamente.

– Só me leve para casa. – Disse enquanto atravessávamos a ponte.

Percy não falou mais nada a caminho, ele acompanhava o transito que se seguia, o que me deixava com raiva, tudo o que eu queria era ir para casa e chorar.

Chegamos na avenida que levava até o condomínio onde morávamos, mas invés de entrar, Percy passou direto e seguiu ruas a frente.

– Para onde nós estamos indo? – Indaguei encarando-o.

Percy não me respondeu, apenas sorriu e continuou dirigindo, logo estávamos fora da cidade, e Percy seguia uma estrada que me parecia familiar.

Já era cinco da manhã quando Percy entrou em uma trilha e estacionou o carro. Reconheci o lugar.

Era onde nós havíamos feito o “acampamento” à alguns semanas atrás.

– Porque você me trouxe até aqui? – Perguntei pela terceira vez, mas Percy não me respondeu novamente.

Seguimos a trilha até chegamos a praia. O sol estava se pondo, a brisa do mar salgado bateu em meu rosto e me fez relaxar.

– O pôr-do-sol sempre te acalma.  – Disse Percy abraçando-me.

Caminhamos um pouco mais a frente e sentamos. Apenas observei o sol se por.

– Nada acontece por acaso, Annabeth. – Disse Percy quando os últimos raios solares tocavam o nosso rosto.

– Cada coisa tem o seu proposito. Se Mark morreu, foi porque se ele vivesse mais tempo, iria sofrer ainda mais. – Percy segurou o meu rosto e me fez olha-lo.

Eu não conseguia dizer mais nada. Percy estava ali, tentando me acalmar, havia dirigido tantos km apenas para me fazer sorrir.

– Mostre o seu sorriso, você fica mais linda quando está com ele no rosto.

Sem fazer esforço algum, um sorriso brotou no canto do meu rosto.

– Mark pode está morto, mas eu estou aqui, e eu te amo. – Percy tocou os meus lábios com ternura.

– Obrigada. – Disse eu tocando o rosto de Percy. – Obrigada por me fazer feliz.

– Você já é feliz, só precisa de alguém que te lembre disso.

Percy me puxou para um beijo, um beijo calmo, com amor, ternura, um beijo que demonstrava tudo o que sentíamos um pelo outro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ok, eu tive que enrolar com esse caps porque se eu fizesse o Mark morrer com overdose, ele não teria a ultima conversa com a Ann ,então.. Esse é o penultimo capitulo gente ): ~le autora chorando~ o ultimo caps já está quase pronto, daqui pra sabado eu posto ele ok? )): Estou esperando os reviews viu?
Até o proximo caps meus cupcakes,:*